sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Leituras de Setembro

 Olá, Pessoal!

 Como sabem, as leituras do mês de Setembro terão que ser menores já que fui internada e ainda me encontro em recuperação de uma hepatite.

 Esta é a lista que consegui concluir neste mês.

 Li Poemas de Sagitário, de Pietro Universo, tanto a primeira edição como a reedição.

 Reli Afroerotimo em Contos, de Lucas Cassule, além do conto Efiko do mesmo autor.

 Também reli Veludo Negro, de Alusapo, para fazer nova resenha.

 Também reli O Destruidor de Mundos, de Vinícius Oliveira Rocha, para escrever uma nova resenha.

 E também li A Montanha, de Arthur S.

 Além disto, também li dois contos e um livro para leitura beta.

 Termino o mês com a leitura de 7 obras e 3 contos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Técnica Pomodoro

 Olá, Pessoal! 

 Hoje falo-vos sobre a técnica Pomodoro.


  Esta técnica foi criada pelo italiano Francesco Cirillo no final dos anos 1980 como um método de gerenciamento de tempo. O objetivo é estabelecer um foco na tarefa a ser executada, evitando distrações e aumentando a produtividade. Junto a isso, a ideia de que pausas frequentes no processo criativo podem aumentar a agilidade mental. O nome da técnica vem da palavra tomate em italiano (pomodoro) e surgiu quando Cirillo utilizou pela primeira vez um daqueles cronómetros de cozinha em formato de tomate.

 Para fazer uso da Técnica Pomodoro deve providenciar um cronómetro. Com ele em mãos, comece:
 
– Irá trabalhar em ciclos de 25 minutos cada, os chamados “pomodoros”.
 – Acerte o cronómetro para o primeiro ciclo e foque no texto. Durante esse tempo não é permitido fazer nada que não seja escrever a sua história.
 – Se se lembrar de algo importante, anote num papel para fazer após o término do ciclo.
 – Ao final do primeiro pomodoro terá cinco minutos de descanso para realizar alguma atividade que ajude a espairecer a mente.
 – Terminado o intervalo de cinco minutos, acerte o cronómetro e inicie um novo ciclo de 25 minutos. Lembre-se que pomodoros são unidades indivisíveis, não há meio pomodoro, são sempre 25 minutos que devem ser cumpridos ininterruptamente.
 – Ao final de quatro pomodoros terá um descanso maior, desta vez de meia hora, para que a mente recomponha as energias. É aconselhável ter algum papel por perto para ir anotando os pomodoros finalizados.
 – Além de controlar os pomodoros e os intervalos, as anotações servem para que consiga perceber quantos pomodoros são necessários para realizar determinadas tarefas e o quanto produziu naquele espaço de tempo, melhorando o seu processo criativo.

 Aconselha-se que, ao utilizar a Técnica Pomodoro, nos intervalos sejam realizadas, de preferência, atividades físicas. Desta forma estará a dar de facto uma folga para a sua mente, para que ela possa voltar à carga total no próximo ciclo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

O meu processo de recuperação (Parte 1)

 Olá, Pessoal!

 Eu decidi partilhar o meu processo de recuperação, até mesmo para questões informativas. Ao que parece, a recuperação do fígado durará até, no máximo, 6 meses.

 Ontem, dia 20, fez uma semana em que saí do hospital. Ainda me sinto cansada, mas não sinto dores. 

 Sempre fui saudável, não me lembro de algum dia ter ficado internada e confesso que este processo de recuperação deixa-me impaciente e frustrada.

 O cansaço físico não é só físico, também é mental. Tentei recomeçar a leitura na quinta-feira, dia 15, e só consegui ler três páginas. Não me lembro de alguma vez ter chorado no hospital, nem quando fiquei internada, nem quando fui, nem assim que saí, mas chorei quando percebi que só consegui ler três páginas e depois fiquei uma hora de olhos fechados. Não dormi, simplesmente fiquei cansada. E só tinha lido três páginas. É um sentimento inexplicável. Fiquei bastante triste quando percebi que não conseguia nem ler como pretendia, nem no ritmo que lia.

