sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Capítulo 15

(Observação da autora no dia 23/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "O Colégio Interno". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).


Capítulo 15

– Nelson – Disse a Melissa, de cabeça baixa – Desculpa. Desculpa, Vânia. E ainda bem que regressaste.
– Obrigada. – Disse a Vânia.
– Nelson. – Chamou a Melissa.
– Sim?
– Será que dá mais uma oportunidade?
Ele respirou fundo.
– Não, Melissa, não dá.
– Desculpa. – Disse ela, saindo do refeitório.
A Vânia olhava espantada para o Nelson.

***

Enquanto isso, a directora estava no gabinete com o Duarte.
– Menino Duarte, não tenho outra solução senão expulsá-lo deste colégio.
– Não, directora, não pode.
– É a única solução, os meus alunos não podem se relacionar dessa forma com as minhas alunas. Vai contra as regras do colégio.
O Duarte respirou fundo.
– Tudo bem, eu vou.
– E, pelo caminho, chame a Vânia para aqui, por favor.
O Duarte saiu do gabinete da directora. Encontrou a Vânia com o Nelson na saída do refeitório.
– A directora chama-te. – Informou ele.
– Foste expulso? – Perguntou o Nelson.
O Duarte apenas olhou para ele com um olhar cortante, depois saiu.
– Nelson, estou com medo. – Admitiu ela.
– Conta a verdade à directora. Já não adianta esperar. – Disse ele, abraçando-a.
Ela afirmou com a cabeça e foi ter com a directora. Chegando ao gabinete, bate à porta e é concedida a entrada. Ela entra calmamente, fecha a porta e senta-se na cadeira.
– O que queria de mim, directora?
– O que se passou consigo, menina Vânia? Desapareceu e só agora de noite é que voltou a aparecer. Por acaso não saiu do colégio, ou saiu?
– Não, directora. Eu estive trancada na cave do colégio.
A directora colocou a mão na boca, apavorada.
– Quem a meteu lá?
– Não me lembro muito bem, mas foi uma mulher de cabelo preto.
– Reconheceu?
– Não, directora. Há alguém que nos assusta. A mim e à Melissa. É a mesma mulher de cabelos pretos.
– Isso é muito estranho, mas quando houver mais alguma coisa estranha, avise-me.
– Ok, directora.
E a Vânia saiu do gabinete da directora. Caminhou por entre o corredor e viu o Nelson no quarto dele.
– Então... como correu? – Ele estava sentado na sua cama a ver um álbum de fotos.
– Contei sobre a rapariga de cabelos pretos. Contei a verdade.
Ele sorriu.
– Preciso de falar contigo. – Ela sentou-se na cama dele.
– Deixa-me adivinhar, é sobre nós?
Ela afirmou com a cabeça.
– Tu provaste que o Duarte não valia nada.
– Eu pensei e vi que ele não prestava. Tenho que agradecer à Fabiana pelo que fez.
– Tu mudaste, Vânia.
– Achas que sim?
Ele afirmou.
– Bem, tenho de ir. Tenho de falar com a Fabiana.
Ele agarrou-lhe o braço.
– Espera!
– Nelson. – Disse a Vânia, calmamente – Eu tenho de ir.
– Não, tens tempo. Nós precisamos de conversar.
– Eu mudei por causa de ti, mas o tempo não volta atrás. Os erros estão feitos.
– E eu faria um se dissesse sim à Melissa.
A Vânia olhou para ele.
– Acho que está na altura de te dar uma hipótese. – Disse ele, beijando-a.
Nesse momento, aparece a Fabiana com a Estela, a Melissa e os irmãos do Nelson.
– Ups. – Disse a Estela, desviando o olhar.
– Eu sei. – Sussurrou o Fábio para a Estela – Quase gostava mais dela quando estava sob o poder do Duarte. Mas acho que será melhor assim. O Nelson vai doer menos que o Duarte.
– Fabiana, amigos, peço desculpa, eu tinha ficado meio doente com o Duarte. – Disse a Vânia, levantando-se da cama do Nelson.
– Eu também, Vânia. Sejam felizes. – Disse a Melissa.
– O quê? – A Vânia não estava a perceber.
– Tu e o Nelson. Estou contente, aliás estamos todos contentes que vocês já fizeram as pazes.
– Obrigada.
O Nelson sorriu.
– Há alguém que precisa de conversar. – Disse a Fabiana, olhando para a Estela e para o seu ex namorado.
A Melissa empurra-os para fora do quarto.
– Falem no meu quarto. Até já.
Eles olharam um para o outro espantados e encaminharam-se para o quarto da Melissa e da Estela.
– Hum... então, diz-me lá, como é que lhe tentaste mandar o copo com água?
– Não sei, Estela. Na altura, pareceu-me boa ideia.
– Mas como é que sabias? – Perguntou ela – Isto é, como é que soubeste que eu não estava a fingir? Para ele ser apanhado desprevenido, sob um falso sentimento de segurança?
– Queres dizer, para além do facto de ele estar prestes a beijar-te? – O Fábio levantou a sobrancelha –Sem tu fazeres o mais pequeno gesto para o impedir? Sim, acho que compreendi o que estava a acontecer.
– Eu acabaria por me libertar. – Garantiu-lhe ela, com uma confiança falsa – mal sentisse os lábios dele.
– Não – Contestou o Fábio. Ele sorriu para ela – não o farias. Admite, Estela. Precisaste de mim naquele momento.
Os rostos dos dois estavam próximos. Em vez de ela se sentir meio estranha, o coração dela estava a vacilar.
– Pois. Acho que precisei.
– Fazemos uma boa equipa. – Observou o Fábio – Não achas? Quer dizer, temos que nos unir outra vez para descobrirmos quem é a mulher de cabelos pretos que nos atormenta.
Ela engasgou-se. Não conseguia evitar.
– É verdade. E desta vez não virá só atrás de nós, raparigas. Também, talvez, virá atrás de vocês. De ti e dos teus irmãos.
– Deve ser só uma engraçadinha!
– Fábio! – Protestou ela – Isto é a sério! Essa mulher pode estar a preparar-se para nos assustar a qualquer momento e estamos a perder tempo a celebrar a nossa vitória contra o Duarte. Temos de começar a prepararmo-nos! Temos de planear um contra-ataque ou algo para a desmascarar. Temos...
– Estela – Interrompe o Fábio – A mulher pode esperar.
– Mas...
– Estela – Voltou a cortar o Fábio – Cala-te.
E ela calou-se. Ela estava com ele. Além disso, ele tinha razão. A mulher assustadora de cabelos pretos podia esperar... ou talvez não.


