segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Racismo em Portugal

Olá, Pessoal!
Vemos constantemente atletas a serem alvo de insultos racistas por parte de adeptos, porém, desta vez, o caso alastrou-se chegando até ao estrangeiro.
O jogo de domingo entre o F.C. Porto e o Vitória de Guimarães foi um momento vergonhoso. O futebolista Moussa Marega foi insultado por adeptos e quis sair de campo.

Créditos: Jornal Económico

Muitos defendem de que "Portugal não é um país racista" e que são "coisas sem importância".
Claro que Portugal é um país racista. O tempo do Salazar já foi, mas ainda temos a mentalidade.
E ser humilhado é uma "coisa sem importância". Faz sentido se não for você a pessoa humilhada.



Tirando um pouco o contexto do futebol, todos nós, em algum momento das nossas vidas vemos situações de racismo, frases xenofobas, discriminação... Isso existe. Não vamos fechar os olhos para isso.

Deixem-me partilhar uma situação em que me vi envolvida:
Há uns anos tive uma colega negra, vinda de Angola, e eu era das poucas pessoas que conversava com ela. Era uma jovem muito simpática, mas bastante tímida. Tinha vindo de Angola para Portugal naquele ano, era um país novo para ela. Tentei ajudá-la a integrar-se e apresentei-lhe alguns amigos meus. Lembro-me de uma vez caminhar com ela na rua, íamos almoçar juntas e ver uns quatro rapazes a comentarem sobre a cor de pele dela. Se até eu me senti mal por isso, acredito que ela tenha sofrido mais na época.

Mais engraçado do que isto (que não é, na verdade, nada engraçado, mas enfim...) é existirem pessoas contra o racismo que defendem que o tempo do Salazar deveria voltar. Devo lembrar que no tempo do Salazar não existia racismo pelo simples facto de que nem sequer existiam pessoas negras no país. Ou melhor, continuava a existir racismo, porque Salazar não permitia pessoas negras no país, existia um racismo de um modo "fechado". Os nossos avós já devem ter falado de que encontrar uma pessoa de raça negra naquela época era quase 99% impossível. Apenas se via, algumas vezes, perto do Hospital do Ultramar, que hoje é o Hospital Egas Moniz (coisas que já ouvi dizer).

Mas não, vamos insistir de que Portugal não é um país racista. Que algumas pessoas não chamam "macaco" a uma pessoa de pele negra, que, na verdade, aperta a mão a um negro, ou que dá trabalho a uma pessoa de cor escura.

O preço da luta pela dignidade (de uma pessoa negra) e pela igualdade (querida por uma pessoa branca) nunca foi tão alto...

sábado, 22 de fevereiro de 2020

22 de Fevereiro

Olá, Pessoal!
Eu não costumo partilhar este tipo de textos, porém hoje é o aniversário do meu cão que completa 11 anos e por isso decidi trazer este pequeno texto. Embora não fale concretamente do meu cão, falo do amor pelos animais de estimação e do quanto devemos amá-los da mesma forma como eles nos amam a nós.

Uma das últimas fotos tiradas ao meu cão

Um animal de estimação é uma alegria. Não importa o teu estilo de vida, traz sempre otimismo a uma casa.
Os gatos tentam sempre fazer-nos rir quando estamos tristes, enquanto que os cães recebem-nos à porta com o rabo a abanar, esperando que passemos algum tempo a brincar com eles. O meu cão não é excepção. Ele brinca, faz palhaçadas e está sempre em casa a vaguear. Mas não quero falar concretamente do meu cão. Quero falar do amor por um animal de estimação. Num mundo em que vemos pessoas a maltratarem animais, num mundo em que o respeito pelo animal é nulo, decidi escrever este texto.
Cuidar de um animal exige atenção e dedicação. Eles são especiais. Eles são seres que amam sem desconfianças, sem medos. Talvez por saberem mais do que nós, talvez por saberem amar melhor do que nós é que eles terminam a vida deles mais cedo.
Ao adotar um animal de estimação, o humano deve ser responsável. Eles são dependentes e confiam em nós.
Os professores ensinam-nos a saber, os animais ensinam-nos a amar. Eles estão sempre presentes quando nos sentimos tristes ou solitários. Mas, acima de tudo, estão sempre presentes.
Sigmund Freud dizia que "os cães não têm a personalidade dividida, a maldade do homem civilizado, nem a vingança do homem contra a sociedade pelas restrições que ela impõe", ou seja os cães eram seres incríveis que apenas sabiam amar. Aliás, os cães e todos os animais de estimação deixam cair por terra a tão conhecida frase de que "ninguém te vai amar mais do que tu próprio". Ter um animal de estimação aumenta a nossa autoestima, porque eles gostam de nós.
Quem ama um animal com todo o seu coração mostra também o seu bom caráter, mostra a sua personalidade. Uma pessoa que goste de um animal, tem uma alma mais bonita, torna-se uma pessoa confiável. Quem é cruel com os animais nunca será uma boa pessoa, nunca será de bom caráter.
Se não for para cuidar, não adote. Se não for para amar, não adote. Se não for para respeitar, não adote. Um animal precisa de receber o mesmo nível de carinho. Um animal precisa de se sentir protegido.
A forma como alguém trata um animal reflete a sua própria alma. Se não consegue ter esse nível de amor e respeito, não faça mal.


"Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais"

- Immanuel Kant


OBS: Um texto escrito numa época em que as notícias sobre o abandono de animais estava tão presente (e, infelizmente, ainda estão).

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Tag: Eu Nunca...

Olá, Pessoal!
Vi esta tag no blog Cartas da Gleize.


1. Um livro que todo mundo leu e eu nunca:
Acho que vários. Divergente é só um exemplo. Só vi os filmes, mas nunca li os livros.

2. Eu nunca li algo tão maravilhoso:
O Diário de Anne Frank. Li este livro tão jovem e lembro-me de chorar por várias vezes durante a leitura. Ficou-me marcado na memória.

3. Eu nunca imaginei que iria até o final:
A saga Twilight. Só li todos os livros por causa da Kristen Stewart porque ela é uma das minhas atrizes favoritas e esteve presente na adaptação. Foi uma das piores sagas que li na minha vida.

4. Eu nunca vou terminar isso:
Acho que posso incluir aqui sagas que nunca terminei e deixei a meio. Exemplo: Vampire Academy.

5. Eu nunca vou me arrepender de ter lido isso:
A Lista de Schindler de Thomas Keneally. Acho que qualquer leitura sobre o tema holocausto nunca será um arrependimento.

6. Eu nunca faria isso:
Confiar logo em qualquer pessoa, exatamente o que aconteceu com a Mare no livro Rainha Vermelha.

7. Eu nunca queria ter que admitir que li isso:
O primeiro livro da saga 50 Shades of Grey (PT: 50 Sombras de Grey/BR: 50 Tons de Cinza). Achei o livro péssimo.

8. Eu nunca li algo tão fofo na minha vida:
Acho que aqueles pequenos livrinhos escritos por Modesty T. Streetlittle com ilustrações de Sarah Kay.

9. Eu nunca ri tão alto lendo um livro:
Primeira Campa à Direita - Darynda Jones. Não é um livro de comédia, porém as cenas faziam-me rir.

10. Eu nunca poderia ter sobrevivido à minha infância sem esse livro:
Heidi de Johanna Spyri. A minha mãe deu-me este livro, que já era dela, ou seja o livro já deve ter sido comprado na década de 80. Vem com ilustrações a preto e branco (daquela época). Sempre que olho para ele relembro-me da minha infância.

Link: Tag: Eu Nunca.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Tag: Livros para o dia dos namorados

Olá, Pessoal!
Hoje é Valentine's Day em Portugal e não podia deixar passar a data com uma Tag.

Deixo aqui o Top 5 de livros românticos. Li-os todos.

A lista não está por nenhuma ordem em especial.



