terça-feira, 17 de maio de 2016

Sete anos de blogue (17/05/2009)

Olá, Pessoal!

Hoje, dia 17 de Maio, o blogue completa SETE anos de existência.
Como o tempo passou depressa, muito depressa! Até parece que foi na semana passada que eu comecei a escrever, que eu criei o blogue...

E eu tenho que agradecer a vocês por isso, por terem estado aqui presentes todos estes anos, ou alguns de vocês terem estado presentes apenas numa estória.
Agradeço a todos pelos comentários, por cada sorriso que me deram por gostarem do que eu escrevi durante estes sete anos.
Obrigada por acompanharem todos os capítulos. Mesmo aqueles que não faziam sentido nenhum, quando eu ainda era uma criança e pouco ou nada sabia escrever (acho que ainda hoje tenho capítulos que não fazem sentido nenhum!).
Obrigada por sempre chamarem-me pelo Facebook ou por comentários para eu postar.

Vocês são os melhores, os mais especiais, obrigado mesmo! Se não fosse por vocês, não sei o que é que seria o blogue hoje. Provavelmente não sobreviveria todos estes anos ativo.

Sempre vou agradecer por isso. Vocês, de certa forma, fizeram parte da minha vida, assim como escrever. Eu espero que vocês tenham a noção do quanto eu sou agradecida por isto!

Acho que o blogue foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida, pois foi com ele que eu descobri a minha paixão por criar estórias (ainda mais do que já tinha) e, além disso, também com ele conheci várias pessoas que hoje são importantes para mim e com quem ainda mantenho contacto!

Enfim... parabéns ao blogue e muito obrigada a vocês que o acompanham e o ajudam a crescer!
Espero que este seja mais um de muitos mais anos no blogue!

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Tag: Personagens Mais Odiadas

Olá, Pessoal!
Bem... esta tag foi uma sugestão da Elisa do blogue: Histórias da Elifcr.

Como viram o título, vou fazer o Top5 das personagens mias odiadas, de acordo com a visão do leitor.
Caso vocês tenham outro Top5, comentem. Iria gostar de saber.

Aviso que o meu Top5 não está por nenhuma ordem em especial.

1ª- Felipe (O Que Espero Encontrar)
- Esta foi uma personagem pouco entendida pelos leitores. Basicamente, ele viaja para o Brasil e quando regressa mostra ter atitudes que fazem com que ele não mereça a Natasha. Acabei por o colocar no final com a personagem feminina onde me lembro claramente que houve uma certa revolta por parte dos leitores.

2ª- Carolina (A Escola do Terror)
- Sem falar na versão em livro, mas sim a do blogue, a Carolina foi uma personagem que fez com que o leitor tivesse uma relação amor-ódio com a mesma. Engana o personagem Miguel, o que causou revolta, mas desmascara o personagem Bernardo que até era amado por alguns. A personagem talvez tenha sido vista como uma anti heroína, confirmem-me isso (ou não!).

3ª- Marina (Uma Vida Eterna)
- Acho que, quem se lembra ou leu este meu projecto, já percebeu porque razão coloquei esta personagem. O Bullying foi um tema retratado nesta estória e a Marina era líder de um grupo que maltratava pessoas que ela achava inferiores. Acho que muitos dos leitores se identificaram de uma maneira ou de outra. Esta foi uma das estórias mais verídicas que eu escrevi.

4ª- Melissa (O Colégio Interno)
- Algumas atitudes da personagem ao longo da estória podem ter feito alguma confusão a muitos leitores, principalmente após a chegada dos dois outros personagens masculinos, novos alunos do colégio, alunos problemáticos.

5ª- Laura (Um Segredo Bem Guardado)
- Foi uma personagem que rivalizava com a personagem Marcela Lima, por serem muito semelhantes. A Marcela foi uma personagem querida dos leitores e a Laura demonstrava ser rude e de temperamento difícil.

Penso que existiram muitas mais personagem pouco queridas entre vocês, leitores. Talvez, por exemplo, os personagens Juilson e Gonçalo de Uma Vida de Sombra. Acabei sem incluir e retirar nenhum dos que estão acima porque não tenho a certeza.

Quem tiver outro Top5 diferente do meu ou com poucas alterações, comente.
Gostaria de saber a vossa opinião.

Beijos e boa sexta-feira, 13!

