sábado, 27 de maio de 2017

O final de um ano

Informações:
- Para o Desafio de Maio;
- Título: O final de um ano


13 de Maio de 2017

Lisboa, Portugal

Hoje é dia da Nossa Senhora de Fátima, a conhecida santa em Portugal (e que o Brasil conhece). Hoje completa-se cem anos das aparições de Fátima e Portugal recebe a visita do Papa Francisco. As minhas aulas também estão prestes a terminar e, em breve, voltarei para o Brasil. Não digo que não tenha saudades de regressar, mas gostei muito de viver em Portugal estes poucos anos para estudar (mesmo que estivesse mais interessada nas estações do ano, do friozinho que Portugal tem, do pouco calor insuportável que o país tem comparativamente ao Brasil).
Como sabes em cartas anteriores que te escrevi, Portugal está, neste momento, na primavera. Há uma semana tive que fazer um trabalho na faculdade sobre esta estação do ano (não me perguntes porquê). Sabes do que eu me lembrei?!
"Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também. Eu vejo-as florescer para mim e para ti. Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas. O brilho abençoado do dia e a escuridão sagrada da noite. As cores do arco-íris, tão bonitas no céu estão também nos rostos das pessoas. Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "Como vais?" quando realmente eles estão a dizer: "Eu amo-te". Eu ouço bebês a chorar, eu vejo-os crescer. Eles vão aprender muito mais que eu jamais vou saber.
E eu penso comigo, que mundo maravilhoso.
Sim, eu penso comigo, que mundo maravilhoso."
Alguma ideia do que eu escrevi?
É melhor responder agora antes que morras enquanto esperas pela minha resposta numa nova carta (que eu acho que não irei escrever porque em breve estarei no Brasil). Escrevi a tradução da letra da música de Louis Armstrong, "What A Wonderfull World". Sempre que eu penso na primavera, penso nesta música, logo foi a primeira ideia que eu tive e usei exatamente esta música no meu trabalho. Podia ter falado mal da primavera, como alguns colegas meus o fizeram, mas gosto da estação. Claro que é péssimo para quem tem as alergias primaveris por causa do pólen, mas eu não tenho razões de queixa da primavera.
Enfim... eu vou regressar ao Brasil em breve e, provavelmente, não terei tempo para te escrever mais. Comigo levarei algumas fotografias dos anos que passei em Portugal enquanto estive aqui a estudar. Talvez dentro de alguns anos possamos viajar as duas para este país maravilhoso.

Vemo-nos em breve, amiga.
A tua amiga brasileira descendente de portugueses,
Vanessa.

- Termina aqui o Desafio de Maio!
Em breve criarei um post com as quatro cartas que eu escrevi para este Desafio, tudo por ordem.

