segunda-feira, 19 de junho de 2017

Capítulo Adicional de "O Que Espero Encontrar" (Desafio de Junho)

Olá, Pessoal!
Tal como falei em posts anteriores, esperei pelo Desafio de Junho da Página Ficwriter Facts.

O Desafio de Junho consistia em escrever uma oneshot (história/estória com apenas um capítulo) de género romance.

Como, quem lê o que escrevo, sabe que eu não sou a melhor pessoa a escrever coisas de género romance, lembrei-me de escrever um capítulo adicional de uma das minhas histórias em que "incorporei" algum romance "ligeiro" (e que, como sabem, não terminou bem no final).
Após perguntar aos responsáveis pelo desafio e ser-me dada a possibilidade de o fazer, decidi escrever isso para ser-me mais fácil.

O projeto que escolhi foi "O Que Espero Encontrar", que foi escrito em 2012 e postado no blogue em 2014.

Alguns leitores não gostaram do desfecho das personagens Felipe e Natasha (que terminaram juntas) e não gostaram que as personagens Marisa e Gustavo ficassem separadas.

Decidi "pegar" num desses casais e fazer um desfecho que ficasse melhor.

Sem mais demoras, deixo-vos, então, o resultado final.

Informações:
- Para o Desafio de Junho da página Ficwriter Facts
- Título: O Que Encontrei
- Sinopse: Três anos passaram e muita coisa mudou na vida de Gustavo. Marisa regressou ao país, mas não voltou para os braços do ex. Atraiçoou a melhor amiga Natasha e namorou com Alexandre. Os dois namorados viajaram para outro país juntos. Já Natasha e Felipe continuaram um casal, revelando a todos que sempre gostaram um do outro. Recentemente, Marisa regressou a Portugal para visitar a mãe. E, consequentemente, voltou a reencontrar Gustavo.

