terça-feira, 31 de março de 2020

Opinião: Terapia do Mexerico - Luisa Ciuni & Elena Mora

Olá, Pessoal!
Este foi o livro escolhido para ler no mês de Fevereiro do Projeto Literário 2020 - Uma Volta ao Mundo em 12 Livros.
Este livro, tal como tinha imaginado, não tem uma história de ficção. É um estudo feito por duas jornalistas italianas (Luisa Ciuni & Elena Mora) sobre os benefícios de se falar mal dos outros.

Capa do livro

Falar mal de alguém é um comportamento socialmente mal visto, porém, lendo este livro, conseguimos entender um lado bom.
De acordo com as autoras, o mexerico descarrega o stress, ajuda à integração social e faz bem à pele, relaxando os músculos do rosto. Além disso, é um ritual social e melhora o humor. Sem contar que ao "fofocar" permite-se descarregar a agressividade de um modo saudável, sendo também um bom remédio contra a tristeza. Ou seja, tudo bons motivos.
Também saliento aqui a palavra "chocolate", falar mal de alguém tem o mesmo efeito do que comer doces. E ainda há a vantagem de não se engordar.
No livro as autoras também diferenciam a forma de "mexericar" dos homens e das mulheres. As autoras referem que só as mulheres sabem tratar o mexerico como uma arte de forma a dar mais emoção à vida. Os homens são vulgares: fazem comentários sexistas, ou apenas se limitam a trocar informações.
O mexerico faz parte da natureza humana, defendem as jornalistas.

"– Se te contar uma coisa, prometes não a contar a ninguém?
– Com certeza.
– Mas a ninguém mesmo?
– Juro.
– Muito bem. Mas então para que hei-de contar-ta?"

As autoras:

Luisa Ciuni é jornalista, escritora e crítica de moda. Nasceu em Palermo, mas sempre viveu em Milão, onde trabalha como professora de Técnica de Jornalismo de Moda e como jornalista dos suplementos brilhantes do Grupo Class Editore.
Anteriormente, ela foi por muitos anos a editora chefe de cultura do jornal Il Giorno. Ela escreveu muitos livros dedicados à moda.
Ela assinou 4 volumes em Windsor com Elena Mora e é considerada uma das principais especialistas da realeza italiana.
Formada em Filosofia da Ciência, ela fala 4 idiomas.

Elena Mora nasceu no Piemonte e vive em Milão. Jornalista de profissão, é editora-chefe do semanário Diva e Donna. Escritora apaixonada, ela tem vários títulos, incluindo o manual anti-ansiedade para os pais (com Maria Rita Parsi) e terapia do mexerico (com Luisa Ciuni). Ela também é autora de livros infantis e desenhos animados.

Título original do livro: Gossip Terapia.


Links:
Biografia das autoras (traduzido do italiano):
Luisa Ciuni: https://www.festivaldellatv.it/speaker/luisa-ciuni/
Elena Mora: http://www.cairoeditore.it/component/option,com_jbook/Itemid,124/catid,83/id,163/task,viewAuth/
Foto da capa do livro: CustoJusto.pt

sexta-feira, 27 de março de 2020

Santa Catarina... Com H

Olá, Pessoal!
Deixo-vos aqui o conto "Santa Catarina... Com H" que foi selecionado para a 20ª edição da Revista LiteraLivre.

Texto na página da revista

Link para ler a revista : AQUI e AQUI.

Informações:
Título: Santa Catarina... Com H
Género: Comédia (Humor Negro).

Um sol grande, mas frio. Vi a Catharina vestida com um top e calções, que ela chamava de shorts com um sotaque lusitano (estaria tudo bem se não fosse o facto de Portugal não usar essa palavra). Nunca confies numa estudante portuguesa de treze anos. Para essas jovens, seja inverno ou verão está sempre calor. A nova geração portuguesa está perdida... ou então calorenta.
Chegámos à sala de aula, onde teríamos História, com ela a explicar-me que o nome dela era Catharina com h. Não sei por que demorei tanto tempo a perceber já que Portugal enfiava, por exemplo, a letra p no meio de palavras. O novo acordo ortográfico fez milagres!
A professora decidiu falar sobre a independência do Brasil. O inteligente da turma, conhecido por ser o único diabético, saiu-se com uma pergunta típica de um político que conseguiu terminar a faculdade via Internet.
– Professora, Santa Catarina é com h?
A professora, com um humor negro apurado, só respondeu que a pergunta era resultado das presenças nas aulas de português. Todos se riram, mas não a simpática Catharina.
A manhã de aulas acabou fazendo-me agradecer aos céus, pois durante todo o tempo estive a tentar salvar a doce Catharina das “garras” do nosso colega esperto. Convidei-a a ir comer um pastel de Belém, um doce típico português. Ela aceitou. O futuro político da turma ouviu e não resistiu em regressar aos comentários inteligentes.
– Cuidado, Catharina com h, aqui em Portugal os "gringos" engordam!
– Se fores para o Brasil, não comas muito brigadeiro. Cuidado com a diabetes! – Disse-lhe eu, perdendo a paciência.
A Catharina olhou para mim.
– Não fale isso! Coitado do garoto!
Eu olhei para ela por alguns segundos, chocada. Depois, volto a olhar para ele.
– Sabes uma coisa? – Esperei alguns segundos, antes de dar a "resposta fatal" – Santa Catarina é realmente com h.

