segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Descoberta Macabra (Conto)

Olá, Pessoal!
Deixo um conto que fiz para a página Ficwriter Facts.

Informações:
- Título: Descoberta Macabra

Sinopse: Teresa era uma criança quando perdeu o bisavô. A vizinha dela, uma mulher de sessenta anos com fama de ser bruxa, via o futuro, lia as cartas e falava com os mortos. Teresa não acreditava em rituais, nem em bruxaria, mas queria reencontrar o ente querido. Mal sabia o passado do familiar dela e o problema que seria em voltar a ter o espírito dele na terra.
Género: Mistério, Terror.
Classificação etária: +14.
Número de palavras: 631.


Capa de "Descoberta Macabra"

Tinha chegado a noite do dia 30 de Outubro. O vento batia nas árvores, violentamente. Teresa encaminhou-se para a casa da vizinha. A senhora de sessenta anos tinha a fama de falar com os que partiram. As más línguas falavam que ela era bruxa. A jovem não se importava com isso. Nunca acreditou nessas coisas do além, era certo, mas a vontade que tinha era maior do que isso.
Após saber que a vizinha conseguia conversar com os familiares falecidos, a rapariga de vinte anos decidiu experimentar. Não podia ser uma perda de tempo, pensava ela.
Entrar na casa da vizinha deu-lhe calafrios. Estava tudo cheio de velas, caveiras, bruxas em miniatura, cartas de tarô e mais umas quantas coisas estranhas. Respirou fundo e corou quando percebeu que a vizinha olhava para ela, séria.
– Difícil entrar aqui?
Teresa sorriu, envergonhada.
– Não. – Mentiu.
A mulher riu-se.
– Todos mentem quando entram aqui.
A vizinha pediu que entrasse e se sentasse numa cadeira em frente a uma mesa com uma vela acesa no centro. Teresa obedeceu. A mulher demorou uns segundos a sentar-se em frente a ela. Trazia um baralho de cartas e uns dados.
– Vens fazer uma leitura?
Teresa negou com a cabeça.
– Vim falar com o meu bisavô. Ele morreu há uns anos. Morreu de pneumonia. Eu gostava muito dele.
A mulher olhou Teresa, séria.
– Muito bem. Eras muito pequena quando o teu bisavô morreu. Tens alguma coisa dele?
Teresa afirmou com a cabeça e tirou um apito velho do bolso das calças.
– Coloca junto à vela, no centro da mesa. – Pediu a vizinha.
A jovem assim fez. A bruxa fechou os olhos. Silêncio fez-se sentir. Teresa assustou-se quando a vizinha abriu os olhos.
– Coloca as tuas mãos sobre as minhas com as palmas viradas para cima.
A Teresa obedeceu, novamente.  A vizinha voltou a fechar os olhos. A vela acesa estremeceu. Teresa olhou para a janela da sala. Estava fechada. Nenhuma rajada de vento poderia fazer aquilo. Voltou a olhar para a vizinha. A bruxa abriu os olhos, novamente. Parecia amargurada com alguma coisa.
– Desculpa, querida, não posso!
A vizinha levantou-se da cadeira e pediu que a jovem se levantasse também.
– Vai para casa e não fiques sozinha amanhã.
A Teresa ficou incrédula.
– A vizinha não é nada disso que dizem, pois não?
– Sou, querida, mas não posso estragar-te as memórias. Tem cuidado contigo!
A mulher fechou a porta de casa, mostrando uma certa frieza. Teresa ficou de boca aberta do lado de fora da porta. O que tinha acabado de acontecer?
Teresa voltou para casa. Não conseguiu adormecer. Passou o dia 31 com os amigos. Chegou a casa às 19 horas. As luzes da estrada já estavam acesas. Jovens pediam doce ou travessura. O irmão mais novo de Teresa tinha saído com os amiguinhos. Teresa queria ir, mas as palavras da vizinha ecoavam na mente. Olhou para a casa. Estava tentada. Queria bater à porta. Desistiu e entrou em casa.
– Mãe?
A mãe saiu de casa. A mãe da Teresa não gostava do Halloween. A jovem estava sozinha em casa. Chegou à sala. A vela perto da chaminé estava acesa. A mãe deixou aquilo aceso? Aproximou-se da vela e assoprou-a. Não conseguiu apagar a chama. Olhou para a parede branca. O reflexo da luz da chama fazia sombra. Uma frase estava legível na parede. "Morte aos Judeus" – Flávio. Flávio era o nome do bisavô. Flávio tinha matado vários judeus na Segunda Guerra Mundial. Era um homem cruel. Teresa não podia pedir para falar com o bisavô. O espírito dele não era bom. Causava dor.
A vela acesa caiu ao chão. Começou a queimar o tapete da sala. Teresa assustou-se. Não houve tempo para responder. Teresa acabou por morrer na noite do dia 31.
O espírito maligno do bisavô continuou "vivo".