 Não vou precisar de dizer que vou demorar a publicar as resenhas.

 Hoje, uma semana passada, e só consigo ler cinco páginas. 

 No começo de Outubro eu espero ter uma nova resenha publicada na Fábrica de Histórias, porém até sinto cansaço a falar. Percebo-me a arfar quando falo demasiado.

 Já não arrasto os pés quando ando, contudo ainda não consigo ficar muito tempo em pé.

 A única boa notícia é que já como bem e não me sinto nauseada quando sinto o cheiro da comida. Mas ainda me sinto nauseada com alguns cheiros. Não suporto ainda o cheiro do álcool, dos perfumes mais adocicados e nem do tabaco, mas deste último já não gosto quando estou bem de saúde, portanto talvez faça algum sentido ainda não o conseguir tolerar.

 O meu processo de recuperação está lento e agora, que já não sinto dores, estou a lutar contra a impaciência, ao mesmo tempo que luto para ficar totalmente recuperada e rapidamente.

 Até breve!

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O que aconteceu comigo...

 Olá, Pessoal!

 Tal como falei no Facebook, eu fiquei doente e fui parar às urgências do hospital. Tenho uma hepatite e encontro-me em recuperação.

 Aqui neste post, para questões informativas e para ajudar quem pode em breve passar por uma hepatite, deixo-vos o que aconteceu comigo, os meus sintomas, e como é que fui internada.

 Alguns dos sintomas de uma hepatite são: pele e olhos amarelados, urina escura, dor e inchaço na região superior direita da barriga, febre baixa constante, perda de apetite, enjoos e cansaço. Eu posso revelar que apenas não tive a dor e nem o inchaço.

 Tudo começou na terça-feira, dia 6 de Setembro. Comecei a sentir-me um pouco esquisita durante a tarde, mas nada que me deixasse preocupada. De noite, ao jantar, comi uma sopa e vomitei-a. Na verdade, senti que não tinha fome. Penso até que, durante a tarde, fiquei um pouco nauseada. A urina estava escura, mas nada que achasse estranho, já que tinha bebido pouca água nesse dia. Nessa mesma noite, ainda vomitei uma segunda vez, e mal consegui dormir. Até posso revelar que sonhei com a minha morte. Foi assustador no momento, mas hoje, relembrando o que aconteceu, percebi que o meu subconsciente estava a dar-me sinais de que eu não estava bem.

 No entanto, ao que tudo indicava naquele momento, tinha sido algo que tinha comido que me tinha feito mal.

 No dia seguinte, os vómitos aumentaram. O meu pai e a minha avó, que vivem comigo, notaram-me com a pele e os olhos amarelados. Eu não tinha reparado nisso, exceto pela minha visão que parecia muito mais amarelada ao olhar para uma luz de lâmpada. Não consegui tomar o pequeno almoço, vomitei uma canja, que comi a pensar que seria algo do estômago, e comecei a ter vómitos secos porque cheguei a um momento em que nada tinha mais no estômago para poder vomitar. Os meus vómitos chegaram a ter uma coloração mais esverdeada. Comecei a vomitar realmente verde.

 Tudo piorou no começo da tarde de quarta-feira. Os vómitos e o mal estar intensificaram-se a ponto de estar às 15 horas de joelhos no chão da casa de banho/do banheiro, agarrada à sanita/ao vaso. Não conseguia parar de vomitar. Cansei-me. A garganta já me tinha o gosto a sangue, mas nunca cheguei a vomitar sangue. Nessa mesma hora, tenho o meu pai à entrada da casa de banho/do banheiro a perguntar "Queres ir ao médico?" e eu simplesmente responder "Sim, já não aguento mais". E, realmente, já não aguentava.

