sábado, 18 de janeiro de 2014

À Procura da Sobrevivência

Olá, Pessoal!
Esta é a história de "vampiragem" que escrevi. Originalmente tinha nomes de pessoas famosas, a pedido de vários leitores, agora mudei. A adaptação continua no meu antigo blog: À Procura da sobrevivência.

OBS: O Título sofreu alteração.

(Observação da autora no dia 25/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "À Procura da Sobrevivência". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capitulo 1

Estávamos no ano de 2010 no mês de Dezembro, a Dália Santos e a irmã “emprestada” Vanessa Martins estavam a brincar na neve. Dália tinha 18 anos e a Vanessa 17. A mãe da Dália, a senhora Dulce estava a preparar o jantar, eram 20:00 e estava a escurecer. Foi chamar as filhas (a Vanessa era como se fosse sua filha) mas quando chegou à porta viu que elas já não estavam por perto. Começou á procura delas e quando deu por isso, a noite tinha-se instalado completamente, estava muito escuro. Começou a chamar pelas filhas mas estas não respondiam. Até que Dulce ouviu um barulho. Chamou pelas filhas de novo mas chegou à conclusão que não eram elas que estavam a fazer aquele barulho. Virou-se e só notou uma pequena dor no pescoço. Dulce, sentiu o cheiro a sangue e quando colocou a mão por cima do seu ombro percebeu que era o seu sangue que estava a derramar. A única coisa que conseguiu ouvir naquele momento era um grito de uma voz feminina que lhe parecia ser da Dália.
Dulce, caiu, morta sobre a neve.

A Dália tinha chegado naquele momento para socorrer a sua mãe com a ajuda da Vanessa mas gritos vindos dos mesmos vultos que causaram todo aquele barulho fizeram-nas esquecer por momentos o que tinha acontecido. A Dália e a Vanessa sentiram de novo o cheiro a sangue e, sem sequer perceberem, desmaiaram ao lado da mãe.

Capitulo 2

A Dália e a Vanessa, horas mais tarde, acordaram num sítio que não era o mesmo com que chegaram a desmaiar, horas atrás. Estavam num quarto, as paredes estavam pintadas de branco e havia 2 camas onde elas estavam deitadas. Havia 2 mesas-de-cabeceira e 2 candeeiros que estavam acessos. Havia uma porta que estava aberta e não se ouvia um único som excepto passos que vinham de um corredor que levava a esse mesmo quarto. Ambas olharam para a porta e viram um homem de pé, parado a olhar para elas. Houve uns segundos de silêncio e depois o homem perguntou:
– Estão bem?
A Vanessa estava muito amedrontada de modo que foi a Dália que respondeu:
– Sim, acho que sim.
O Homem sorriu e foi se sentar no canto da cama da Dália.
– Eu sei que vocês podem estar muito assustadas com isto mas vocês estão em “boas mãos”.
– O que é que aconteceu com a nossa mãe? – Perguntou a Vanessa, assustada.
O homem parou de sorrir.
– Infelizmente morreu.
A Dália e a Vanessa baixaram a cabeça.
– O senhor é nosso parente? – Perguntou a Dália.
O homem fez um não com a cabeça.
– Não, não sou.
– Então é só uma pessoa que nos salvou não é? - Perguntou a Vanessa.
– Se vocês quiserem chamar assim, está bem mas na realidade foi diferente.
– Diferente! Como assim? - Quis saber a Vanessa.
O Homem suspirou.
– Vocês têm estômago para conseguirem ouvir a verdadeira realidade?
As duas afirmaram com a cabeça.
– Bem, antes de mais, chamo-me António Sousa e esta é a minha casa.
Vivo com a minha família, a minha esposa Teresa Sousa e os meus filhos biológicos Matilde, Tomás e Natália. Também vivo com os meus filhos adoptivos Eva Óscar, Marisa Junqueira, Miguel Marques, Luís Henriques, Adriana Tavares, João Macedo, César Galvão e Daniela Domingues.
A Vanessa interrompeu.
– Tantos filhos! A vossa família é numerosa.
A Dália repreendeu a irmã.
– Vanessa, deixa o senhor...
– António. – Relembrou o homem.
– Isso, deixa o senhor António continuar.
O António continuou.
– Nós vamos nas férias do Natal para cidades onde exista neve e curiosamente aconteceu o que aconteceu quando estávamos lá.
– A morte da nossa mãe. – Disse a Dália deixando cair uma lágrima.
– Mas como é que o senhor soube? – Perguntou a Vanessa.
O homem suspirou.
– Eu... eu e a minha família... somos... vampiros.
– O quê? Vampiros? Nunca acreditei nisso. Acho que isso é só ideias que metem nos livros. – Disse a Vanessa.
– Vocês... também... são.
– Somos o quê? – Perguntou a Vanessa.
– Vocês também são vampiras. – Disse o António.
– O quê? – Perguntou a Vanessa.
– Vampiras? – Disse a Dália sem perceber.
– Eu vou vos dizer como a vossa mãe morreu, para vocês poderem acreditar.
As duas afirmaram com a cabeça.
– A vossa mãe foi morta por vampiros, rivais nossos. Vocês iam também sendo mortas por esses vampiros mas eu e a minha família interferimos. Vocês estavam quase para perder a vida, mas nós conseguimos salvar-vos transformando-as em vampiras.
– Por isso é que nós desmaiámos. – Disse a Dália.
O António fez um sim com a cabeça.
– Agora podemos ir para casa? – Perguntou a Vanessa.
– Não, não. Vocês não podem sair daqui agora. Vocês são vampiras, agora têm de ficar na minha família. Vocês não são agora “normais”. Agora são minhas filhas adoptivas.
A Vanessa zangou-se.
– O quê? Desculpe lá. Mas que conversa é essa de sermos vampiras. Isso tudo são ideias que metem nos livros. Eu não vou viver nesta casa, o senhor salvou-nos, muito obrigada, mas eu tenho de voltar a seguir a minha vida e não é essa história que vai... – Nesse momento o candeeiro que estava ligado na mesa-de-cabeceira ao lado da cama em que a Vanessa estava deitada apagou-se. A Vanessa acabou a frase mais calma – ...  me fazer mudar de ideias.
– O que foi isto? – Perguntou a Dália.
– Alguns vampiros quando estão zangados apagam sempre alguma coisa. – Respondeu o António.
A Vanessa suspirou.
– Está bem. Eu vou viver com o senhor, mas... vou fazer a minha vida normal.
O António afirmou com a cabeça.
– Está bem. Querem conhecer a minha família?
As raparigas fizeram um sim com a cabeça.

Capitulo 3

Não muito longe dali, um vampiro estava a falar com a mulher:
– Mais umas filhas adoptivas. – Disse o vampiro, zangado.
– Deixa estar o António em paz, querido. – Disse-lhe a mulher.
– O quê? Deixo estar o António em paz? Estás bem? Ele está a ganhar-me.
– A ganhar-te? Ele só está a querer ajudar as raparigas. Não sei se sabes mas a mãe delas morreu graças a ti.
– Achas que elas merecem estar com a mãe? Elas desobedeceram-lhe.
– Desobedeceram-lhe mas não fizeram por mal. O que farias se os nossos filhos fizessem isso?
O vampiro olhou para a mulher.
– Achas que eu os mataria? Só se fosse maluco.
– Foi o que tu fizeste às raparigas, querido.
– Não quero mais falar sobre isso.
A mulher encolheu os ombros.

Capitulo 4

O António e as raparigas foram para a sala e elas viram a família do senhor que as salvou.
– Esta é a minha esposa Teresa Sousa. – Apresentou o António.
– Olá, pequeninas. – Saudou ela.
– Estes são os meus filhos biológicos: Matilde, Natália e Tomás. – Apresentou o António.
– A Natália é a mais nova? – Perguntou a Dália, olhando para a criança baixinha.
– Sim é. Tem 8 anos. – Respondeu a Teresa.
– Nos livros dizem que os vampiros ficam sempre com a mesma idade com que foram transformados, isto é verdade?
– Não, é mentira. Nós fazemos anos de 2 em 2 anos. – Respondeu o António.
– Isso quer dizer que eu tenho 17 anos e só faço 18 anos daqui a 2 anos. – Disse a Vanessa.
– Sim.
– Tu já não vais fazer anos no dia 14 de Dezembro. – Disse a Dália.
– Tenho curiosidade em uma coisa? – Perguntou a Vanessa.
– O que é? – Quis saber o António.
– Quantos anos vocês têm? E como envelhecem?
– Eu tenho 48 anos. A Teresa tem 39. A Matilde tem 17 anos. O Trace tem 20 anos. A Natália, já sabem, tem 8 anos. A Eva – Apontou para a Eva – tem 17 anos. O Miguel – Apontou para o Miguel –tem 19 anos. A Marisa, – Apontou para a Marisa –17 anos. O Luís, – Apontou para o Luís – 20 anos. O César, – Apontou para o César – 20 anos. A Adriana – Apontou para a Adriana – tem 17 anos. O João, – Apontou para o João – tem 20 anos e finalmente a Daniela – Apontou para a Daniela – tem 20 anos. Nós envelhecemos de 2 em 2 anos. Não temos de esconder muito. E muitos de nós estão destinados a outros.
– O quê? – Perguntou o Vanessa.
– É assim: A Marisa vai casar-se com o João, a Matilde vai casar-se com o César, a Adriana com o Luís e a Eva com o Miguel. A Natália, a Daniela e vocês as duas é que, por enquanto, não estão destinadas a ninguém. – Explicou o António.
– Menos mal. – Disse a Vanessa.
– E o Tomás? – Perguntou a Dália.
– Com ele estamos a ter um problema. Ele tem 20 anos e ainda não está destinado a ninguém.
– Está à espera que alguma de nós diga alguma coisa? – Perguntou a Vanessa, apontando para a irmã Dália e para ela.
O António encolheu os ombros.
– Se quiserem.
A Dália suspirou.
– Eu posso.
A Vanessa olhou para a irmã.
– O quê?
– Está bem. – Disse o António.
– Mas primeiro tenho de me adaptar a isto. – Disse a Dália.
– Mas é claro que sim. – Disse a Vanessa.
A Teresa mudou de assunto.
– Adriana, Matilde, mostrem a nossa casa à Dália e à Vanessa por favor.
As duas raparigas obedeceram e levaram a Dália e a Vanessa para sítios da casa.
A Teresa comentou.
– Elas são muito novas, mas parece que estão a perceber o que se passa.
– Sim é verdade. – Disse a Eva.
– A Vanessa é que ainda não está muito convencida. – Disse a Marisa.
– Mais tarde ou mais cedo vai mudar de atitude. – Disse o António.
– Sim vai. – Concordou a Teresa.
Capitulo 5

A Matilde e a Dália conversavam enquanto estavam a passear pela casa:
– Fica descansada Dália, vais ser bem tratada. – Disse a Matilde.
– Vocês são uma família muito numerosa.
– É, nós sabemos.
– Não tens ciúmes que os teus pais não se preocupem só contigo? Porque tu és a filha biológica.
– Claro que não. Eles são fixes e são vampiros, têm amor para dar e vender.
A Dália sorriu.
– Eu pensava que os vampiros matavam pessoas.
– É, todos os humanos pensam isso e na verdade alguns vampiros matam pessoas mas só alguns. A nossa família não é o caso. – Explicou a Matilde.
– E porque é que o António não queria que saíssemos de casa? – Perguntou a Dália.
– Porque vocês são vampiras, já não são normais. – Respondeu a Matilde.
– Como é que os vampiros morrem?
– Pede-se aos feiticeiros. Os feiticeiros são os únicos que podem matar os vampiros, a não ser que exista vampiros com maiores poderes que nós. Os lobisomens não nos conseguem matar, só ferir.
– E quem são os feiticeiros, os lobisomens e os vampiros? – Perguntou a Dália.
– Os feiticeiros são compostos por dois chefes: uma mulher e um homem como acontece com os vampiros. Se não me engano, são sete ao todo os que conhecemos.
– Alguns são adoptados como os vampiros?
– Não são bem adoptados até porque os chefes não têm a idade dos meus pais mas pode-se dizer que eles são como irmãos adoptivos e órfãos também se pode dizer.
– Esses sete estão contra a nossa família?
A Matilde sorriu.
– Fico feliz por dizeres “nossa” em vez de “vossa”.
– Estou a tentar habituar-me. – Explicou a Dália.
A Matilde continuou.
– Bem, esses sete feiticeiros não estão contra nós, neste momento, às vezes passamos o verão juntos.
– Isso é bom! – Exclamou a Dália.
– Sim é. Mas não nos damos muito bem com os Azevedo.
– Quem são os Azevedo?
– São outros vampiros. Os meus pais e os pais deles estão a dar-se mal.
– E há mais vampiros?
– Sim. Os Costa e os Batista.
– Dão-se mal?
– Com os Costa não falamos muito e com os Batista nem sequer falamos. Eles são muito misteriosos.
– O vosso pior problema são os Aze...
–  ... Azevedo. – Relembrou a Matilde.
– Isso, os Azevedo.
– Sim, é.






Capitulo 6

A Adriana e a Vanessa também estavam a falar dos vampiros, dos lobisomens e dos feiticeiros. A Vanessa lá acabou por acreditar no que a Adriana dizia. Mas depois a Vanessa perguntou há quantos anos é que a Adriana estava na família e a Adriana respondeu:
– Estou na família há 3 anos.
– Como é que tu vieste para a família?
– Os meus pais morreram com uma doença grave e o António encontrou-me e transformou-me em vampira.
– Pelo menos os teus pais morreram, não foram mortos.
– Fica descansada, o António vai tomar conta de ti. Vai ser um verdadeiro pai para ti e também para a Dália.
– Mas nós podemos morrer. – Disse a Vanessa.
– Só vais morrer se não cumprires o que o António manda. – Disse a Adriana.
– Como é que conseguiste sobreviver a isto tudo? – Perguntou a Vanessa.
– Isto é uma boa vida embora não pareça Vanessa.
– Pois.
Elas pararam de falar e continuaram a andar.

