Hoje trago um texto reflexivo.
Ultimamente, fui atingida com uma pergunta que me fez perceber que as coisas estão um pouco desanimadoras comigo. "Quando vem a nova edição da Revista Rabisca?". E aí percebi que a última atualização aconteceu no mês passado. E aí vem a resposta "Ainda não há previsão". E depois vem a segunda pergunta "Mas e a Elisa?". "Provavelmente ela não percebeu que eu estava 'desaparecida', ou então passa pelo mesmo problema que eu", só pensei, decidi responder que "ela não faz a revista sozinha, mas voltaremos em breve".
Depois dou por mim a pensar, alguém comprou a última edição? Percebo que a pessoa em questão nem uma comprou. Então, porquê a pergunta?
Bem, de qualquer forma essa pessoa fez-me perceber que alguma coisa estava errada comigo. Já disse muitas vezes o quanto eu convivo com a ansiedade. Tento conviver da melhor forma possível, sei que ela vive comigo e, de vez em quando, dá a cara de uma forma mais aterrorizante. E, não, ela não surge quando tenho que falar para uma plateia, sinto-me bem e os anos em representação deixaram-me calma, o problema é quando ela surge por pressões internas ou externas. O meu gatilho é outro e eu já o sei reconhecer, felizmente.
A Revista Rabisca foi um projeto especial, foi o passo um para uma união e expansão da literatura lusófona, mas as coisas não foram exatamente como eu estava à espera. As edições irão sair conforme tivermos conteúdo e coragem. E, no meu caso, é mesmo coragem. Não consigo fazer muita coisa em qualidade quando a ansiedade começa a bater nas minhas costas de forma pesada. Começo a trabalhar em modo bobô, ou seja faço tudo de forma repetitiva e a leitura de capítulos para resenha é feita duas ou três vezes porque apanho a minha mente a vaguear fora das páginas minutos depois. Isso se eu não tiver numa situação limite, em que pegar no livro já se torna difícil sem conseguir parar de tremer das mãos.
Mas, enfim... coragem para uma nova edição não tenho, no momento.
Contudo, tenho de continuar... de alguma forma.
Oi, Diana.
ResponderEliminarManter diários na minha adolescência me ajudou a lidar com os meus medos, os meus anseios, as minhas ansiedades, os meus problemas e as minhas mágoas. Se eu estava chateada ou com raiva de algo, algum acontecimento ou de alguém, eu escrevia nos meus diários. Isso era como uma terapia. Uma sessão de terapia. Algumas horas depois eu me sentia aliviada. Com o passar dos anos eu abandonei essa prática, mas agora eu estou tentando voltar a escrever em diários, porque eu sinto na pele que os problemas, os medos, as incertezas e as ansiedades estão demais nos últimos anos, mais do que antes. Antes era pra falar sobre as paqueras da escola e os crushes da tevê, dos amores platônicos que eu escrevia nos diários. Hoje eu quero falar e fazer um registro das coisas que eu gosto e aprecio; leituras e livros, mundo da música, do rádio e da tevê. Das coisas que eu vivencio e testemunho. Hoje eu quero apenas construir boas memórias, para mim mesma, para o futuro, e no futuro eu ter muitas histórias boas para contar, caso eu sobreviva a essa tribulação. Se eu não sobreviver os meus escritos falarão por mim. 😅
Se você não mantém um diário, se nunca experimentou escrever um, eu recomendo, porque ajuda a manter a calma. A controlar a ansiedade. Pelo menos no meu caso. Possa ser que funcione com outras pessoas também.
Um abraço. Boa semana!
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