sábado, 3 de setembro de 2022

Sentir-se alheio do mundo

 Olá, Pessoal!

 Neste post trago uma reflexão.

Sentir-se alheio do mundo

 Depois de inúmeras reflexões, deparei-me com uma percepção: eu sempre me senti alheia do mundo. Sinto que vivia em dois mundos. Um só meu, onde eu passava mais tempo, e o outro onde as coisas aconteciam e as pessoas interagiam. Eu sempre, ou desde que eu me lembre, assumi mais a postura de observadora do mundo social do que de participante. Desde que eu me lembre, me vi bastante introspetiva, como se eu vivesse mais nos meus pensamentos. E isso deixou-me mais ansiosa. Ansiosa porque eu não estava satisfeita com a vida que eu tinha, com as pessoas com quem eu interagia - e não interagia- , e ansiava pelo instante em que essa satisfação me preenchesse.

 Lembro-me de querer ser adulta e estar bem estabilizada. O futuro, aos meus olhos, parecia mais confortável do que os meus estudos naquela época, momento em que eu vivenciava a angústia da puberdade. Fazia comparações e via que eu não fazia grande coisa. Um outro facto interessante: a minha comparação sempre foi com raparigas, mulheres, o que demonstra o impacto pessoal da competitividade feminina incentivada na nossa cultura.

 A minha cabeça sempre foi um espaço com muitos pensamentos. Sempre fui uma observadora, o que me tornou uma escritora. Vivi em piloto automático. 

 Viver requer mais leveza. É um desafio.

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