Capitulo 7

Aquele dia tinha passado e com ele outros que serviram para a adaptação da Vanessa e da Dália na família, era dia 24 de Dezembro. Os Sousa esperaram que a Vanessa e a Dália acordassem. A Vanessa e a Dália não tardaram a levantar e logo apareceram as perguntas:
– Dormiram bem? – Perguntou o António.
– Sim. -responderam elas.
– Vocês acordam tão cedo. – Disse a Vanessa.
– Somos vampiros. Vocês com o tempo também vão dormir pouco. – Explicou a Teresa.
– Pois. – Disse a Vanessa.
A Teresa mudou de assunto.
– Os feiticeiros disseram que iam passear o Natal connosco.
– Finalmente vamos conhecer mais gente. – Disse a Dália.
– É verdade. – Concordou a irmã.
– Eles são simpáticos. – Disse a Matilde.
– Vão simpatizar com vocês! – Exclamou a Eva.
– Ainda bem. – Disse a Vanessa.
A manhã e a tarde passaram e a noite apareceu com lua cheia. Os feiticeiros apareceram em casa dos Sousa enquanto que os lobos uivavam na noite.
– Olá, caros amigos! – Saudou o António.
O António e o chefe dos feiticeiros, o David Rodrigues abraçaram-se. A Teresa abraçou a chefe, Emília Matos enquanto os outros entravam em casa. A Matilde, assim que viu a Sandra, foi ter com a ela.
– Olá, amiga!
A Sandra olhou para a Matilde.
– Olá!
Elas abraçaram-se.
A Sandra assim que se soltou do abraço da Matilde olhou para a Dália e para a Vanessa.
– Elas pertencem à vossa família? – Perguntou ela.
A Matilde afirmou com a cabeça.
– É a Dália – Apontou ela – E esta a Vanessa.
– Olá! Sejam bem-vindas. – Disse a Sandra.
– Obrigada. – Disseram elas.
Nesse momento foram “envolvidos” por um uivar perto deles.
A Sofia dos feiticeiros riu-se.
– Eles estão a brincar connosco. – Disse ela.
Todos se riram, todos excepto a Vanessa e a Dália.
– Eles não fazem mal. – Assegurou a Emília vendo as caras da Vanessa e da Dália.
Elas suspiraram.
O João foi ter com a Dália.
– Não queres passear lá fora?
Ela olhou para ele.
– Tens a certeza que não haverá problema? – Perguntou, assustada.
– Não. Confia em mim.
A Dália sorriu para ele.
– Está bem.
– Malta, eu e a Dália vamos passear lá fora.
Eles fizeram um sim com a cabeça.
– Podem ir. – Disse o António.
O João e a Dália saíram de casa e foram dar uma volta.

Capitulo 8

A Dália agarrou-se ao João quando ouviu de novo os lobos a uivarem. Até que, por magia, apareceu um lobo à frente deles. O João não perdeu a calma e perguntou:
– O que é que tu queres?
– Sou a chefe dos lobisomens, a Judite. Onde é que está o vosso chefe?
– Está lá dentro de casa. – Disse ele.
– Obrigada.
Ela transformou-se de novo em pessoa e passou por eles com cara zangada. A Dália depois disse:
– E depois ainda dizem que se dão bem com os lobisomens.
O João riu-se.
– Há sempre confusão com os chefes.
A Dália riu-se também.
– Mas com os Azevedo é que ninguém se dá bem.
– É verdade, a Matilde disse-me.
– Pois.
Eles ficaram um pouco calados e depois o João perguntou:
– Tens namorado? Ou tinhas?
– Não, não tenho, nem tinha. A minha irmã é que andava com umas paixonetas mas eu não. – Disse ela a rir.
O João riu-se também.
– E tu? – Perguntou ela.
– Estou destinado à Marisa.
– Eu sei mas antes disso.
– Já estou com os Sousa há 5 anos e tenho 20. Desde os meus 15 anos que estou aqui. Achas que teria alguma namorada?
A Dália fez um sim com a cabeça.
– Eu acho que as pessoas não mudam muito quando “mudam” para vampiras.
– O que queres dizer com isso? – Perguntou ele.
– Estou a dizer que és bonito, és um rapaz fixe, simpático como vampiro e penso que não mudaste muito desde que te tornaste vampiro. Ou estou enganada?
O João riu-se.
– Por acaso na escola, as raparigas queriam todas namorar comigo mas eu não gostava delas e a rapariga que eu queria não me ligava nenhuma.
A Dália riu-se.
– Esse é o mal de se ser popular.
– Pois é.
Eles riram-se.
– E tu? Eras popular?
– Nem por isso, era mais a marrona e a craque em matemática.
Eles riram-se de novo.
– Calma, daqui a pouco dói-me a barriga.
– A mim não. Tenho o poder de não me doer nenhuma parte do meu corpo.
– Que fixe! Então nunca te magoas.
– Quer dizer, se forem ataques de vampiros ou lobisomens ou até mesmo ataques de feiticeiros eu não tenho assim tanto poder para me salvar.
– Pois.
– Dália, tu és uma rapariga fixe.
– Tu também és muito simpático, João.
O João beijou a Dália sem que ela pudesse travá-lo.
– O que é que fizeste? Tu pertences à Marisa.
– Mas eu gosto de ti, Dália.
– Mas tu...
O João pôs-lhe um dedo nos lábios para ela se calar.
– Eu peço ao António para mudar os casais. Eu posso lhe pedir isso.
– Mas...
– ... não gostas de mim, é isso?
– João, nós nos conhecemos em tão pouco tempo.
– Eu sei mas a vida de vampiro é assim: apaixonamo-nos e só depois nos conhecemos.
– Está bem.
– Eu vou pedir ao António.
A Dália fez um sim com a cabeça. Quando foram a caminho de casa, viram a Judite a discutir com o António.
– Porque é que vocês quiseram os feiticeiros aqui e não nós? – Perguntou, zangada, a Judite.
– Porque nós fizemos mais laços de amizade com eles. – Explicou o António.
– Está bem, António, nós acreditamos em ti.
A Judite olhou para os colegas e saiu com eles atrás.
A Dália e o João entraram logo dentro de casa.
– Acabou as pazes com os lobisomens? – Perguntou o João.
– Não, por enquanto. – Disse a Teresa.
O João olhou para a Dália e depois olhou para o António e disse:
– António, tenho que te pedir uma coisa.
– O quê?
– Quero que troques os casais. – Disse ele a olhar para a Marisa.
– O quê? – Disse a Marisa.
– Tu não te apaixonaste por uma Azevedo, pois não, João? – Perguntou a Teresa.
– Não -olhou para a Dália. – Apaixonei-me pela Dália.
– Pela Dália? – Disseram o Tomás e a Marisa ao mesmo tempo.
– Sim.
– Está bem, eu troco os casais.

Capitulo 9

Todos ficaram à espera da troca de casais.
– Ora bem... João com a Dália, a Eva fica com o Miguel, a Marisa fica com o Luís, a Matilde continua com o César e a Adriana fica com o Tomás e está feito.
– O quê? Eu com o Tomás? – Perguntou a Adriana com cara de nojo.
– Adriana só por essa cara, continuas com o Tomás. – Disse a Teresa.
A Adriana cruzou os braços.
– Eu também não gosto de estar com o Luís. – Disse a Marisa.
A Sandra e a Vanessa riram-se.
O Daniel Rodrigues e o António olharam com caras sérias para elas e elas pararam de rir.
– Obrigado. – Disse o João.
A Marisa disse:
– Oh, desculpa João, estou feliz por ti, mas eu tenho de... – Olhou para os chefes – de passear.
A Marisa saiu de casa deixando os outros a olharem uns para os outros.
– Ela ainda vai mudar de ideias. – Disse o António.
– Dália, vamos dar uma volta com a Sandra? – Perguntou a Matilde.
– Sim, pode ser.
– Pessoal, eu, a Sandra e a Dália vamos dar uma volta.
– Está bem. – Disse a Emília.

Capitulo 10

A Sandra, a Dália e a Matilde assim que saíram de casa começaram a conversar.
– Como é que tu consegues fazer magia? – Perguntou a Dália à Sandra.
– A varinha e com as palavras mágicas, mas há certos feitiços que são complicados.
– Como por exemplo qual?
– Dália, não precisas de saber, não és feiticeira. – Disse a Matilde.
– Está bem.
– Então? Já conheceram os Azevedo, ou melhor, já conversaram?
– Sandra, a Dália não pode conhecer os Azevedo. As nossas famílias não se dão.
– Ah, pois é. Desculpem.
– Não faz mal. – Disse a Matilde.
– Mas Dália, não percebi bem o que aconteceu entre ti e o João. – Disse a Sandra.
A Dália contou tudo o que tinha acontecido entre eles. A Sandra e a Matilde ouviam com atenção.
– Meu Deus! Estás cá à pouco tempo e já estás a “marcar lugar”. Coitada da Marisa. – Disse a Sandra.
– A Marisa ainda não se tinha apaixonado bem por ele. – Disse a Matilde.
– Pois. – Disseram elas.

***

Como estava de noite, a Marisa começou a afastar-se. Ao longe, ouviu um barulho. Com um pouco de medo perguntou:
– Quem está aí?
Apareceu-lhe uma sombra à frente, que lhe pôs uma mão no ombro.
– Quem és? – Perguntou, medrosa.
– É o Gustavo, dos Batista. O que fazes por aqui, Junqueiro, ou melhor, Sousa?
– Eu chamo-me Marisa Junqueiro, não Sousa ou só Junqueiro. Se for assim, vou chamar-te Batista ou Jesus.
– Desculpa, mas o que fazes aqui?
– Vim dar uma volta e tu?
– Também.
Houve uns segundos de silêncio.
– Então, como vão os Sousa? – Perguntou o Gustavo.
– Bem, dentro dos possíveis e os Batista?
– Vamos andando. O Jorge ficou cada vez mais desagradável, o Rúben e o Marco estão cada vez mais solitários.
– Eu pensava que estava tudo bem com vocês. Vocês não apareciam. – Disse a Marisa.
– Disseste bem, estava. E como é que vocês vão?
– A Dália agora namora com o João e o António trocou os casais agora estou destinada ao Luís.
– A Dália? Não sabia que os Sousa tinham adoptado mais uma pessoa.
– Na verdade, são duas.
– Duas? – Perguntou o Gustavo.
– Sim, a Dália e a irmã Vanessa.
– E está a correr bem?
– Sim, dentro dos possíveis.
O Gustavo olhou para o relógio que estava no seu pulso.
– Desculpa, tenho de ir.
– Está bem. Adeus, Gustavo.
– Adeus, Marisa.
O Gustavo virou-se de costas e ia desviar-se da Marisa, mas ela lembrou-se de algo.
– Gustavo.
– Sim. – Disse ele, virando-se.
– Obrigado pela conversa. – Disse ela a sorrir.
– Não agradeças, também gosto de uma boa conversa. Sempre que quiseres conversar podes ir ter comigo. Estou aqui quando tenho tempo livre. Aparece. – Disse ele piscando-lhe o olho.
– Está bem.
A Marisa ficou a olhar para o Gustavo enquanto ele se desviava. Quando já não o podia alcançar com a vista, foi para casa.


Capitulo 11

A Sandra, a Dália e a Matilde tinham ficado a conversar. Mas logo, a Sandra e a Dália decidiram ir para casa. A Matilde disse que ainda queria ficar um pouco. Elas aceitaram e deixaram a Matilde sozinha. Uns minutos mais tarde aparece alguém à frente da Matilde. Ela assusta-se.
– Azevedo? Que fazes aqui?
– Calma Sousa, só quero conversar.
– Mas eu não quero conversar contigo.
– Só por causa das nossas famílias? Oh, por favor, Matilde.
– Nuno desaparece.
– Calma. Não vou fazer-te nada.
– Vai-te embora, Nuno.
– Não vou. Eu quero falar contigo.
– Se tu não ires embora eu é que vou.
– Não vás, Matilde. – Disse ele agarrando-lhe a mão.
– Larga-me!
O Nuno largou-a e ela foi a correr para casa.
– Eu preciso de falar contigo Matilde. – Disse ele a falar baixo enquanto a via a correr.

Capitulo 12

A Matilde começou a correr e avistou a Marisa. A Marisa assustou-se quando a viu a correr.
– O que se passa Matilde?
– Nada.
– Estavas a correr.
– Sim, mas não aconteceu nada. E tu? Ainda não foste para casa?
– Não estive a falar... – Ela parou. Ela não podia contar à Matilde que esteve a falar com um Batista. Embora ser sua melhor amiga, a Matilde não a perdoaria. Ela escolheu dizer mais tarde.
– Estive a apanhar ar e esqueci-me das horas. E tu? Porque estavas a correr?
– Porque... porque... porque também me esqueci das horas.
– Está bem.
– Vamos para casa?
– Sim, anda.
E lá foram elas de volta para casa.

***

No dia seguinte, dia 25 de Dezembro, os Sousa foram passear com os feiticeiros. A meio do passeio, a Marisa viu o Gustavo. Deu uma desculpa aos chefes e foi ter com ele.
– Olá!
– Olá Sousa, quer dizer, Marisa.
Ela sorriu.
– Que fazes por aqui? – Perguntou ela.
– Estou a passear.
– E deixaste o teu grupo sozinho?
– Sim. Eles estão em casa. Então, e tu?
– Fomos passear com os feiticeiros.
– Dão-se bem com eles?
– Sim. Com eles e com os lobisomens. E vocês?
– Só com os Costa.
– Falta uma pessoa.
– Qual?
– Uma Sousa.
O Gustavo sorriu para ela, ela retribuiu o sorriso.
– Bem, mas conta lá mais coisas.
E lá ficaram eles a conversar.

Capitulo 13

Entretanto com os Sousa e os feiticeiros.
– Onde é que está a Marisa que nunca mais aparece? -perguntou o António.
– Não sei querido. -respondeu a Teresa.
– Posso ir à procura dela, pai. -disse a Matilde.
– Vai Matilde, vai. -disse o António.
– Queres que vá contigo? -perguntou a Sandra.
– Não é preciso. Obrigada amiga.
E lá foi a Matilde à procura da Marisa. Será que ela irá encontrá-la?

