Olá, Pessoal!
O post de hoje é mais reflexivo e mais pessoal, mas sei que alguns se irão identificar.
Penso que a minha procura pelo meu primeiro emprego começou antes de 2018. Parei um pouco durante as férias e depois decidi começar a procurar. Tinha um currículo, na época, mais ou menos bem preenchido para uma pessoa da área das artes com menos de 25 anos. O que eu não sabia era que ao parar um pouco, fiz um erro.
Ao ter um currículo mais um menos bonitinho, pensava que iria conseguir facilmente um emprego na área. Mas estava completamente enganada. Trabalhar na área editorial, ou artística requer experiência, algo que eu não tinha, embora ter publicado dois livros e ter um currículo ligado às artes. Mas isso da experiência eu sabia. A desvalorização é grande, principalmente nestas áreas. O que eu não sabia é que ninguém está disposto a dar-me uma oportunidade e, por conseguinte, a ensinar o que eu preciso de saber.
O mercado de trabalho está viciado. Todos os recém-licenciados, ou quase todos, ou pessoas que terminam o ensino secundário e procuram cursos, só têm um caminho: trabalhar num call center ou em supermercados por um salário miserável. Isso se não pedirem experiência. A maldita experiência.
Quem consegue um emprego na área que gosta, encontra-o através de cunhas ou segue os estudos para uma pós graduação ou para mestrado e, mesmo assim, é um tiro no escuro, porque o estudo não conta como experiência. Sem contar que tem que se estar formado até aos 25 anos e ter já uma experiência de 1, 2, ou, espantem-se, pedem também de 3 anos.
Tive no meio de alguns emails a dizerem que não estariam interessados e também fui chamada para umas quantas entrevistas, algumas online, via Zoom, onde, excepto uma, mencionaram a falta de experiência... como se eu não soubesse. Em nenhuma me disseram que estavam dispostos a dar formação.
Um dos conselhos que posso dar a quem está à procura de emprego é que leiam bem os anúncios, guardem ou copiem todo o texto do anúncio e depois o levem para a entrevista. Nunca se deixem enganar por quem vos está a entrevistar. Nem se deixem ser reduzidos a "não ter experiência", pois ninguém nasce ensinado. Se não estão dispostos a ensinar, nem sequer considerem essa empresa.
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