Cabeçalho de "O Que Espero Encontrar"
Marisa chegou a casa da mãe com duas malas de viagem. Não vinha acompanhada por Alexandre. A agora mulher tinha feito a viagem sozinha. Fechou a porta de casa e chamou pela mãe.
Não recebeu qualquer resposta e olhou para a casa com mais atenção. Estava tudo no mesmo sitio. A mãe não tinha alterado nada na casa desde a última vez que a viu. Arrumou as suas coisas no quarto que sempre foi dela (e em que nada foi mudado) e saiu de casa.
Caminhou por algumas ruas. Ela estava decidida a visitar uma pessoa. Uma pessoa que desiludiu há três anos. Chegou à casa e tocou à campainha. Alguém abriu-lhe a porta segundos depois.
- Natasha? - Perguntou Marisa, vendo a ex melhor amiga do outro lado da porta.
Natasha parecia surpresa com a visita da antiga amiga.
- Maris?
A alcunha de Marisa nunca tinha mudado.
As duas abraçaram-se, emocionadas.
- Entra. - Pediu Natasha, dando passagem.
Marisa entra em casa e vê Felipe sentado no sofá a olhar para ela. O rapaz também parecia surpreendido. Levantou-se do sofá e cumprimentou Marisa.
- O que estás aqui a fazer? - Perguntou Felipe.
- Vim visitar a minha mãe e vocês. Acho que vocês mereciam uma explicação depois de ter regressado, começado a namorar com o Alexandre e ir embora novamente.
- Poderias ter-me avisado que tinhas começado a namorar com o Alexandre, naquela altura. Não iria ficar chateada, Maris. Aliás, eu não estou. Mas podia ter descoberto isso por ti e não pela Joana. - Disse Natasha.
- Ainda falas com a Joana? - Perguntou Marisa a Natasha.
- Não. Perdi contato depois da escola. Também não queria manter contato com ela. - Natasha fez uma pausa - Mas contigo sempre quis.
Marisa baixou a cabeça.
- Desculpa.
Houve um momento de silêncio. Um silêncio constrangedor. A Natasha percebeu e retomou a falar.
- O Edson não está aqui. Na verdade, não está cá em Portugal.
- O que aconteceu? – Perguntou a Marisa, levantando novamente a cabeça, preocupada.
- Ele foi trabalhar para fora. Sabias que ele queria seguir uma área com pouca saída em Portugal, certo? Deves lembrar-te disso. E então... bem... teve uma oportunidade e não a desperdiçou. Ele só voltará no Natal.
A Marisa afirmou com a cabeça, entendendo.
- Vieste com o Alexandre? – Perguntou a Natasha.
A Marisa abanou a cabeça.
- Não. Nós terminámos. Foi complicado.
- Ainda gostas dele? – A expressão facial da Natasha não revelava incómodo.
A Marisa encolheu os ombros.
- Não sei. Acho que ficaram coisas por resolver, mas foi o fim. Penso eu.
- Ele sabe que estás aqui?
- Sim, ele sabia que eu vinha para cá.
- Visitar a tua mãe?
- Sim, mas não só ela. Vocês também.
Houve uma pausa. A Marisa continuou.
- Natasha, ele não te traiu, se é que querias uma explicação daquela altura.
- Ele pediu-te para me dizeres isso? – A jovem não se revelava chateada nem incomodada.
- Não. Eu é que ouvi da boca dele a sua versão. E a realidade. Mas ele sabia que tu não te tinhas afastado dele por causa dessa possível traição. Afastaste-te porque gostavas do Felipe.
- Sim, é verdade. – Respondeu a Natasha, respirando fundo.
- Acho que o Gustavo merece uma explicação. - Interrompeu o Felipe, que tinha estado calado durante toda a conversa das duas.A Marisa olhou para o antigo amigo.
- Eu sei. - Falou ela, baixo.
- Ele está cá em casa. Foi fazer pipocas na cozinha. - Avisou a Natasha - Está na hora de resolveres as coisas com ele. Foste-te embora sem nenhuma explicação.
A Marisa afirmou com a cabeça e caminhou lentamente para a cozinha. A casa da antiga amiga ainda parecia semelhante ao que era da última vez que a viu. Alguns objetos diferentes na casa, mas as paredes estavam intactas.
Chegou à cozinha e viu o Gustavo de costas para ela a preparar as pipocas. Ela respirou fundo antes de chamá-lo.
- Gustavo.
O rapaz virou-se para ela, com rapidez. Talvez julgando ser a Natasha. Pareceu levar um susto quando viu a ex namorada.
- O que estás aqui a fazer? - Perguntou ele, frio.
- Vim visitar a minha mãe, a Natasha e vocês.
- Podes dar meia volta e sair. Não fizeste falta depois do primeiro ano sem ti.
- Eu sei que fui-me embora sem te dizer nada.
- Vieste, então, fazer o quê aqui?
- Pedir desculpa. - Respondeu ela. A resposta fez ele calar-se, por breves segundos.
- Eu sei que errei, Marisa. Eu sei que não fui o melhor namorado para ti naquela altura. Antes de te ires embora. Mas não merecia que tivesses ido embora com o Alexandre. Basicamente fizeste o que eu te fiz no passado.
- Eu sei. Na última vez que me viste deste-me rosas e eu deitei-as ao chão para morrerem. Já eu, tenho na memória a tua traição com outra rapariga no teu quarto.
O Gustavo afirmou com a cabeça.
- Então, eu estou aqui a engolir o meu orgulho e a pedir desculpa. A pedir desculpa por aquele dia. Ultimamente, não tenho conseguido dormir. O peso na consciência é grande. Tenho ficado acordada lembrando-me de como fui embora.
- O Alexandre sabe que estás a fazer isto?
- Terminámos.
- Traição?
Ela abanou a cabeça.
- Ele teve uma oportunidade noutro país. Queria ir comigo, mas eu escolhi voltar para Portugal.
- Escolheste terminar a relação com ele e voltar para Portugal?
- Sim.
- Tinhas o Alexandre. Por que escolheste estragar um futuro com ele?
- "As oportunidades podem ser muitas na vida, mas apenas nós temos que decidir qual delas escolher primeiro". "A vida pregou-me partidas e escolhas". (N/A: Frases da sinopse de "O Que Espero Encontrar"). Escolhi o melhor para mim.
Ele afirmou com a cabeça.
- Vais ficar?
- Sim.
- Bem vinda de volta. - Disse ele, sorrindo levemente.
- Se a tua porta estiver trancada, eu entendo. - Falou a Marisa, séria.
- Está entreaberta. Também tenho de fazer as minhas escolhas. - Respondeu ele, sorrindo.
A Marisa sorriu também.
Os dois pareciam ter encontrado um futuro sorridente.