1. Me Before You (PT: Viver Depois de Ti/ BR: Como eu Era Antes de Você)
Autora: Jojo Moyes
Sinopse: Louisa Clark é uma jovem com uma vida banal - um namorado estável, trabalhador e uma família unida - que nunca saiu da aldeia onde sempre viveu. Quando fica desempregada, vê-se obrigada a aceitar um emprego em casa de Will Traynor, que vive preso a uma cadeira de rodas, depois de um acidente. Ele sempre tinha vivido de um modo trepidante - grandes negócios, desportos radicais, viajante incansável -, mas agora tudo isso ficou para trás.
Will é mordaz, temperamental e autoritário, mas Lou recusa tratá-lo com complacência e em breve a felicidade e o bem-estar dele tornam-se muito mais importantes do que ela esperaria. No entanto, quando Lou descobre que Will tem planos inconfessáveis para a sua vida, ela luta para lhe mostrar que ainda assim vale a pena viver.
Em Viver depois de ti, Jojo Moyes aborda um tema difícil e controverso, com sensibilidade, obrigando-nos a refletir sobre o direito à liberdade de escolha e as suas consequências.

2. The Notebook (PT: O Diário da Nossa Paixão/ BR: Diário de uma Paixão)
Autor: Nicholas Sparks
Sinopse: Nicholas Sparks, o jovem autor deste inesperado bestseller, nunca esqueceu o ensinamento que a relação amorosa dos pais da sua mulher, casados há mais de 62 anos, lhe transmitiu - a possibilidade de viver em estado de paixão mesmo depois de vários anos de convívio. Foi por isso que decidiu escrever este comovente romance de amor que acompanha o enamoramento entre um homem e uma mulher, que só no final das suas vidas concretizam uma paixão arrebatadora.

3. P.S: I Love You (PT: P.S: Eu Amo-te/ BR: P.S. Eu Te Amo)
Autora: Cecelia Ahern
Sinopse: Quase todas as noites Holly e Gerry tinham a mesma discussão - qual dos dois se ia levantar da cama e voltar tacteando pateticamente o caminho de regresso ao apetecível leito? Comprar um candeeiro de mesa-de-cabeceira parecia não fazer parte dos planos, e assim o episódio da luz repetia-se a cada noite, num rito conjugal de pendor cómico a que nenhum desejava pôr termo. Agora, ao recordar esses momentos de pura felicidade, Holly sentia-se perdida sem Gerry. Simplesmente não sabia viver sem ele. Mas ele sabia-o, conhecia-a demasiado bem para a deixar no mundo sozinha e sem rumo. Por isso, imaginou uma forma de perpetuar ainda por algum tempo a sua presença junto da mulher, incentivando-a a viver de novo. Mas como se sobrevive à perda de um grande amor? Holly ter-nos-ia respondido: não se sobrevive! Mas Holly sobreviveu!

4. Water For Elephants (PT:  Água aos Elefantes/BR: Água para Elefantes)
Autora: Sara Gruen
Sinopse: Apesar de não falar delas, as recordações ainda habitam a mente do velho Jacob Jankowski. Recordações dele próprio quando jovem, lançado pelo destino para um comboio vacilante que hospedava o Benzini Brothers, o Maior Espectáculo da Terra. Estava-se nos primeiros anos da Grande Depressão e para Jacob, agora com noventa anos, o mundo do circo relembra-lhe simultaneamente a sua salvação, mas também um inferno real. Na altura, ele era um veterinário recém-licenciado, que foi encarregado de tratar de Rosie, a coqueluche do circo, um aparentemente indomável elefante-fêmea que era a grande esperança deste circo de terceira categoria. Foi aí que Jacob conheceu Marlena, a bela estrela do número equestre, casada com August, o carismático, mas malvado, treinador de animais. O laço nascido no seio deste trio improvável era um laço de amor e de confiança e, em última instância, a sua única esperança de sobrevivência.
Surpreendente, tocante e divertido, Água aos Elefantes é um daqueles raros romances com uma história tão cativante que o leitor fica relutante em pousá-lo; com personagens de tal forma aliciantes que continuam a viver muito depois da última página ter sido virada; com um mundo construído com prodígio, um mundo tão real que o leitor começa a respirar o seu ar.

5. Le Fantôme de l'Opéra (PT/BR: O Fantasma da Ópera)
Autor: Gaston Leroux
Sinopse: Com a arte da intriga magistralmente controlada e a inspiração diabólica que fizeram o sucesso de Gaston Leroux, O Fantasma da Ópera transporta-nos para uma extraordinária aventura pelos bastidores, camarins, palco e subterrâneos da Ópera de Paris. Um romance que envolve por completo o leitor.