sábado, 20 de maio de 2017

Um Inverno Festivo

Informações:
- Para o Desafio de Maio;
- Título: Um Inverno Festivo


2 de Janeiro de 2014

Lisboa, Portugal


Hoje escrevo-te porque fiz uma pausa nos estudos devido à época festiva. Aí deve estar um calor insuportável. Aqui está um frio insuportável. Mas acho que vou habituar-me depressa a conviver com o frio nesta altura do ano. Acho que estar no inverno na altura do Natal é mágico, diferente do Brasil em que as pessoas passam a passagem do ano nas praias. Acho que em Portugal é tudo mais brilhante e diferente. Os noticiários passam notícias de que as crianças na Serra da Estrela estão a criar bonecos de neve. São brincadeiras que nunca pensei ver. No Brasil é completamente impossível ver isto acontecer.
Acho que é melhor ter inverno no Natal que o verão. Sabe melhor estar no calor dos cobertores e com pantufas numa noite de frio à espera pelo pai natal do que estar um calor infernal e estarmos na piscina de casa a ver se o "papai noel" vai chegar com os presentes.
Também tem mais uma coisa boa termos o inverno no Natal. Em Portugal, o ano letivo não termina em Dezembro, ou seja, se o ano escolar correr mal temos mais uns meses para melhorar, diferente do Brasil em que o estudante fica logo com o Natal completamente estragado.
Em Lisboa não costuma haver muita neve, mas, neste ano, parece que São Pedro pensou em mim e fez o cidade nevar (nem que fosse por um bocadinho). Gostavas de ter visto a minha cara! Parecia uma criança a ver neve pela primeira vez (não que fosse mentira)!
Claro que o inverno tem as suas desvantagens (não iria apenas falar-te das coisas boas, senão irias querer viver no hemisfério norte para sempre). Uns dias antes do Natal apanhei uma gripe em que tive que ficar de cama. Perdi algumas aulas, mas o melhor é que já estou como nova. Não te escrevi nessa altura a avisar porque até os olhos me doíam. Em Lisboa, as temperaturas rondavam menos de dez graus. Ainda hoje não subiram e não devem subir até à próxima semana. Está realmente muito frio.
Recebi no Natal um livro que faz todo o sentido ler nesta estação do ano. Tem o nome de "O Boneco de Neve" e é do autor norueguês Jo Nesbø. O livro é de policial e é passado na fria e pálida Noruega (deu para entender a semelhança, mesmo que a Noruega seja um país mais frio que Portugal). Ainda não comecei a lê-lo, mas pretendo fazê-lo em breve enquanto o inverno continua (se a faculdade me deixar).
E com isto me despeço porque tenho que estudar.
Até breve!

- Mais uma continuação das duas cartas anteriores que fiz para o Desafio deste mês. Vejam as datas para entenderem melhor!

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Oito anos de blogue (17/05/2009)

Olá, Pessoal!
Hoje venho aqui por um motivo muito especial. Hoje o blogue está a completar 8 anos.

Quem diria que eu chegaria até aqui, que hoje eu estaria a comemorar 8 anos de blogue, 8 anos que me dedico a isto.
Foram tantas conquistas, tantos projetos... um livro...
Estou muito feliz por tudo isso!
O blog depois de um tempo só cresceu e eu devo isso tudo a vocês, que estão sempre comigo que nunca me abandonam mesmo quando fico tempos e tempos desaparecida. Agradeço por nunca me abandonarem. 
O blogue só me trouxe coisas boas e amigos maravilhosos que estão sempre comigo.
Obrigada por tudo e espero que esses 8 anos se multipliquem por muitos e muitos outros anos.


Beijos.

sábado, 13 de maio de 2017

Desafio de Abril (Parte 1)

Olá, Pessoal!
Deixo aqui as minhas respostas para o Desafio de Abril da página Ficwriter Facts.

Créditos a Ficwriter Facts

O Desafio de Abril era sobre drabbles, aquelas histórias curtas com mínimo de 100 palavras e máximo de 200.

AVISO: Participei até ao último dia.

Dia 1: Cena de Romance

"Tinha marcado um jantar com o Afonso. Confesso que, enquanto olhava para ele discretamente, imaginava ser abraçada pelos seus masculinos braços, ser acariciada nos cabelos e ser agarrada pela cintura. Meu Deus! Eu estava atraída por ele. Eu sonhava com o Afonso, mas... eram apenas sonhos.
– Gabriela? – A voz dele a chamar-me afastou-me dos meus pensamentos. Ele estava a olhar com um ar confuso.
– Desculpa.
No fim do jantar voltámos até ao carro dele onde ele levou-me a casa. Foi aí que eu fiz a pergunta que não calava na minha cabeça.
– Tens namorada?
– Não, Gabriela. Estás interessada? – Senti-me a ficar quente.
– Não. – Comecei a rir como uma idiota – Claro que não. – Ele também se riu.
– Claro que não?! Sou feio!
Mas o que raio estava a acontecer?! Dizer que estava atraída por ele na primeira saída iria parecer que era uma desesperada.
– Gostei do nosso jantar. – Falou ele, quando estacionou o carro. – Também fiquei interessado, mas deixamos isso para um segundo jantar.
Despedi-me dele com um beijo na bochecha sem dizer mais nada, mas tinha "viajado" completamente para o outro mundo."

– Este primeiro dia foi difícil e não sabia por onde começar. Acabei por me basear num projeto que estou a escrever de momento (não posso revelar pormenores).