 No entanto, nesse momento, quando fui ao hospital, ainda não tinha sido diagnosticada com uma hepatite. A médica que me atendeu mandou-me a uma ginecologista por causa da pílula. Ou seja, voltei para casa, com um soro tomado, um pouco melhor dos vómitos num primeiro momento, mas ainda um pouco nauseada. E a ter que marcar uma consulta de ginecologia.

 Escusado será dizer que passei uma má noite, com vómitos, novamente. Aguentei dois dias assim, até porque a médica disse que iria demorar um pouco a passar. Foram nesses dois dias que percebi que tinha febre baixa constante. Senti-me febril. Ou seja, um outro sintoma de hepatite tinha-me surgido.

 Voltei ao hospital no sábado. Estava amarela, com vómitos, a sentir-me cansada... basicamente péssima. O médico que me atendeu pediu que fizesse também análises à urina. Foram nessas análises que foi reparado que os meus níveis do fígado ultrapassavam os 2000 (o máximo é 55).

 Fui internada nesse sábado e por lá fiquei até terça-feira, dia 13. Tomei dois sacos de soro. Fui acordada várias vezes durante a noite para tirar sangue, fiz mais uma análise à urina, mediram-me várias vezes a tensão/pressão e a febre. Inicialmente só conseguia beber, não conseguia comer nada sólido. Fui de bebidas, para porés e depois, finalmente, consegui comer melhor peixe e carne. O cansaço solidificou-se dentro de mim, a ponto de me levantar e caminhar devagar e ter que me sentar pouco depois.

 Ao sair do hospital, fui aconselhada a não fazer viagens e a realmente não ir a um ginecologista por causa da pílula, eu não podia tomar nada no momento. Na verdade, dentro do hospital, fui vista por uma ginecologista, até porque a minha menstruação desregulou devido a tudo isto que ocorreu com o fígado. O sangramento não me parecia normal.

 Além disso, também não posso comer nada com sal, tenho que tentar comer de forma variada e várias vezes ao dia, beber um litro e meio de água por dia, e não sobrecarregar o fígado com comprimidos, na verdade não devo tomar comprimido nenhum, nem mesmo o paracetamol para as dores.

 A recuperação total do fígado pode chegar até ao seis meses. Terei que fazer análises no começo de Outubro e no fim de Outubro terei uma consulta para saber como tudo está a correr, no entanto a situação ainda está reservada, pois posso ter uma recaída durante este meio tempo. Se voltar a ficar amarelada, com febre, ou com vómitos, terei que voltar ao hospital de urgência.

 Mas estou a tentar recuperar-me bem... E espero que essa recaída não ocorra.

 Ou seja, terminando tudo, talvez a minha paragem não tenha sido por ansiedade, mas sim devido à hepatite que estava dentro de mim.

 Voltarei aos poucos a publicar no blogue. Reparei que as 200 e poucas publicações que fiz no mês passado não dão para ser todas visualizadas e terei que republicá-las novamente. Acho que farei isso enquanto não tiver publicações novas para vos dar.

 Agradeço a todos pelo carinho e pelas mensagens!

 A Revista Rabisca irá continuar em breve com novas edições e a Fábrica de Histórias tem sido atualizada devido à Michele Bran que tem publicado as resenhas que gravei antes de ser internada.

 As resenhas das obras serão todas publicadas em breve!

 Enquanto isso, vou atualizando o blogue com republicações.

 Até breve!

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Ficar Por Aqui

 Olá, Pessoal!
 O título parece uma despedida... e talvez até seja.


 Este momento da minha vida só interessa para dizer que durante os momentos em que bati no fundo do poço e dei por mim a chorar acabei por tomar algumas decisões. Algumas que no momento me magoaram imenso e das quais não fui capaz de falar até agora. Sendo uma delas relacionada ao blog. E mesmo não acreditando que chegamos a este momento, a verdade é que ele chegou e, por tempo indefinido, não voltarei a escrever para o blog.

