quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Entrevista a Carolina Mello e Ester Cristina

 Olá, Pessoal!

 Hoje foi divulgada a entrevista às autoras Carolina Mello e Ester Cristina na Revista Perpétua. As duas autoras são parceiras do projeto Fábrica de Histórias e esta é a segunda entrevista a ser divulgada.


Conheçam a entrevista: Entrevista - Carolina Mello e Ester Cristina.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Um texto apenas...

 Olá, Pessoal!

Como sabem, eu sou uma escritora que não costuma revelar muitos textos pessoais, porém hoje seria o aniversário do meu avô materno, se fosse vivo.

Escrevi este texto há algum tempo, nunca o tinha revelado, mas hoje decidi fazê-lo.




Não gosto de me despedir. Não gosto de ir a sepulturas. Sempre gosto de caminhar, pensando que tenho anjos a seguirem-me, ou seja, a vida terrena, a sepultura, o túmulo, para mim não me significam grande coisa. Talvez por isso eu tenha demorado a ir “ver” o meu avô onde ele tinha ficado. O que eu acredito faz com que eu não sinta necessidade de ir no dia de finados ao cemitério. Acredito que ninguém está lá dentro debaixo da terra e do caixão, mas sim algures nas nuvens, ou no sol que todo o dia amanhece (ou escurece).

Sei que houve momentos em que fui questionada por não ir ao cemitério e pensei: “Será que dizer uma coisa destas vai mudar alguma coisa?”. Não é algo que faça diferença para mim, mas também não disse nada. Até porque ninguém precisa de saber.

Fico-me pelas memórias. Fico-me com o tempo em que tentava ensiná-lo a escrever (embora não tendo conseguido fazer com que isso acontecesse), fico-me com o tempo em que via o programa Contra Informação com ele, fico-me com o tempo em que via Mr. Bean na televisão. Acho que foi o primeiro contacto que eu tive com a comédia, com algo mais “adulto”, sem ser desenhos animados.

Fico-me com o rádio antigo que ele me deu, é a maior lembrança que eu tenho dele, apesar de já não funcionar. Não toca absolutamente nada, mas ainda está intacto fisicamente. Às vezes, vejo-o. E gosto de o ver.

Ele percebeu que eu iria ser adepta do F.C. Porto, mas não chegou a tempo de me ver a gostar realmente de futebol.

Ele percebeu que era grande leitora, mas não chegou a perceber que eu escrevia. Se calhar... acho que ele chegou a perceber isso. Chegou a perceber que eu escrevia. Nem que fosse a poesia que eu escrevi um dia.

Ele era inteligente demais para perceber o que eu gostava, mesmo que eu não o dissesse.

Era neta dele, fui criada por ele e pela minha avó, mais do que os meus pais, os meus avós conseguiam perceber o que eu mais gostava.

Hoje, 23 de Fevereiro, era o dia dele. O aniversário dele. Não o festejo porque, pessoalmente, detesto aniversários. Mas este texto sai hoje.

Não costumo divulgar textos pessoais, mas este vai. E nem sei porquê.


Espero que tenham gostado!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Mercado Editorial

 Olá, Pessoal!

Hoje divulgo aqui o episódio do podcast Chá de Dezembro com a convidada Michele Bran sobre um tema super interessante para qualquer escritor: O Mercado Editorial.

Sentem-se confortavelmente e ouçam o episódio!



Gostaram? Então não se esqueçam de dar um like e de se inscreverem/subscreverem no canal.

Volto em breve!

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Nona resenha/opinião do livro "A Escola do Terror"

Olá, Pessoal!
Deixo-vos a nona resenha/opinião do livro "A Escola do Terror" feita pelo blogue Gothic Clare em Março de 2017.



"A Escola do Terror", é um livro que me levou a ter muitas dúvidas . A começar com uma certa incerteza se iria gostar ou não da história, depois uma tentativa para não gostar por achar que infelizmente a revisão do livro não era nada boa, mas no fim acabei por gostar minimamente do livro.

Escrito por uma jovem da minha idade e com muito imaginação, digamos, neste livro podemos encontrar uma história muito diferente de todas as que estamos habituadas a ler e a ouvir. Desde sempre que se ouve falar de adolescentes que se tornam assassinos e que mesmo não sendo têm aquele desejo de matar.
Também ouvimos falar de massacres em escolas e não só, a verdade é que a comunicação social não ajuda em nada a que jovens que já têm este desejo não o façam, a informação é muito fácil de arranjar.

