Capítulo 15 - O Fim?
A polícia tinha ido àquele local na manhã seguinte. O inspector vai ter com o João Paulo e com a Monalisa.
– É o velho na verdade. O homem tinha saído de um hospital psiquiátrico há algum tempo. Tinha ficado aqui sozinho, mas tem sempre visitas com as viagens de finalistas. Os universitários costumam passar as suas férias aqui por ser um sítio sossegado. Nunca tinha acontecido tal coisa, mas como ele não queria ser vigiado, o seu estado de saúde deve ter piorado. Estão bem?
– Podemos ir embora? – Perguntou o João Paulo.
– Sim, claro. Têm carro?
– Sim.
Eles encaminharam-se para dentro do seu carro.
– Acabou tudo! – Disse ele. – Mas há algo que eu não entendo... – Colocou a mão no volante – O homem não seria capaz de matar tanta gente por muito doido que fosse.
A Monalisa ficou irrequieta e mostrou uma faca suja de sangue que tinha guardada na sua mala. Pelo espelho retrovisor do carro podia-se ver o reflexo da imagem da sua tia, Beatrice.
– Isto não é possível! – Sussurrou ele – Eras tu!
Foi a única coisa que ele conseguiu dizer, antes que ela o matasse ali no carro e quase em frente aos polícias.
Foi isto tudo que aconteceu com o João Paulo. A Monalisa? Ela retomou a sua vida. Voltou a casar e teve um final feliz, sim digo final pois ela já morreu. Por desejo do destino, foi graças a um terremoto. Morreu da mesma forma que o seu antigo marido.
Este é o diário da vida da família. Escrevemos todos os anos. Há um tempo foi a Beatrice que o escreveu sobre a vida do homem dela, após a sua morte. Esse diário foi dado a mim assim que cresci e foi me pedido que o continuasse assim que chegasse a minha geração. É o que estou a fazer, a relatar factos que cheguei a viver.
Acho que o meu parente vai querer saber, assim que ler isto, sobre o que aconteceu ao velho e porque ele seria o culpado de algo que o espírito da Beatrice fez. É muito simples, o velho sabia que existia um espírito no corpo da Monalisa. Ela relacionou-se e tornou-se íntima do João Paulo e a Beatrice quis vingar-se por ele a ter morto, sim, na verdade ela não se suicidou, o João Paulo matou-a pois foi o que o amigo dele pediu para o fazer assim que soube por uma amiga da Beatrice, no dia em que ela desapareceu com o filho, que ela o iria matar. O velho também, provavelmente, teria a "doença" da Beatrice e queria matar a Monalisa para tirar o espírito da Beatrice dela.
Bem, e quanto a mim? A minha vida foi quase a mesma que a da minha geração anterior. Matei as minhas duas mulheres assim que me divorciei delas e já estive internado numa clínica psiquiátrica. Vivo também numa terra com vacas e cabras.
David. Sou o filho da Beatrice e neste momento tenho 30 anos. Muitos anos passaram desde a morte do João Paulo mas, o legado da minha mãe, Beatrice, ficará para sempre por cá pois eu, por desejo do destino, nasci com a mesma "doença" que ela.
Leio este diário no tempo em que eu era uma criança e garanto que tenho muitas memórias aterradoras desse tempo.
Espero que essa "doença" não continue na minha próxima geração...
Espero eu prever o futuro...
– É o velho na verdade. O homem tinha saído de um hospital psiquiátrico há algum tempo. Tinha ficado aqui sozinho, mas tem sempre visitas com as viagens de finalistas. Os universitários costumam passar as suas férias aqui por ser um sítio sossegado. Nunca tinha acontecido tal coisa, mas como ele não queria ser vigiado, o seu estado de saúde deve ter piorado. Estão bem?
– Podemos ir embora? – Perguntou o João Paulo.
– Sim, claro. Têm carro?
– Sim.
Eles encaminharam-se para dentro do seu carro.
– Acabou tudo! – Disse ele. – Mas há algo que eu não entendo... – Colocou a mão no volante – O homem não seria capaz de matar tanta gente por muito doido que fosse.
A Monalisa ficou irrequieta e mostrou uma faca suja de sangue que tinha guardada na sua mala. Pelo espelho retrovisor do carro podia-se ver o reflexo da imagem da sua tia, Beatrice.
– Isto não é possível! – Sussurrou ele – Eras tu!
Foi a única coisa que ele conseguiu dizer, antes que ela o matasse ali no carro e quase em frente aos polícias.
Este é o diário da vida da família. Escrevemos todos os anos. Há um tempo foi a Beatrice que o escreveu sobre a vida do homem dela, após a sua morte. Esse diário foi dado a mim assim que cresci e foi me pedido que o continuasse assim que chegasse a minha geração. É o que estou a fazer, a relatar factos que cheguei a viver.