***

Passado um tempo a procurar a Marisa, ouviu um barulho.
– És tu, Marisa?
– Eu disse que queria falar contigo.
– O que é que tu fazes aqui outra vez Azevedo?
– Calma, Matilde, só quero falar contigo.
– As nossas famílias dão-se mal, eu não quero falar contigo, se eles me virem contigo vão querer matar-me.
– Calma, Matilde. Eu nunca percebi porque razão as nossas famílias se dão mal. – Disse ele, aproximando-se dela.
– Talvez porque vocês são vampiros perigosos. – Disse ela andando para trás.
– Matilde, nós não somos perigosos. Não tenhas medo de mim. – Disse ele agarrando-lhe a mão.
Ela agora não se desviou, nem gritou, apenas olhou para ele.
– Eu não te faço mal, nunca te vou fazer.
– O quê? Quero dizer, porquê?
A Matilde estava desnorteada pois era a primeira vez que estava a olhar olhos nos olhos para um Azevedo.
– Porque eu gosto de ti, sempre gostei.
– Sempre?
Ele afirmou com a cabeça.
– Mas tu não sentes o mesmo, tens medo de mim.
– Não, não. Eu tinha medo de ti sim, mas eu gostava e ainda gosto de ti, mas as nossas famílias não se dão bem, eu vivia sempre insegura, eu queria esquecer-te, mas eu não conseguia.
Ele abraçou-a. A Matilde estremeceu com aquele contacto. Abraçar um Azevedo? Onde já se viu uma Sousa abraçar um Azevedo?
– Mas o que é que eu estou a fazer? Estou a abraçar um Azevedo? – Disse ela, largando-o.
– Matilde calma, está tudo bem, eu não te faço mal. Confia em mim.
Ele aproximou-se dela.
– Confia em mim. – Repetiu ele com a voz baixa que mais parecia um sussurro.
Ele aproximou-se mais dela e era para lhe dar um beijo na cara mas a Matilde virou a cara e acabou por dar-lhe um beijo na boca. Depressa ela se desviou dele.
– Ah, eu tenho de ir à procura da Marisa. Adeus, Nuno.
– Está bem. Adeus, Matilde.
Ele parecia triste.
– A gente vê-se depois por aí.
– Sim.
– Xau.
– Xau.
A Matilde começou a correr. Ela queria fugir dali e pensar no que tinha acabado de acontecer mas infelizmente nesse momento tinha de encontrar a Marisa.

Capitulo 14

A Marisa e o Gustavo estavam a conversar quando ouviram:
– Marisa!
– É a Matilde. Tenho de ir Gustavo.
– Está bem. Adeus.
– Adeus
Ela começou a correr para avistar a Matilde. Quando a viu, gritou:
– Estou aqui!
A Matilde, assim que viu a Marisa, correu até ela.
– O nosso pai já estava preocupado.
– Desculpa.
– Não peças desculpa. Tenho de te contar uma coisa mas tens de prometer que não contas a ninguém. É grave mas fiz.
– É grave?
– Sim.
– Está bem.

***

Entretanto com os Azevedo, ou melhor, com a Liliana Mestre. Ela estava com o Eduardo Oliveira, um dos lobisomens.
Eles tinham um caso mas ninguém sabia. A Liliana Mestre faz parte da família Azevedo há 11 meses. É nova. Tem 18 anos. Nunca conseguiu se conformar por ter sido transformada em vampira. Ela é muito rebelde e por isso acabou por ter um caso com um lobisomem. Eduardo Oliveira, um lobisomem, tem 20 anos e está na família há 11 meses. É muito rebelde e por isso é capaz de tudo para deixar os outros desiludidos. Eles estavam num parque perto da casa dos Azevedo.
– Olá! – Saudou a Liliana.
– Olá! Então, tudo bem?
– Isto está uma desgraça. Viver naquela casa está a ser um martírio. O Paulo nunca deixa fazer nada. E a ti?
– Não me posso queixar. – Respondeu o Eduardo.
– Ainda bem que existes na minha vida senão estava tramada. – Disse ela, a sorrir.
– Pois.
Enquanto eles falavam, estavam a ser visto pela Bruna Letícia, uma Azevedo. Tem 17 anos e estava destinada ao Orlando mas notava-se que ela não gostava dele. A Liliana e a Bruna são as melhores amigas mas há algo que a Bruna esconde da Liliana. A Liliana nunca deu por isso. A Bruna andava sempre a vigiar a Liliana com o Eduardo mas nunca se sabia porque razão ela fazia isso. Será que mais tarde se irá saber?

Capitulo 15

A tarde passou e a noite chegou com uma lua cheia linda. Os lobos uivavam lá fora com um uivar que fazia arrepiar. Com os Sousa, estava tudo tranquilo, os feiticeiros foram para casa e a Marisa foi com a Matilde para o quarto dela para falarem. O que será que a Matilde irá falar?
– Eu preciso de te contar uma coisa grave.
– Conta Matilde, sou toda ouvidos.
– É sobre os Azevedo.
– Sobre os Azevedo? O que foi que te fizeram amiga?
– Não me fizeram nada, deixa-me contar.
– Está bem.
– Tem a ver com o Nuno Azevedo.
– O que ele te fez?
– Posso contar sem fazeres perguntas disparatadas?
– Sim.
A Matilde contou tudo. Desde o dia em que esteve a correr até ao dia em que ele a abraçou, ou seja, este dia. A Marisa ficou a ouvir apavorada.
– Meu Deus! Matilde como pudeste fazer isso com um Azevedo?
– Não faço ideia Marisa mas eu sei que agora ele não faz mal.
– Ele não faz mal? Um Azevedo é perigoso, Matilde.
– Não todos Marisa, o Nuno não é.
– Estás completamente apanhada. – Disse a Marisa abanando a cabeça.
– Não é apanhada, é a realidade.
– Está bem já não digo mais nada. Vamos dormir?
– Sim.
Elas foram para a cama. A Matilde sonhou com o Nuno. Sonhos bons, enquanto que a Marisa teve um pesadelo sobre a Matilde e o Nuno.

***

Um novo dia chegou, os Sousa tinham de ir visitar os lobisomens porque o António queria falar com a Judite, a chefe do grupo dos lobisomens, pelo caminho a Adriana viu o Afonso, um lobisomem. Eles começaram a conversar e a distanciarem-se do grupo. A Vanessa, vendo que a Adriana não estava com o grupo, decidiu ir à procura dela. Foi quando viu a Adriana a falar com o Afonso e, curiosamente, estavam muito sorridentes. Nesse momento a Vanessa ficou com uma sensação estranha. Mas não ligou muito e chamou a Adriana.
– Ah, olá! O que se passa? – Perguntou o Afonso.
– Vocês começaram a distanciarem-se do grupo então decidi chamar-vos.
– Ah, desculpa... – O Afonso não se lembrava do nome dela.
– Vanessa.
– Desculpa Vanessa. – Disse ele, a sorrir.
A Vanessa ficou com uma sensação estranha nesse momento. Porque será que ela estava assim?

Capitulo 16

Já de volta a casa, os Sousa começaram a conviver em família. O António começou a falar.
– Meus filhos! Este tempo em que ficámos com a Vanessa e com a Dália mudou. A Dália namora agora com o João, a Marisa e a Adriana parecem se conformar com os seus novos pares, enfim parece que na nossa família tudo está mais calmo e ainda bem. Adoro-vos filhos.
O António abraçou os filhos e a mulher. A Matilde assim que abraçou o pai, olhou para o relógio. Estava na hora de ir ter com o Nuno.
– Pai, mãe vou dar uma volta. Posso?
– Claro, Matilde. – Disse a Teresa.
– Obrigada.
A Matilde foi ter ao sítio do costume. O Nuno já estava lá, à espera dela era possível. Quando a viu, foi ter com ela.
– Eu sabia que virias.
– Pois, eu preciso de te perguntar uma coisa.
– O quê?
– Sei que pode parecer patético ser eu a perguntar e até porque somos de famílias diferentes mas...eu quero namorar contigo, Nuno, eu gosto de ti e já não tenho medo de ti.
O Nuno ficou uns segundos calado, sem se mexer. Depois sorriu.
– Isso é fantástico, Matilde. – Disse ele pegando nela e fazendo girá-la.
– A sério?
– Mas é claro, mas temos de combinar uma coisa.
– O quê? – Perguntou ela, preocupada.
– Temos de deixar este namoro num segredo porque na minha família estou destinado a uma rapariga que se chama Catarina Borges.
– E eu estou destinada a um César Galvão.
Ambos se riram.
– Então parece que partilhamos a mesma opinião.
– Sim.
Eles continuaram a conversar durante uma hora.

***

Entretanto com os Sousa, a Vanessa e a Adriana estavam a falar no quarto da primeira.
– Tu sabes que tu és considerada a minha melhor amiga não é? – Perguntou a Adriana.
A Vanessa afirmou com a cabeça.
– Então preciso de te dizer uma coisa.
– Diz, Adriana.
A Adriana respirou fundo.
– Gosto do Afonso.
A Vanessa sentiu um aperto no coração. Porque será que quando ouve o nome “Afonso” ou vê o lobisomem ela fica com uma sensação estranha? Depois disto só conseguiu dizer:
– Que bom, amiga.
A Adriana não notou que a Vanessa não estava bem, porque começou a falar e a falar até lhe faltar a voz.

Capitulo 17

Passou uma semana, a Matilde e o Nuno estavam cada vez mais apaixonados, a Adriana e o Afonso estavam quase a namorar, a Vanessa continuou com a sua sensação estranha. Com a família Azevedo, a Liliana estava cada vez mais próxima do Eduardo e a Bruna sempre a ver as “cenas” amorosas deles.
A Bruna deixou de ser amiga da Liliana e começou a falar com a Marta Martim, outra Azevedo. A Bruna estava a tentar adiar o casamento com o Orlando enquanto que com o Nuno, ele tentava fugir às perguntas doidas da Catarina. A Tatiana Soares estava apaixonadíssima pelo Hélder Azevedo e parecia a pessoa mais feliz do mundo. Parecia a única a sobreviver a esta crise de casais.
Com os Azevedo, o Nuno pediu ao Martim, um dos seus verdadeiros irmãos, para falar com ele.
– Preciso de te contar uma coisa mas quero que me ouças como irmão e amigo.
– Tudo bem, senta aí e conta.
Eles sentaram-se.
– É sobre os Sousa.
– Conta.
O Nuno respirou fundo.
– Eu... eu namoro com... com a Matilde.
– O quê? Com a Matilde? Interessante.
– Não estás zangado?
– Claro que não eu não quero saber do que os nossos pais acham dos Sousa. Eu acho bem. Não os acho perigosos.
– Obrigado.
Eles levantaram-se do sofá onde estavam sentados e abraçaram-se. Abraço de irmãos. Depois saíram de casa. Pelo caminho, viram a Catarina a ir ter com eles. O Martim saiu e a Catarina falou com o Nuno.
– O que se passa contigo?
– Nada.
– Quando é que casamos?
– Casar? Já?
– Claro, Nuno.
– Desculpa Catarina mas pode ser mais tarde?
– Mas que se passa contigo, tu eras louco por mim.
– E sou, mas não nos precipitemos.
O Nuno vê a Matilde atrás de uma árvore.
– Catarina, venho já.
Ele desviou-se dela e foi ter com a Matilde.
– O que é que estás aqui a fazer, Matilde?
– Preciso de falar contigo Nuno, é urgente.
– Anda.
O Nuno puxou-a até à floresta.
– O que se passa? Estás a deixar-me preocupado.
– Nuno, nós não podemos continuar assim. Os teus pais odeiam-me, os meus pais odeiam-te. Acho que temos de terminar. Isto é um namoro impossível.
– Sim, é verdade a Catarina já está a ficar... tu sabes.
– Sim, o César também.
– Mas vamos continuar amigos não é?
– Claro.
– Então... xau, tenho de ir.
– Também eu. Xau.
O Nuno afastou-se da Matilde e esta fez o mesmo. O namoro deles tinha acabado.

***

Entretanto, o Nuno apanha um susto da Sandra que lhe aparece à frente, por magia.
– Credo, Sandra. Que susto!
– Desculpa Nuno. Estás bem?
– Sim. Penso que sim. E tu?
– Estou bem.
Eles ficaram uns segundos a olhar um para o outro.
– Ah... tenho de ir. – Disse ela.
– Sim, vai.
– Xau.
– Xau.
A Sandra foi ter com o seu grupo. Ela precisava de falar com alguém de confiança e o único que andava mais perto dela de momento era o David Henriques, o seu melhor amigo. Assim que conseguiu ficar a sós com ele, disse-lhe o que se passava.
– O Nuno esteve a falar comigo hoje.
– E?
– David, eu estou completamente apaixonada por ele.
– Sandra...
– Não me peças para o esquecer, eu sou feiticeira.
– Mas Sandra, ele não pode gostar de ti.
– Tu não tens a certeza.
– Eu sei mas mesmo assim.
Eles continuaram a conversar até tarde.

Capitulo 18

Mais tarde, a Adriana encontrou-se com o Afonso num bosque. A Vanessa tinha ido atrás da Adriana e estava a ver a conversa deles.
– Afonso, preciso de fazer uma coisa.
– O quê?
– Isto.
A Adriana aproximou-se do Afonso e beijou-o. Foi um beijo estranho, nem sequer se sabia se era só uma amizade que eles tinham, se era amor. A Vanessa ao ver aquilo, teve a mesma sensação estranha mas vinda de muita tristeza. Do nada, começou a chorar. Queria sair dali o mais depressa que podia, mas acabou por fazer barulho e o Afonso separou-se da Adriana.
– Ouviste isto?
– Sim.
– Espera, é aqui.
O Afonso foi para trás de uma árvore e a Adriana seguiu-o. Foi aí, que Afonso ouviu a Vanessa a chorar. Do nada, deu-lhe um aperto no coração mas não disse absolutamente nada, apenas a abraçou. A Adriana ao ver a Vanessa a chorar, assustou-se.
– Amiga, o que se passa?
– Vanessa, porque é que estás a chorar? – Perguntou o Afonso, ainda a abraçá-la.
– Nada. – Respondeu ela, tentando sair dos braços dele.
– Nada o quê amiga? Passa-se alguma coisa sim.
– Larga-me, Afonso. – Teve de dizer, por fim, a Vanessa.
– Desculpa. – Disse ele, largando-a.
– Queres falar comigo? – Perguntou a Adriana.
– ... Pode ser? – Ela tinha de inventar qualquer coisa.
– Então adeus, Afonso.
– Adeus.
– Anda amiga.
A Adriana levou a Vanessa e o Afonso ficou a olhar para elas a afastarem-se, preocupado.