Neste livro conhecemos a história de uma turma (9ºC) que tem alunos muito estranhos, um grupo que se intitula de assassinos, duas raparigas muito estranhas que têm um olhar muito cúmplice e que só se dão entre elas, e depois os restantes alunos que como não fazem parte do grupo de assassinos não sabe de nada e esta sempre a estranhar as suas atitudes (não pode haver relações, nem de amizade, nem de namoro entre pessoas do grupo de assassinos e pessoas de fora do grupo), logo no início do livro começamos a ter conhecimento da morte de alguns professores daquela turma e claro que dentro do grupo de assassinos é sempre um deles que o faz, até que começam a acontecer homicídios sem que nenhum deles seja o culpado.

Durante todo o livro vamos ficando a conhecer as várias relações entre os alunos da turma e o que acontece com cada uma.
Aquela que acreditávamos no início ser a protagonista simplesmente é uma nova aluna da turma e quase não aparece no princípio do livro. Quem nunca imaginamos ser assassinos na realidade são e quem pensávamos ser maus afinal até são bons.

Foi uma boa ideia de enredo sem sombra de dúvidas, mas houveram alguns aspectos que me deixaram um pouco desconfortável:
1º- temos uma história com bom enredo mas com uma má organização
2º - a revisão do livro foi mal feita e existem muitos erros a nível de escrita
3º - a construção das frases está mal feita na grande maioria das vezes
4º - chegamos a um momento em que já não sabemos quem pertence ao grupo de assassinos e quem não pertence
5º - existem muitas personagens e falta de descrição, ou melhor uma má descrição, como por exemplo esta tem cabelo castanho e olhos castanhos, é simpática e pronto mais nada.

Apesar de todos estes pequenos grandes pormenores negativos o final da história foi muito bom o que me levou a dar 3 estrelas e não 1,5 .
Antes de mais temos que nos lembrar que este é o primeiro livro desta autora e que os erros podem ser corrigidos. Também temos que ter em mente que infelizmente no nosso sistema de ensino o Português às vezes não é ensinado da melhor forma, dizem-nos como escrever crítica mas só nos dão os tópicos, dizem-nos como escrever uma história mas não nos dão oportunidade para treinar e aprender mais, limitam-se a ensinar-nos coisas sobre certos autores clássicos e ensinam-nos alguns livros.

Mas com isto não aprendemos a ser escritores nem a construirmos um mundo imaginário. Isso temos que aprender sozinhos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Oitava resenha/opinião do livro "A Escola do Terror"

Olá, Pessoal!
Deixo-vos a oitava resenha/opinião do livro "A Escola do Terror" feita pelo blogue Minha Contracapa em Janeiro de 2017.
Foi a terceira crítica pouco satisfatória.




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Durante meus quase 3 anos de blog, não pensei que chegaria o dia que daria 1 florzinha para um livro, muito menos imaginei que chegaria o momento de “fazer a Glória” e não ser capaz de opinar… A Escola do Terror está de parabéns, foi capaz de me levar a fazer as duas coisas ao mesmo tempo!

Estou completamente constrangida em fazer essa resenha. Sim, estou porque, me sinto mal em ter que fazer uma crítica tão negativa ao livro. Sei o quanto é importante para o autor suas obras e não quero desmerecer o trabalho de ninguém, mas de verdade, preciso apontar as coisas que me incomodaram nessa leitura. Tá, ela tem coisas boas (afinal levou 1 florzinha e meia), mas as coisas estranhas superaram e muito as boas…

Para ser bem justa, preciso falar que a proposta dessa história é boa. Muito boa por sinal e daria um ótimo livro se ele fosse melhor estruturado. Uma escola onde acontecem assassinatos, com adolescentes que vivem fechados em grupinhos e como pano de fundo os dramas da adolescência, traz todo um clima de mistério, mas… não foi bem isso que eu senti.

Começando com a sinopse que leva-nos a acreditar que a protagonista é a Angelina, mas que ela se perde no meio da história, desaparece e quando vem aparecer novamente eu já não sabia mais como ela foi parar naquela situação. Foi algo que eu precisei voltar para o início do livro e tentar achar o que eu havia perdido e estou procurando até agora, porque não encontrei. Um plot tão sem sentido que fiquei igual ao meme do John Travolta…

A autora é portuguesa e o livro está em português de Portugal, isso não me incomodou em nada. Estou acostumada a ler livros assim e sei que existe uma pequena diferença na forma de escrita de nossos primos, mas a narração da Diana é fria e objetiva de mais (não consigo achar um adjetivo melhor para explicar) que quando cheguei na metade do livro fui pesquisar sobre a autora para ver se não se tratava de uma adolescente, ou até mesmo criança que escreveu o livro.

