Desafio da Revista Rabisca

  Olá, Pessoal!

 Deixo-vos aqui a minha participação no desafio da nona edição da Revista Rabisca.

 Se forem fazer as vossas, deixem a tag #rrabiscadesafio 

 Texto sem imagem:

 

 6:30. O relógio despertador começou a tocar. Era um pipipi irritante. Uma mão branca, com dedos finos e compridos apertou um botão do despertador desligando o som. A roupa da cama começou a afastar-se do corpo humano. Uma jovem de vinte anos revelou-se por entre os cobertores. Era Isabel. Tinha o cabelo encaracolado todo despenteado, olhos de sono e umas olheiras que quase chegavam até às maçãs do rosto. Tinha tido um pesadelo. Novamente. Quando se sentou na cama percebeu que transpirava. Era inverno, estava frio, não era possível. Mas para ela tudo é possível. Bocejou e levantou-se, caminhando lentamente até à casa de banho. Reparou no pano preto caído no lavatório e levantou a olhar para o espelho. Olhou-se. Não reconhecia aquele rosto. Não se reconhecia. Tantos anos passaram desde aquele erro e nada foi igual. Nada nunca é igual. Não para ela. Não para quem conhece a vida dela. Tinha a vida toda pela frente, hoje só sobrevive. Isabel cresceu, mas não queria crescer daquela maneira. Não queria ter sido obrigada a isso, não tão cedo. Mas a vida prega partidas e disso ela sabia bem.

 Número de palavras: 188

 Espero que tenham gostado!