domingo, 28 de junho de 2020

Longas Palavras Perdidas (Parte 11)

Olá, Pessoal!
Deixo-vos a parte 11 do conto Longas Palavras Perdidas.
Pelo que estou a ler, ainda não conseguiram descobrir o mistério, mas continuem a deixar as vossas "apostas" porque esta parte também irá revelar muita coisa.

OBS: Fiquem atentos ao narrador e tentem entender o mistério o mais rápido que conseguirem.
Avisando ainda que apenas os excertos/trechos escolhidos das músicas foram a inspiração para aquela pequena parte do conto.

Longas Palavras Perdidas (Parte 11)

"Eu amo a maneira que mentes" - Letra da música.

Música:




– Porque estás aqui?
O rapaz virou-se para o homem de meia idade.
– Dizem que matei um homem.
O homem olhou para os colegas de cela.
– E mataste?
Ele encolheu os ombros.
– Dizem que sim, mas não matei.
O homem riu-se.
– Todos dizem isso. Todos dizem que nunca mataram. Eu vou fazer vinte e dois anos aqui dentro. Matei dois homens. E tu? O que fizeste?
– Não fiz nada. – O rapaz olhou para a cela, sério.
O homem decidiu calar-se, mas riu-se do rapaz, assim como os colegas. O rapaz estava preso pelo homicídio de um vizinho do bairro. O nome do presidiário era conhecido por Mariana: André. O rapaz que diziam ter sido seu namorado.


"É o momento da verdade e o momento para mentir" - Letra da música.

Música:




Aquela noite foi totalmente... péssima. André juntamente com outros amigos do bairro e João quiseram enganar Mariana. João não era realmente apaixonado pela jovem. Queria o dinheiro dela, assim como Joana tinha dito ao polícia. Tudo foi um arranjo para que João parecesse o "salvador da pátria" e que salvasse a rapariga de uma tentativa de violação.
Vale contar que a violação não aconteceu, mas foi tentada por André, o jovem agora preso. A verdade é que os "amigos" dele quiseram vingar-se também do amigo e fizeram com que ele fosse acusado de uma tentativa de violação. A Mariana nunca soube realmente o que aconteceu. Nunca acordou do coma.
Já Rafael... Rafael apenas soube, mas não esteve presente no local. O rapaz sempre se justificou que nunca imaginou que isso fosse acontecer, mas a verdade é que se culpa pelo que aconteceu a Mariana.
O triste é que ela sempre preferiu o João, que queria realmente o dinheiro dela, a ele.

"Eu vou erguer as minhas mãos para o ar" - Letra da música.

Música:




O cemitério estava vazio àquela hora da manhã. Rafael estava em frente à sepultura de Mariana. Com as mãos nos bolsos do casaco, parecia pensar bem nas palavras.
– Sei que qualquer coisa que fosse dizer tu não acreditarias. – Começou ele – Mas a verdade é que nunca fiz parte daquela ideia assombrosa. Soube pelo João, soube pelo André, soube por todos eles, mas nunca acreditei que isso fosse realmente acontecer. Além disso, o João era o teu namorado, certo? Quem iria suspeitar? – Fez uma pausa – Que burro! Claro que eu deveria ter suspeitado. Eu sei que estava com a Joana nessa época e sei que não confiavas em mim, mas eu deveria ter olhado por ti. A Joana sabia defender-se, mas tu não. – Ele fez mais uma pausa – Queria que soubesses que, pelo menos, eu estive a sério contigo. Eu não queria o teu dinheiro. Nunca o quis.
Ele respirou fundo e afastou-se. Antes de sair do cemitério, ainda olhou para o céu e, em pensamento, ainda sussurrou: "Desculpa".


Espero que tenham gostado!
Para quem achava que a Mariana ainda estava viva... Bem, ela morreu mesmo. Ao que parece.
A violação a Mariana parece que nunca ocorreu, mas André quis. E João não era assim tão apaixonado pela jovem.
O mistério ainda não tem as pontas todas ligadas. Deixem aí as vossas "apostas".

A próxima parte será postada em breve!

1 comentário:

  1. Que triste e ao mesmo tempo surpreendente essa parte!
    Confesso que eu estava olhando para o Rafael Filipe com repugnação e vendo-o como um dos vilões da história juntamente com a Joana, mas agora, mudou totalmente o meu olhar, podendo compreender que ele era o verdadeiro mocinho e protagonista o tempo todo. Muito boa essa surpresa. Eu gosto quando algo assim acontece nas histórias, nos filmes. Porém é chocante saber que quem eu pensava ser o protagonista sequer gostava da protagonista.
    No começo, já na primeira parte me passou pela cabeça que a violação não tivesse ocorrido, mas me forcei a abandonar a ideia. Na verdade eu cheguei a pensar que tivesse havido um engano, que a Mariana tivesse por alguma razão muito forte se enganado, mas não vendo nenhum mistério nisso, abandonei rapidamente a ideia.
    Eu continuo assim: 😮
    E continuo achando que a Mariana não morreu. Ela ainda deve ressurgir das cinzas, com certeza! Essa é a minha aposta.
    🙂 Bom dia, Diana!

    ResponderEliminar

Obrigada pelo comentário, a sua opinião é importante para o escritor.

Avisos:
1- Não costumo responder pelos comentários. Deixe um link do seu blogue, ou contacte-me pelas minhas redes sociais presentes aqui.
2- Caso necessite de resposta, eu responderei pelos comentários, porém deixarei a minha resposta apenas durante algum tempo indeterminado. O Blogger ainda faz contagem de comentários do próprio autor e, como sabe, faço sempre uma retrospectiva todos os anos. Não se esqueça de clicar no "notifique-me" para que receba notificação sempre que eu responder ao seu comentário.