Olá, Pessoal! Antes de mais, dou dois exemplos que milhões de sites já deram para entender o pontuação.
"Um homem muito rico estava extremamente doente, agonizando. Pediu um papel e uma caneta e escreveu, sem pontuação alguma, as seguintes palavras: 'Deixo os meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.' Não resistiu e se foi antes de fazer a pontuação. Ficou o dilema, quem herdaria a fortuna? Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação: "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres."
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o texto: "Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres."
3) O padeiro pediu a cópia do original. Puxou a brasa para sardinha dele: "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres."
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação: "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres."
"Não, espere. Não espere. Isso, só ele resolve. Isso só, ele resolve. Esse, juiz, é corrupto. Esse juiz é corrupto."
Quanto ao primeiro exemplo é de fácil entendimento. Vamos então analisar o segundo e último exemplo que eu dei. Se estivesse a escrever uma fala de um personagem e quisesse que esse mesmo personagem pedisse a outro para esperar por ele, de certeza que iria colocar uma virgula entre o "Não" e o "espere".
Exemplo concreto:
– Vou ter que ir. A minha mãe está à minha espera.
– Não, espere.
No entanto, se quisesse mandar o personagem sair, teria que excluir a virgula entre as duas palavras. "Isso, só ele resolve" e "Isso só, ele resolve".
Exemplo:
– Vou ter que fazer alguma coisa. – disse a Maria a olhar
para Miguel.
– Não faças isso! Ele resolve.
– Tens a certeza? – perguntou Maria, receosa.
– Claro que sim.
– Então que seja!
– Isso, só ele resolve.
Entenderam?
Ainda não. Vou tentar ser mais especifica. Com a virgula entre a palavra "isso" e "só", a personagem está a pedir a outra que não faça nada. Pode até mesmo substituir a virgula pelo ponto de exclamação.
Já com a virgula entre a palavra "só" e "ele", a personagem em questão pede a outra para que não faça mais do que já fez.
Exemplo:
– Vou ter que fazer alguma coisa. – disse Maria a olhar para
Miguel.
– Não faças mais nada! Ele já é crescidinho.
– Tens a certeza? – perguntou Maria, receosa.
– Claro que sim. Fez isso e só, ele resolve.
"Esse, juiz, é corrupto" e "Esse juiz é corrupto". Estas duas frases são as mais diferentes e de fácil entendimento. Na primeira frase, a palavra "Juiz" é tida como um aposto, ou seja, está a referir quem é o corrupto. O aposto é uma "função sintática da gramática tradicional que se junta a um substantivo ou a um pronome com função de explicação, descrição ou acrescentamento de informação. O aposto sucede ao substantivo e é normalmente separado por pausa na oralidade e assinalado por vírgulas na escrita." – Via Infopédia.
Já a segunda é uma frase simples que refere já diretamente quem é o sujeito.
Para saber onde colocar o virgula ou qualquer outro sinal de pontuação tente falar em voz alta a sua frase tal como na oralidade. Se fizer alguma breve paragem, seguramente será aí onde irá colocar pontuação.
Espero ter ajudado a entender melhor.
Oi, Diana!
ResponderEliminarSobre o caso da história da herança, me pareceu uma sentença matemática. Me lembrei dos meus primeiros anos de escola, nos quais era mais divertido estudar e aprender Matemática, porque era mais ou menos assim. Hahaha. Adorei. Estou com a pontuação dos descamisados.
Ótima postagem! Um abraço. 💌💕