Espero que tenham gostado!

Queria deixar também este texto que fiz na minha página do Facebook:

"Queria escrever este texto para agradecer à Revista LiteraLivre. Agradecer por ser uma revista livre, fazendo jus ao nome. O tema é livre, as pessoas podem escrever sobre qualquer coisa. Agradecer por todas as pessoas de países de língua portuguesa poderem participar formando companheirismo e união. E por último agradecer por ser uma revista responsável. Não altera uma única palavra dos textos dos autores, deixando a responsabilidade nos seus criadores. Quem é meu leitor sabe que quando se trata de contos eu costumo escrever de três formas: Um policial ou um drama fazendo um plot twist surpreendente, em que a maioria dos leitores não estava à espera (tal como aconteceu com o drama Verdadeiramente... que foi selecionado para a 13ª edição da revista em que tudo indicava uma relação heterossexual e no fim a protagonista era apaixonada por uma mulher) ou faço uma crítica à sociedade usando um certo humor negro (tal como acontece com este conto Santa Catarina... Com H). As pessoas sabem que, quando sou eu a escrever, deixo uma certa ironia nas palavras e agradeço à revista por ter aceitado este conto em forma de crítica escrito por mim.
Tendo em conta que eu tenho a responsabilidade sobre o texto, deixem-me desculpar e fazer um curto resumo.
Santa Catarina... Com H é uma crítica que faço à sociedade xenófoba, utilizando políticos para descrever um vilão. A imagem de um político corrupto torna-se semelhante à de um xenófobo. A situação não é verídica, pelo menos a mim nunca me aconteceu, mas já passei por situações semelhantes. Tive colegas brasileiras em algumas turmas na escola e uma delas foi vitima de bullying, mas esta situação em concreto nunca ocorreu. O nome da protagonista é inspirado na minha amiga brasileira Catharina Bianchi, que conheci virtualmente em Outubro de 2010, e o nome dela foi usado como trocadilho, tendo em conta que em Portugal não existem muitas Catarinas com h. Não pedi autorização, mas, há muitos anos, ser a protagonista de um projeto ou conto meu foi um desejo dela e agora finalmente aconteceu. Aproveito para agradecer a amizade e desejo que ela goste do conto.
Aproveito também para pedir desculpa a todos os diabéticos que se poderão sentir ofendidos com este conto. Sei que tenho leitores diabéticos (que eu conheça são três) e dois deles, que são portugueses, já me disseram que não se sentiram ofendidos porque sabem como é que eu escrevo. Mas sei que muitas pessoas lerão a revista e, não sendo minhas leitoras, poderão ofender-se. Aproveito para dizer que usar a diabetes não foi para incluí-la na crítica, mas sim apenas para caracterizar o personagem e conseguir um plot twist, usando doces típicos do Brasil e de Portugal.
Espero que gostem do conto e agradeço à revista por ter deixado o meu humor "esquisito", dizem os meus leitores, e a minha essência. Com certeza participarei mais vezes em mais edições."


quinta-feira, 26 de março de 2020

Desafio Literário durante a quarentena

Olá, Pessoal!
Decidi criar um Desafio Literário para ser feito durante a quarentena.


Regras:
- Limite mínimo de 200 palavras. Sem limite máximo.
- Pode escrever todos os dias, ou pode alargar o prazo, no entanto é proibido escrever dois textos num mesmo dia.
- Escreva sobre o que é proposto.