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

O Macabro Parque de Diversões

Olá, Pessoal!
Durante estes dias de Setembro e Outubro estive a alterar alguns post antigos do blogue. Alguns erros ortográficos, coisas que me passaram na altura, foram alterados. No entanto, o enredo eu não modifiquei.

Deixo-vos, então, aqui os links do antigo conto "O Macabro Parque de Diversões" escrito em 2017, para que todos voltem a ler.


Capa de O Macabro Parque de Diversões

O Macabro Parque de Diversões (2017)
Sinopse: Três amigos decidem numa noite de Halloween visitar um macabro parque de diversões que apenas abria nesses dias especiais. Tudo o que parecia apenas uma diversão, depressa torna-se em algo mais sério que é capaz de tirar a vida aos que ousarem pisar num chão de terror onde o perigo é constante.
Género: Mistério
Tipo: Conto

Conto: (Apenas para o blogue)

OBS: Possibilidade de alterações para ser lançado em livro.



Boa leitura! (novamente, para alguns)

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Três anos do lançamento do livro A Escola do Terror

Olá, Pessoal!
Foi há três anos o lançamento do livro "A Escola do Terror" e não podia deixar de avisar aqui no blogue.


Obrigada a todas as pessoas que (até hoje) compraram o meu livro (que passou também a ser vosso) e a todas as pessoas que me acompanharam e acompanham, mesmo aquelas que não conheço pessoalmente, apenas aqui no blogue.

As fotos do lançamento: AQUI.

Obrigada!

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O Disfarçado

Olá, Pessoal!
Durante estes dias de Setembro e Outubro estive a alterar alguns post antigos do blogue. Alguns erros ortográficos, coisas que me passaram na altura, foram alterados. No entanto, o enredo eu não modifiquei.

Deixo-vos, então, aqui o link do antigo conto "O Disfarçado" escrito em 2016, para que todos voltem a ler.

Capa de O Disfarçado

O Disfarçado (2016)
Sinopse: Cinco amigos entraram na casa enfeitada. Era a dança de fim de ano vampiro. O baile de finalistas. Uma noite animada. Bebida, comida, a coroação do rei e da rainha do baile... uma noite de sonho para um adolescente vampiro... sem humanos. Porém um deles vinha disfarçado e, sem perceber, colocou em risco a própria vida.
Género: Mistério.
Tipo: Conto

Conto: (Apenas para o blogue)

OBS: Possibilidade de alterações para ser lançado em livro.



Boa leitura! (novamente, para alguns)

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Contos antigos + Dupla Fatal

Olá, Pessoal!
Como viram ontem, um conto escrito em 2011 foi atualizado e ganhou título. Irei atualizar todos os outros contos, com capa e links, para estar tudo mais organizado.

Desta vez a Daniele Ferreira, a capista, não fez nenhuma das capas. Eu e a Daniele já não temos conseguido falar com frequência, mas espero conseguir manter contato.

Sobre Dupla Fatal, o projeto não terá final. Estará parado e, por enquanto, sem final divulgado.

Mais informações em breve!

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A Separação (Conto)

Olá, Pessoal!
Fiz algumas alterações no conto que postei em 2011.
Primeiro que tudo, ganhou título (Finalmente, dizem alguns).

Deixo, então, aqui a capa, a sinopse (criada, finalmente) e as duas partes do conto.


Capa de "A Separação"

A Separação (2011)
Sinopse: João namora com Matilde, mas o relacionamento já teve melhores dias. Um segredo familiar acaba por destruir completamente o namoro dos dois. A separação seria fácil para João, se o segredo fosse simples. Quando os dois decidem falar com uma amiga da família, Vera, descobrem que o pior foi para debaixo do tapete e que bastava apenas uma vassoura para fazer a diferença.
Género: Mistério.