BÓNUS:


6. The Fault In Our Stars (PT/BR: A Culpa é das Estrelas)
Autor: John Green
Sinopse: Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente reescrita.
PERSPICAZ, ARROJADO, IRREVERENTE E CRU, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado.


E termina aqui a Tag. Façam-nas nos vossos blogs ou deixem aqui em comentários o vosso Top 5 de livros românticos.


Créditos:
- Sinopses retiradas do site Wook.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Tag Literária

Olá, Pessoal!
Decidi fazer essa tag que encontrei no blog da Gleize, Cartas da Gleize.



1- Qual sua zona de conforto literário?
Os policiais, mas também leio terror e drama.

2- Consegue ler em ônibus/carro?
Não. Sou miúpe, o andamento dos veículos causa-me dores de cabeça. Consigo ler enquanto ouço pessoas a falarem ao meu lado, mas não consigo olhar para letras em "turbulência".

3- Lugar preferido para ler?
O meu quarto, de preferência sentada em frente à minha secretária.

4- Qual sua política de emprestar livros?
Não gosto de emprestar livros. Gosto tanto de os manter intactos que só empresto se souber que a pessoa vai cuidar bem deles durante a minha "ausência".

5- Petisco preferido quando está lendo?
Não costumo comer nada por medo de sujar o livro, porém se tiver fome opto sempre por comida em que não precise de partir em pedaços, ou que não suje demasiado os dedos, ou seja não opto por fritos, ou bolachas que deixem facilmente migalhas.

6- O que você acha de dar Feedback negativo sobre um livro ou fazer uma review negativa?
Tento sempre parecer justa. O livro pode ser mau para mim, mas poderá ser bom para outra pessoa. É a minha opinião e tento sempre mostrar uma opinião construtiva.


Link: Tag Literária.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Projeto Literário 2020 - Uma Volta ao Mundo em 12 Livros

Olá, Pessoal!
Decidi envolver-me num novo Projeto Literário chamado "Uma Volta ao Mundo em 12 Livros". A ideia é escolhermos 12 países e 12 livros de diferentes autores para tentarmos conhecer mais sobre outras culturas, outras formas de escrever e contar histórias.

O objetivo é tentarmos sair da nossa zona de conforto e aventurarmo-nos por outros horizontes, conhecermos outras formas de interpretarmos o mundo e a realidade ao nosso redor.

Vi este projeto no blog Aventura Literária (clique no nome para ver o post original).

Eu optei por alterar os países e os livros que a dona do blog decidiu trazer para chegar exatamente ao objetivo (ou seja, sair da minha zona de conforto).
Além disso, tendo em conta que na minha lista de metas disse que quereria ler este ano 12 livros, um por mês, este projeto veio na melhor altura.
Depois de lermos os livros temos que deixar uma resenha/crítica. Esta também é outra das regras.

Imagem retirada do post do blogue Aventura Literária

Deixo, então, aqui a minha lista:

Janeiro (Argentina): O Jogo do Mundo (Rayuela) - Júlio Cortazar

O mês de Janeiro já terminou e, por isso, decidi deixar aqui o livro que estou a terminar de momento. É um livro-jogo e estou a terminar a segunda forma de leitura. Em breve deixarei a resenha/crítica (que eu ainda terei de pensar como a vou fazer já que no seu interior estão, pelo menos, duas histórias).

Fevereiro (Itália): Terapia do Mexerico - Luisa Cuini & Elena Mora

Em vez de comprar livros novos (porque a probabilidade do projeto não vir a ser concretizado poderia acontecer) decidi ir à estante de livros comprados há anos que nunca li. Este livro estava lá. As primeiras folhas já revelam aquelas manchas acastanhadas que revelam o quanto o livro é antigo (ou então pouco cuidado). Na época deve ter sido comprado porque na minha mente de pré-adolescente via um título interessante. Devo ter crescido e não o cheguei a ler. Chegou o momento certo de pegar realmente neste livro.

Março (Inglaterra): Louca Paixão - Charlotte Lamb

Em Portugal, Março é considerado o mês das flores, então nada melhor do que ler um romance de cordel. Mais um livro que deixei na estante de livros comprados que nunca li, porém este já veio da época da minha mãe e está escrito em Português do Brasil. Provavelmente foi comprado na década de 80.

