Capítulo 9 - O Deus
Entretanto, João Paulo saía do local da festa com um dos três rapazes universitários.
– Estás bem? Como foi este primeiro dia aqui? – Perguntou o rapaz.
– Correu bem. Vocês são grandes malucos!
– Universitários são assim! Bebem demais, comem pouco... embebedam-se facilmente!
– E a ti? Como correu?
– Bem. Os meus outros dois amigos andam atrás das nossas colegas – As que têm ar de prostitutas – e.. – Riu-se – Enfim... queria ainda ir à procura dele. Pelo menos do Luís.
– Estranho, eu também não vejo a Monalisa.
– Vocês namoram?
João Paulo riu-se.
– Não! De maneira nenhuma. Somos amigos.
– Já agora, não me apresentei, sou o Simão. – Disse ele, esticando o braço para dar um aperto de mão a João Paulo. Ele sorriu e despediu-se do rapaz.
Monalisa estava perto da cabana onde tinha sido vista pela primeira vez a Raquel. Estava escuro e ela não conseguia ver o que estava à sua frente. Um homem idoso acendeu uma vela e assustou-a.
– Calma! Não te vou morder! – Exclamou ele.
– Quem é o senhor?
– Sou o dono destas terras. Sou o proprietário disto. O único velho aqui! – Fez uma pausa – Sei tudo sobre estas terras e até sei das pessoas que vivem aqui. Cambada de universitários! Dão cabo de tudo isto quando vêem de férias.
Monalisa respirou fundo.
– Estás apaixonada pelo homem que veio contigo, não é? – Perguntou o velho.
O homem tinha uma aparência um pouco assustadora e vestia-se como um agricultor.
– Sabes, rapariga, esse homem é um desperdício... até para te limpar o cu. Ouve o que te digo que eu não duro muito tempo. Estou velho e irei morrer em breve. – Tossiu e cuspiu para o chão – O que é que os médicos sabem?! Nada, não sabem nada.
Monalisa continuou calada.
– Não falas? És muda? – Perguntou o homem.
Ela simplesmente abanou com a cabeça.
– Anda, vamos ver uma coisa que vais gostar.
O velho saiu da cabana, mas voltou a olhar para Monalisa, pois ela não se mexia.
– Vamos, filha! Estou-te a convidar para vires comigo, não para dançar contigo naquele baile estúpido.
Os dois andaram pela rua até irem ter a uma pequena casa. Parecia uma casa muito agradável vista de fora.
– Entra. – Pediu o velho, abrindo a porta da casa – Esta é a minha casa. É onde eu trabalho. Quando vim para aqui isto estava tudo abandonado. Ressuscitei esta terra. O Tennessee tem destas porcarias de terra. Depois de sair da porcaria do hospital onde estive, vim para aqui e levei a minha vida longe dos ares poluídos da cidade.
Monalisa olhou para a quantidades de facas que o velho tinha em cima de uma velha mesa.
– Gostas disso?
Ela olhou para o idoso com uma expressão estranha.
– Não.
O velho riu-se.
– Todos temos um Deus a comandar o nosso interior. Aqui dentro. – Disse ele, a apontar para a cabeça – Seja ele bom ou mau mas temos! E eu sei o olhar que deitaste a essas facas. Estão limpas. Não mato ninguém... a menos que seja preciso!
A Monalisa arrepiou-se. O homem era estranho.
– As pessoas que tentam se relacionar com outras que têm o seu passado manchado estão com o seu presente manchado, ou até mesmo o seu futuro.
– Ah... eu acho que tenho que ir... – Disse ela, um pouco amedrontada.
– Tu sabes do que falo! Não é a tua essência, mas assim o quiseste ao relacionares-te com quem não devias. Haverá uma altura em que não vais conseguir aguentar o Deus que está dentro de ti e o teu corpo vai ser apenas um instrumento.
Monalisa saiu dali a correr, transtornada. O velho riu-se.
Fim do Capítulo 9.
"- Sabes rapariga, esse homem é um desperdício...até para te limpar o cu"
ResponderEliminarhahaha!
não entendi esse mistério no final.
Gostei do mistério.
ResponderEliminarfixe!
ResponderEliminarSerá que tem alguma coisa a ver com ela se relacionar com o João Paulo?
ResponderEliminartá lindo.
ResponderEliminarposta logo.
beijos,
Natasha Alyosha.
adorei <3
ResponderEliminarO velho é doido, isso sim.
ResponderEliminarBeijos e parabéns ao Vasco.
Acho que estou a começar a gostar dos teus mistérios, Diana!
ResponderEliminarParabéns ao Vasco. Também sou fã dele.
Não entendi nada desse mistério mas acho que tem a ver com o João Paulo.
ResponderEliminarPosta logo.
Beijos :)
Parabéns ao Vasco.
ResponderEliminarContinua!
Parece que entrámos mesmo num capítulo só com mistério.
ResponderEliminarMas teve algo do Vasco.
"- Sabes rapariga, esse homem é um desperdício...até para te limpar o cu"
adorámos!
ResponderEliminarparabéns ao vasco!
Eu gostei do capítulo.
ResponderEliminarParabéns ao Vasco!
Eu acho que o velho é doido haha!
Posta logo.
Beijos.
Porque raio é que o velho apareceu? Ele parece ser doido!
ResponderEliminarObrigada pelo capítulo dedicado.
Parabéns ao Vasco!
gostei muito.
ResponderEliminarnão entendi nada do instrumento nem do corpo. nada.
Só pelo título do capítulo já soa algo estranho mas ao ler não entendi nada.
ResponderEliminarBom mistério!
Bom mistério!
ResponderEliminargostei do capítulo.
ResponderEliminarparabéns ao vasco.
Acho que o tal homem quis falar da relação dela com o João Paulo.
ResponderEliminareu gostei desse capítulo. achei foi muito mistério para mim.
ResponderEliminarEu acho que o homem não tem razão nenhuma. Acho que ele é só um doido qualquer que diz ser dono daquelas terras.
ResponderEliminarEu esperando por alguma outra morte em breve.
ResponderEliminarEssa parte do homem tendo as facas e ela gostando deu algum medo.
Posta logo.
Beijos,
Juh :)