As Duas Partes:



Boa leitura (novamente, para alguns!).

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Desafio de Setembro

Olá, Pessoal!
Participei no Desafio de Setembro e terminei agora o post para vos divulgar os meus pequenos textos.
O desafio foi escrever drabbles (textos entre as 100 e as 200 palavras) respeitando o desafio pedido.

Créditos a Ficwriter Facts

Escreva uma drabble (entre 100 a 200 palavras) em que o seu personagem realiza um sonho.

"Aconteceu mesmo. É a noite derradeira. Dezanove horas e estou sentado entre duas pessoas. O indivíduo da minha direita começa a falar sobre os sucessos do seu trabalho. O público ouve, atento. Está uma sala acolhedora. Apenas a última fila encontra-se vazia. O calor humano já se faz sentir. Algumas pessoas começam a subir as mangas das camisolas. Eu estou tão nervoso que o calor nem chega ao meu corpo. Estou a suar frio, a tremer.
A pessoa da minha esquerda começa a falar, depois de se ouvir palmas. Confesso que fiquei com vergonha. Tanto elogio. Se fosse eu a falar de mim, não diria metade daquelas palavras.
Ouço novamente aplausos. É a minha vez. Mexo de forma nervosa as mãos, enquanto falo. As palavras começam a sair como um comboio*, a alta velocidade. Já me esqueci que estava nervoso. O povo que me ouvia estava atento. Paro de falar. Ouço palmas, novamente. Sou invadido pelo som.
Tinha acabado de concretizar o meu sonho. Sou um autor publicado."

* Trem no Brasil.

Escreva uma drabble (entre 100 e 200 palavras) em que o seu protagonista enfrenta o maior medo

"O verão, para mim, é o maior tormento. Aventurei-me em ir passar férias numa casa de campo, já a saber que iria passar momentos de inferno. Fui sozinha. Quase me arrependi dessa decisão. O primeiro dia foi bom. Os restantes dias também. A primeira noite foi péssima. As restantes noites também. De dia, janelas abertas. De noite, acordada, com as janelas fechadas, a morrer de calor.
Mas uma noite, ganhei coragem e fui à caça do vampiro.
Acendi uma luz, depois de ouvir o zumbido do diabo. Levantei-me da cama, peguei numa revista e enrolei-a.
Enchi-me de coragem e, com toda a força, bati com a revista em cima dele. Respirei fundo e afastei a revista. O vampiro morreu contra a parede. Ficou colado. Peguei num papel para o apanhar. A parede ficou manchada de sangue.
Consegui! O vampiro morreu ou, melhor dizendo, o inseto morreu.
Sim, eu tinha medo de insetos vampiros, sugadores de sangue humano. Qual era o problema?"

Escreva uma drabble (100 a 200 palavras) em que o seu protagonista reencontra alguém querido

"Confesso que fiquei duas horas a conversar com o meu colega de turma na rede social Facebook. Falámos de tudo. Foi uma descoberta incrível. Mas melhor do que isso foi descobrir que ele esteve no mesmo colégio onde eu estudei. Conhecia vários antigos colegas de turma que eu tive. Os bons, os maus (não esqueço que sofri bullying no primeiro ano). Mas o melhor foi descobrir que ele conhecia uma colega que foi a minha melhor amiga no colégio. Perdemos contato, após sairmos.
 Sara Mateus. É ela, não é? – Perguntou o meu colega.
 Sim.
A verdade é que reencontrei a Sara. Ele tinha-a como amiga no Facebook. Adicionei-a e recomeçámos a falar.
É claro que, dias depois, reencontrámo-nos pessoalmente, ou melhor, falámos pessoalmente.
Foi um dos melhores reencontros que eu tive. Obrigada, Rodrigo!"

