domingo, 13 de novembro de 2022

O meu processo de recuperação - Parte 3

 Olá, Pessoal!

 Hoje completa-se 2 meses de recuperação. Foi no dia 13 de Setembro que eu saí do internamento. Uma hepatite viral aguda. Não posso dizer que estou a 100%, porque realmente não estou, porém, se tivesse que dar alguma percentagem, diria que estaria por volta dos 70 - 80%.


 Se no mês de Setembro a minha saúde física estava mais desgastada, no mês de Outubro lutei para manter a saúde mental estável. Quando chegamos ao momento de recuperação não é a dor ou desconforto físico que mais dói, mas sim o desconforto mental.

 Eu saí de um mês de Setembro com desconforto, com dor e a achar que iria m0rrer, a um mês de Outubro com uma saúde mental a entrar em colapso.

 Estamos a chegar perto do Natal, perto do fim do ano e eu não me lembro de ter um ano tão mau como este 2022. A minha saúde, em todos os aspetos, saiu debilitada.

 Eu não me lembro de em algum momento sentir-me tão indisposta a ponto de pensar que ou iria para o hospital, ou m0rreria. Talvez se eu tivesse demorado mais tempo iria ter precisado de um transplante de fígado.

 Mas estou viva, a recuperar, e mais cansada que o normal, no momento. Recordar-me desse Setembro não me deixa amargurada, faz-me lembrar que ainda estou aqui a escrever.

 Ontem participei do primeiro evento literário após tudo isto ter acontecido. Mais cansada, sim, mas pelo menos vi o livro a ser publicado, vi o lançamento.

 Mas também não nego que a minha saúde mental ainda não está a 100%. Ainda me sinto uma inútil, um estorvo, penso que, às vezes, no hospital estaria melhor e não daria preocupação a ninguém, contudo não estou numa fase "depressiva" demais, não penso em m0rte. E espero não vir a acrescentar o "ainda", porque enquanto conseguir lembrar-me do que aconteceu naquela quarta feira de Setembro, em que parece que senti a dor da m0rte, acredito que não irei pensar nisso.

 E, essa questão, deixa-me saudável mentalmente, pelo menos sem pensar em nada mais obscuro. Enquanto me recordar do que aconteceu e lembrar-me da dor e desconforto enormes que senti, eu vou mantendo-me estável... (mesmo que instável/não saudável completamente).

 E que venha este 2 mês de recuperação em paz!

7 comentários:

  1. As melhoras, um bom Domingo e um beijnho
    Gàbi

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  2. Oi, Diana.
    Desculpa perguntar e se a pergunta for inconveniente e ofensiva apenas desconsidere-a, foi só uma preocupação minha que surgiu dias atrás, mas em meio a tudo isso você está recebendo acompanhamento e apoio de um profissional da área da Psicologia?

    Melhoras e boa semana! 💐

    ~Cartas da Gleize. 💌💕
    https://cartasdagleize.blogspot.com/

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    1. Oi, Rose!
      Sem problema. Não, não recebo acompanhamento nesse sentido. Talvez precise, mas não sei como o faria. Há sempre aquele estigma com o profissional dessa área. Mesmo que eu pense que precise dele, não tenho acompanhamento nesse sentido.
      Mas vou tentando por mim mesma a manter-me estável :)

      Obrigada e boa semana :)

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    2. Todos que conhecem um pouco sobre o assunto sempre recomendam a não passar por isso e a enfrentar esse problema sozinho ou sozinha.
      Eu sou uma pessoa bem individual, individualista. Mas até eu admito, reconheço, que não dá pra enfrentar certas coisas sozinha, que precisamos de ajuda, da ajuda de alguém.
      Você já deve ter ouvido falar e conhecer o CVV, né? Se um dia as coisas apertarem e ficar muito difícil de enfrentar isso sozinha, de suportar, entra em contato com eles e pede ajuda. Você não precisa enfrentar isso sozinha e nem é o certo a se fazer. Eles disponibilizam alguns meios para quem precisar entrar em contato com eles. Um deles é por e-mail. Como você gosta de escrever, eu acredito que essa poderia ser a melhor e mais eficiente forma pra você. E você não precisa se identificar, isto é, não precisa entrar em contato com eles com seu nome verdadeiro, pode ser um pseudônimo, eu acho.
      Eu só fiquei chateada com o CVV uma vez, e ainda pretendo um dia falar abertamente sobre isso e confrontá-los, pra ver se eles mudam essa regra deles, porque quando eu precisei de ajuda com uma conhecida que estava ameaçando se m4t4r e fui pedir a ajuda deles e eles não me ajudaram, alegando que eles não vão atrás da pessoa necessitada, a pessoa necessitada precisa querer conversar e ir até eles pedir ajuda. A minha conhecida poderia estar morta agora em parte por culpa deles, porque eu busquei, eu pedi ajuda e eles não nos ajudaram.
      Então se você quiser, procura por eles, que você indo até eles, eles com certeza irão te orientar e ajudar você melhor, mas não enfrenta isso sozinha.

      Se você quiser pode apagar os meus comentários aqui assim que ler, porque eu não quero te prejudicar, esse é um assunto bem particular. Não interessa a ninguém, senão e somente a você. 💐

      Blog Cartas da Gleize. 💌💕

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    3. Olá, Rose!
      O CVV não é só para cidadãos brasileiros?

      Obrigada pela sugestão!

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    4. Oi, Diana.
      Nas páginas do CVV e sobre ele, eles dizem atender a TODAS as pessoas que necessitam, eles não falam sobre a nacionalidade. Talvez eles estejam mais voltados a atender os brasileiros que vivem aqui, porque a instituição é daqui, mas eles afirmam atender a todas as pessoas necessitadas. Acho que eles não se negariam a atender uma pessoa por ser de outro país, visto que o foco é salvar vidas, independente do país.
      Mas tenta ver isso. Se você conseguir, por favor dá um jeitinho de me falar, eu gostaria de saber, não deixa de ser uma informação.

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