Capitulo 19

Passaram-se mais uns dias. A Vanessa não chegou a dizer à Adriana o que se passava com ela. A Sandra tinha se tornado a melhor amiga do Nuno e a Matilde andava a tentar esquecê-lo. Para o lado dos Sousa nada estava a correr bem.
Bem, entretanto com a Sandra: O Nuno estava com ela e queria-lhe dizer uma coisa, talvez, falar da sua relação que teve com a Matilde, mas a Sandra não quis ouvi-lo e começou a falar dos seus sentimentos. No final da conversa, os dois já estavam a beijar-se. Afinal, o Nuno queria dizer à Sandra que também estava atraído por ela.
Eles começaram a namorar, mas será por muito tempo?
Depois de Sandra ter falado com o Nuno, resolveu ir falar com a sua melhor amiga, Matilde. Tinha de lhe falar dela e do Nuno. Mas ela não sabia que a Matilde tinha namorado com ele. Como correrá essa conversa?
– Matilde, preciso de te contar uma coisa.
– Diz.
A Sandra conta-lhe tudo o que tinha acontecido. A Matilde ficou séria no final da “história” que ela lhe contou.
– Tu és ridícula.
– O quê?
– Sim, és ridícula. Deves ter mandado um feitiço ao Nuno para ele ficar apanhado por ti.
– Não, Matilde, eu não te mentiria.
– Cala-te! O Nuno não te ama, sabes quem ele ama? Claro que sabes, foi a tua inveja que te fez mandar um feitiço para que ele caísse aos teus pés não é sua invejosa? -gritou ela.
– O quê, Matilde?
– O Nuno ama a mim, nós namorámos. Ele nunca vai olhar para ti, porque ele ama-me e mais... – Fez uma pausa – És uma invejosa e por isso mandaste-lhe um feitiço.
A Matilde saiu do quarto com passo apressado. A Sandra ficou boquiaberta, sem reacção.

Capitulo 20

A Matilde estava a chorar quando esbarrou com o César.
– César! Preciso de ti. Faz-me amar-te, eu preciso de amar-te, eu quero amar-te. César, por favor. – Disse ela, abraçando-o.
– Matilde, o que se passa?
– César, preciso de ti. – Disse ela, a chorar.
– Claro Matilde, claro. Conta-me o que se passa?
– Eu conto, mas promete-me que não contas a ninguém.
– Claro.
A Matilde levou o César a um sítio mais sossegado. Depois começou a contar-lhe tudo o que se tinha passado. O César ouviu tudo atentamente. Depois de ter ouvido tudo, pôs a mão na cabeça, suspirou e disse:
– Matilde, eu... eu estou... pasmado. Como é que tu pudeste namorar com um Azevedo?
– Sei lá eu César, mas eu sei que mesmo sendo um Azevedo, ele é muito simpático e compreensivo.
– Tu ainda o amas, Matilde?
– Acho que não – Respirou fundo – César, preciso de te amar. A feiticeira namora com o Nuno.
– A feiticeira? Agora falas assim da Sandra?
– Ela enfeitiçou-o.
– Ah! Eu acho que ela não seria capaz, Matilde.
– Pois, também eu achava.
A Matilde pegou nas mãos do César.
– César, preciso de amar-te.
– Tu queres amar-me?
A Matilde afirmou com a cabeça.
– César, beija-me. Ajuda-me a esquecer de tudo, por favor.
O César aproximou-se dela.
– Queres mesmo?
– Sim.
O César beijou-a.
Capitulo 21

A Sandra estava ainda boquiaberta, sem reacção. Só a pensar no que tinha acabado de acontecer. Depois, do nada, saiu do quarto com passo considerado “normal” e foi à procura do Nuno. Não demorou muito a encontrá-lo. Ele estava no bosque. Ela apareceu por trás dele e disse:
– Nuno?
Ele virou-se.
– Sandra? O que estás aqui a fazer?
– Preciso de te contar uma coisa, Nuno.
– Eu também.
– Começa tu. – Pediu ela.
O Nuno olhou para baixo.
– Eu... eu já namorei com a Matilde.
Depois de dizer isso, olhou para cima, para a Sandra, para ver a reacção dela. Ela sorriu ligeiramente.
– Eu já sabia disso.
Ele ficou espantado.
– A Matilde contou-te?
– Sim, foi agora mesmo mas eu já sabia antes. Ela... zangou-se quando lhe falei de nós os dois.
– O que é que ela fez?
A Sandra contou tudo o que se tinha passado ao Nuno, ele ouviu atentamente. No final, ele disse:
– Ela... eu não tenho reacção, estou sem palavras.
– Mas eu já sabia disso antes Nuno.
– Como?
A Sandra fez uma pausa.
– Eu é que mandei um feitiço para que te apaixonasses por ela, porque ela gostava de ti e porque tive pena dela.
O Nuno ficou sem palavras.
Capitulo 22

O Nuno ficou sem palavras. Como foi possível ela ter feito isso?
Por trás de uma árvore estava a Marisa que tinha estado a falar com o Gustavo perto dali.
Quando viu a Sandra a falar com o Nuno, foi ouvir a conversa.
Bem, voltando à conversa do Nuno e da Sandra...
– Eu não acredito que fizeste isso. – Disse o Nuno, pondo a mão na cabeça.
– Nuno, eu fiz pela Matilde. Ela gostava de ti Nuno, mas acontece que o efeito do feitiço não durou o que eu esperava e... pronto, deu no que deu.
– Mas Sandra, como é que pudeste fazer isso à Matilde? Vocês eram amigas.
– Eu sei, desculpa.
– Não me peças desculpa a mim, pede desculpa à Matilde.
A Sandra baixou a cabeça. O Nuno fez um pouco de silêncio.
– Mas isso quer dizer que eu nunca gostei da Matilde. – Disse o Nuno.
– Mais ou menos. – Disse ela, levantando a cabeça.
– Mais ou menos?! – Nuno estava com cara de tarado. A Sandra percebeu.
– Hum... sim, pronto, nunca gostaste da Matilde.
O Nuno beijou a Sandra. A Marisa saiu do bosque. Será que foi ter com a Matilde?

Capitulo 23

A Marisa foi à procura da Matilde. Não demorou muito a encontrá-la. Ela estava com o César e estavam num clima muito romântico. A Marisa pediu para a Matilde falar com ela a sós, o César saiu dali deixando-as à vontade.
– Nem queiras saber o que acabei de saber.
– O que acabaste de saber?
A Marisa contou tudo o que se passava à melhor amiga. A Matilde ouviu tudo atentamente. No final...
– Como é que aquela desgraçada foi capaz? Ai que raiva!
– Matilde, tem calma, ela teve pena de ti.
– A Sandra só quer dar ilusão às pessoas, não faz nada de certo com os seus feitiços.
– Calma, Matilde!
– Calma não, eu vou ter com ela agora.
E dizendo isto, saiu dali deixando a Marisa a pensar que fez mal em lhe contar o que havia acontecido.

***

Entretanto com o César...
Ele estava a dar um passeio quando vê ao longe a Tatiana Soares dos Azevedo. Ela também o viu e foi ter com ele.
– Olá, Tatiana!
– Olá, César!
– Beijinho, querido! – Disse ela dando-lhe dois beijos na bochecha.
– Então Tatiana, andas muito sorridente hoje.
– Estou feliz César, estou feliz.
– Parece que sim. É o teu namoro com o André?
– Não, eu já não estou a gostar tanto do André como pensava, mas estou a brincar um bocadinho, se é que me faço entender. – Disse ela a sorrir.
– Então porquê?
– Porque te vi!
O César sorriu.
– Porque me viste?
A Tatiana acenou com a cabeça.

Capitulo 24

A Matilde foi à procura da Sandra no bosque mas quando a viu, reparou que o Nuno estava com ela e que estavam num clima romântico. Decidiu ir lá terminar com aquilo.
– Muito bem Sandra, trair a tua amiga com o ex dela. – Disse ela, batendo palmas.
– Matilde, eu...
– Não, pior que isso foi saber que tudo não passou de um feitiço.
– Calma Matilde, deixa a Sandra explicar. – Pediu o Nuno.
– “Deixa a Sandra explicar”?! Até tu, Nuno. Eu estou farta! A Sandra traiu-me. Traiu a nossa amizade. Por mim acabou.
– Matilde!
A Matilde virou-se de costas para eles e foi-se embora. A Sandra queria ir atrás dela mas o Nuno impediu-a. A amizade da Sandra e da Matilde terminou. E agora? O que acontecerá?

Capitulo 25

Passaram-se duas semanas, a Adriana e o Afonso estavam a namorar, a Matilde estava a viver um sonho com o César e a Sandra andava a namorar com o Nuno. Bem, falando na Matilde...
A Matilde estava muito bem com o César mas ela não sabia que o César falava com uma Azevedo, a Tatiana. Ela acabou por saber hoje à tarde, Matilde foi com a Marisa dar uma volta e Marisa depois de um tempo quis ir para casa, Matilde não quis e ela deixou-a sozinha. Bem, foi aí que viu a Tatiana com o César. Ao ver que foi traída de novo, começou a chorar e com raiva, foi ter com eles.
– É isso que fazes nos teus tempos livres, César?
– Matilde, não é o que estás a pensar.
– Claro que não! Traíste-me.
– Claro que...
A Tatiana interrompeu-o.
– Claro que sim, minha linda!
A Tatiana beijou o César.
– Não estou para ver isto, o nosso namoro acabou César.
– Não Matilde.
Matilde não se virou para ele, estava a andar sem olhar para trás.
– Viste o que fizeste, Tatiana?!
– Eu?
César olhou para ela com raiva.
– Sim está bem fui eu.
Ela fez uma pausa.
– Mas não fiz por mal. Bem, vou indo, xau, querido.
Tatiana foi-se embora deixando o César sozinho.

Capitulo 26

Pelo caminho, Tatiana encontrou a Catarina Borges.
– O que queres? – Perguntou a Tatiana.
– Eu sei o que fizeste ali à Sousa.
– Ah não tenho nada para te dizer idiota.
A Catarina pôs-se à frente dela.
– Posso contar tudo ao André do que andas a fazer.
A Tatiana olhou para ela.
– Fica descansada que eu digo-lhe pessoalmente e é hoje.
– Quero ver isso, madame sei lá o quê.
– Anda comigo e verás idiota.
A Catarina olhou para a Tatiana com raiva e depois seguiu-a até casa.

***

Entretanto com a Matilde...
A Matilde, estava a chorar quando chocou como Miguel. Ele ao ver a Matilde a chorar, preocupou-se.
– Matilde, o que se passa?
– O César traiu-me.
– Traiu-te? Com quem?
– Com a Tatiana, dos Azevedo.
– Com a Tatiana Soares?
A Matilde afirmou com a cabeça.
– Essa tonta tem uma fama. Pelo o que ouvi falar, ela é muito espevitada e mandona, acha-se a melhor e pior... quando o André saber que a Tatiana o traiu vai passar-se. Sabias que ela está destinada ao André Azevedo?
A Matilde afirmou com a cabeça.
– Por isso não te preocupes, se com os Sousa tu foste traída também irá acontecer com os Azevedo. Pobre do André.
A Matilde sorriu.
– Obrigada Miguel, és um bom amigo.
A Eva assim que os viu, foi ter com eles.
– O que se passa aqui? Tu estás destinada ao César, Matilde. – Disse ela.
– Fica descansada, o Miguel é todo teu, mas eu estava a contar-lhe que o César traiu-me.
A Eva ficou de boca aberta.
– O César traiu-te?
– Foi com a Tatiana, dos Azevedo. – Disse o Miguel.
– Coragem, Matilde. – Disse a Eva.
– Obrigada, amigos.
A Eva e o Miguel sorriram. A Matilde foi para casa. A Eva e o Miguel ficaram preocupados com ela.

Capitulo 27

A Tatiana e a Catarina foram para casa. A Tatiana olhou para a Catarina e depois começou a suspirar. A Catarina cruzou os braços e afastou-se da Tatiana. A Tatiana iria contar ao André mas de outra forma.
O André foi ter com ela.
– O que se passa, Tatiana?
– Estou feliz.
– O que fizeste?
– Fui ter com os Sousa.
– Com os Sousa? – Disse uma voz masculina.
Não era o André, mas sim do pai deles, Paulo.
– Tu foste ter com os Sousa? Filha, como foste capaz?
– Pai, o César é muito, mas muito mais giro.
– Foste ter com o César Galvão?
– Sim pai, qual é o problema?
– “Qual é o problema?” Eu digo-te qual é o problema: 1º ele é um Sousa. 2º Estás destinada ao André e 3º o André é muito mais “giro” – Fez aspas com os dedos – que o César.
– Ah, obrigado pai. – Disse o André, irónico.
– Não precisas de agradecer filho. Tatiana – Virou-se para ela – obrigaste-me a trocar os casais.
A Catarina baixou a cabeça.
– Pai, eu amo o Nuno.
O Nuno olhou para a Catarina e depois para o pai.
– Pai, tenho de te contar uma coisa e desculpa, Catarina.
– Não me digas que vais dizer que namoras com uma Sousa. – Disse o pai, zangado.
O Nuno pensou: “Já namorei, mas agora estou a namorar com uma feiticeira”.
– Não, pai, eu namoro com uma feiticeira.
– Com uma feiticeira?
A Catarina não estava a acreditar.
– Bem, filho, assim já estou a gostar. Quem é?
– É a Sandra.
– A Sandra Gomes? Aquela miúda é um doce.
– Pois.
– Está bem, Nuno. Troca os casais pai, vou tentar esquecer o Nuno. – Disse a Catarina.
A Tatiana e a Marta olharam espantadas para ela.
– Ora muito bem. Vai ser assim: O Martim fica sozinho, o Nuno vai ficar com a Marta quando talvez terminar com a feiticeira Sandra, o André fica com a Cátia, a Tatiana fica com o Orlando e a Catarina, a Liliana e a Bruna ficam sozinhas.
A Tatiana não gostou da troca.
– Ai não, eu com o Orlando? E a Cátia com o meu André? Não, não pode ser.
– Preferes a Catarina com o André, Tatiana? – Perguntou o Paulo.
– Claro que não.
– Também o que tens a temer, Tatiana? A Cátia é uma miúda sem espírito, nova, de certeza que não é miúda para o André. – Disse a Catarina, só para que a Tatiana ouvisse.
– Parece impossível, mas estou de acordo contigo. – Disse a Tatiana.
A Marta falou no ouvido da Cátia.
– Aquelas duas loucas estão a conspirar contra ti, aconselho-te a agarrares o André o quanto puderes porque nunca se sabe o que pode acontecer.
A Cátia sorriu timidamente.
– Eu sou apenas uma rapariga nova.
– Mas para elas nunca se sabe, tem cuidado.