Aqui está o capítulo adicional de "O Que Espero Encontrar", com o nome de "O Que Encontrei".
Deixei, mais uma vez, um final aberto.
Fica a vosso critério se Gustavo e Marisa devem ficar juntos ou não.

sábado, 17 de junho de 2017

"O Que Espero Encontrar" - Capítulo Adicional

Olá, Pessoal!
Já tinha informado na Página de Facebook, mas também aviso aqui no blogue.

Irei postar um capítulo adicional do projeto que escrevi em 2012 e postei no blogue em 2014, "O Que Espero Encontrar".
Para quem leu e não gostou do desfecho das personagens, irei escrever um novo final.

Cabeçalho de "O Que Espero Encontrar"
Aconselho a reler o projeto caso não se lembrem das personagens.

Talvez na Segunda-Feira, 19 de Junho eu já poste esse "novo final".

Aguardem!

terça-feira, 6 de junho de 2017

Desafio de Maio

Olá, Pessoal!
Tal como falei, deixo-vos aqui as cartas que escrevi para o Desafio de Maio, pela ordem correta.

Regras do Desafio:
- Escrever sobre a estação do ano em si, uma cena ambientada nela, uma songfic com uma música que te lembre a estação.
Limite mínimo de 300 palavras.

O que decidi escrever:
- Um envio de cartas de uma descendente de portugueses a uma amiga no Brasil. A jovem foi estudar para uma faculdade em Portugal.
OBS: Como é enviado de Portugal, as datas estão de acordo com as estações do ano do hemisfério Norte.

Cartas:

1ª carta: 
- Estação do ano: Outono.
Data: 20 de Setembro de 2013
Título: A Emigrante.
OBS: No Desafio foi a segunda estação do ano a ser pedida.

2ª carta:
- Estação do ano: Inverno.
Data: 2 de Janeiro de 2014
Título: Um Inverno Festivo.
OBS: No Desafio foi a terceira estação do ano a ser pedida.

3ª carta:
- Estação do ano: Verão.
Data: 10 de Agosto de 2015
Título: Um verão (nem sempre) bonito.
OBS: No Desafio foi a primeira estação do ano a ser pedida.

4ª carta:
- Estação do ano: Primavera.
Data: 13 de Maio de 2017
Título: O Final de um Ano.
OBS: No Desafio foi a última estação do ano a ser pedida.

E aqui está o Desafio de Maio todo explicadinho!
Espero que tenham gostado.

Ficarei a aguardar o Desafio de Junho da página que já conhecem, Ficwriter Facts.

Desafio de Abril (Parte 2)

Olá, Pessoal!
Deixo aqui as minhas respostas para o Desafio de Abril da página Ficwriter Facts.

Parte 1 Aqui.

Créditos a Ficwriter Facts

Desafio de Abril era sobre drabbles, aquelas histórias curtas com mínimo de 100 palavras e máximo de 200.

AVISO: Participei até ao último dia.