 Faltam palavras para iniciar este texto que representa a longa trajetória de muita dedicação, garra, amor, ódio, sucessos, derrotas e, principalmente, de muito prazer.
 Nunca me esquecerei destes 13 anos ininterruptos em que geri o blog. Inicialmente era uma amadora, passei a escrever melhor, passei a entender de fazer capas, de design (mas aqui continuo uma amadora).

 Este blog passou por diversas fases de altos e baixos que foram essenciais para o seu crescimento.

 Quero agradecer a cada um que ajudou a construir tudo isto que o blog foi e sempre será, pois esta despedida não marca um esquecimento da sua trajetória, mas sim um eterno contrato com os leitores.

 Também quero agradecer aos amigos que construí e que levei para além do mundo virtual, mesmo não tendo a possibilidade de os conhecer pessoalmente ainda.

 As obras ficam para sempre nas nossas memórias e as que escrevi estarão sempre marcadas. Até mesmo as que não publiquei, e sabem que são muitas.

 Os leitores permanecerão a lembrá-las, até mesmo as que foram postadas aqui, capítulo a capítulo.

 Este post é um adeus. Um ponto final. Ou talvez apenas um até já. O tempo o dirá. Porém, a verdade é que, por agora, é uma despedida. E uma que me custa muito. O blog esteve comigo durante momentos muito importantes da minha vida. Mas não dá mais. Eu não tenho vontade de ver filmes, séries, de ler e basicamente de trazer conteúdo. Devem ter percebido que eu publiquei muita coisa ultimamente. Eu tinha mais de 200 posts nos rascunhos que nunca cheguei a publicar. Eu não produzia bastante, eu simplesmente publiquei o que já tinha.

 A escrita passou a obrigação, a autoconfiança foi para baixo, e senti-me a perder o gosto do que gostava. As últimas resenhas que fiz foram feitas "a ferro". E a culpa não é dos livros, a culpa não é de eu não gostar das obras, as obras eram ótimas. A culpa era minha, o problema é meu. Eu é que perdi o gosto.

 Espero, do fundo do coração, que eventualmente as coisas por este lado se acalmem e que volte a querer escrever, mas por enquanto vou deixar e parar de fazer algo que não sinto que é o momento para o fazer.

 As resenhas talvez abrandem um pouco. É possível... Mas não as irei publicar aqui.

 Despeço-me assim, com o coração pesado, mas a perceber que já não tenho saúde mental que aguente sozinha uma ansiedade.

Prefácio na obra Poemas de Sagitário

 Olá, Pessoal!

 A nova edição de "Poemas de Sagitário", da autoria de Pietro Universo, tem prefácio escrito por mim.

Créditos: Pietro Universo

 É um prazer ser convidada para escrever o prefácio desta obra incrível. A minha alma sagitariana sentiu prazer, honra, mas também uma leve insegurança. Tenho Mercúrio em Capricórnio, deem um desconto à minha pessoa!

 Mas aceitei, enfiei a cara na página branca do Word e comecei a escrever para o leitor que vai abrir as primeiras páginas desta obra (Capricórnio a enfeitar o meu mapa astral é brilhante!).

 Leia, não importa se é sagitariano, se tem sagitário no mapa astral, ou se nem sequer acredita em astrologia. "Poemas de Sagitário" é sobre o interior do ser humano.

sábado, 3 de setembro de 2022

Sentir-se alheio do mundo

 Olá, Pessoal!

 Neste post trago uma reflexão.

Sentir-se alheio do mundo

 Depois de inúmeras reflexões, deparei-me com uma percepção: eu sempre me senti alheia do mundo. Sinto que vivia em dois mundos. Um só meu, onde eu passava mais tempo, e o outro onde as coisas aconteciam e as pessoas interagiam. Eu sempre, ou desde que eu me lembre, assumi mais a postura de observadora do mundo social do que de participante. Desde que eu me lembre, me vi bastante introspetiva, como se eu vivesse mais nos meus pensamentos. E isso deixou-me mais ansiosa. Ansiosa porque eu não estava satisfeita com a vida que eu tinha, com as pessoas com quem eu interagia - e não interagia- , e ansiava pelo instante em que essa satisfação me preenchesse.

