Olá, Pessoal!
Hoje trago um post pessoal e reflexivo.
Eu não costumo "celebrar" datas de morte, porque, realmente, não me dizem nada. É só uma data para as pessoas se lembrarem da última vez em que alguém esteve vivo. Há 12 anos, era uma jovem pré-adolescente, com uma mente paralisada e parada no meio de um limbo, a pensar que algo se passava comigo por, de certa forma, não ter chorado tanto como há três meses o tinha feito. O facto de ele ter estado três meses no hospital e eu ter chorado o que tinha para chorar enquanto ele estava nos cuidados intensivos bastou-me. Eu tive três meses para me mentalizar de que ele não iria aguentar e que as memórias que tinha dele iriam permanecer. Quando soube da notícia da morte sosseguei, assim como ele sossegou depois de tanto sofrer e lutar.
São 12 anos sem ele. E em 12 anos muita coisa aconteceu comigo. Acho que o meu avô seria, provavelmente, a pessoa que me ajudaria em momentos de crise, porque sei que para o resto da minha família, tudo o que eu falasse seria desvalorizado. O meu avô sempre ouvia todos os meus disparates e não me deixava mais ansiosa. E eu já era ansiosa.
Eu continuo a dizer que não costumo "celebrar" datas de morte, e não o vou fazer hoje. Ele não precisa de ser recordado nesta data. Só gostaria de pensar que ele (estivesse onde estivesse) estaria com orgulho em mim.
Parece-me estranho "celebrar", mas mais certo recordar e ainda mais a ideia aqui, porque espero que seja assim, que não os perdermos e como continuamos a amá-los, também eles continuam a gostar de nós e a sentir orgulho em nós
ResponderEliminarum beijinho
Oi, Diana.
ResponderEliminarVendo a mãe da atriz Isabelle Drummond falar uma vez num programa de tevê sobre a morte do pai da atriz, durante um assalto no começo de 2007, a mãe dela disse que a cada ano dói um pouco menos (e aumenta a saudade) para a Isabelle. Eu achei um consolo para os que sofrem com a perda de alguém falecido e eu espero que realmente seja assim quando perdemos alguém que amamos muito. Eu espero que seja assim pra você, que você se sinta confortada como dentro de um abraço cada vez que você lembrar do seu avô e que tenha a certeza de que desde que se foi ele está em paz; não sofre, não sente mais frio, nem calor, nem tristeza e nem dor. Por um lado, ele está livre dos problemas desse mundo, desse vale de lágrimas. Pelo menos quando o pai da também atriz Juliana Paiva faleceu em 2019, quando ela estava gravando as primeiras cenas da novela Salve-se Quem Puder, interrompida no ano seguinte por causa da pandemia da Covid, foi o que ela disse e eu senti ser um grande consolo também para quem perde alguém para a morte.
Bom, eu perdi o meu último avô vivo, e o único que eu conheci com vida, em 2009, quando eu tinha 16. Mas não sofri tanto, porque não tinha convívio com ele, não era achegada, vivíamos numa distância interestadual havia quase 6 anos. Mas sinto falta. Sinto falta dos telefonemas dele, de ouvir a voz dele, que eu nunca esqueci, de tomar a bênção a ele quando eu ia à casa dele visitá-lo com a minha família...
Sinta-se consolada, confortada, abraçada nesse dia.
Se as minhas palavras consolarem você de alguma forma, de alguma forma eu ficarei consolada também.
Um abraço apertado.
💌💕
Links sobre o que eu falei das atrizes:
https://www.youtube.com/watch?v=_Xr12b5oEU0
https://br.noticias.yahoo.com/isabelle-drummond-relembra-%C3%BAnica-viagem-130459214.html
https://www.rondoniadinamica.com/noticias/2020/09/isabelle-drummond-relembra-unica-viagem-que-fez-em-familia-me-diverti-muito,84081.shtml
https://www.instagram.com/p/B2r1mL7n1xT/