Capítulo 1
Existia um acampamento que ocorria no verão. Era chamado de o Acampamento de Verão Musical. Era para lá que todos os aspirantes a artistas de palco iriam nessa época. Era um sonho.
A Maria estava com a Zélia em casa.
– Maria, sabias que o acampamento de Verão Musical deste ano já está a ter inscrições?
– Eu não sabia, mas o que nós temos a ver com isso?
– Nós podemos nos inscrever. O que achas?
A Maria olhou para a amiga, apavorada. Cantar, dançar e representar? As duas? Num acampamento em que todos irão ver? A Zélia devia estar louca.
– Zélia! Tu estás louca? Nós não sabemos cantar. – Gritou a Maria.
– Calma, Maria. Eu sei que nós não sabemos cantar, mas a Marcela Lima e a Teresa Cristina sabem cantar muito bem.
– Sim, mas há um problema. A Marcela e a Teresa somos nós e nós temos testes durante esta semana e, por acaso, a semana de inscrições também é esta semana.
A Zélia não viu qual era o problema.
– Mas nós podemos faltar aos testes.
A Maria exaltou-se.
– Zélia, tu deves estar doida! Os testes são os finais e não podemos faltar. Além do mais, as pessoas não podem saber que somos nós que cantamos, senão nunca mais nós vamos cantar.
– Está bem, Maria. Nós podemos nos inscrever depois dos testes e, nessa altura, as pessoas vão continuar a não saber que somos nós.
– Então nós inscrevemo-nos amanhã, depois de fazermos os testes, está bem?
A Zélia deu pulos de alegria.
– Maria, é por isso que te adoro!
A Maria sorriu.
– Mas, tem cuidado com as esperanças, Zélia. Podemos fazer as audições, mas isso não quer dizer que vamos passar e ir para os EUA.
– Maria, a esperança é sempre a última a morrer. O que vale é tentar. E eu tenho a certeza que vamos conseguir.
A Maria abanou a cabeça. A Zélia pensava que a vida era fácil. Embora tendo a mesma idade que a amiga, a Maria parecia ter mais mente que a Zélia. Era muito mais observadora e percebia quando podia avançar ou não e, embora isso possa até ser um defeito, ajudava muito no futuro. A Zélia era uma pessoa muito “cabeça no ar”, que acha que tudo vai dar certo. É uma optimista. Uma grande optimista. Mas, neste caso, era um optimismo em excesso.
Entretanto, na casa de uma família de cantores, o tema era exactamente o mesmo: o Acampamento de Verão Muscial.
– Ivo, vais te inscrever certo? – Perguntou Laura ao irmão.
– Onde, mana?
– No Acampamento de Verão Musical, claro.
O Ivo sorriu como se pedisse desculpa.
– Não sei, mana. Eu não estou com a mínima vontade de ir para esse acampamento.
– Mano, tu pediste aos teus fãs que ias lá estar. – Disse a Laura, triste.
– Está bem, eu vou. Mas só com uma condição.
– Que condição? – Perguntou a irmã, com uma réstia de esperança.
– O João e o Mário também vão.
– Mas eles já foram para o acampamento uma vez.
– Sim, mas eles podem ir para trabalharem lá.
A Laura sorriu.
– Então, está bem.
Entretanto, o telemóvel da Maria toca.
– Estou?
– Olá, querida irmã!
Os olhos da Maria brilharam.
– Vanessa! Que bom que és tu. Como vão as coisas aí em Nova Iorque?
Vanessa era a irmã mais velha da Maria.
– Muito bem, e contigo? Novidades?
– Sim, tenho novidades. Novidades não. Novidade. A Zélia anda aí com uma história de acampamento.
Nessa altura, a Zélia interrompeu.
– Maria, estás louca! A Van não sabe que nós cantamos. – Disse ela, baixo.
Van era a alcunha mais conhecida da Vanessa.
A Maria colocou a mão na cabeça.
– Tinha esquecido. – Disse ela, baixo também.
Este era um dos defeitos da Maria. Esquecia-se facilmente das coisas. E não era nenhuma doença.
A Vanessa falou.
– O que é que a Zélia tem a ver com o acampamento?
– Ah, a Zélia gosta muito da Laura e parece que ela vai cantar na abertura do acampamento.
– Mesmo! – A Vanessa parecia maravilhada – Não sabia. Eu liguei para te avisar que eu vou voltar para Portugal no mês que vem.
– Que bom, mana! Eu estou a morrer de saudades tuas.
– Também eu. Tenho de ir agora. Diz à Zélia que lhe mando um beijinho, ok?
– Ok. Xau. Beijinhos.
A Maria terminou a chamada.
– Zélia, a Van mandou-te um beijinho.
A Zélia estava visivelmente chateada.
– Maria, eu queria falar com ela. – Disse, cruzando os braços.
A Maria sorriu.
– Para a próxima eu passo-te o telemóvel.
Entretanto com a família de cantores. O João e o Mário tinham chegado a casa.
– João, tu e o Mário vão trabalhar no acampamento com o César.