Fim do Capítulo 15.

23 comentários:

  1. tá fixe!
    quero a segunda parte.

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  2. tá lindo.
    posta logo.

    Beijos,
    Natasha Alyosha.

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  3. Continua!
    Vamos falar da parceria amanhã, não te esqueças.

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  4. Ele saiu do colégio,ele saiu do colégio!
    Amei!
    Posta logo.

    Beijos,
    Juh :)

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  5. fixe!o duarte saiu da escola e vao agora descobrir a assombraçao.
    quero ver isso.

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  6. Que lindo!Posta logo.Estou curiosa.

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  7. Gostei do capítulo.O romance até nem foi mau.

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  8. Estou já dentro da história!O Duarte vai embora e vão encontrar agora a menina de preto.
    Quero mais!

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  9. posta depressa, estou curiosa.

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  10. adorámos os casais a juntarem-se.até tens jeito para romance.

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  11. Continua! Gostei da história ser "partida" em duas.

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  12. Já fiquei curiosa para saber como será o próximo capítulo. Beijinhos!

    galerafashion.blogspot.com.br

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  13. gostei do duarte a sair do colégio.

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  14. Gostei!Quero ler essa segunda parte logo!

    Beijos :)

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  15. Nossa, amei, onde está o próximo capitulo? ♥

    http://historiaimperfeita.blogspot.com.br/

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  16. Adorei!!!
    Acho que essa mulher assustadora de cabelos preto não irá esperar não... mas vamos ver o que irá acontecer...
    posta logo!
    bjsss

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