 Lembro-me de querer ser adulta e estar bem estabilizada. O futuro, aos meus olhos, parecia mais confortável do que os meus estudos naquela época, momento em que eu vivenciava a angústia da puberdade. Fazia comparações e via que eu não fazia grande coisa. Um outro facto interessante: a minha comparação sempre foi com raparigas, mulheres, o que demonstra o impacto pessoal da competitividade feminina incentivada na nossa cultura.

 A minha cabeça sempre foi um espaço com muitos pensamentos. Sempre fui uma observadora, o que me tornou uma escritora. Vivi em piloto automático. 

 Viver requer mais leveza. É um desafio.

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Setembro... O segundo mês mais falso do ano

 Olá, Pessoal!

 Hoje vem textinho reflexivo.

 Começou Setembro, o mês da conscientização (ou conscienlização) para a saúde mental. Este mês é um dos meses mais falsos do ano, só perdendo para Dezembro, onde temos o Natal e todos querem que a gente fique em família quando somos uns antissociais e/ou a família é tóxica. Ironia atrás de ironia!

 Eu gosto de ser sagitariana, mas detesto fazer aniversário 10 dias antes do Natal, no meio da correria de se ser obrigado a comprar presente quando nos outros dias do ano as pessoas estão a lixar-se para os outros.

 Mas um Sagitariano não deveria ficar triste com o Natal, eles vibram com a magia. O triste é que o meu mapa astral está carregadinho de Capricórnio. Eu sou mesmo conhecida por ter um coração de pedra, só não nasci no dia de Natal para comprovar que o meu sol era o mesmo signo.

 Mas, enfim, voltando a Setembro porque ainda faltam três meses para o Natal... Chegámos ao Setembro Amarelo, onde toda a gente decide importar-se com a saúde mental dos outros (ou até mesmo da sua). Chegámos ao mês em que todos dizem que depressão é uma doença, enquanto que nos outros meses do ano, depressão é falta de Deus, depressão passa rezando-se.

 Se a depressão passasse rezando-se, não haveria um ateu no mundo, seus crentes de plantão. Porque se há pior doença, é a doença que não se vê.

 A pessoa pode morrer de doença prolongada, ou de ataque cardíaco, mas quem morre devido à depressão, nunca é levado a sério, não sei se perceberam isto. É desvalorizado.

 Nós sabemos quem morre devido à depressão. Temos vários casos de artistas que se matam, mas todas as pessoas levam para a bebida. Sim, a depressão leva à bebida, mas a bebida não é a causadora.

 Temos jovens a morrerem devido a desafios online e a maioria dos pais coloca a culpa nos desafios, ou de quem os criou, do que coloca a culpa na depressão. Jovens com a saúde mental intacta não participam destes desafios. Isto é unânime entre todos os psicólogos e psiquiatras no mundo inteiro, não é opinião pessoal, é algo que todos os médicos especialistas em saúde mental no mundo dizem.

 Mas a culpa não é dos pais, ou só dos pais que estão desatentos, a minha geração quando estudava na escola também parecia perdida quanto a saúde mental. Eu, por exemplo, andei num psicólogo quando não precisava, e quando eu realmente achei que precisava, não o tive. E tudo isto na escola. Confesso que a própria escola levou-me a criar um certo preconceito com estes médicos psicólogos durante algum tempo.

 Com 10 anos tive o meu primeiro ataque de ansiedade, pedi aos meus pais para me levarem ao médico, fiz tudo quanto era exame, porque achava que tinha um problema de coração (até porque tenho historial na família), porém nada acusou nos exames. Só anos mais tarde percebi que o meu problema não era físico, mas sim mental. A ansiedade, afinal, também se demonstra de forma física.