Dia 2: Cena de Drama

"A Cátia estava a falar com a sua amiga Rafaela. Estavam a falar do Nuno que tinha terminado com ela para ficar com a Tânia. A Cátia já sabia que isso iria acontecer, mas não sabia que iria ser tão cedo. Mostrou uma arma à amiga assim como um teste de gravidez. A amiga ficou a olhar para ela à procura de uma explicação.- A arma veio do meu primo. Ele é um bandido. Eu não tenho medo de usar esta arma se for necessário.
A Rafaela ficou chocada.
– Isto está a ficar perigoso, Cátia. Foi o Nuno que quis ficar com a Tânia.
– Não. Ela também tem culpa no cartório.
A Rafaela olhou para o que estava na outra mão da amiga.
– E o teste de gravidez. É para quê?
A Cátia olhou para o teste e desabou a chorar.
– Eu estou grávida, Rafaela, estou grávida do Nuno."

– Este dia já foi bastante fácil de escrever. Tal como no dia 1, baseei-me num projeto que estou a escrever.

Dia 3: Cena de Comédia

"– Não acredito!
O grito de jovem tinha alcançado uma boa parte da escola. Toda a gente olhava para a loira. O que se teria passado?
– O que se passa? – Perguntou Fernanda, uma das amigas da loira.
– O meu irmão está ali! – A resposta dela causou um erguer de sobrancelhas aos restantes alunos. A loira aproximou-se do irmão.
– O que estás aqui a fazer?
O rapaz alto e com um cabelo meio aloirado olhou para ela de cima a baixo.
– Um grito. Bela forma de saudar um irmão! – A loira ignorou a ironia dele.
– O que é que estás aqui a fazer? Não tinhas reprovado?
– Por isso mesmo estou aqui. Foi a forma que os nossos pais acharam de me castigar. E olha que acertaram bem. Vou estar na mesma turma que tu.
O ar da jovem ficou ainda mais assustador. A loira estava apavorada. Os adolescentes não estavam preparados para uma segunda explosão de Benedita. Cada um foi para o seu lado."

– Este dia também foi bastante complicado e não sei se consegui fazer uma boa drabble. Enfim... Acho que este foi o pior dia.

Dia 4: Cena de Terror

"A Natália recebeu a chamada da Larissa a informar-lhe que o assassino deveria ser alguém da família da Matilde. A Natália saiu da sua casa, onde estava a trabalhar, a investigar os alunos um por um, para ir a casa da Larissa falar-lhe do que ela achava sobre o caso. Trocar impressões e ideias. A amiga ouviu todas as ideias da agente, atentamente.- Sabes que pode ser realmente alguém da família da Matilde a fazer isto e não um simples filme. Claro que a família dela pode ser um bando de psicopatas, mas não acredito que seja apenas isso. Um filme.
As suposições da Larissa ficaram na mente da agente.
– Sim, eu sei. Também não descartei a hipótese inicial. Todos os alunos que eu já investiguei não têm parentesco com a Matilde. Só pode ser um psicopata da família dela que se tornou obcecado pelo filme e tenta matar todos os alunos.
– Ou não é alguém da família da Matilde.
– Onde queres chegar?
– Talvez seja a própria Matilde.
– Como assim? Ela está morta.
– Exatamente isso. A própria Matilde."

– O melhor dia com que me deparei neste Desafio. Foi bastante fácil escrever esta drabble.

A Parte 2 será postada em breve!

A Emigrante

Informações:
– Para o Desafio de Maio;
– Título: A Emigrante.