Capitulo 28

Uma semana passou, o namoro do Nuno e da Sandra tornou-se público, o lobisomem Carlos começou a falar com a Adriana, o César cortou relações com a Tatiana, o namoro do Afonso e da Adriana também se tornou publico, o Martim começou a aproximar-se da Sousa Daniela, assim como o seu irmão André começou a tentar investigar aquela família.
Bem, com o André...
Era de noite, André estava no bosque, sentado na relva com um olhar pensativo, quando alguém apareceu por trás dele.
– Estás bem?
André olhou para trás.
– Quem és?
Ela sentou-se ao lado dele.
– Chamo-me Dália e sou nova no grupo dos Sousa e tu?
A cara do André iluminou-se quando ouviu a Dália dizer que pertencia aos Sousa mas não disse nada.
– Eu chamo-me André... André Azevedo.
– Oh és um Azevedo.
– Eles devem te ter dito para não falares com nenhum Azevedo, não é?
A Dália afirmou com a cabeça.
– Pois.
A Dália e o André ficaram a olhar um para o outro por um tempo. Estavam quase para se beijar quando ouviram um barulho.
Quando foram espreitar de onde veio, viram o Martim com a Daniela. Estavam muito contentes. O André e a Dália não estavam a acreditar que o Martim estivesse com a Daniela, ou vice-versa. Eles estavam boquiabertos.

***

Passou um dia, o Orlando foi ter com a Tatiana.
– Olá, linda!
– Olá, Orlando! Não me irrites, não gostei daquilo que o Paulo inventou como casais.
O Orlando riu-se.
– Olha que eu até gostei. Já estava farto de andar com aquela “sem sal” da Bruna.
A Tatiana sorriu.
– Ah, és dos meus. A Cátia também é uma “sem sal” e está com o meu André.
– Tu gostas do André?
– Achas que sim? – Perguntou a Tatiana como se essa fosse absurda.
– Hum... acho que não. Então podes deixar de falar “meu André”, porque ele já não te é nada.
– Mas ele é popular e só deve andar com gente como eu.
– Mas eu também sou popular.
– Mas tu andas sempre com raparigas “sem sal”.
– Agora parece que já não. – Disse ele aproximando-se dela.
– Hum... talvez tenha um tempo para ti. – Disse ela afastando-se – Bye!
Quando era para sair o Orlando agarrou-a pelo braço.
– Eu não sou como os rapazes que tu fazes o que queres e depois descartas, portanto está quietinha e tem cuidado com o que fazes.
A Tatiana perdeu a segurança em segundos e começou a ficar com medo dele.
– Estás a magoar-me o braço.
– Então está quietinha, senão será pior.
E dizendo isto, ele soltou-lhe o braço e saiu deixando a Tatiana impressionada e com medo do que ele fez.

***

Entretanto, a Catarina foi ter com o Nuno no bosque.
– Olá! -disse ela.
– Olá, Catarina!
– Está tudo bem? – Perguntou ela.
– Sim.
– Tenho que te contar uma coisa.
– Diz.
– Vai acontecer algo contigo porque eu amo-te e não é uma feiticeira que te vai tirar de mim. Estás avisado.
A Catarina saiu a correr dali e o Nuno ficou sem palavras. Por pouco que não levava um susto da Sandra que lhe tinha aparecido à frente. Ela tinha algo para lhe dizer. O que será?
– Nuno, preciso de falar contigo.
– O que se passa linda?
– Eu... eu quero terminar.
– Terminar?
Capitulo 29

O Nuno estava pasmado. Não queria acreditar que a Sandra estava a terminar com ele.
– Sandra, porque é que queres terminar?
– Porque já não gosto de ti.
– Estás a brincar não estás?
– Não. Eu quero terminar.
O Nuno estava com lágrimas nos olhos mas não quis deixá-las cair pela cara.
– Está bem. Como queiras! Vamos terminar.
– Adeus ,Nuno! – Despediu-se.
– Adeus, Sandra e não te esqueças que te adoro.
A Sandra fez um sim com a cabeça e saiu do bosque deixando o Nuno perdido e triste.

***

Entretanto não muito longe dali.
– Obrigado Mateus, és o maior.
Quem foi a voz que disse isto?

***

Com a Catarina:
– Estão a brincar? A Sandra terminou o namoro com o Nuno assim tão facilmente? Não acredito!
A Catarina tinha estado a ouvir a conversa da Sandra com o Nuno e descobriu tudo.

***

A Sandra estava a andar normalmente, não chorava por ter terminado o namoro com o Nuno o que dava a estranhar. Viu o lobisomem Rui Lopes e foi ter com ele, ela estava muito diferente porque parecia que estava a querer seduzi-lo.
– Olá, Rui!
– Olá Sandra, tudo bem?
– Sim e contigo?
– Também. Vais ter com o Nuno?
– Acabei de estar com ele.
– E então? Namoraram muito?
– Não. Acabei de terminar o namoro com ele.
A Sandra não falou pausadamente e a resposta dela caiu como uma faca na mente do Rui.
– O quê? Acabaste de terminar o namoro com ele?
A Sandra afirmou com a cabeça.
– Mas porquê? Já não gostas dele?
– Não.
A Sandra começou a tentar seduzi-lo. O Rui percebeu e disse:
– Acabaste de terminar com o Nuno, Sandra. Isso não se faz.
– Estou a seguir com a minha vida.
O Rui olhou para ela, preocupado.
– Tens a certeza que estás bem? Pareces mudada.
– Claro que estou bem, Rui. Mas, o que tens feito?
– Tenho andado à porrada com um Costa.
– A sério? Quem?
– O Mário.
– Porquê?
– Sabes que eu gosto da Cristina.
– Mas ele namora com a Cristina, não é?
– Parece que sim, mas se depender de mim, não vai durar muito tempo.
– Oh Rui, esquece a Cristina. Agora estás a falar com uma pessoa melhor.
O Rui olhou de novo para ela, preocupado.
– Tens a certeza que estás bem, Sandra?
– Claro que tenho, que chato!
A Sandra foi-se embora deixando o Rui preocupado com ela.

Capitulo 30

Quem é que disse:
– Obrigado Mateus, és o maior?
– Matilde, já fiz o que me pediste, criei um feitiço para a Sandra terminar com o Nuno, o que queres mais?
– Não quero mais nada. Quando a Sandra der por isso será tarde demais. Ahah. Obrigado, Mateus. O nome Mateus Martins ainda vai ser bem conhecido, vais ver. Obrigado amigo.
– Sempre às ordens, Matilde.
Afinal foi a Matilde com a ajuda do feiticeiro Mateus que criou um feitiço para a Sandra terminar com o Nuno. O que acontecerá a seguir?

***

Entretanto com a Tatiana Soares:
– Como é que ele foi capaz? Mas eu estou com quem? Quem é afinal o Orlando? Preciso de espairecer, apanhar ar.
A Tatiana foi para o bosque e deparou-se com uma cena que não queria ver. Triste como estava, ver uma discussão de certeza que não era o indicado. O Mário e o Rui estavam a discutir sobre a Cristina.
– Tu és um idiota, queres tirar-me a namorada. – Gritou o Mário.
– Ela não gosta de ti, seu triste. – Atacou o Rui.
– Tu não sabes. Se não sabes não fales. Se ela está comigo é porque me quer.
O Rui calou-se com a frase do Mário.
– É, tens muita razão para falares. – Disse o Rui mais calmo.
– Pois tenho, porque ela está comigo, se não estivesse estava “nas tintas” para ti.
– Já não me vou chatear contigo. Vou-me embora. – Disse o Rui, zangado.
O Mário não disse nada, apenas o seguiu com o olhar até ele desaparecer da vista dele.
A Tatiana tinha ouvido tudo com atenção, sentou-se calmamente na relva e suspirou. Segundos depois, viu alguém a sentar-se ao lado dela. Era o Rui. Eles não disseram nada por uns segundos apenas ouviam a respiração um do outro.
– Estás bem? – O Rui cortou o silêncio.
– Uns dias maus, outros bons. E tu?
– O mesmo.
– Eu ouvi a tua conversa com o Mário. Foi feia!
– Tudo por causa de uma rapariga. Tudo por causa da Cristina. Ela namora com ele mas eu acho que ela gosta de mim.
– Mas não tens certezas.
O Rui riu-se.
– Há alguma coisa na vida que nós tenhamos certeza?
A Tatiana pensou um pouco na pergunta dele.
– A morte.
O Rui afirmou com a cabeça.
– Mas isso é para os humanos mas estou a falar de nós, vampiros, lobisomens.
A Tatiana pensou um pouco.
– Pois não há. – Respondeu ele, reparando no grande silêncio dela.
Ambos suspiraram.
Eles ficaram ali, a olhar para o sol que já se estava a pôr. Ambos tinham problemas e ambos estavam a tentar remediar a situação... à maneira deles.

***

Chegou a noite, a Sandra regressou a casa, parecia bêbeda. A Emília e o Daniel ao verem-na assim acharam estranho.
– O que se passa contigo, Sandra? – Perguntou o Daniel.
– Ela não se embebeda. Isto é um feitiço. – Disse a Emília.
– Pessoal, ajudem a Sandra. – Disse o Daniel ao resto do grupo.
O David, o Pedro e a Sofia foram logo tentar ajudar, o Mateus levantou-se uns segundos mais tarde para não dar suspeitas.
– Pedro, não venhas ajudar, mal percebes quais são os teus poderes. – Disse a Emília.
– A culpa foi tua, ele é teu primo, devias tentar ajudá-lo. – Disse o Daniel.
– Cala-te e vamos ajudar a Sandra. – Disse a Emília.
Eles começaram a tentar terminar com o feitiço, o Mateus com um gesto, terminou o feitiço, ninguém conseguiu dar por isso, quer dizer, isso pensava ele.
– É um feitiço que faz com que nós façamos coisas que nós não queremos. – Disse a Emília.
A Sandra tinha caído no chão, adormecida. Houve um momento de silêncio, depois a Emília, com cara séria perguntou ao grupo:
– Quem fez isto?
O Daniel olhou para o Pedro. A Emília percebeu.
– O meu primo não era capaz disso.
– Está bem. – Disse ele baixando a cabeça.
A Emília olhou para o grupo.
– Quem fez isto?
Ninguém respondeu.
– Era impossível que fosse alguém do nosso grupo. Eu penso que sejam aqueles Batista. – Disse o Daniel.
– Eles são vampiros. – Disse o David.
– Sim David, mas não tens a certeza. Eles são muito solitários, devem ter montes de segredos.
– Talvez Daniel, talvez. – Disse a Emília.
O Mateus foi ao quarto dele e usou o feitiço de telepatia para falar com a Matilde. Ela percebeu que era ele e aceitou o feitiço dele.
– O que se passa, Mateus?
– A Sandra já não tem o feitiço. A Emília e o Daniel perceberam e agora estão a perguntar quem fez aquilo, o Daniel pensa que são os Batista.
– Ainda bem que não pensaram em ti, tenho de ir Mateus, eu não estou sozinha agora.
– Está bem, adeus.
– Adeus!
O Mateus terminou a ligação e o feitiço. Nessa altura, apareceu alguém no quarto dele.

Capitulo 31

O Mateus olhou para a entrada do seu quarto e viu o David. Ele entrou no quarto do Mateus e sentou-se ao lado dele na cama.
– Já sei que foste tu.
– Fui o quê?
– Que mandaste o feitiço à Sandra.
– O quê? Eu?
– Sim, querias que a Sandra terminasse o namoro com o Nuno e por isso fizeste isso mas se tu não gostas da Sandra porque é que fizeste isso, ou melhor, para quem.
O Mateus lembrou-se do que a Matilde lhe pediu:
– Mesmo que sejas descoberto não digas que eu te pedi por favor amigo.
– Fica descansada.
Assim que se lembrou disto, respondeu ao David.
– Eu gosto da Sandra.
O David espantou-se.
– A sério?
– Sim.
– Está bem mas olha, estou de olho em ti.
E dizendo isto, saiu do quarto do Mateus.
O Mateus pensou:
“Aquele desgraçado já soube que fui eu, estou tramado”.

***

Entretanto, a Dália foi ao bosque e encontrou-se de novo com o André:
– Outra vez tu aqui? – Perguntou o André, espantado.
– Parece que sim.
– Parece que a vida insiste a que nós conversemos mais. – Disse ele a sorrir.
A Dália sorriu também.
– Senta-te. – Disse ele, apontando para a relva e começando a sentar-se.
A Dália sentou-se.
– Como vai o João?
A Dália olhou para ele espantada. Como é que ele sabia que ela namorava com o João?
– Como sabes?
– Sei quase tudo. Depois da Tatiana me ter traído tento descobrir quem foi o felizardo que conseguiu ficar com ela.
– Como assim? Eu não sabia disso.
O André respirou fundo e depois falou.
– Eu estava destinado à Tatiana, mas parece que ela me traiu com um de vocês e desde esse dia eu tento descobrir quem ficou com ela.
– Mas ela ainda está com esse rapaz? Ainda gostas dela?
O André fez uma pausa.
– Quanto à primeira pergunta eu não sei, mas quanto à segunda respondo que sim. – Fez uma pausa –Talvez.
O André olhou para a Dália.
Segundos depois já estavam os dois a olhar um para o outro sem dizerem palavra. A Dália encerrou o silêncio.
– Não posso ficar muito tempo. – Disse ela se levantando.
O André levantou-se também e segurou-lhe na mão.
– O João é uma pessoa confiável?
A Dália achou estranho a pergunta dele.
– Sim. Eu confio nele, mas porquê a pergunta?
O André sorriu.
– Acho que a Tatiana não era a rapariga indicada para mim.
– Não digas isso. – Disse a Dália baixando a cabeça – Se tu a amas, por que não seria?
O André sorriu.
– Não faço ideia. – Fez uma pausa – Acho que a minha vida está prestes a mudar de rumo.
A Dália levantou a cabeça.
– Como assim?
– O meu pai trocou os casais e agora estou destinado a uma Cátia, talvez ela seja a minha nova aposta, o meu novo amor. Talvez seja a pessoa que me faça esquecer a Tatiana. Mas ela é um pouco estranha.
A Dália ficou triste em segundos.
– Pois. Acho que esta é uma nova vida, e que a deves agarrar.
A Dália respirou fundo.
– Tenho de ir. – Disse ela tirando as suas mãos das dele.
– Adeus, Dália.
– Adeus... André.
A Dália saiu dali com um passo moderado e o André seguiu-a com o olhar.
A Dália poderá estar a apaixonar-se pelo André?
Enquanto a Dália pensava nisso, a Cátia apareceu à frente do André.
– Olá, André!
– Olá, Cátia!
– Desculpa, eu sem querer ouvi a tua conversa com a Dália.
O André abanou a cabeça.
– Não faz mal.
Ambos sentaram-se na relva e ficaram uns segundos a olhar para as estrelas.
– É verdade que pensas que eu posso fazer-te esquecer a Tatiana?
O André respondeu:
– Sim.
A voz dele mais parecia um sussurro.
A Cátia olhou para ele e sorriu.
– Tens mais gente ao teu lado André, a Tatiana não é quem tu pensas. Ela mudou, para pior. Ela já não te ama, ela só te quer agora porque tu és popular e assim ela fica popular também, e ela gosta de ser assim. Eu não sou a rapariga indicada para te fazer esquecer a Tatiana...
– Então quem será?
– Tens uma rapariga mesmo ao teu lado e ainda não te deste conta.
A Cátia fez uma pausa para o André pensar e depois deu-lhe um beijo na bochecha, levantou-se e saiu, deixando o André a pensar na frase dela.