Abril (Estados Unidos): O Último Solteiro - Jay Mclnerney

Mais um livro perdido na lista de livros comprados que nunca li. Este foi comprado mais recentemente. Acho que em 2012 ou 2013.

Maio (Suécia): O Executor - Lars Kepler

Policiais nórdicos é o maior género que possuo na minha estante, até porque é o meu género favorito. Vindo da Suécia poderia escolher vários nomes. Porém, tendo em conta que a Alexandra Ahndoril (um dos autores do livro) é filha de uma portuguesa, decidi optar por este.

Junho (França): Bailarina Estrela - Claude Bessy

Mais um livro perdido. Este também foi da minha mãe. Nunca o li, talvez porque nunca me interessei por ballet. Espero poder lê-lo agora com este projeto.

Julho (Portugal): Psicopatas Portugueses - Joana Amaral Dias

Acho que este é o único livro comprado recentemente da lista que escolhi para concretizar o projeto. Comprei-o perto do Natal.

Agosto (Noruega): Baratas - Jo Nesbø

Este é um autor em que eu li um livro e não gostei, mas como já tinha comprado este livro há um tempo, decidi deixá-lo na lista.

Setembro (Brasil): Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes - Augusto Cury

Em Portugal, Setembro é o começo do ano escolar e por isso nada melhor do que ler um livro com um título assim. Não sei como ainda não tive oportunidade de ler este livro.

Outubro (Angola): Manual Prático de Levitação - José Eduardo Angalusa

Nunca li um livro deste autor, embora já o conhecesse (de nome). Tinha o livro nos confins da minha estante, perdido (mas agora já não).

Novembro (Moçambique): Terra Sonâmbula - Mia Couto

Semelhante ao livro acima mencionado, também abandonado nos confins da minha estante.

Dezembro (Venezuela): Palavras Perdidas - Laura Chimaras

Da lista de livros escolhidos, este é o único que ainda não tenho. Laura Chimaras é uma conhecida atriz e autora. Filha do falecido ator venezuelano Yanis Chimaras. A forma como ela escreve é bastante envolvente e, embora não esteja traduzido para português, eu desejo tê-lo. Não só este, mas também os restantes livros dela. Deixo aqui o livro no último mês do ano para ter tempo para o comprar.


E é isto.
Que comece o Projeto Literário 2020 - Uma Volta do Mundo em 12 Livros para mim também!

Quem quiser também participar ainda vai a tempo, deixem a vossa lista aqui (e no blog criador do projeto também).

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

365 DNI - O livro mais polémico de 2020

Olá, Pessoal!
Hoje decido falar-vos sobre o livro mais polémico de 2020: 365 DNI.
Devo dizer que não sei prever o futuro, mas 2020 começou há praticamente um mês e sinceramente não sei se até ao mês de Dezembro não haverá algum outro livro que seja mais polémico do que este.

Mas enfim...

Para quem não sabe, 365 DNI (ou 365 Dias, se preferirem traduzido)  é um livro da autora polaca Blanka Lipinska.
Livros vindos da Polónia só conhecia aqueles sob o tema Segunda Guerra Mundial (ou seja, o meu nível de leitura vindo da Polónia é quase nulo).
Este livro tornou-se tão conhecido que será já no dia 7 de Fevereiro que será lançada a adaptação em filme na Polónia.



365 DNI já é considerado um livro semelhante a 50 Shades of Grey (50 Tons de Cinza ou 50 Sombras de Grey, trazendo a tradução feita no Brasil e em Portugal).

O livro conta a história de Laura Biel, que sai de férias para a Sicília com o seu namorado e dois amigos. No segundo dia de estadia – no seu aniversário de 29 anos – a jovem é sequestrada pelo chefe de uma família da máfia siciliana, o jovem Massimo. Com um passado marcado pela morte, ele fará com que a jovem Laura o ame no período de 365 dias.

Este livro é considerado um romance dark. Um romance dark (ou Dark Romance) é um sub género do romance onde são abordados temas pesados como abuso físico e psicológico (e tudo isto geralmente com bastante descrição).

Eu não sou grande leitora deste sub género e nem de romance no geral (eu já achei 50 Shades of Grey um livro péssimo), embora eu goste de ler mortes de personagens, coisas que remetem ao medo, ou/e a coisas chocantes.