Dia 5: Família

"A Sandra sentiu frio quando saiu de casa e dirigiu-se para o carro. Estavam perto de 10 graus àquela hora da manhã. A jovem ouviu a irmã assim que entrou no calor acolhedor do carro.- Por tua causa vamos chegar atrasadas.
- Se chegássemos a culpa seria tua que não te preparaste cedo.
A Marta não conseguia irritar a irmã com a sua falta de pontualidade.
- Vai ser estranho ver-te na escola.
- Eu era aluna.
- Tu já foste aluna. O teu português está péssimo.
- Para quem é católica, adora falar dos erros dos outros. – Respondeu Sandra, à altura.
- É gosto muito, não é adoro. – Advertiu Marta.
- As palavras são sinónimas.
- És horrível!
- Somos irmãs. Está no sangue de ambas. Está bom para ti este português?! – A Sandra já brincava com a situação enquanto a Marta continuava chateada com o erro da irmã.
- Gostava de ter resposta rápida como tu.
- Devias ter tomado atenção às aulas de Filosofia. Os professores dessa disciplina ensinam uma coisa chamada retórica. É uma disciplina que vais precisar para a tua vida futura. Uma das poucas.
A Marta só revirou os olhos."

- Esta drabble até foi fácil, embora ter ficado pensativa durante alguns minutos em busca de ideias.

Dia 6: Amizade

"- O que tu fizeste foi ridículo!
- Mas querias que eu fizesse o quê? Que mantivesse um segredo ridículo quando estamos à procura de um assassino?
O João não respondeu e o Hélder continuou.
- Tu sabes como eu sou: distraído, um pouco idiota. Somos colegas. Eu admito que sou assim e tu sabes bem. Eu não me veria a trabalhar com mais ninguém sem ser contigo. Confio em ti para tomar as grandes decisões porque já nos conhecemos há muito tempo. Tenho uma sorte enorme por te ter conhecido.
O João sentiu os olhos húmidos graças às palavras do seu colega e amigo.
- Eu sei, eu sei. Eu também sinto o mesmo. Tu foste e és um grande colega e amigo. Às vezes ages sem pensar, é verdade, mas és tu e isso nunca irá mudar... – Ele fez uma breve pausa – E agora vamos parar com isto e voltar a ter cabeça para o caso.
- O nosso fofo assassino!
O João riu-se. O Hélder nunca mudou e nunca irá mudar. Às vezes o agente questiona-se como é que o colega conseguiu ser polícia. Pelo menos arriscar ele arrisca, uma qualidade para um agente."

- Eu declarei este dia como uma tentativa falhada de escrever uma drabble com este tema. Isto é amizade, mas, nos tempos que correm, poderia sugerir uma relação homossexual. Fica a vosso critério!

Dia 7: Uma cena que represente algo que você já viveu como escritor(a)

"A minha família decidiu socializar na sala e eu decidi ir para o meu quarto escrever. Sentei-me perto da secretária, peguei numa caneta e comecei a escrever. A inspiração estava a seguir o rumo certo e eu escrevia sem parar. Minutos depois, ouço passos perto do quarto. O meu pai entrou a perguntar pelos fones. Levantei-me da cadeira, peguei nos fones que estavam numa caixa perto da cama e entreguei-lhe.
Voltei-me a sentar na cadeira e retomei a escrita.
Segundos depois foi a minha mãe a entrar no meu quarto.
- Tens a revista desta semana contigo?
- Sim. Queres? – Perguntei, já a perder a paciência.
Ela afirmou e eu levantei-me novamente da cadeira, peguei na revista e dei à minha mãe. Ela saiu do quarto e eu voltei a escrever.
Minutos depois, o meu cão apareceu. Fiz de conta que não o vi a entrar no quarto e continuei a escrever. Ele ficou a olhar para mim, pressionando. Respirei fundo antes de olhar para ele.
- O que queres?
Ele só ficou a olhar para mim.
Levantei-me da cadeira e levei-o à rua. Já satisfeito, voltei ao quarto e sentei-me. Nesse momento, a inspiração desapareceu..."

- Esta foi simples demais. Só descrevi o dia a dia!

E foi assim o Desafio de Abril.