Capitulo 32

Passou uma semana, a Emília e o Daniel começaram a investigar os Batista, o Rui continua à disputa com o Mário pela Cristina, o Mateus disse à Sandra que na realidade ela queria mesmo terminar o namoro com o Nuno e ela acreditou nele. O David andava sempre a seguir a Sandra pois tinha medo de que o Mateus lhe mandasse outro feitiço, o namoro da Dália e do João andava tremido pois a Dália estava a apaixonar-se pelo André, o Martim e a Daniela estavam a namorar em segredo, quer dizer, isso pensavam eles porque o André e a Dália tinham uma ideia, o Francisco dos Azevedo e a Natália dos Sousa (os mais pequenos das duas famílias) começaram a encontrar-se e a conversar, a Marta Martim e a Catarina Borges começaram a tentar atirarem-se ao Nuno mas não tiveram êxito, o Tomás começou a olhar para a Dália, a prestar mais atenção a ela, o Carlos tornou-se o melhor amigo da Adriana e graças a isso o namoro dela e do Afonso começou a ficar tremido pois quase não se viam, a Adriana andava a conversar com o Carlos e o Afonso passava o tempo com a Vanessa, a sua nova companhia. Bem, voltando à Dália e ao João, parece que tinha chegado a hora da Dália terminar o namoro com ele. Foram os dois falar no quarto dele.
– João, eu quero terminar.
– Terminar? Está bem, Dália, eu já reparei.
– Já reparaste o quê?
O João fechou a porta do quarto.
– Tu e o Azevedo.
– João, tu sabias?
– Tinha uma certa noção.
– Obrigado por não teres contado a ninguém. – Ela sorriu.
– Que é isso? Antes de mais somos amigos.
A Dália sorriu.
– Dá-me um abraço, amigo. – Pediu ela.
O João sorriu e deu-lhe um abraço.
– Se o André é o homem da tua vida, segue em frente está bem? Não ligues às famílias.
– Obrigada pelo apoio.
– Que é isso, Dália?! Amigos são para essas coisas.
Ambos sorriram.
– Bem, tenho de ir.
– Vai, vai ter com o teu amor. – Disse ele a sorrir.
A Dália sorriu para ele e depois saiu do quarto.
A Dália terminou o namoro com o João em bem e ficaram amigos mas será que tudo correrá bem?

***

Entretanto com o André:
Ele finalmente percebeu quem era a rapariga que podia fazê-lo esquecer a Tatiana e foi a correr ter com a Cátia contar-lhe.
– Cátia!
– Olá, André! Porque é que estás a correr?
O André abraçou-a.
– És a melhor, Cátia. És a melhor amiga que alguém pode ter.
Sem saberem, estavam a ser vistos pela Tatiana.
– O que se passa, André? – Perguntou a Cátia.
– Já sei quem é a rapariga.
– A sério?
– Sim.
– Quem é?
– A Dália.
A Cátia sorriu.
– Eu sabia que acabarias por saber.
– Obrigada, amiga. Nunca mais me vou esquecer deste teu gesto. Obrigada.
O André abraçou-a e beijou-a.
– Ai André, larga-me, vai ter com a Dália o quanto antes.
– Adoro-te. Não te esqueças disso. – Disse ele, largando-a.
A Cátia sorriu e o André foi a correr ao bosque tentar encontrar a Dália.
A Tatiana nessa altura chega perto da Cátia.
– Ficaste com o meu André sua ladra.
A Cátia riu-se.
– Posso ser nova no grupo Tatiana, mas não sou ladra. O André já foi teu, é passado. Acho que devias voltar a seguir a tua vida sem ele.
E dizendo isto saiu, deixando a Tatiana especada. Por trás dela, apareceu o Orlando.
– Olá, Tatiazinha!
– Orlando.
– Então já não dizes olá? – Disse ele aproximando-se dela.
– Olá! – Disse ela tentando fugir dele.
– Estás com medo de mim? – Perguntou o Orlando vendo ela a afastar-se.
– Não.
– Hum... não parece.
– Vai-te embora por favor.
– O quê? Nós estamos juntos, querida. – Disse ele tentando beijá-la à força.
– Larga-me. -pediu ela quase sem forças.
O Orlando beijou-a e ela tentou largar-se, mas correu sem êxito. Quando ele parou ela correu para o bosque. A Tatiana estava com medo e o Orlando sabia disso muito bem e usava em partido dele.

Capitulo 33

A Dália iria ter com o André no bosque para lhe contar a novidade, mas encontrou-se com o Tomás.
– Olá Dáliazita, tudo bem?
– Sim, mas, Tomás, não posso conversar contigo, tenho de ir.
– Dália, tu estás destinada a mim.
A Dália começou a prestar atenção a ele.
– O quê?
– É isso mesmo, terminaste o namoro com o João.
– Como sabes isso?
– O João contou-me.
– Ah!
– Agora és minha!
– Calma aí, eu terminei o namoro com o João, mas isso não quer dizer que vá namorar contigo Tomás.
– O que se passa contigo? Antes eras tão simpática.
– Eu mudei. Agora se não te importas, tenho de ir.
E saiu, deixando o Tomás boquiaberto.
Dália seguiu até ao bosque e viu o André, assim que o viu ao longe, foi ter com ele.
– André, preciso de te dizer uma coisa.
– Eu também Dália, mas começa tu.
– Eu terminei o namoro com o João.
O André sorriu.
– Posso te perguntar uma coisa?
– Sim.
– Queres... queres que namoremos em segredo?
A Dália não estava a acreditar no que estava a acontecer.
– Sim. Eu comecei a gostar de ti André, parece impossível mas sim.
– Pois eu também.
A Dália sorriu.
– Sabes que te adoro? – Perguntou o André.
A Dália sorriu.
– Já com isso?
– Se quiseres não começo.
A Dália riu-se.
– Está bem, está bem.
A Dália parou de rir.
– E a Tatiana?
O André respirou fundo.
– Eu já estou a mudar de vida. – Disse ele a sorrir.
A Dália sorriu também.
Eles ficaram ali no bosque abraçados por um longo tempo. O André e a Dália estavam a começar uma vida nova, mais feliz.

Capitulo 34

Duas semanas passaram, a Dália e o André estavam a namorar e pelos vistos estavam muito apaixonados, o Francisco e a Natália do nada começaram a namorar também, a Marta e a Catarina começaram a discutir pelo Nuno, a Adriana terminou com o Afonso...
“– Nós temos que terminar a nossa relação, o nosso namoro. Eu apaixonei-me pelo Carlos, o teu melhor amigo.
– Eu percebi. Desejo-te as melhores felicidades. Adeus Adriana!
– Adeus Afonso, amigo!”
 ... E começou a namorar com o Carlos, o Eduardo começou a ficar mais perto da Bruna e a Bruna falou à sua ex melhor amiga Liliana. A resposta dela foi:
“– Eu andava intima com o Eduardo porque queria pôr-te a ti e a ele juntos, Bruna. O Orlando era um idiota. Amiga, eu não te trairia.”
Bem, a Sandra e a Matilde não se falavam e pediam à Dália para só ser amiga de uma, a Sílvia dos Costa e a Célia também da família, estavam a tentar conseguir alguma coisa com o Afonso, dos lobisomens e a última novidade, que não se previa, a Matilde começou a falar com o Nuno depois de um tempo que nem sequer diziam “Olá”.
Voltando ao Afonso...
O Afonso estava a caminhar sozinho, depois de a Adriana ter terminado o namoro com ele. A Sílvia e a Célia tinham lhe aparecido à frente e tinham estado a tentar alguma coisa com ele, mas ele não quis e deixou-as especadas no mesmo sítio.
Quando foi ao bosque, viu a Vanessa sentada na relva, decidiu ir ter com ela.
– Olá!
– Olá!
– Tudo bem?
– Sim e contigo?
– Também.
Houve um momento de silêncio.
– Terminei o namoro com a Adriana.
A Vanessa olhou para ele.
– A sério?
O Afonso fez um sim com a cabeça.
– E estás bem?
– Sim mas eu tenho de te dizer uma coisa.
– O quê?
O Afonso sentou-se ao lado dela e pegou-lhe na mão.
– Queres deixar de ser minha amiga para passar a ser algo mais?
A Vanessa olhou para ele, admirada.
– Se não queres não faz mal, ficamos pela amizade.
– Afonso...
A Vanessa suspirou.
– É o que eu mais quero.
A Vanessa contou-lhe tudo o que se tinha passado com ela. O Afonso ouvia atentamente. Assim que acabou de falar, a Vanessa abraçou-o.
Bem e pronto, a Vanessa e o Afonso começaram a namorar mas nem a Sílvia nem a Célia sabiam disso, o que irá acontecer?
A Bruna foi a correr ter com o Eduardo.
– Eduardo! – Gritou ela.
– O que se passa?
– Preciso de te perguntar uma coisa.
– O quê?
A Bruna suspirou.
– Amas-me?
O Eduardo ficou espantado a olhar para ela.

***

A Sílvia e a Célia chegaram a casa muito sorridentes. Os lobisomens também estavam lá em casa com os Costa. A Judite deu pelas caras de contentes delas e achou estranho.
– O que se passa convosco?
– Ai o Afonso é lindo! – Exclamaram elas na lua.
Todos começaram a olhar uns para os outros. A Judite irritou-se.
– O que é que vocês tiveram a fazer?
– Tivemos com o Afonso. – Responderam as duas ao mesmo tempo e logo depois olharam uma para a outra espantadas.
– Eu não acredito que vocês tiveram as duas com o Afonso.
Ela olhou para o Sr. Costa.
– Tu deixas as tuas filhas fazerem isto?
– Eu não sabia.
A Judite irritou-se.
– Tu não sabias? Sr. Costa desculpe lá, mas se é chefe devia pelo menos ver o que as suas filhas andam a fazer.
– Porque é que a Judite não vê também o que o Rui anda a fazer. – Disse o Mário.
– O quê?
– Anda a tentar tirar-me a namorada, a Cristina.
A Judite olhou para o Rui.
– Isto é verdade?
– Judite eu gosto da Cristina.
– E isso dá-te o direito de tentares tirar a Cristina do Mário?
O Rui baixou a cabeça.
– Não.
A Judite virou-se para o Sr. Costa.
– Desculpe Sr. Costa, nós vamos embora.
E dizendo isto, saiu da casa dos Costa seguida pelos da sua espécie. O Rui foi descoberto e agora? O que acontecerá?

***

Horas depois, o Rui estava no bosque a pensar em tudo o que aconteceu na casa dos Costa. A Tatiana foi ter com ele assim que o viu.
– Olá!
– Olá!
A Tatiana sentou-se ao lado dele na relva.
– Está tudo bem?
– Não.
– O que aconteceu?
– A Judite descobriu que eu estava a tentar tirar a Cristina do Mário numa conversa entre ela e o Sr. Costa.
A Tatiana pôs-lhe a mão no ombro.
– E tu? Estás bem? – Perguntou ele a olhá-la.
– Acho que vou parar de ser tão rude e mesquinha. Tenho sido... – Fez um pausa – tenho sido beijada à força pelo Orlando.
– Como assim?
– Ele é muito violento. Agora percebo qual foi o problema da Bruna ao estar com ele. O problema de ela ser tão reservada.
O Rui respirou fundo.
– Parece que isto está mal.
A Tatiana sorriu.
– Mas fez-me bem falar contigo. – Disse ela.
O Rui sorriu.
Ambos ficaram a olhar um para o outro, depois beijaram-se.
Ele riu-se.
– Desculpa, acho que isto foi uma atracção.
A Tatiana riu-se.
– Não faz mal.
– Posso mudar a minha vida? – Perguntou ele à Tatiana.
– Como assim?
O Rui beijou-a.
– Talvez tenha hipóteses contigo já que a Cristina já se foi.
A Tatiana sorriu.
– Acho que preciso de me distrair.
Eles ficaram ali, abraçados a ver o sol a pôr-se. Uma nova vida chegou até eles e eles não a iam desperdiçar.
Capitulo 35

Mais duas semanas passaram, a Bruna tinha estado a namorar com o Eduardo mas tinha se tornado muito amiga do Hélder, o amigo também lobisomem, do Eduardo. A Liliana estava a achar estranho a mudança da amiga mas decidiu não lhe dizer nada. A Matilde começou a falar muito com o Nuno e nos últimos dias, o Nuno estava diferente. Será magia? O Rui e a Tatiana estavam a namorar. O Orlando tentava algo com a Liliana mas a Liliana sabia lidar com rapazes como ele e ele não conseguia fazer nada com ela. Entretanto com a Sandra, ela e o Mateus tinham-se tornado tão amigos que já estavam a namorar e com o malvado Tomás, esse estava a tentar desvendar segredos dos Azevedo pois tinha ideia que o André namorava com a Dália.
Bem, com a Matilde e o Nuno no bosque:
– Matilde, eu quero namorar contigo de novo.
Os olhos da Matilde começaram a brilhar.
– A sério, Nuno?
– Sim. Aceitas?
– É o que eu mais quero.
E cá está. A Matilde e o Nuno começaram de novo a namorar. E agora? O que acontecerá? E a Sandra?