Pelo que eu já li do livro, traduzindo do polaco, porque a língua polaca é uma língua extremamente difícil de entender, principalmente para quem nem sequer viu esta língua escrita em lugar algum (tal como falei anteriormente, o meu nível de literatura polaca é quase 0), é algo totalmente chocante. Mais chocante do que aquilo que costumo ler.

O facto da mulher gostar de BDSM, sadomasoquismo e etc, por mim não vejo qualquer problema, sou uma leitora até bastante eclética no que toca a ler cenas ou capítulos que contenham nudez ou sexo. Porém, detesto quando as autoras durante a sua escrita começam a defender relacionamento abusivo. Há algumas cenas em que a personagem é obrigada a ter sexo.

Por muito que seja ficção (e algumas pessoas podem até dizer que pelo facto de eu não gostar de romance dark eu não posso dar a minha opinião) só pelo simples facto de ter lido alguns capítulos e excertos, eu posso sim dar a minha opinião. Eu dei-me ao "trabalho" de tentar conhecer este livro vindo da Polónia, sem dar grandes expectativas.

Ver mulheres, autoras, descreverem mulheres "fracas", ou a defenderem relacionamentos abusivos, ou, pior ainda, tornarem esses mesmos relacionamentos como algo romântico é algo que não me entra na cabeça.
Mas, enfim, a coisa diferente foi saber que a personagem feminina neste livro não é "fraca" como as personagens que costumamos conhecer neste tipo de livros.

Se irei ver o filme? Provavelmente não (tal como não vi a adaptação de 50 Shades of Grey).

Porque se repararmos, tal como aconteceu com 50 Shades of Grey, nada acontece no livro. Não tem nada a acontecer. Não há uma história, um desenrolar de acontecimentos, é apenas o ato em si na maioria das vezes e várias páginas/vários capítulos em que não acontece nada.

Mas acho que todos devem ler o livro para poderem ter uma noção do que é, do que se trata e para poderem opinar ou ter alguma opinião. No fim de tudo é só isso que eu defendo. E se algumas mulheres lerem e gostarem isso não faz de vocês menos do que os outros. Bullying literário não pode existir. Porém, neste tipo de livros temos que saber o que é ficção e realidade e não se devem romantizar relacionamentos abusivos. Nunca.

Deixo a resenha que fiz ao filme:


domingo, 2 de fevereiro de 2020

Clássico de Terror - O Exorcista

Olá, Pessoal!
Hoje venho falar sobre o filme de terror "O Exorcista" (1973).
Foi um dos primeiros filmes de terror que eu vi e que me deixaram com medo. Sem contar que é um clássico.



Outra coisa que também me espantou foi o facto da atriz Linda Blair em 1973 estar tão nova...


... e a equipa de caracterização fazê-la desta maneira:



Indo para alguns factos sobre o filme:

- O Exorcista foi o primeiro e único filme de terror a ser indicado ao Oscar de melhor filme (os filmes "O Sexto Sentido" e "O Silêncio dos Inocentes" não são considerados do mesmo género).

- O diretor John Boorman chegou a oferecer-se, mas posteriormente desistiu do projeto, por considerar a história cruel demais. Ele, entretanto, aceitou estar presente em O Exorcista II - O Herege, lançado 4 anos depois.

- A atriz Ellen Burstyn aceitou atuar em O Exorcista estabelecendo uma única condição: que a sua personagem não dissesse a frase "I believe in the devil!" ("Eu acredito no demónio!"), contida no guião original. Os produtores atenderam o pedido e esta frase foi omitida da história.

- As atrizes Jane Fonda e Shirley MacLaine chegaram a ser sondadas sobre a possibilidade de interpretarem a personagem Chris MacNeil.

- Eventualmente, o diretor William Friedkin consultava o Reverendo Thomas Birmingham sobre a possibilidade de exorcizar o set de filmagens. Em todas as vezes, o reverendo recusou o pedido, dizendo que isto causaria ainda mais ansiedade no elenco. Mas por diversas vezes ele visitou os sets para benzê-los e tranquilizar o elenco.

- O quarto onde grande parte do filme foi rodada teve que ser constantemente refrigerado, para que se pudesse capturar com exatidão a respiração gélida dos atores. Para tanto, foram usados 4 aparelhos de ar condicionado, todos ligados simultaneamente.