Deixo aqui a lista de 31 propostas para que os escritores percam algum tempo a fazerem o que gostam: escrever. Se estiverem num momento de falta de inspiração das vossas histórias, façam este pequeno desafio.

Dia 1: A sua personagem encontrou um envelope na rua. Desenvolva a história.
Dia 2: Falando de pandemias, como reagiriam as suas personagens? Desenvolva.
Dia 3: Escreva sobre algo que se passe no gelo.
Dia 4: Amor de mãe. Escreva alguma situação que envolva pais e filhos.
Dia 5: Dois amigos estão perdidos num país estrangeiro. Como eles reagem?
Dia 6: Descreva uma situação envolvendo algum tipo de preconceito.
Dia 7: Pegue numa personagem de um livro e coloque-o a passar uma situação diferente das que viu no livro original.
Dia 8: Coloque duas personagens de livros diferentes a interagirem.
Dia 9: Crie uma cena de fantasia.
Dia 10: Escreva algo sem qualquer diálogo.
Dia 11: Escreva apenas em diálogos.
Dia 12: Use um personagem negro para alguma situação.
Dia 13: 13 é o dia do azar. Escreva algo sobre a data.
Dia 14: A sua personagem tem que lidar com crianças pela primeira vez. Como é que ela reage?
Dia 15: Descreva uma situação que ocorra em algum transporte público.
Dia 16: O mundo vai acabar amanhã. Como seria a carta de despedida da sua personagem?
Dia 17: A sua personagem vai ter um irmão, ou uma irmã. Qual será a sua reação?
Dia 18: Existe um mistério numa família. A sua protagonista é a única que não sabe, mas quer saber. Como é que ela irá conseguir essa informação?
Dia 19: O seu protagonista é um gato. Desenvolva uma história.
Dia 20: Três amigos visitaram uma casa assombrada. Descreva a experiência.
Dia 21: Dois irmãos saíram durante a noite. Ele é um ex alcoólatra e ela é uma responsável irmã mais nova. Como é que ela irá ajudar o irmão a passar a noite sem beber? Nota: A protagonista é ela.
Dia 22: Dia de LGBTQ+ . Escreva algo com personagens homossexuais, bissexuais, transgénero...
Dia 23: O seu protagonista é um escritor. Descreva alguma situação.
Dia 24: Estamos em 2050. O que aconteceu ao mundo?
Dia 25: O karma existe. Escreva algo em que isto aconteça.
Dia 26: Um dia passado sem smartphone. Qual é a reação da personagem?
Dia 27: Escreva uma situação em que nenhuma personagem é humana.
Dia 28: Uma personagem encontra uma fotografia sua debaixo de um banco de jardim. Desenvolva a história.
Dia 29: Descreva uma situação que tenha uma mentira envolvida.
Dia 30: Escreva sobre uma pessoa que não goste.
Dia 31: Escreva uma biografia imaginária, porém parecendo real.


E aqui estão as 31 propostas. Quem quiser fazer, deixe um comentário aqui ou avise na Página do Facebook.

sábado, 21 de março de 2020

Dia Mundial da Poesia

Olá, Pessoal!
Hoje, 21 de Março, é o Dia Mundial da Poesia e decidi trazer aqui três poetas e os seus poemas mais conhecidos.

Fernando Pessoa

Créditos: Escritas.Org

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa foi um poeta português. Criou vários heterónimos, entre eles, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Bernardo Soares e Álvaro de Campos.
Autopsicografia é um dos mais conhecidos poemas da sua autoria.


Carlos Drummond de Andrade

Créditos: Cultura Genial

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili,
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Carlos Drummond de Andrade foi um dos melhores poetas brasileiros do século XX. Quadrilha é um dos seus mais famosos poemas. Publicado em 1930, na sua primeira obra Alguma Poesia, trata-se de uma célebre composição que fala sobre as dificuldades e os desencontros do sentimento amoroso.
Como curiosidade, uma colega minha da turma de Guionismo usou este poema no módulo de Adaptação Literária (se não estou enganada).


William Shakespeare

Créditos: Biography.com


Soneto 18

Comparar-te a um dia de verão?
Há mais ternura em ti, ainda assim:
um maio em flor às mãos do furacão,
o foral do verão que chega ao fim.

Por vezes brilha ardendo o olhar do céu;
outras, desfaz-se a compleição doirada,
perde beleza a beleza; e o que perdeu
vai no acaso, na natureza, em nada.