***

Entretanto com a Bruna e com a Liliana no quarto da primeira.
– Liliana, eu acho que me apaixonei pelo Hélder.
– O quê? Como assim?
– Eu já não gosto do Eduardo, apaixonei-me pelo Hélder, o amigo dele.
– Mas eu tive tanto trabalho.
– Desculpa Liliana.
– Tudo bem Bruna. Vai lá ter com ele, eu falo com esse Hélder.
A Bruna sorriu.
– A sério?
– Não, estou a mentir.
A Bruna olhou para ela.
– Mas é claro que é a sério. – Disse ela a sorrir.
– Obrigada.
Elas abraçaram-se.
– Vai lá!
A Liliana saiu do quarto. A Bruna iria mudar o seu rumo.
Por trás da Bruna estava a Tatiana.
– Olá! – Disse a Tatiana.
– Olá, Tatiana, tudo bem? – Perguntou a Bruna.
– Sim e contigo?
– Também.
– Queria-te falar do Orlando.
– Eu não quero falar dele. Ele para mim é passado.
– Ele é sempre assim.
– Assim como?
– Ele sempre foi violento?
A Bruna ficou calada uns segundos. Estavam a vir-lhe lágrimas à cara.
– Ele era complicado, mas ele não me fazia nada, porque sabia que eu era nova no grupo mas a ti é possível que faça alguma coisa.
– Ele beijou-me à força e ameaça-me.
– Desculpa Tatiana, eu não queria te provocar isto tudo. – Disse a Bruna, a chorar.
– Calma, tu não fizeste nada. – Disse a Tatiana abraçando-a – Eu estou a tentar arranjar coragem para denunciá-lo ao nosso pai. Se fizermos isso ele pára.
A Bruna afirmou com a cabeça. A Tatiana deixou de a abraçar.
– Desculpa, mas eu não sou capaz.
– Mas tens de ser minha testemunha.
– Tudo bem. Eu sou.
A Tatiana sorriu.
– Obrigada.
A Bruna sorriu.
– Só faço o que é preciso.
A Tatiana saiu do quarto dela e a Bruna ficou a pensar em toda aquela conversa.

***

A manhã passou e de tarde, o Tomás foi tentar encontrar informações sobre os Azevedo e encontrou uma revelação que ninguém jamais pensaria.
O senhor Paulo e a senhora Denise, os pais dos Azevedo, estavam a falar no seu quarto com a janela aberta e o Tomás estava a ouvir.
– Coitada da Sousa, Paulo.
– O que é que se passa?
– Porque é que fizeste aquilo?
– Cala-te, ela merecia, uma nem era filha verdadeira.
– Mas mesmo assim.
– Matámos a mãe dessa Dália e acabou.
“O quê? A mãe da Dália foi morta pelos Azevedo? Não acredito?” – Pensou o Tomás.
Os Azevedo mataram a mãe da Dália.

Capitulo 36

Um dia passou, a Bruna já estava a namorar com o Hélder e a Dália iria passar o dia com o André em casa dele. Falando neles...
A Dália estava no sofá da sala com o André a ver um filme quando decidiu ir à casa de banho.
– Onde é que é a casa de banho, amor?
– Segunda porta à direita.
A Dália foi lá mas pelo caminho, em frente a um quarto, viu um diário, pensou que fosse do André e foi ler o que estava lá escrito, mas quando chegou à data de Dezembro de 2010, leu algo que não queria ler.

“ Dezembro, 2010
Não acredito que matámos a mãe de uma humana. Tudo por inveja aos Sousa. As filhas foram para a família dos Sousa. Parecem ter os nomes de Dália e Vanessa. Elas não são irmãs verdadeiras. Vou ficar com esta culpa para sempre. Coitadas!”

Assim que leu o que estava escrito, começou a chorar. Como foi possível a família do namorado matar a mãe dela? 
Levou o diário consigo até à sala onde estava o André, ele ao vê-la a chorar ficou preocupado.
– O que se passa, querida?
– Mentiste-me, André.
– O quê? Como assim menti?
– Não te faças de parvo, já sei de tudo. – Disse ela, zangada.
– Dália, o que se passa? Não estou a perceber.
– Ai não, então lê o diário da tua querida mãezinha. – Disse ela, atirando-lhe o diário.
– O que está aqui escrito? – Perguntou ele, apontando para o diário.
– Já não te lembras? Vocês mataram a minha mãe.
O André ficou espantado a olhar para ela.
– O quê?
– André não mintas mais, vocês mataram a minha mãe, está tudo aí escrito.
– Eu... eu não sabia disso. Não é verdade.
– Não mintas. – Gritou ela.
Houve uns segundos de silêncio, depois a Dália disse:
– Está tudo acabado.
E dizendo isto saiu de casa dos Azevedo deixando o André a olhar para o diário, a ler o dia em que a mãe da Dália foi morta. O namoro dos dois tinha acabado... da pior maneira.

***

Dália, pelo caminho, esbarrou contra o Tomás que ao vê-la a chorar, perguntou:
– O que se passa?
– Nada.
– Como nada, estás a chorar.
– Não sabes.
– Sei que namoras com o André.
A Dália olhou para ele.
– Não sei como sabes mas agora posso te contar.
– O que se passa?
– Terminei com o André, ele matou a minha mãe, a família dele matou a minha mãe.
– Meu Deus! – Inventou ele.
– Tomás eu fiquei... nem tenho palavras.
Tomás pegou no queixo da Dália e fez com que ela levantasse a cabeça.
– Se calhar, ele não te merecia.
E dizendo isto, beijou-a. A Dália como estava com o coração partido, não o afastou. A Dália, depois, olhou para o Tomás, o Tomás olhou para ela e disse:
– Desculpa.
– Tudo bem.
Houve uns segundos de silêncio.
– Tomás, eu acho que, se quiseres claro, podíamos tentar.
– Como assim?
– Sei lá Tomás, podíamos tentar. Nós somos da mesma família.
– Hum... está bem.
O Tomás e a Dália começaram a namorar mas eles não sabiam que estavam a ser vistos... pelo André.

***

Entretanto com a Tatiana Soares:
Ela iria dizer ao pai o que o Orlando estava a fazer com ela e com a Bruna.
– Pai, preciso de falar contigo.
O Orlando aparece ao lado da Tatiana, nesse momento.
– Desculpa, filha, mas agora estou ocupado falamos depois pode ser?
– Ah... sim, claro. – Respondeu a Tatiana com medo, vendo que o Orlando estava ao lado dela.
O pai deixou-os sozinhos e o Orlando falou perto da Tatiana.
– Espero que não tenhas chamado o paizinho para te salvar senão estás feita comigo. Estou a avisar-te.
– O que é que estás a fazer com a minha namorada?
Era o Rui.
O Orlando olhou para ele.
– Vocês namoram?
– Sim e espero que não tenhas dito nada de avisos teus a ela porque de certeza que não valem de nada. Porque tu és um idiota.
Nesse momento, o Orlando saiu com medo do Rui, deixando-os sozinhos.
– Obrigado, se não fosses tu juro que não teria coragem para o denunciar ao meu pai.
– Mas vais ter coragem para denunciá-lo sim. Tu e a Bruna vão pôr este desgraçado atrás das grades. – Disse ele abraçando-a.

Capitulo 37

Depois da conversa, a Dália foi-se embora e o André apareceu em frente do Tomás.
– O que é que tu queres? – Perguntou o Tomás.
– Porque é que namoras com ela? Sabes que ela me ama.
– Ela não é miúda para ti. Ela é uma Sousa como eu e mesmo que as nossas famílias se dessem bem, tu mataste a mãe dela, definitivamente tu não és rapaz para ela.
– Tanto eu como tu sabemos que eu não matei a mãe da Dália. Mas diz lá, tu és rapaz para ela? – Perguntou o André com raiva.
– Eu sou um Sousa, alguém da minha família tem de namorar com ela.
– Mas tinhas de ser logo tu?
– Mas porquê tantas perguntas?
O André olhou sério para o Tomás.
– Eu sei quem tu és, eu odeio-te, não só por seres de uma família rival. Eu nunca levei muito a sério isto das famílias mas tu não és uma vítima, tu não és, por exemplo o João ou o Miguel. Tu não és boa pessoa Tomás, disso tenho a certeza.
O Tomás riu-se.
– Pois agora aguenta-te, porque eu não sou o “choninhas” do João, a Dália prefere os perigosos, e se queres que te diga, eu sei que não foste tu que mataste a mãe da Dália mas foi de certeza o teu pai. Bem, e agora se me dás licença, preciso de ir ter com a tua namorada, ou devo dizer, ex namorada, oh filho de um assassino de humanos. Adeus!
O Tomás saiu a rir-se deixando o André com raiva.
– Preciso de fazer alguma coisa, senão a Dália vai sofrer.
Quando disse isto, lembrou-se da Cátia e foi à procura dela.

***

A Sandra e o Mateus estavam a namorar no bosque.
– Eu... Sandra preciso de te contar uma coisa, ou melhor, eu tenho de te contar.
– O que se passa, Mateus?
– Tu ainda pensas no Nuno?
– Isso é uma pergunta?
– Sim, Sandra e sê sincera.
– Eu... eu estou contigo, mas eu acabo sempre por pensar no Nuno, desculpa, Mateus.
– Eu já sabia.
– Já sabias o quê?
– Tu sempre amaste o Nuno.
– Não, não Mateus se estou contigo é porque te amo.
– Mas não me amas o suficiente para esqueceres o Nuno.
– Desculpa.
A Sandra baixou a cabeça.
– Não, olha para mim, preciso de te contar uma coisa.
A Sandra olhou para ele.
– Sei que me vais odiar depois de te contar mas eu preciso de te contar.
– Estás a assustar-me, Mateus, o que se passa?
O Mateus contou tudo à Sandra desde o feitiço para ela terminar com o Nuno até ao momento em que mandou um feitiço ao Nuno para o Nuno namorar de novo com a Matilde mas nem sequer a Matilde sabia. Depois de ter contado tudo, a Sandra olhou com raiva para ele.
– Fizeste tudo por causa da Matilde?
– Desculpa Sandra.
– Eu preciso de ir ter com o Nuno e com a Matilde.
A Sandra começou a andar, mas foi interrompida pela voz do Mateus.
– Como é que sabes onde eles estão?
– Eu fiz um feitiço, eles estão no lado de lá do bosque. Uso outro feitiço e vamos já para lá.
– Vamos?
– Sim, tu também vais, tens de terminar com o feitiço.
– Está bem.
A Sandra usou o feitiço e chegaram lá rapidamente.
A Matilde e o Nuno estavam sentados na relva a conversar, assim que viram a Sandra e o Mateus levantaram-se assustados.
– Que se passa? – Perguntou o Nuno.
– O que vocês fazem aqui?
A Sandra olhou para o Mateus e começou a contar tudo o que tinha acontecido. De seguida o Mateus terminou o feitiço.
– Matilde, é verdade isto? – Perguntou o Nuno.
A Matilde ficou calada e baixou a cabeça.
– Desaparece.
– Mas, Nuno...
– Desaparece, Sandra leva-a daqui.
A Sandra levou a Matilde por feitiço.
– Bem, e eu vou andando. – Disse o Mateus.
E com um gesto saiu dali deixando a Sandra e o Nuno sozinhos.
– Sandra...
– Nuno...
Eles quase nem conseguiam falar com o choque.
– Estava com saudades tuas. – Disse o Nuno, abraçando-a.
– Também eu.
– Promete-me que nunca mais nos vamos separar. Faz um feitiço, ou qualquer outra coisa porque eu não te quero deixar de novo.
A Sandra sorriu.
– Não me vais deixar, nunca mais, porque eu não vou deixar que saias da minha vida.
A Sandra e o Nuno sorriram e beijaram-se.
Eles foram amaldiçoados este tempo todo mas parece que agora o amor deles conseguiu superar todas as barreiras. Agora nem a Matilde nem o Mateus vão atrapalhar de novo este amor...nem agora nem nunca. Disso eles tinham a certeza.
Enquanto uns estão bem, outros nem por isso e é isso que acontece com o André que perdeu a Dália para o Tomás e ainda é tratado como assassino.
– Cátia, eu preciso de falar urgentemente contigo. Eu perdi o amor da minha vida o que faço?
– O quê? Como assim perdeste a Dália?
Eles estavam no bosque.
– O Tomás está com ela.
– Conta lá isso com mais pormenores.
O André contou tudo o que aconteceu à Cátia que ouvia com atenção. Assim que ele terminou, ela falou.
– Coitada da Dália! Ela pensa que tu mataste a mãe dela.
– Mas eu não a matei, foi o nosso pai. Juro que nunca pensei que ele fosse capaz disto.
– Nem eu. Mas tens que ser forte André, tu vais conseguir ficar com a Dália. Eu estou a torcer por ti.
– Obrigado, amiga.

***

Entretanto com a Matilde:
O Luís e o Rafael viram que ela estava a chorar e foram ter com ela.
– Matilde, está tudo bem? – Perguntou o Luís. 
– Não rapazes, perdi o amor da minha vida. O Nuno Azevedo. Eu namorei com ele e estava apaixonada mas ele ama a Sandra.
– Oh, Matilde tens que ser forte, tens aí tantos pretendentes e só gostas de um? – Perguntou o Luís –Olha o Rafael por exemplo, ele gosta de ti desde o primeiro dia que te viu.
– A sério?
A cara da Matilde iluminou-se.
– Luís, porque é que lhe disseste isso?
– Fiquem à vontade, Pessoal!
E o Luís deixou-os sozinhos.

Capitulo 38

Uma semana passou, a Sandra e o Nuno estavam a namorar, a Matilde esteve a namorar com o Rafael durante 3 dias mas acabou por terminar o namoro com ele porque estava a sentir algo pelo Luís. A Bruna já não estava a namorar com o Eduardo mas sim com o Hélder e a Liliana estava a namorar com o Eduardo. A Dália estava a namorar com o Tomás e não ligava ao André enquanto que a Matilde decidiu fazer as pazes com a Sandra.
– Sandra preciso de falar contigo.
Elas estavam no bosque.
– O que se passa? – Perguntou zangada.
– Eu queria pedir desculpa e pedir também que... que... – Suspirou – Podemos voltar a ser amigas?
A Sandra ficou calada.
– Por favor, Sandra, eu estou muito arrependida.
A Sandra olhou para a Matilde.
– Está bem, vamos tentar, Matilde.
– Obrigada.
A Matilde abraçou a Sandra. A Sandra ficou espantada, mas abraçou-a também. Estava tudo bem, quer dizer, pelo menos entre elas.