A narrativa é confusa. Me perdi diversas vezes no decorrer da leitura. Os diálogos são rasos demais e em diversos momentos fiquei com cara de REALLY? Existem muitas coisas absurdas que acontecem no decorrer da trama. Se tornam absurdas justamente por não ter uma base que as justifique. Coisas que não fazem sentido como por exemplo:

– O que acham da Angelina? – perguntou o Gonçalo.
– É uma rapariga tonta e parece que não sabe se defender. Acho que a devíamos matar. – Respondeu a Mafalda.
Se um professor passa muitos exercícios, “vou lá matá-lo”. Sequestros mirabolantes, mortes sem sentido, dentre outras coisas… Tudo poderia fazer muito sentido se a narrativa fosse bem estruturada e mais detalhada.

Não me pergunte nomes de personagens porque não tem como o leitor se aproximar de algum. Como falei, a narrativa é confusa e não dá para criar vínculo com ninguém.

Apesar de todas essas coisas que já apontei, acabei me envolvendo com a narrativa. Fiquei tão chocada, que quis continuar a ler para saber se em algum momento minha opinião sobre o livro mudaria, já que vi algumas resenhas tão positivas sobre ele, dizendo que o final é tão surpreendente e inesperado que isso acabou me instigando a continuar. Continuei, terminei a leitura e nada mudou. O final teve sim uma reviravolta e um grande clímax, mas era algo que eu já estava esperando acontecer.

Algo muito positivo nesse livro é a mensagem que a autora passou para os leitores. Ela explorou bem os dramas da adolescência, a importância da amizade, da presença dos pais na vida dos filhos e a convivência em sociedade.

Infelizmente esse livro não deu certo comigo, mas leitura é algo muito subjetivo e essa é a minha opinião. A sua pode ser completamente diferente da minha e você pode amar esse livro. Talvez não tenha sido o momento certo para eu ler, ou não tenha sido o tipo de leitura que eu deveria ler no momento. O importante é que você leia e tire suas próprias conclusões.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Mar dos Lamentos, de G. M. Rhaekyrion (Resenha)

  Olá, Pessoal!

No dia 9 de fevereiro foi divulgada uma resenha ao livro "Mar do Lamentos" + Entrevista à autora G. M. Rhaekyrion na Revista Perpétua.


Clique na imagem para ver em tamanho maior

A resenha foi feita por mim e a entrevista foi feita pelo pessoal da Revista.

Resenha: Revista Perpétua - Site.

Entrevista: Revista Perpétua - Site.

Blogue da autora Gabriela Rhaekyrion: https://www.gmrhaekyrion.com/ 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Sétima resenha do livro "A Escola do Terror"

Olá, Pessoal!
Deixo-vos a sétima resenha/opinião do livro "A Escola do Terror" feita pelo blogue Secrets em Outubro de 2016.
A dona é minha colega e amiga Nanda Carol, a primeira leitora brasileira que comprou o livro. Obrigada!



Sei que estou devendo esta crítica há um bom tempo, comprei o livro em Novembro do ano passado e não demorei muito para lê-lo, porém, por motivos variados, eu acabei não escrevendo minha crítica, nem mesmo dando uma resposta a Diana, e por isso eu peço perdão, pois sempre tive muito apreço por ela.

Então vamos falar sobre o livro:
Quando eu comecei a ler A Escola do Terror, eu ainda estava a ler outro livro, e por isso de primeira eu fiquei um pouco confusa, para conseguir diferenciar cada personagem, e como há um bom número destes, algumas vezes precisei parar para tentar relembrar como cada um era, de quem um era filho ou filha e de quem cada personagem era interessada, mas isso não é algo que chegou a me atrapalhar (isso também se resolveu quando reli o livro, talvez por já saber a história, talvez por estar lendo-o sozinho, já não tive mais dificuldades ou qualquer confusão com os personagens). O que mais gostei no livro foi que Diana conseguiu que todo este fosse empolgante, muitas vezes é difícil escrever e acabar não deixando um capítulo, ou até a maior parte deles, desinteressantes, saber preencher cada capítulo com algo que faça o leitor querer ler mais é algo que nem todos os escritores conseguem e Diana, mesmo ainda jovem e começando sua carreira, conseguiu.
Para ser bem sincera, eu gostei do livro por um todo, ele já começou em um nível alto, com as mortes que acontecendo e tudo mais, porém, como sempre se espera, a história foi crescendo, e mostrando-se ter bem mais a oferecer.