Mas juro-te que o teu humano verão
será eterno; sempre crescerás
indiferente ao tempo na canção;
e, na canção sem morte, viverás:

Porque o mundo, que vê e que respira,
te verá respirar na minha lira.

William Shakespeare foi um dramaturgo e poeta inglês. O Soneto 18 é um dos seus mais conhecidos sonetos. Existe muita especulação sobre quem será o destinatário do poema, se um homem ou uma mulher.
Existem muitas traduções do poema. Decidi trazer esta tradução.

Feliz Dia da Poesia para todos os poetas e para quem gosta de ler!

quinta-feira, 19 de março de 2020

Revista LiteraLivre - Conto Selecionado

Olá, Pessoal!
Já tinha informado na Página do Facebook, mas decidi deixar aqui também no blog.
Venho informar que o meu conto "Santa Catarina... Com H" foi selecionado para a 20ª edição da Revista LiteraLivre.

Clique na imagem para a ver em tamanho maior


Link = http://cultissimo.wixsite.com/revistaliteralivre/selecionados

Agradeço pela oportunidade!

OBS: O conto será divulgado após sair a edição.

segunda-feira, 16 de março de 2020

A Escola do Terror I (Versão blogue)

Olá, Pessoal!
Durante o ano passado estive a alterar alguns posts antigos do blogue. alguns erros ortográficos, coisas que me passaram na época foram alteradas. No entanto, o enredo eu não modifiquei.
Era para postar isto apenas em Maio, porém com o Coronavírus decidi antecipar o post.

Deixo-vos, então, aqui os links do antigo projeto "A Escola do Terror" escrito em 2009 para que todos voltem a ler.

P.S - Aviso que é a versão blogue.

Capa de A Escola do Terror I

A Escola Do Terror I - Parte 1 (Escrito em 2009) (Lançado em livro em 2015 com alterações)
Sinopse: Uma escola. Vários alunos. Uma turma. Angelina acaba de chegar à escola sem saber o que a espera. Não era do nada que a escola chamava-se do Terror. Rapidamente ela descobre que está no meio de uma turma com pessoas estranhas. Grupos criados para se defenderem da injustiça escolar. Todos os membros do grupo querem vencer, mas a derrota faz-se romper entre todos. Alguém conseguiria viver numa escola assim? Provavelmente, a Angelina conseguiu.
Género: Romance e Mistério.

Capítulos: (Apenas para o blogue)

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13 (Parte 1)
Capítulo 13 (Parte 2)
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22 (Parte 1)
Capítulo 22 (Parte 2)
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulos 27 e 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40 [Último]


Personagens:
Personagens.


Boa leitura! (novamente, para alguns).

domingo, 15 de março de 2020

Espaço Divulgação de Blogs

Olá, Pessoal!
Uma pessoa que eu sigo no Blogger, a Rose Gleize, que hoje celebra mais um aniversário, criou um blog voltado única e especialmente para divulgações de blogs diversos.

Chama-se: Espaço Divulgação de Blogs.

Achei a ideia dela muito boa, porque várias pessoas sofrem para divulgarem os seus blogs e, muitas vezes, nem recebem apoio, ou atenção.
Sem contar que o autor acaba por ir parar a Grupos de Facebook fazer spam.

Eu decidi fazer o meu trabalho e divulgar aqui o blog dela para os meus leitores.

Vale falar que o blog não foi criado só para divulgação de blogs, mas também pode vir a ser uma fonte de pesquisa para quem estiver à procura (ou seja, vocês, os leitores).

Visitem e sintam-se à vontade!

Já à Rose desejo um excelente dia de aniversário! Muitos parabéns! Felicidades!

sábado, 14 de março de 2020

Coronavírus

Olá, Pessoal!
Hoje decidi falar sobre o Coronavírus, que está a atacar todo o mundo.
No meu país, Portugal, temos duas mentalidades diferentes. Temos aqueles que vão à praia de forma despreocupada e leviana, e os restantes que passam horas nos supermercados a comprar tudo o que vêem como se o mundo fosse acabar. Claro, também existem as pessoas responsáveis, mas a cultura latina tem sempre destas coisas.

Decidi deixar aqui uma nota para toda a gente: Nada de pânico. Dá medo? Dá (pelo menos para alguns), mas temos de pensar com clareza.

Primeiro, não apareçam nos hospitais. Os sintomas podem ser muito leves, talvez uma simples constipação, mas ir ao hospital não irá ajudar em nada.