***

Há tarde, a Vanessa foi à casa da Sandra, estavam no quarto dela quando a Sandra quis ir à casa de banho. Assim que a Sandra foi, a Vanessa ficou a olhar para a secretária dela. Estava lá o diário. Hesitou mas lá pegou no diário dela. Abriu e leu:
“Eu não acredito que tenho uma irmã.”
A Sandra tinha outra irmã?
Olhou para baixo e viu uma caixa que dizia “coisas íntimas” de baixo da cama. Tirou-a debaixo da cama e viu o que estava lá. Fotos dos seus pais que espantosamente a mãe era a Diana.
Será que a Sandra era irmã dela e da Dália?
Mas não, viu outra foto dos seus pais verdadeiros, eram feiticeiros, os falsos é que eram os pais da Dália e da Vanessa. Ou seja, a Vanessa e a Sandra eram irmãs dos mesmos pais enquanto que a Dália “repartia” os seus pais com a Vanessa e a Sandra mesmo sem elas (Vanessa e Dália) conhecerem a Sandra pois os pais da Dália estavam separados e a Vanessa e a Dália viviam só com a mãe.
Assim que descobriu isso, começou a chorar.
Com tanta raiva que tinha ao saber que era irmã da Sandra e não sabia durante este tempo todo em que estava com os Sousa até se sentiu mal.
De repente, sentiu uma dor no peito. Quando chegou ao peito reparou que estava a sangrar. Segundos depois, desmaiou no chão do quarto.
A Sandra que entretanto saiu da casa de banho, quando a viu caída assustou-se. Viu a caixa mexida e o seu diário aberto. Viu as fotos e reparou que a Vanessa estava a ver as fotos dos seus pais adoptivos.
Quando viu todas aquelas lembranças teve uma visão de quando era pequena.
Instintivamente, tocou na mão da Vanessa que estava com sangue, ao sentir o contacto estremeceu.
Agora sabia que a Vanessa era sua irmã. Pegou na irmã e levou-a para o sofá da sala. Depois começou a gritar. Não tardou a chegar os da sua espécie.
– A Vanessa desmaiou.
Em segundos apareceram os Sousa, os Azevedo, os lobisomens, os Costa e os Batista.
– O que aconteceu? – Perguntou o António.
A Dália ao ver a irmã deitada no sofá e a sangrar ficou preocupada e foi a correr ter com ela.
– Mana! O que é que lhe aconteceu, Sandra?
A Sandra baixou a cabeça.
– Ela soube a verdade.
A Dália não percebeu o que ela disse.
– Como assim?
– Ela descobriu quem é a sua verdadeira família, Dália.
Todos olharam uns para os outros. A Dália não estava a acreditar.
– Como assim?
A Sandra foi ao seu quarto e regressou à sala com fotos, as fotos dos pais adoptivos e dos pais verdadeiros.
– Vê isto. – Pediu a Sandra.
A Dália viu as fotos e arrepiou-se. A Sandra era mesmo irmã da Vanessa.
– Como é que isto aconteceu?
A Sandra baixou a cabeça.
– A Vanessa leu o meu diário também e descobriu que eu tinha uma irmã.
– Mas não sabias que era a Vanessa?
A Sandra abanou a cabeça.
– Não fazia ideia que ela pudesse estar tão perto.
– Então quer dizer que a Vanessa não é vampira, mas sim feiticeira? – Perguntou o António.
Todos afirmaram com a cabeça. O António suspirou.
– Então ela tornou-se muito poderosa, porque ela tem sangue de vampira misturado com o sangue que lhe corre desde que nasceu.
A Vanessa começou a tremer. Todos começaram a prestar atenção a ela.
– Façam qualquer coisa, senão ela morre. Ela é feiticeira de sangue e só um feiticeiro pode a fazer acordar outra vez. – Disse a Emília a olhar para a Sandra.
A Sandra suspirou. Seria ela a usar o feitiço para a acordar.
– Ela é tua irmã, Sandra! Tens de ser tu a ajudar. – Disse a Dália.
– Não, Dália, eu não quero que ela deixe de ser tua irmã, tu trataste dela todo este tempo. – A Sandra estava a chorar. Já não continha as lágrimas.
– Ela tem outra irmã. – Disse a Dália a sorrir.
A Sandra sorriu e usou o feitiço para acordar a Vanessa. Em segundos, o sangue que saia do peito desapareceu e ela acordou.
– Finalmente acordaste! – Disseram a Dália e a Sandra ao mesmo tempo.
– Eu sou irmã da Sandra. – Gritou a Vanessa.
– Nós já sabemos.
– Eu estava preocupada. – Disse a Adriana.
– Também estava preocupado. – Disse o Afonso.
– Ai, Afonso. – Disse ela se levantando rapidamente e o abraçando.
Depois de o largar, foi abraçar a Adriana e, de seguida, a Dália e a Sandra.
– Vocês são as minhas maninhas. – Disse a Vanessa a rir.
E abraçaram-se as três.
Agora toda a gente sabia a verdade. Estava tudo bem...?

Capitulo 39

A Vanessa, a Sandra e a Dália tornaram-se inseparáveis, contavam tudo o que se passava umas ás outras e essa amizade valeu de muito à Dália, pois a Sandra e a Vanessa descobriram que afinal o André não tinha sido o culpado pela morte da mãe dela mas sim o pai que era um vigarista. Com a ajuda da Cátia, pensaram em algo que a obrigasse a ouvir uma conversa do André com o pai. Combinaram com o André para que fosse mais fácil. Foi difícil, mas as duas conseguiram levá-la.
– Pai, o que é que fizeste aos Sousa?
– Que Sousa?
– Pai eu sei tudo, já não é preciso mentires, mataste a mãe da mais recente Sousa, a Dália, não é verdade?
O pai suspirou, olhou para a mulher e depois virou-se para o André e disse:
– Sim, filho, sim, fui eu e então? A rapariga seria uma Sousa.
A Dália com raiva apareceu em frente ao pai dos Azevedo.
– Então foi o senhor que matou a minha mãe? E não disse nada ao André?
– O que é que estás aqui a fazer?
– Não é da sua conta. – Depois olhou para o André – Desculpa.
O André sorriu.
– Desculpa o quê? – Perguntou o pai dos Azevedo, sem perceber.
– Eu estava a namorar com o André às escondidas, Sr. Azevedo.
– O quê?

Capitulo 40

A Dália saiu da casa dos Jonas seguida pela Vanessa e pela Sandra. A Cátia não estava lá pois queria fazer uma parte do plano que não estava para ser feita. O André e a família dele foram atrás delas. Quando chegaram ao bosque a Dália parou e virou-se.
– Porque é que vocês me seguem? Eu já sei a verdade. – Gritou a Dália.
As outras famílias ao ouvirem o grito da Dália foram ao bosque.
– Tu és uma desgraçada, tu não mereces viver, és uma Sousa e Sousa significa miséria.
– Posso estar na “miséria”, mas não minto aos meus filhos, nem sou nenhuma assassina como o senhor.
– Estás a insultar-me, olha as maneiras.
– Que maneiras?
O pai dos Azevedo, Paulo, agarrou com força o braço da Dália. O André gritou: “Pára pai” mas foi um grito maior que fez com que o pai dos Azevedo parasse.
– Não toques na minha filha!
– Olha o salvador da pátria, Olá António, que prazer em ver-te de novo.
– Foste tu que mataste a mãe dela, não foste?
– Isso mesmo, António, isso quer dizer que não és pai dela.
– Mas fui eu que cuidei dela este tempo todo.
– Bah, grande ajuda.
– O António é como se fosse meu pai sim, mais do que o senhor se tivesse no lugar dele. – Disse a Dália.
– Cala-te, miúda.
– Não fales assim dela, pai.
– “Não fales assim dela, pai”, mas qual é a tua, André? Cuidei de ti, dei-te todo o meu amor e tu agradeces-me assim? A namorar uma Sousa, ou melhor esta Sousa? – Disse a olhar para a Dália.
– Filha, isso é verdade? – Perguntou o António à Dália.
– Sr. Sousa nós namorámos, já não namoramos, por causa deste incidente, ela pensava que eu tinha matado a mãe dela.
– Cala-te, filho, tenho vergonha de ti. – Disse o Paulo.
A mulher olhou zangada para ele.
– Paulo!
O Tomás decidiu meter-se na conversa.
– Mas a Dália ama-me, aliás estamos muito apaixonados.
A Sandra e a Vanessa olharam uma para a outra e a Vanessa disse:
– Sim, deve “amar-te” para tu não lhe fazeres nada, porque tu és um diabo Tomás, és capaz de tudo para conseguires o que queres como dar provas de que foi o André e não o pai dele que matou a mãe da Dália.
O Tomás baixou a cabeça.
– Isto é verdade, Tomás?
– Claro que não, pai.
O António olhou para a cara dele e para a cabeça baixa e reparou que era verdade. O Paulo riu-se.
– Nem consegues ter um filho de jeito.
– Claro que não, pai, eu até cheguei a namorar com a Matilde.
O Nuno estava a entrar no “jogo” da Vanessa e da Sandra para desmascarar o pai dos Azevedo.
– O quê?
– É verdade, mas agora eu namoro com o meu amor, o Luís, e ele namora com a Sandra. – Disse a Matilde.
– O quê? Vocês estão loucos??
O Rui olhou para a Tatiana e a Tatiana olhou para a Bruna.
– E há mais uma coisa pai.
– O que é que há mais?
– O Orlando é muito agressivo com quem está destinado. Ele beija-me à força e à Bruna quase que a violava.
Por esta ninguém esperava, nem mesmo a Sandra e a Vanessa. A mãe olhou zangada para o Orlando.
– Estás a brincar comigo, filho?
– Não, mãe. Elas só dizem disparates.
– Eu sou testemunha – Disse o Rui – Eu comecei a namorar com a Tatiana e via que às vezes ela não estava muito bem.
O Paulo pôs a mão na cabeça.
– Orlando, vais ser exilado.
A Sofia interveio.
– Eu queria que ele não fosse exilado e queria experimentar tentar mudá-lo.
A Emília e o Daniel olharam espantados para ela.
– Tudo bem, Sofia, se não houver problema com o Azevedo.
O Paulo suspirou.
– Não há problema fique a vontade Sofia.
O Martim começou a falar.
– Isto é muito bonito mas eu queria pedir a todos uma coisa. -pediu o Martim.
– Diz. – Disseram a Sandra e a Vanessa.
Elas não sabiam o que ele ia dizer.
– As famílias têm de se dar bem. O André vai voltar a namorar com a Dália...
– O quê? – Disse o Tomás.
A Cátia interveio.
– Pai queria falar contigo e com o Sr. Sousa depois desta conversa, sobre o Tomás.
– Vais falar mal de mim? – Perguntou ele, zangado, para a Cátia.
– Não.
Depois fez uma pausa.
– Continua, Martim.
– Bem como estava a dizer, o André vai voltar a namorar com a Dália...
O André e a Dália olharam-se e sorriram.
– E... e eu – Pegou na mão da Daniela – Eu vou casar com a Daniela.
– Casar?

Capitulo 41

– Muitos parabéns, filha. – Disse o António.
– Eu vou ter um enfarte, como é que pudeste filho?
– Pai, eu só peço que as famílias se dêem bem e que os Batista não fiquem tão solitários e...
O Daniel interrompeu.
– Foram os Batista que mandaram o feitiço à Sandra.
– Não fizemos nada. – Gritou o Marco.
– Isso mesmo mano. – Disse o Rúben.
– Acha que nós nos interessamos por esta gente? Claro que não. – Disse, zangado, o Jorge.
– Calma, Jorge. – Pediu o Gustavo.
A Marisa sorriu para ele, ele retribuiu o sorriso.
O Mateus olhou para o David e baixou a cabeça.
– Fui eu que mandei.
– Porquê?
– É, o Mateus mandou o feitiço por causa da Matilde. Ela gostava do Nuno. – Disse a Sandra.
– Mas agora já não gosto. – Disse a Matilde a sorrir e depois olhou para o Luís.
– Bem depois destas revelações todas... – O António olhou para o Paulo e estendeu a mão – Fim da guerra?
O Paulo olhou para os filhos e depois para a mulher que lhe fez um “sim” com a cabeça. Estendeu-lhe a mão.
– Fim da guerra.
A Cátia foi ter com o André.
– Posso falar contigo?
– Claro amiga.
Eles distanciaram-se do grupo.
– O que se passa?
– Eu vou ficar destinada ao Tomás.
– Como assim? Estás louca?
– Tenho de mudar de vida.
– Mas para o Tomás?
A Cátia sorriu.
– Eu fico bem, talvez até vá mudar o rapaz como vai tentar a Sofia com o Orlando.
O André sorriu.
– Obrigada, amiga.
Ele abraçou-a.
– De nada, André. Agora sê feliz com a Dália. Promete-me só isso.
O André levantou a mão esquerda.
– Prometo.
Ambos se riram.
Capitulo 42

Os dias passaram e o casamento do Martim e da Daniela estava a chegar.
Todos chegaram à igreja...
Foi um dia muito feliz.

***

Uns dias mais tarde, o Martim e a Daniela foram à lua-de-mel. O André e a Dália estavam a namorar assim como a Sandra e o Nuno, a Vanessa e o Afonso, a Adriana e o Carlos e a Matilde e o Luís.
A Eva e o Miguel ficaram noivos.
A Bruna, o Hélder, o Eduardo e a Liliana combinaram casar-se no mesmo dia.
Quando aos Azevedo: O Tomás começou a namorar com a Cátia e nos primeiros dias aquilo não estava a correr bem mas agora parece que o Tomás mudou, e para melhor. A Tatiana Soares continuou a namorar com o Rui Lopes e ele deixou de pensar na Cristina pois apaixonou-se pela Tatiana. Com os Sousa: A Natália e o Francisco tinham um namoro inofensivo enquanto que a Marisa voltou a namorar com o João com a grande frase: “nunca deixei de te amar”.
Bem, concluindo, os casais eram: a Marta com o David (eles juntaram-se incrivelmente), Orlando com a Sofia e parecia um namoro sério, o Mário ficou com a sua adorada Cristina, o Pedro descobriu os seus poderes e ficou com a Sílvia (quem diria que o “atrasado” dos feiticeiros namoraria com uma rapariga rebelde), o Mateus voltou-se para a Catarina e parece que estão apaixonados (ele finalmente encontrou o amor), o César depois da sua má sorte com a Matilde parece que se virou para raparigas mais velhas e ficou com a Judite, a líder dos lobisomens, e os chefes dos feiticeiros ficaram juntos, e Emília e o Daniel.
E a Vanessa?
Bem, a Vanessa tornou-se feiticeira, ou melhor, ela já era feiticeira e agora vampira. Ela tornou-se a mais forte de todas as famílias e ficou com um cargo superior, mas também continuou a ser a pequena da família Sousa.
E quanto aos chefes dos Sousa e dos Azevedo? Bem, quanto aos chefes, eles passavam as tardes a jogar, quanto às mulheres, essas falavam de roupa e culinária e trocavam opiniões.
Tudo estava bem, mas a pergunta ainda persiste...

Por quanto tempo?

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