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O Renovar de Gerações

Maria Rodrigues - Nascida a 1941 (Avó)

Ser mãe de uma menina é complicado. As meninas são piores que os rapazes. São as que se precipitam mais, aquela coisa das hormonas está mais presente. Os rapazes são mais independentes e não são tão problemáticos como as meninas. Além disso, não aparecem grávidos em casa. Mas não houve grande problema para mim. Sabes que me senti uma avó babada quando a Adriana nasceu. Quero escrever-te esta carta antes que me leves para um lar e fique longe desta casa. Sei que estou doente e que não irei viver por muito mais tempo. Mas não me sinto sozinha. Estou perto das minhas duas meninas: filha e neta. Posso não te ter dado tudo o que ambicionavas, mas os tempos eram outros quando nasceste. Sempre te tentei dar um excelente ambiente familiar para que crescesses de forma saudável. E espero ter feito exactamente isso. Fico feliz por saber que estive viva para ver tu dares à minha neta, tua filha, os valores que eu própria tos tinha passado quando eras pequena. Tenho a certeza que só vais encontrar esta carta quando eu morrer... por isso... até breve, minha querida! E continua a fazer um excelente trabalho enquanto mãe. Sinto-me orgulhosa de ti!

Cláudia Rodrigues – Nascida a 1964 (Mãe)

Foi difícil ver a minha mãe partir, mas sei que ela agora está em paz e feliz por tudo aquilo que eu alcancei. Agradeço por não me ter dado tudo quando era criança pois isso fez-me entender que precisava de batalhar e trabalhar para conseguir concretizar os meus objetivos. Ela proporcionou-me realmente um excelente ambiente familiar e deu-me todos os valores importantes para a nossa sociedade: Humildade, carácter, responsabilidade... valores que eu própria dei à minha filha. Agradeço também pela preocupação que a minha mãe tinha com o meu futuro.
Queria que ela continuasse por cá quando eu começasse a barreira dos cinquenta anos. A crise dos cinquenta, como dizem, é realmente verdadeira. Existem muitas coisas que o corpo já não responde com a mesma energia. E o facto de já não se puder ser mãe dói imenso. O avançar da idade assusta. Não consigo entender como é que a minha mãe, com uma idade já avançada, não tinha paciência para usar cremes. Eu discutia com ela para que cuidasse mais de si, mas de nada valia. Ela não tinha paciência. Contudo, quando chegou aos sessenta anos, o espelho não o refletia. Na verdade, o espelho dela nunca lhe revelava a sua verdadeira idade. Invejava-a por isso? Talvez, mas também sentia imenso orgulho. 
Ver os filhos a saírem dos nossos braços foi também um golpe cruel que a vida me deu. Nunca estamos preparados para ver os filhos partirem e irem às suas vidas. A minha filha partiu dos meus braços muito cedo, mas isso não me fez gostar menos dela. A Adriana dá-me muito orgulho. E se ela é a filha que é, foi porque tive uma mãe incrível que me deu a melhor educação. Tenho saudades dela, mas sei que consegui ter o seu orgulho... e isso é o mais importante!

Adriana Rodrigues – Nascida a 1980 (Filha)

Sei que a minha mãe sente orgulho em mim. Sou muito lutadora. Morar fora, longe da família e da minha casa, longe do meu abrigo, e por vezes sentir-me sozinha, sem a base familiar, sem a compreensão e com medo que a aventura não passe apenas disso: uma aventura. É realmente uma enorme pressão, mas sempre tentei estar no meu melhor. Tenho saudades da família, mas existem sempre as redes sociais, algo que não existia na época da minha avó, ou mesmo da minha mãe. Cada ano que passa fica mais difícil amenizar este sentimento, as saudades são grandes, as saudades doem, mas temos que conviver com isso, aprender a viver com isso. Queria que a minha avó dissesse que tinha orgulho em mim. Queria sentir o abraço dela, a voz dela, mas sei que ela está a olhar por mim. 
A minha fase de adolescente foi terrível para a minha mãe. Tinha um feitio difícil, complicado de entender. Sinto que quanto mais as gerações se renovem, mais a fase da adolescência é considerada a pior. Lembro-me de ter feito coisas que hoje não entendi por que razão as fiz. Mas, assim como o tempo, a fase passou e sai dos braços da minha mãe para viver uma aventura longe do país. Tenho trabalho e sou bem sucedida. Tudo o que eu ansiava. 
Tenho uma filha de oito anos. Ainda é muito nova, mas já consigo entender hoje tudo o que a minha mãe e a minha avó passaram. Antes de se passar pela maternidade, as pessoas não sabem ou não entendem claramente o que as nossas mães fizeram para nos criar, as dificuldades que passaram, as horas mal dormidas. 
Ser mãe é preocupar-se. 
Ser mãe é cuidar. 
Ser mãe é amar.