Segundo, se tiverem de ficar em casa, fiquem. Se tiverem possibilidade de trabalhar em casa, trabalhem. Não saiam de casa, não vão passear com os amigos, não apareçam nas praias, fiquem em casa.

Terceiro, tenham cuidado ao tossir, espirrar, lavem bem as mãos, evitem cumprimentos e não fiquem em locais fechados, ou com muita gente. Sejam responsáveis e não levem isto com despreocupação.

Quarto, quarentena e isolamento significa ficar em casa, não significa férias.

Quinto, estamos numa era de tecnologia. Querem socializar? Façam videochamada. Têm aquela pilha de livros para ler e nunca conseguiram? Chegou a hora de colocar a leitura em dia. Têm aquela série da Netflix que queriam ver e nunca tiveram tempo? Agora têm tempo. Passem tempo a fazer coisas de que gostam em casa.

Sexto, a máscara só é útil para quem já está a tossir e a espirrar, ou seja só protege o outro e não nós mesmos se não tivermos sintomas.

Sétimo, e esta é mais para os portugueses, não passem as tardes nos centros comerciais a comprarem tudo o que vêem pela frente. Nem rolos de papel higiénico existem nas prateleiras. Tenham bom senso. O mundo não vai acabar. O pânico não leva a nada.

Créditos: SNS

Enfim... Depois de todas estas minhas palavras, deixo aqui um texto que vi na página de Facebook da atriz e apresentadora portuguesa Cláudia Vieira:

"Acredito que o Universo tem a sua maneira de equilibrar as coisas e as suas leis quando estão viradas do avesso. O momento que vivemos, cheio de anomalias e paradoxos, dá que pensar. Numa altura em que as alterações climáticas causadas por desastres ambientais chegaram a níveis preocupantes, primeiro a China e depois tantos outros países veem-se obrigados ao bloqueio. A Economia colapsa, mas a poluição diminui consideravelmente. O ar melhora; usam-se máscaras, mas respira-se.

Num momento histórico em que algumas ideologias e políticas discriminatórias, com fortes referências a um passado mesquinho, estão a reativar-se em todo o planeta, chega um vírus que nos faz perceber que, num instante, podemos ser nós os discriminados, os segregados, os bloqueados na fronteira, os portadores de doenças. Mesmo que não tenhamos culpa disso. Mesmo que sejamos brancos, ocidentais e viajemos em classe executiva.

Numa sociedade fundada na produtividade e no consumo, em que todos nós corremos 14 horas por dia na direção não se sabe muito bem de quê, sem sábados nem domingos, sem feriados no calendário, de repente chega o “parem”. Fechados, em casa, dias e dias. A fazer contas com o tempo do qual perdemos o valor. Será que ainda sabemos o que fazer dele?

Numa altura em que o acompanhamento do crescimento dos filhos é, por força das circunstâncias, confiado a outras figuras e instituições, o vírus fecha as escolas e obriga a encontrar outras soluções, a juntar a mãe e o pai com as crianças. Obriga a refazer família.

Numa dimensão em que as relações, a comunicação, as sociabilidades se processam principalmente no “não-espaço” do virtual, das redes sociais, dando-nos uma ilusão de proximidade, o vírus tolhe-nos a verdadeira proximidade, a real: que ninguém se toque, nada de beijos, nada de abraços, tudo à distância, na frieza do não contacto. Até que ponto dávamos por adquiridos estes gestos e o seu significado?

Numa altura em que pensar no próprio umbigo se tornou regra, o vírus envia uma mensagem clara: a única saída possível é através da reciprocidade"


Decidi partilhar o texto, porque, assim como para a atriz, concordo totalmente com o que é escrito.

Créditos: DGS


Tendo em conta que vamos estar em isolamento, eu decidi trazer posts dando um menor espaço de tempo entre os mesmos, ou seja, eu decidi postar mais.

Na verdade, amanhã vocês terão um post em que serão direcionados a um outro blog e poderão passar alguns minutos a "navegar".
Na Segunda Feira espero trazer-vos uma história completa, totalmente reescrita. Irão passar algum tempo a ler em casa. Tinha ideia de só divulgar este post no mês de Maio, porém com a quarentena decidi adiantar.

Fiquem em casa, ou melhor, fiquemos em casa!
Cuidem-se!

domingo, 8 de março de 2020

Tag: 5 Personagens Femininas

Olá, Pessoal!
Hoje é o Dia Internacional da Mulher e acabei por encontrar esta tag ao pesquisar pelo mundo da Internet. Não sei ao certo quem criou, qual foi o site original, até porque esta tag já tem 4 anos, pelo menos em sites mais antigos.
Esta tag consiste em mencionar 5 personagens femininas fortes. Seja de livros, ou de séries, ou até de filmes.