 O mais irónico é que o povo desvaloriza durante 11 meses a saúde mental quando, na verdade, pode até ser mais importante do que a saúde física. Se algo nos doer fisicamente, de certa forma, há quem consiga se abstrair dessa dor com a ajuda da mente. Se a dor é mental, até fisicamente nos pode doer. E o pior é que a nossa própria mente não pode tirar-nos essa dor, porque já vem dela. Então, basicamente, o cérebro é que manda nisto tudo!

 Quem é que ainda tem a audácia de comentar que a depressão é algo fácil, é só rezar, é só dormir que passa?! E agora surge quem acha isso e comenta um "Diana, és muito jovem para isso". E eu respondo: "Provavelmente, já tive depressão". Mas percebi a tempo. Quando percebi que tinha perdido o gosto por escrever. Sim, houve uma época em que perdi o gosto por escrever e eu escrevia todos os dias. Parei um dia porque estava cansada, desvalorizei. Parei o segundo dia, estava cansada, desvalorizei. Sete dias passaram sem eu escrever nada. Nesse sétimo dia, pensei que não era cansaço. E foi aí que eu percebi... um dos sintomas da depressão é perder o gosto de algo que se tinha.

 Com a tristeza nós ainda funcionamos, mas com a depressão deixamos de funcionar. E eu parei de escrever durante sete dias. Percebi também a minha falta de socialização. Fiquei sem coragem para fazer nada. Acordar de manhã e pensar "Eu quero dormir mais, não quero me levantar agora". Hoje em dia já sei que se eu não escrever, é porque estou à frente da porta da depressão. E, dependendo se eu percebo rápida a minha situação ou não, vejo-a de porta fechada ou aberta. Se estiver aberta é pior, porque ela já nos quer receber.

 Mas pior ainda é se entramos e fechamos a porta. Mas só em Setembro é que ligam para isso. Só em Setembro é que acham que é doença.

 Infelizmente, Setembro é o segundo mês mais falso do ano.

 Viva o Setembro Amarelo!

Balanço de Agosto

  Olá, Pessoal!

 Deixo-vos aqui o balanço deste último mês. Foi um Agosto dedicado a muitas resenhas e leituras.



 Vamos, então, por partes:

 Escrita: 5.163 Palavras

 Dias de Descanso: 15 Dias (Primeiros 15 dias de Agosto)

 Dias de Revisão: 7 Dias (Entre 22 a 28 de Agosto)

 Livros lidos: 14 obras e 5 contos curtos

 Resenhas: 6 Resenhas (Literaturas angolana e brasileira)

 Leituras Betas: 8 obras e 5 contos curtos


 Este foi o balanço de Agosto.

 Que venha Setembro!

Encontro com o 666

 Olá, Pessoal!
 Durante os anos de 2018/2019 estive a alterar alguns post antigos do blogue. Alguns erros ortográficos, coisas que me passaram na altura, foram alterados. No entanto, o enredo eu não modifiquei.

 Deixo-vos, então, aqui os links do antigo projeto "Encontro com o 666" escrito em 2012, para que todos voltem a ler.

 P.S - Aviso que é a versão blogue.

Capa de Encontro com o 666

 Encontro com o 666 (Escrita em 2012) (Lançado em livro com o título "Encontro com o Passado" com as mesmas personagens, mas com um novo enredo)
 Sinopse: Uma turma, pessoas diferentes, passados semelhantes. Dramas que se entrelaçam. Duas irmãs. Uma trabalha para a Polícia, outra é uma adolescente a estudar no 12º ano. Uma delas é chamada para tentar encontrar um assassino em série conhecido por 666, Diabo ou simplesmente D que está, nesse momento, infiltrado na turma da sua irmã. A rapariga terá que proteger a sua irmã e os colegas ou a escola acabará nas mãos de uma pessoa que irá destruir a humanidade.
Se é verídico? Não, mas poderá se identificar com alguns destes personagens. Podendo também se chamar a quarta parte de A Escola Do Terror, encante-se com esta história.
 Género: Romance Policial.
 Aviso: Contém conteúdo sexual.

Capítulos: (Apenas para o blogue)

 OBS: Os capítulos têm nomes (pela primeira vez).