Acho que o meu parente vai querer saber, assim que ler isto, sobre o que aconteceu ao velho e porque ele seria o culpado de algo que o espírito da Beatrice fez. É muito simples, o velho sabia que existia um espírito no corpo da Monalisa. Ela relacionou-se e tornou-se íntima do João Paulo e a Beatrice quis vingar-se por ele a ter morto, sim, na verdade ela não se suicidou, o João Paulo matou-a pois foi o que o amigo dele pediu para o fazer assim que soube por uma amiga da Beatrice, no dia em que ela desapareceu com o filho, que ela o iria matar. O velho também, provavelmente, teria a "doença" da Beatrice e queria matar a Monalisa para tirar o espírito da Beatrice dela.
Bem, e quanto a mim? A minha vida foi quase a mesma que a da minha geração anterior. Matei as minhas duas mulheres assim que me divorciei delas e já estive internado numa clínica psiquiátrica. Vivo também numa terra com vacas e cabras.
Como eu me chamo?
David. Sou o filho da Beatrice e neste momento tenho 30 anos. Muitos anos passaram desde a morte do João Paulo mas, o legado da minha mãe, Beatrice, ficará para sempre por cá pois eu, por desejo do destino, nasci com a mesma "doença" que ela.
Leio este diário no tempo em que eu era uma criança e garanto que tenho muitas memórias aterradoras desse tempo.
Espero que essa "doença" não continue na minha próxima geração...
Espero eu prever o futuro...
(Em branco, a esperar por um próximo parente)
Fim?
Aqui está. Pronto.
Sempre falei que deveriam interligar as duas fases, pois se o fizessem acabariam por encontrar o verdadeiro assassino.
Espero que tenham gostado.
Obrigada por terem estado desde Janeiro de 2015 comigo a lerem esta história. Foi o primeiro desafio misturar dois géneros numa única história: comédia e mistério. Só tenho a agradecer.
Não tinha como terminar isto sem antes pelo menos dizer como foi importante para mim escrever estes capítulos.
Cada palavra, cada capitulo, cada leitor, cada comentário, tudo isso vai ter sempre um espaço muito importante no meu coração.
É com orgulho que termino mais uma historia.
Obrigada a vocês, leitores, obrigada ao Vasco, que me ajudou com os capítulos nesta parceria, enfim... obrigada a todos!
Sempre falei que deveriam interligar as duas fases, pois se o fizessem acabariam por encontrar o verdadeiro assassino.
Espero que tenham gostado.
Obrigada por terem estado desde Janeiro de 2015 comigo a lerem esta história. Foi o primeiro desafio misturar dois géneros numa única história: comédia e mistério. Só tenho a agradecer.
Não tinha como terminar isto sem antes pelo menos dizer como foi importante para mim escrever estes capítulos.
Cada palavra, cada capitulo, cada leitor, cada comentário, tudo isso vai ter sempre um espaço muito importante no meu coração.
É com orgulho que termino mais uma historia.
Obrigada a vocês, leitores, obrigada ao Vasco, que me ajudou com os capítulos nesta parceria, enfim... obrigada a todos!
Eu nem me lembrei da Beatrice...
ResponderEliminar:O
ResponderEliminargostei. parabéns.
ResponderEliminarGostei.
ResponderEliminarOlha, nunca cheguei a pensar na Beatrice ou no seu espirito ou o que seja mas gostei muito. Foi diferente.
ResponderEliminarPensei que o velho tivesse algo a ver mas nada mais eu entendi desse mistério. Deveria ter-me lembrado da primeira fase da história.
ResponderEliminarA Beatrice?! Não conseguia chegar a essa conclusão.
ResponderEliminarNunca pensei que o espírito da Beatrice fosse o "culpado".
ResponderEliminarGostei.
Beijos.
vai haver uma segunda parte ou acabou mesmo? pareceu ainda algum mistério no final.
ResponderEliminarNem nunca mais pensei na Beatrice. Esqueci completamente dela.
ResponderEliminarA beatrice? :O
ResponderEliminarEu ainda me pergunto se não foi o velho também!
ResponderEliminarBeijos,
Juh :)
Eu sinceramente pensei que fosse o espírito da Beatrice mas nunca no corpo da Monalisa.
ResponderEliminarParabéns, foi uma grande história!
Jurava que era o João Paulo :/
ResponderEliminarMas adorei a história mesmo tendo me enganado.
Estou contente por ter me enganado. Pensei que era o João Paulo.
ResponderEliminarnunca pensei que fosse a beatrice.
ResponderEliminarenganei-me redondamente. pensei que fosse o joão paulo.
ResponderEliminarNão acredito que perdi :/ Nunca pensei que fosse o espirito da Beatrice :(
ResponderEliminarGostei da história! Parabéns!
Cheguei a pensar que fosse a Beatrice mas viva e não morta.
ResponderEliminarnós nunca pensámos que fosse a beatrice. sempre pensamos que ela estava morta e nunca em espirito.
ResponderEliminarFoi o último :(
ResponderEliminarGostei muito da história e faço um balanço positivo. Foi bom ler coisas do Vasco e gostei dos teus mistérios. Talvez continue por aqui ;)
Que medo quando apareceu o David. Fiquei a pensar: "Lembro deste nome mas onde?". medo desse diário. Tudo gente psicopata!
ResponderEliminarMas gostei muito da história. Parabéns foi muito boa!