Tag: 5 Personagens Femininas



Capitu (Dom Casmurro de Machado de Assis)
Não vou me alongar no enredo do livro e nem das teorias se Capitu traiu ou não Bentinho. O interessante para esta tag é descrever Capitu, uma jovem independente que não se abalou pela insegurança do Bentinho e que manteve a sua personalidade forte não só para os homens, como também para a sociedade machista.

Rachel Watson (A Rapariga no Comboio/A Garota no Trem/The Girl on The Train de Paula Hawkins)
A Rachel é uma mulher real, mesmo que descrita num livro. Sem querer dar spoiler, esta mulher sofreu nas mãos do marido e refugiou-se no álcool, perdendo amizades e trabalho.

Sharpay Evans (High School Musical)
Decidi colocá-la aqui porque ela sempre foi decidida e inteligente. Ela sempre lutou pelo seu sonho e não desistiu até alcançar o seu objetivo. Ela pode ser vista como vilã, mas esta personagem tem muito mais do que isso.

Emily Prentiss (Criminal Minds)
Destemida e inteligente. Acho que para quem vê esta série é bastante óbvia a razão de ter esta personagem nesta tag. A Agente Prentiss ensina a como ser um melhor profissional e a dar o melhor de si mesmo.

Elizabeth Bennett (Orgulho e Preconceito de Jane Austen)
Lizzie não se intimida pela possibilidade de não receber herança do pai por ser mulher e também não pensa em casamento. A mãe parece quase desesperada em conseguir casamentos para as filhas, mas Lizzie não parece interessada. E também não se importa com o olhar da sociedade. Lizzie quer ser dona de si mesma, não se sujeitando a casar apenas em troca de dinheiro ou prestigio. Mesmo casando-se com Mr. Darcy, Lizzie deixou bem claro que ele nunca mandaria nela.


Como puderam reparar, acabei por escolher 2 personagens de livros (Capitu e Elizabeth), 1 pertencente a uma série (Emily), outra que pertence a um filme (Sharpay) e outra de um livro que virou adaptação logo de seguida (Rachel).

Quem quiser fazer, esteja à vontade. Deixe o seu link ou responda nos comentários.

terça-feira, 3 de março de 2020

Vamos falar de "Livros Jogo"?

Olá, Pessoal!
Já terminei a leitura ao livro do mês de Janeiro do Projeto Literário 2020 - Uma Volta ao Mundo em 12 Livros (clique no nome do projeto para ver a lista de livros escolhidos) "O Jogo do Mundo (Rayuela)" de Julio Cortázar.
O livro pode ser lido de duas formas (ou mais). A primeira é lida na forma natural com que lemos os livros, terminando no capítulo 56. A segunda forma começa pelo capítulo 73 e vamos seguindo uma sequência irregular de capítulos.

Capa do livro. Créditos: Wook


Acaba por ser uma forma interessante de leitura. Ver as diferentes formas de ler um livro e o que contém dentro dele.
Era para fazer uma resenha, porém, tendo em conta que se encontram duas (ou mais) histórias neste livro, decidi antes fazer este post sobre Livros Jogo.
Este livro fala sobre a vida do argentino Horacio Oliveira. Lido de várias formas podemos conhecer a viagem dele até Paris, em que se apaixona por uma uruguaia, ou o regresso dele até Buenos Aires.

Por ter lido este livro, acabei por pesquisar mais livros jogo, livros que se podem ler de várias formas ou em sequências irregulares de capítulos.

Existem alguns exemplos:
- A série de livros "Aventuras Fantásticas";
- O Mistério da Vila da Neblina de Marcelo Paschoalin;
- Como Ficar com Rick de Julie Fison (penso que só estará à venda no Brasil).

Curiosidades:
- Nos anos 80 existia a série de livros "Escolha a sua Aventura" da editora Ediouro (Brasil) em que o leitor ia escolhendo o rumo da história e vários finais.
- Na década de 80 os fãs da DC foram habilitados em votar para matar o segundo Robin.
- Em alguns livros jogo também são usados dados ou fichas dos personagens.

Fica, então, aqui a minha "resenha" ao livro lido em Janeiro.

E vocês? Gostam de "livros jogo"? Já leram? Gostavam de ler?