Se me perguntarem qual parte mais gostei, serei obrigada a escolher o final. Diana do céu, nos capítulos finais, mas especificamente logo após a volta de Mafalda para a escola, foi basicamente você ler um capítulo e levar uma injeção de adrenalina, já no outro você leva uma facada no coração.

Atenção, a partir de agora o texto conterá spoilers

Primeiro você fica: o que Mafalda está escondendo? E sua mente viaja em todas as possibilidades possíveis: Seria uma paixão que estava a muda-la? Ela poderia estar doente? Gravida talvez? Algum problema de família? Alguém de dentro do grupo (ou pode ser de fora também) estava a ameaça-la? Bom, teoricamente a última teoria que surgiu pela minha cabeça está correta, mas veio de uma maneira que eu não esperava... Mas antes disso, antes de você descobrir quem e o porquê da mudança de Mafalda, vem uma morte, uma morte que ninguém esperava e que me fez ficar olhando para o livro em minhas mãos por longos minutos e a única coisa que eu conseguia pensar é, “Porque Diana Pinto? Porque você fez isso?” Não foi nada fácil passar daquele capítulo, e meu coração se despedaçou mais ainda com o capítulo em que a Diana e o Bernardo conversam, ambos tristes pela morte da amiga, sentindo-se culpados e demonstrando certo cansaço do grupo.
Mal começo a me recuperar de uma morte de Angelina e a Diana Pinto resolve me colocar no chão novamente.
Descobrimos quem e o porquê do desaparecimento de Mafalda, até aí tudo bem, fiquei sim surpresa pela culpada, mas confesso que eu não deveria ter ficado, pois Márcia se mostrava um tanto invejosa e, em minha opinião, um pouco insuportável. Mas voltando, você pensa: ok, ótimo, descobrimos a grande vilã e agora tudo vai ficar bem, final feliz para todo mundo, mas não, Mafalda morre, e quando eu digo morre, não falo isso com nenhuma alegria no meu peito, primeiro que eu não queria que ela morresse, e segundo, a cena da morte dela mexeu com meus sentimentos, e não posso negar, enquanto não li que o velório já tinha acabado, eu ainda acreditava que ela ressurgiria como uma fênix, e terminaria o livro viva, feliz, liderando o grupo e se vingando de Márcia.
Infelizmente isso não aconteceu.
Se me entristeci com a morte de Angelina e de Mafalda, não posso dizer o mesmo com a morte de Márcia, para ser bem sincera, estou rindo até agora por isso.
A partir daí muitas outras coisas aconteceram, alguns casais se definiram, descobriram-se os verdadeiros autores dos assassinatos que aconteceram durante a história, mas o que mais me surpreendeu foi a aparição de Mafalda para Gonçalo.
Quando ela disse que Gonçalo iria terminar com alguém que ela não gostava no começo, mas aprendeu a gostar, pensei que seria com Diana e confesso que tinha adorado, eu realmente comecei a torcer que os dois terminassem juntos, mas novamente fui surpreendida. Gonçalo termina a história junto a Patrícia, não era o casal que eu esperava, mas confesso que gostei e que fez bastante sentido, não foi o casal que eu queria, mas não cheguei a ficar triste por isso.

Agora, para terminar, quero destacar uma parte:

“A escola do terror é um grupo de assassinos que queria matar, mas não matava. Talvez nem quisesse mais o nome levaria a isso. Logo viram que este grupo, estava dentro de uma quantidade de mortes que nem eles as criavam. Depressa o terror alastrou-se e começou a história. Isto tudo só para dizer que o título mais completo desta história seria ‘A escola do terror – onde os sonhos se tornam pesadelos’”.
Não destaco esta parte atoa, confesso que quando li o livro, foquei-me apenas no título principal: A Escola do Terror, e apenas ali, neste final, que percebi o quanto esta frase “Onde os sonhos se tornam pesadelos” faz completo sentido neste livro.

Área livre de spoilers

Para quem já leu e quiser acrescentar algo mais, fique a vontade. Quem ainda não leu, não espere mais, super-recomendo o livro. Aqui está o link para quem quiser comprar: