Um exercício criado pelo professor de Filosofia. As primeiras frases são do professor.
– E agora? – Perguntou a Matilde.
– Não sei o que fazer. – Comentou o João.
– O teu pai já sabe?
– Não, não lhe disse nada ainda...
Sentados na mesa de café habitual, onde se reúnem normalmente com os amigos, encontravam-se os dois frente-a-frente com aquele problema sobre os ombros. Para já, ainda sem a seriedade de que os adultos lhe iriam dar, porque não tinham dito nada a ninguém.
– Olha – Disse o João – Acho que o melhor é...
– Espera, e se falássemos primeiro com a minha amiga Vera?
– Acho até uma boa ideia.
– Queres ir lá agora?
– Podemos ir?
– Claro.
Eles saíram do café e foram a casa da amiga Vera. Vera era uma velha amiga da família da Matilde. A mãe da Vera era amiga da mãe da Matilde. Conheceram-se nos tempos da primária e a partir daí, foram-se tornando melhores amigas. Eles respiraram fundo e bateram à porta.
– Olá, Matilde e tu és o João. Vocês não se tinham chateado?
– Vera, a tua mãe está em casa? – Perguntou a Matilde.
– Não não, podem entrar.
A Matilde e o João entraram em casa, nervosos, e a Vera pediu-lhes que se sentassem no sofá.
– Então, algum problema com vocês? Eu não sou nenhuma consultora amorosa. – Disse a Vera, a rir.
– Vera, estou a falar a sério. Eu e o João não podemos continuar juntos. Descobrimos algo que estraga todos os nossos planos. – Disse a Matilde.
A Matilde e o João namoravam há algum tempo, mas com a descoberta tiveram que se separar. A Vera ficou preocupada.
– O que aconteceu?
– A Matilde achou estranho uma conversa que a mãe dela teve com a tua.
A Vera ficou parada, subitamente. A Matilde achou estranha a atitude dela.
– O que se passa, Vera? – Perguntou a Matilde.
– Já soubeste a verdade?
– Mas tu sabias a verdade?
O João olhou para a Vera. Um olhar cortante.
– Não, não. – Disse ela, olhando de relance para o João.
– Então - Disse a Matilde, desconfiada – A verdade é esta. Eu e o João podemos ser irmãos.
– Podem ser?
– Sim, Vera, ainda não temos provas e parece que o meu pai não sabe de nada. – Explicou a Matilde.
A Vera não sabia o que dizer.
– Bem, talvez... quer dizer, podem ir para casa. Eu depois te direi alguma coisa, Matilde.
– Ok, amiga, até já.
Eles despediram-se da Vera e saíram de casa dela.
– Mas o que é que se passa contigo, João? Estás diferente.
– Diferente? Não, Matilde, o meu pai é que já deve estar preocupado. Tenho de ir almoçar.
– Sabes que ele pode não ser teu pai.
João respirou fundo. Estava a ficar cansado da conversa.
– Matilde, tu não tens provas.
– Ok, João. Falamos depois.
***
Horas mais tarde, João vai a casa da Vera.
– O que é que estás aqui a fazer, idiota? Vem para aqui, antes que alguém te veja. – Disse a Vera, puxando-o para dentro de casa.
– Preciso de falar contigo.
– Do que é que queres falar?
– Não te faças de idiota. Qual foi a tua jogada de dizeres à Matilde que eu e ela somos irmãos?
– Eu não lhe disse nada. Ela é que pensou mal. Não eras tu que querias acabar o namoro com ela? Estás a conseguir.
– Eu queria, mas não assim.
– Não assim? Assim como? Inventando coisas? Não é muito longe da verdade.
– Agora vais me dizer que somos meios irmãos, não?
– Não. Vou te dizer que a mãe dela, a Adelaide, não é a mãe dela.
Fim da Parte I.
tá fixe!
ResponderEliminara mae dela nao é mae dela?quero ver a ultima parte.
ta fixe1
ResponderEliminarmuito bom!
quero o final!
mais uma matança!
ResponderEliminarContinua!
ResponderEliminarQuero ver esse final!
Oi,nossa dá medo eim,selinhos pra vc
ResponderEliminarana-jemi-umahistoriadeamor.blogspot.com