Escreva uma drabble (100 a 200 palavras) em que o seu protagonista sofre uma crise emocional

"Tenho que terminar isto a tempo. Tenho que ver cada erro a tempo. Tenho que terminar bem. Tenho que...
– Estás a terminar o livro?
– Clara, sai daqui! – Atirei a caneta contra a minha irmã. Ela sai do meu quarto a correr.
Olhei para a mesa onde estava a escrever. Não encontro outra caneta para escrever. Olho para debaixo da mesa. Está visto que vou continuar a escrever com o dedo. Olho para a saída do quarto. Não encontro a caneta. O meu telemóvel toca. Aviso de mensagem. Olho para o visor. "Editor".
– Merda!
Escrever, escrever, escrever. Preciso de férias.
Bati com a mão fechada na mesa. Merda! Doeu! Comecei a chorar. A dor física tornou-se emocional. Não consigo terminar isto a tempo.
Apoiei a cabeça na mesa. Acho que vou ter um ataque cardíaco a qualquer momento.
Respirei fundo. Passou? Não sei por quanto tempo."

Escreva uma drabble (100 a 200 palavras) em que o seu protagonista testemunha algo mau a ocorrer

"Nunca conheci pais biológicos. Na verdade, morreram. Andei de psicólogo em psicólogo, fui adotada aos nove anos e vivi amargurada a maior parte do tempo. Não posso culpar os meus pais adotivos de nada. Ajudaram-me em tudo. Mas, aos três anos, tinha assistido ao homicídio da minha própria mãe. Na altura não havia essa coisa de proteger as mulheres. E ainda hoje não há. A violência doméstica ainda está alta. Várias mulheres morrem todos os dias vitimas dos seus maridos. Eu assisti a isso. A cama a balouçar, ele em cima dela, o sangue, o medo, a dor...
Ele foi preso e nunca mais o chamei de pai. Mas, na cadeia, ele não ficou nem dez anos.
Hoje defendo as mulher, porque eu também sou uma, porque eu quero ser livre, porque eu quero viver."

Escreva uma drabble (100 a 200 palavras) em que o seu protagonista lida com crianças

"Nunca conseguiria trabalhar como babysitter.
– Tira a mão daí, Sofia! – Gritei.
Amarrei o cabelo e peguei no João ao colo. Sofia ficou quieta e encolhida. Podia jurar que ela estava prestes a chorar. É certo que me pagam, mas não sei lidar com crianças. Ou, então, estes dois são pequenas pestes.
O João tem dois anos, a Sofia tem cinco. São ambos filhos de uma vizinha. Quando ela está fora, sou eu quem toma conta das crianças.
E eu nunca pensei que tomar conta de crianças fosse tão complicado. Três horas a tomar conta destas pestes. Na verdade, parecem oito, tendo em conta o sacrifício que eu faço. Sempre saio morta.
Nunca conseguiria trabalhar como babysitter."

Escreva uma drabble (100 a 200 palavras) em que o seu protagonista reencontra alguém que não gosta

"Apanhei o autocarro das sete horas, como era habitual. A faculdade era próxima, poderia ir a pé, mas, quando estava calor, preferia não suar.
Sentei-me na primeira cadeira, atrás do condutor e ao lado de uma senhora idosa que apanhava sempre o autocarro àquela hora.
Coloquei os fones e comecei a ouvir música. Avril Lavigne, "How Does It Feel", descrevia-me. Ouvia-a todos os dias. Sempre fui a rapariga estranha. Sofri de bullying na escola, não tinha amigos, problemas familiares...
Olhei para a porta do autocarro. Uma pessoa entrou. Conheço-a. A rapariga que me humilhava na escola. Parece mais velha. Cresceu.
Ela saudou-me. Eu sorri e disse-lhe "olá". Fiquei feliz por ver que ela não tentou conversar comigo e só se foi sentar umas cadeiras atrás. Memórias más surgiram-me na mente. Ela foi tão má. "How Does It Feel" nunca me descreveu tão bem.
"I'm small and the world is big... but I'm not afraid of anything."


Espero que tenham gostado.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Atualização de conto

Olá, Pessoal!
Atualizei a página "Projetos" com um conto.

Clique na imagem para a ver em tamanho maior

O conto é antigo e, em breve, darei informações sobre o mesmo.

Fiquem atentos!

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Mais projetos terminados

Olá, Pessoal!
Acabei de atualizar a página "Projetos" com mais dois projetos.

Clique na imagem para a ver em tamanho maior

Terminei de escrever "Preconceito Judicial" e "Perda de Memória".

Com isto, 2018 vai com três projetos terminados.

Mais informação em breve!