20 de Setembro de 2013

Lisboa, Portugal

Já faz mais de um mês que estou em Portugal. Gosto do país, as pessoas são simpáticas, a educação é melhor que no Brasil... É mais exigente, é certo, mas é melhor!
Faz já alguns dias que comecei a estudar. A faculdade à primeira vista parece boa. Os colegas são simpáticos e têm me acolhido (eles já sabem que eu sou emigrante, na verdade sabem que sou descendente de portugueses).
Comecei a estudar em tempos mais frios já que aqui no país no mês de Setembro é outono, diferente do Brasil. A diferença é que no Brasil o aluno começa os estudos em Fevereiro, o que faz lembrar "novo ano, vida nova". Mas começar a estudar na altura do Carnaval também não é a melhor coisa! Mas para quem gosta desta época festiva, o Brasil é o pioneiro (Portugal não celebra o Carnaval e se celebrar faz as festividades igual ao Brasil, samba e carros alegóricos).
Começar os estudos no outono é bom para mim, porque o estudante começa as aulas saindo do verão, ou seja, acabam os festivais, não há feriados nem dá para pensar no Natal ou na passagem do ano. Diferente do que acontece no Brasil. Aliás, a próxima época festival em Portugal é só mesmo em Dezembro com o Natal.
Além disso, nunca gostei do verão. Nunca deveria ter nascido no Brasil. Mas isso já todos os que me conhecem sabem!
O outono é a minha estação do ano preferida e as razões são várias. O outono faz-me lembrar a cor castanha (uma cor que eu gosto), e, logo de seguida, castanhas, que é algo que se vende muito em Portugal nesta altura do ano. Além disso, gosto de pisar as folhas secas que caem nas ruas. O som do estalar, das folhas a rasgarem-se é música para os meus ouvidos.
Sem falar das roupas quentes. Os casacos, as pantufas, coisas quentinhas para aquecer. As roupas para o outono/inverno são as minhas favoritas.
Enfim... já deu para entender o quanto eu gosto do outono.
Voltarei a escrever em breve (se/enquanto a faculdade me deixar)...

Até breve!


– Antes de terminar o post, avisei que era provável que o texto que fiz para o verão tivesse "continuação". Ora bem, aqui está a continuação. Todas estas cartas têm principio, meio e fim.

P.S - Caso não tenham entendido a "continuação" entre a "carta do desafio do verão" e a "carta do desafio do outono" leiam as datas!

domingo, 7 de maio de 2017

Um verão (nem sempre) bonito

Informações:
– Para o Desafio de Maio;
– Título: Um verão (nem sempre) bonito.


10 de Agosto de 2015
Lisboa, Portugal


Como sabes, nunca gostei do verão. A única coisa boa são as músicas mexidas que são criadas nesta estação do ano. Também não gosto dos festivais, do calor, do suor e, principalmente, dos insetos.
Ter namorado nesta época do ano nunca é o desejado. Consegues captar mais o suor dele que o cheiro do seu perfume. A coisa boa é que és capaz de ter um amor para toda a vida. Acabas por conhecer o pior lado dele, se não gostares de sentir o cheiro do suor. A verdade é que nós próprias também não parecemos uma Gisele Bündchen quando chega o verão. O que também pode ser bom (ou não). 
Tive num festival que ocorre em Agosto e acampar lá foi o pior dos meus problemas. Insetos durante a noite. Nenhum deles a deixar-me dormir. Sabes que o ano passado foi horrível para mim. Tive que andar de repelente na mão todas as noites enquanto os insetos me mordiam em qualquer parte descoberta do meu corpo. E esse sacrifício nem sequer valeu a pena. Fiquei completa de picadas durante o verão inteiro e ainda cheguei ao outono com marcas.
A coisa boa do festival (e foi realmente a única) foi ver os meus ídolos a atuar. Ouvir música mexida e conhecida, como a música do Chris Brown, Five More Hours. O vídeo dessa música (coincidência) falava de um festival nos Estados Unidos.
E esqueci-me de referir um pormenor: não gosto de praia. Acho que deveria melhor dizer que não sou pessoa de viver no verão.
E, para dizer a verdade, não entendo as pessoas que gostam do verão. Gostam de se sentir com calor? Gostam de ouvir insetos a rondar? Gostam de suar?
Agora que lembro de suar, talvez no verão seja mais fácil perder peso. A pessoa só a andar já soa. Afinal, até tem mais alguma coisa que me cativa no verão, além das músicas.

Enfim... com tudo isto me despeço nesta carta, esperando pela chegada do meu bonito outono.

Até breve!


Antes de terminar este post posso dizer que é provável que isto tenha principio, meio e fim, ou seja, que isto faça uma lista de cartas para alguém. Mas ainda é uma possibilidade... depende da estação que vier em seguida.