- Na sequência em que a personagem de Ellen Burstyn é arremessada para longe pela sua filha sob possessão demoníaca, Burstyn bateu violentamente com o coccix contra a cama e gritou de dor no mesmo instante. Esta cena foi filmada e está presente no filme.

- Inicialmente, a voz do demónio seria da própria Linda Blair. Entretanto, após 150 horas de trabalho em cima do som do filme, o diretor William Friedkin resolveu substituí-la pela voz de Mercedes McCambridge que, para fazer a voz do demónio, só comeu ovos crus, bebeu muito álcool e fumou diversos cigarros.

- A atriz Mercedes McCambridge chegou a processar a Warner Bros., para que o seu nome como a dona da voz do demónio entrasse nos créditos do filme.

- A morada/o endereço (PT/BR) do apartamento mostrado no filme foi anteriormente habitado pelo autor do livro em que o filme foi baseado, William Peter Blatty, quando este era apenas um estudante da Georgetown University.

- Durante as filmagens, 8 pessoas da produção morreram de forma não explicada.

- Foi relançado nos cinemas americanos em 2000, com uma nova cópia, som digital e 11 minutos de cenas extras inseridas ao longo do filme.

- O Exorcista é o primeiro de uma série de quatro filmes baseados nos personagens. Os demais foram O Exorcista II - O Herege (1977), O Exorcista III (1990) e O Exorcista - O Início/O Exorcista - O Principio (tradução em Portugal) (2004).

Factos que aconteceram enquanto o filme era filmado:

- Vários acidentes ocorreram durante as filmagens do filme. Esses acidentes ajudaram muito a divulgação do mesmo, pois muitas pessoas acreditavam que isso fosse uma maldição.
Um deles foi o incêndio no set de filmagem, que prejudicou muito as gravações. Não se sabe ao certo a origem do fogo, pois aconteceu num final de semana, sem ninguém por lá. Mas as pessoas atribuem esse incêndio a "causas desconhecidas", pois não encontraram um motivo para o acidente.

- O ator Jack Macgowran, cujo personagem morre no filme, faleceu dias depois de concluir a gravação. Parentes de outras pessoas que trabalharam no filme também morreram, como por exemplo o irmão do ator Max Von Sydon, além de um cameraman e um vigia.


Informações técnicas do filme:

Titulo Original: The Exorcist
Titulo Português: O Exorcista
Titulo Brasileiro: O Exorcista
Ano: 1973
Realização: William Friedkin
Argumento: William Peter Blatty
Atores: Ellen Burstyn, Max Von Sydow, Lee J. Cobb
Géneros adicionais do filme: Drama, Thriller

"O Exorcista " é um dos maiores clássicos do terror. Na época, aquele vómito verde nem sequer existia nos filmes como hoje se vê com tanta frequência. E ainda hoje, após 40 anos de lançamento, ainda não houve nenhum a igualar o medo. Aliás, tentem ver a versão alargada lançada em 2001 e vão sentir ainda mais medo. Uma das cenas que foram cortadas da versão original foi a jovem Regan a descer as escadas como uma aranha.


Até o final foi alterado.
O filme naquela época foi feito com efeitos especiais bem rudimentares, mas ainda hoje causa medo. A razão é bastante simples, é um guião (e um filme) que causa sempre uma sensação de medo do princípio ao fim. Coisa que poucos filmes hoje em dia conseguem provocar no telespectador.

Não importa os anos que passem, "O Exorcista" será sempre um clássico do terror e, pelo menos até hoje, nenhum o iguala no medo que provoca a quem o veja.


Créditos:
Fotos: Google
Factos: Adorocinema.com

Alteração de página

Olá, Pessoal!
O ano de 2020 começou e algumas coisas foram alteradas aqui no blogue.

Primeiro que tudo, acrescentei as resenhas/opiniões e divulgações feitas aos livros lançados (A Escola do Terror e Encontro com o Passado) e acrescentei dois quizzes feitos sobre os livros (uma brincadeira que fizeram).

E ainda teremos mais uns capítulos de Dupla Fatal em breve a serem postados (paciência é o que se pede).

Ainda posso ter mais algumas alterações a fazer, mas direi mais tarde.

Aguardem!