Olá, Pessoal!
Neste post trago uma reflexão.
Sentir-se alheio do mundo
Depois de inúmeras reflexões, deparei-me com uma percepção: eu sempre me senti alheia do mundo. Sinto que vivia em dois mundos. Um só meu, onde eu passava mais tempo, e o outro onde as coisas aconteciam e as pessoas interagiam. Eu sempre, ou desde que eu me lembre, assumi mais a postura de observadora do mundo social do que de participante. Desde que eu me lembre, me vi bastante introspetiva, como se eu vivesse mais nos meus pensamentos. E isso deixou-me mais ansiosa. Ansiosa porque eu não estava satisfeita com a vida que eu tinha, com as pessoas com quem eu interagia - e não interagia- , e ansiava pelo instante em que essa satisfação me preenchesse.
Lembro-me de querer ser adulta e estar bem estabilizada. O futuro, aos meus olhos, parecia mais confortável do que os meus estudos naquela época, momento em que eu vivenciava a angústia da puberdade. Fazia comparações e via que eu não fazia grande coisa. Um outro facto interessante: a minha comparação sempre foi com raparigas, mulheres, o que demonstra o impacto pessoal da competitividade feminina incentivada na nossa cultura.
A minha cabeça sempre foi um espaço com muitos pensamentos. Sempre fui uma observadora, o que me tornou uma escritora. Vivi em piloto automático.
Viver requer mais leveza. É um desafio.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada pelo comentário, a sua opinião é importante para o escritor.
Avisos:
1- Não costumo responder pelos comentários. Deixe um link do seu blogue, ou contacte-me pelas minhas redes sociais presentes aqui.
2- Caso necessite de resposta, eu responderei pelos comentários, porém deixarei a minha resposta apenas durante algum tempo indeterminado. O Blogger ainda faz contagem de comentários do próprio autor e, como sabe, faço sempre uma retrospectiva todos os anos. Não se esqueça de clicar no "notifique-me" para que receba notificação sempre que eu responder ao seu comentário.