 Capítulo 1 - A Entrada na Escola e Capítulo 2 - Convívio
 Capítulo 3 - Conhecer os Alunos
 Capítulo 4 - Vida Louca
 Capítulo 5 - Um Segredo Descoberto
 Capítulo 6 - Um Novo Dia
 Capítulo 7 - Primeiros Suspeitos
 Capítulo 8 - Um Segredo Guardado
 Capítulo 9 - Andreia e Magalhães!
 Capítulo 10 - O Henrique Marca Pontos
 Capítulo 11 - A Vida na Noite
 Capítulo 12 - Esteróides e Aniversário
 Capítulo 13 - Tensão no Aniversário
 Capítulo 14 - Um Dia Para Esquecer
 Capítulo 15 - Ana Martins a Salvo
 Capítulo 16 - Interrogatório e Perguntas no Ar
 Capítulo 17 - Último Dia de Aulas e Acompanhantes de Luxo Descobertas
 Capítulo 18 - Procurar Uma Explicação
 Capítulo 19 - Segredo da Simone (quase) Revelado
 Capítulo 20 - A Simone Foi Descoberta
 Capítulo 21 - Pisar Terreno
 Capítulo 22 - O Magalhães Causa Decepção
 Capítulo 23 - Bruna Revela um Segredo à Andreia
 Capítulo 24 - Experiências Sexuais
 Capítulo 25 - "Isso São Pozinhos Para a Tosse?"
 Capítulo 26 - Fim do Segredo?
 Capítulo 27 - O Henrique Precipita-se
 Capítulo 28 - Uma Amizade Termina e Capítulo 29 - Henrique é Perdoado
 Capítulo 30 - Chantagem
 Capítulo 31 - Catarina Pede Explicações
 Capítulo 32 - O Início de Uma Relação
 Capítulo 33 - "Eu Amo-te, Carretas"
 Capítulo 34 - Amantes e Capítulo 35 - João Fica Surpreendido
 Capítulo 36 - Pedro Magalhães Sabe de um Segredo e Capítulo 37 - "Sim, 666, Sim Vou"
 Capítulo 38 - "O Miguel Droga-se?" e Capítulo 39 - Um Novo "Trabalho" Para o Magalhães
 Capítulo 40 - "Óbvio Que Ele Era Traficante" e Capítulo 41 - "Quero Que Sigas a Bruna"
 Capítulo 42 - Uma Proposta Aceite e Capítulo 43 - Visão Desagradável
 Capítulo 44 - A União Faz a Força e Capítulo 45 - Nunca se Deve Confiar Num Bêbado
 Capítulo 46 - 666 Tem as "Costas Quentes" e Capítulo 47 - "Traíste-me Com a Ana Catarina?"
 Capítulo 48 - A Suspeita
 Capítulo 49 - O Filme Encontro Com o 666
 Capítulo 50 - Madalena Chantageada
 Capítulo 51 - Partida de Carnaval e Capítulo 52 - Diogo e Ana Carretas Descobertos
 Capítulo 53 - Sentimento de Culpa
 Capítulo 54 - Andreia Conta a Verdade
 Capítulo 55 - Bruna e César?
 Capítulo 56 - Pedro Guerra Suspeito
 Capítulo 57 - Segredo Desvendado
 Capítulo 58 - Engraçada a Rapariga!
 Capítulo 59 - Atitude Arriscada, Mas Esperta
 Capítulo 60 - A Andreia Tem Que Ficar Viva
 Capítulo 61 - Não Foi um Acidente
 Capítulo 62 - É o Pedro Magalhães
 Capítulo 63 - É um Psicopata, Não um Assassino
 Capítulo 64 - O Hugo é o 666?
 Capítulo 65 - Recta Final
 Capítulo 66 - O 666
 Capítulo 67 - Fim [Último]


 Personagens:
 - Personagens.

 Capítulo Especial Natal:
 - A Fantasia dos Prazeres do Natal.


 Boa leitura! (novamente, para alguns).