O João e o Mário eram irmãos do Ivo e da Laura. O César era primo deles.
O João olhou surpreendido para a Laura.
– O quê? Eu não vou trabalhar naquele acampamento ridículo!
A atitude do Mário foi diferente.
– Eu acho boa ideia. Nós podemos ficar mais perto do nosso primo.
– E onde está ele, Laura? – Perguntou o João.
– Ele quem? O César?
– Sim.
– Ele está a organizar as coisas do acampamento.
– E nós vamos trabalhar em quê? – Perguntou o Mário.
– Pergunta ao César.
O Mário pegou logo de seguida no seu telemóvel. A Laura riu da atitude rápida do Mário.
– Olá, primo, tudo bem aí no acampamento?
– Olá, está tudo bem. Porquê?
O João pega no telemóvel da mão do Mário.
– Primo, ajuda-nos. A Laura quer que eu e o Mário trabalhemos aí.
– E isso não é bom?
– É claro que não. – Disse o João.
– Pois eu dou o maior apoio. E já sei onde vocês vão trabalhar.
O João arrepiou-se. O Mário perguntou:
– O que foi?
– O César disse-me que já sabe onde nós vamos trabalhar.
– João, tu vais trabalhar como professor de dança. – Disse o César.
O João ficou espantado.
– O quê? Como professor de dança? Não, isso não!
– E eu? – Perguntou o Mário, encostado ao telemóvel.
O João deu o telemóvel ao Mário.
– Vais dar aulas de guitarra. – Respondeu o César.
“Professor de dança? Não vou nem morto”. – Pensou o João.
Fim do Capítulo 1.
– Maria, sabias que o acampamento de Verão Musical deste ano já está a ter inscrições?
– Eu não sabia, mas o que nós temos a ver com isso?
– Nós podemos nos inscrever. O que achas?
A Maria olhou para a amiga, apavorada. Cantar, dançar e representar? As duas? Num acampamento em que todos irão ver? A Zélia devia estar louca.
– Zélia! Tu estás louca? Nós não sabemos cantar. – Gritou a Maria.
– Calma, Maria. Eu sei que nós não sabemos cantar, mas a Marcela Lima e a Teresa Cristina sabem cantar muito bem.
– Sim, mas há um problema. A Marcela e a Teresa somos nós e nós temos testes durante esta semana e, por acaso, a semana de inscrições também é esta semana.
A Zélia não viu qual era o problema.
– Mas nós podemos faltar aos testes.
A Maria exaltou-se.
– Zélia, tu deves estar doida! Os testes são os finais e não podemos faltar. Além do mais, as pessoas não podem saber que somos nós que cantamos, senão nunca mais nós vamos cantar.
– Está bem, Maria. Nós podemos nos inscrever depois dos testes e, nessa altura, as pessoas vão continuar a não saber que somos nós.
– Então nós inscrevemo-nos amanhã, depois de fazermos os testes, está bem?
A Zélia deu pulos de alegria.
– Maria, é por isso que te adoro!
A Maria sorriu.
– Mas, tem cuidado com as esperanças, Zélia. Podemos fazer as audições, mas isso não quer dizer que vamos passar e ir para os EUA.
– Maria, a esperança é sempre a última a morrer. O que vale é tentar. E eu tenho a certeza que vamos conseguir.
A Maria abanou a cabeça. A Zélia pensava que a vida era fácil. Embora tendo a mesma idade que a amiga, a Maria parecia ter mais mente que a Zélia. Era muito mais observadora e percebia quando podia avançar ou não e, embora isso possa até ser um defeito, ajudava muito no futuro. A Zélia era uma pessoa muito “cabeça no ar”, que acha que tudo vai dar certo. É uma optimista. Uma grande optimista. Mas, neste caso, era um optimismo em excesso.
Entretanto, na casa de uma família de cantores, o tema era exactamente o mesmo: o Acampamento de Verão Muscial.
– Ivo, vais te inscrever certo? – Perguntou Laura ao irmão.
– Onde, mana?
– No Acampamento de Verão Musical, claro.
O Ivo sorriu como se pedisse desculpa.
– Não sei, mana. Eu não estou com a mínima vontade de ir para esse acampamento.
– Mano, tu pediste aos teus fãs que ias lá estar. – Disse a Laura, triste.
– Está bem, eu vou. Mas só com uma condição.
– Que condição? – Perguntou a irmã, com uma réstia de esperança.
– O João e o Mário também vão.
– Mas eles já foram para o acampamento uma vez.
– Sim, mas eles podem ir para trabalharem lá.
A Laura sorriu.
– Então, está bem.
Entretanto, o telemóvel da Maria toca.
– Estou?
– Olá, querida irmã!
Os olhos da Maria brilharam.
– Vanessa! Que bom que és tu. Como vão as coisas aí em Nova Iorque?
Vanessa era a irmã mais velha da Maria.
– Muito bem, e contigo? Novidades?
– Sim, tenho novidades. Novidades não. Novidade. A Zélia anda aí com uma história de acampamento.
Nessa altura, a Zélia interrompeu.
– Maria, estás louca! A Van não sabe que nós cantamos. – Disse ela, baixo.
Van era a alcunha mais conhecida da Vanessa.
A Maria colocou a mão na cabeça.
– Tinha esquecido. – Disse ela, baixo também.
Este era um dos defeitos da Maria. Esquecia-se facilmente das coisas. E não era nenhuma doença.
A Vanessa falou.
– O que é que a Zélia tem a ver com o acampamento?
– Ah, a Zélia gosta muito da Laura e parece que ela vai cantar na abertura do acampamento.
– Mesmo! – A Vanessa parecia maravilhada – Não sabia. Eu liguei para te avisar que eu vou voltar para Portugal no mês que vem.
– Que bom, mana! Eu estou a morrer de saudades tuas.
– Também eu. Tenho de ir agora. Diz à Zélia que lhe mando um beijinho, ok?
– Ok. Xau. Beijinhos.
A Maria terminou a chamada.
– Zélia, a Van mandou-te um beijinho.
A Zélia estava visivelmente chateada.
– Maria, eu queria falar com ela. – Disse, cruzando os braços.
A Maria sorriu.
– Para a próxima eu passo-te o telemóvel.
Entretanto com a família de cantores. O João e o Mário tinham chegado a casa.
– João, tu e o Mário vão trabalhar no acampamento com o César.
O João e o Mário eram irmãos do Ivo e da Laura. O César era primo deles.
O João olhou surpreendido para a Laura.
– O quê? Eu não vou trabalhar naquele acampamento ridículo!
A atitude do Mário foi diferente.
– Eu acho boa ideia. Nós podemos ficar mais perto do nosso primo.
– E onde está ele, Laura? – Perguntou o João.
– Ele quem? O César?
– Sim.
– Ele está a organizar as coisas do acampamento.
– E nós vamos trabalhar em quê? – Perguntou o Mário.
– Pergunta ao César.
O Mário pegou logo de seguida no seu telemóvel. A Laura riu da atitude rápida do Mário.
– Olá, primo, tudo bem aí no acampamento?
– Olá, está tudo bem. Porquê?
O João pega no telemóvel da mão do Mário.
– Primo, ajuda-nos. A Laura quer que eu e o Mário trabalhemos aí.
– E isso não é bom?
– É claro que não. – Disse o João.
– Pois eu dou o maior apoio. E já sei onde vocês vão trabalhar.
O João arrepiou-se. O Mário perguntou:
– O que foi?
– O César disse-me que já sabe onde nós vamos trabalhar.
– João, tu vais trabalhar como professor de dança. – Disse o César.
O João ficou espantado.
– O quê? Como professor de dança? Não, isso não!
– E eu? – Perguntou o Mário, encostado ao telemóvel.
O João deu o telemóvel ao Mário.
– Vais dar aulas de guitarra. – Respondeu o César.
“Professor de dança? Não vou nem morto”. – Pensou o João.
Fim do Capítulo 1.
Gostei.
ResponderEliminarNão gostei da história.
ResponderEliminarDesculpa Diana, volto para uma próxima história.
esse João é demais! acho que vou gostar dele.
ResponderEliminarGostei do capítulo.
ResponderEliminarVou continuar aqui :)
Adorei o capítulo.
ResponderEliminarE é bem grande. Gostei muito.
Posta logo.
Beijos :)
adorámos!
ResponderEliminarposta depressa!
acho que vou continuar porque gostei da atitude do joão.
ResponderEliminarEu gostei. Como o Anónimo falou no post anterior,tens que fazer aquilo que gostas, se gostas, continua.
ResponderEliminarPosta logo.
Beijos.
adorei!!
ResponderEliminarO que interessa é a boa escrita e melhorares a cada dia. O resto esquece.
ResponderEliminarContinua!
Esse João é o meu melhor personagem mas acho que também vou gostar da Maria.
ResponderEliminarPosta logo.
Beijos,
Juh :)
Eu gostei. Acho que,mesmo mudando o género, está bom.
ResponderEliminarContinua!
Eu só gostei da atitude do João mas vou continuar aqui à espera do segundo capítulo e ver se gosto, ou não.
ResponderEliminarEu acho que vou ficar aqui por mais um capítulo. Gosto do João.
ResponderEliminarNão gostei muito das duas meninas, vamos ver se isso muda. Mas o João é divertido, já gosto dele!
ResponderEliminarBeijos!
Eu gostei do capítulo. E é grande!
ResponderEliminarEspero pelo próximo capítulo no sábado.
Beijos.
Eu gostei do capítulo.Quem não gostou,vai embora.simples.
ResponderEliminarBeijos.
Nem acredito que nem li a outra.
ResponderEliminarPéssima pessoa que sou :(
Estou curiosa para saber porque elas não contam que cantam...
Gostei, Beijos
Novamente venho a dizer, essa escrita não é nada parecida com a daqui do Brasil. Minha professora diz que não falamos, português e sim brasileiro.
ResponderEliminarMudou o gênero das fics, gostei. Posta logo :)
Não fui com a cara da Maria, já a Zélia é um pouco parecida comigo...