sábado, 31 de outubro de 2015

Capítulo 11

(Observação da autora no dia 06/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "História de uma Adolescente - Parte II". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 11

O dia do exame corria a passos largos. A Raquel estava rodeada por todos os alunos que tinham participado nas suas aulas de preparação para os exames. Nervosos, esperavam no corredor que os mandassem entrar para a sala onde iriam decorrer os exames.
– Lembrem-se daquilo de que falámos. – Disse ela – Nas perguntas de escolha múltipla, se conseguirem eliminar duas das respostas têm 50 por cento de hipóteses de acertar na resposta certa. E se houver alguma pergunta que não percebam, passem à seguinte. E se ficarem nervosos...
– Nós sabemos tudo, Raquel. – Disse o João. Estava tranquilo.
– Vocês não percebem nada! – Exclamou a Patrícia.
Ninguém deu ouvidos à Patrícia.
– Boa sorte a todos e não se esqueçam que vamos sair quando acabarmos para comer uma pizza!

Algum tempo depois, todos eles saíam da sala com um ar contente. O exame de História tinha corrido bem a todos. Bem, a todos menos à Patrícia.
– Eu fiquei muito confusa numa pergunta e escrevi muito pouca informação. Não acredito que vou ter que fazer o exame outra vez! – Disse ela.
O grupo saiu todo para comer uma pizza. Todos pareciam contentes, menos a Carla.
– O que se passa contigo? – Perguntou a Marta.
– É a roupa que irei vestir no festival. Toda a gente vai parecer fantástica! E eu vou parecer ridícula.
– Não vais não. Eu vou tirar um tempo para ti.
– Como assim? – Perguntou a Carla.
– Ela tirou um tempo para fazer o meu fato. A Patrícia decidiu não ser a modelo dela e fiquei eu com esse papel. Ao ajudá-la, ela ajudou-me com o meu fato de actriz famosa. – Explicou a Luísa – Já agora Ricardo, se quiseres ser o modelo masculino da Marta...
– Ah, sim, adoraria uma ajuda masculina. – Disse a Marta, sorrindo para ele.
– Claro que sim. – Respondeu ele, dando uma dentada na pizza.
– Bem, mas, Carla, não vais parecer ridícula se tiveres a mim ao teu lado. Eu vou fazer-te o fato, aliás, já o fiz no dia em que fomos às compras. Eu sabia que tu estavas muito preocupada com isso.
– Obrigada.
– Raquel e João, amanhã é o dia da peça de Shakespeare, como foram os ensaios? – Perguntou a Marta.
– Correu tudo bem, estamos bem coordenados. Recebemos ajuda da Luísa, enquanto eu ajudava-a a estudar. – Respondeu a Raquel.
– Muito bem. Sabem quem criou os fatos dos personagens?
A Carla olhou espantada para a Marta.
– Foste tu?
A Marta fez um sim com a cabeça.
– Parabéns! – Exclamou o Luís, que continuava calado a comer a sua pizza.

No dia seguinte, foi o dia da peça de Shakespeare, Romeu e Julieta. Todos estavam na sala, excepto a Marta, que parecia estar atrasada. A Raquel e o João tinham-se vestido com a roupa da época, criada pela colega de turma. A maior parte do resto da turma já tinha representado as suas cenas. A Luísa saiu-se perfeita como sempre. A Luísa e o Luís saíram-se bem com os seus personagens.
– Acho que não consigo fazer isto. – Murmurou o João à Raquel, nervoso.
– Por favor, João, aprendemos tudo com a Luísa. Só tens de pensar positivo.
– Até pareces estar muito bem. – Replicou ele.
– E estou, sei que vai correr tudo bem. Estou a pensar positivo.
A Luísa e o Luís acabaram a cena. A turma aplaudiu.
– Gostei da paixão. Mas, acima de tudo, do vosso empenho. – Disse a professora – Do que é feito da menina Marta?
– Não sei, professora. Deve ter havido algum problema. – Disse a Carla.
A Raquel ficou preocupada.
– Estranho que o director também ainda não apareceu hoje. – Informou a professora – Mas bem, vamos terminar o espectáculo. Raquel e João, encerrem a peça! – Ordenou.
O João e a Raquel desempenharam bem os seus papéis até à cena da morte. Era a pior cena para ele.
– Lembra-te que só tens que morrer, nada mais. – Murmurou a Raquel, antes de passarem à cena.
O João caiu sobre o chão da sala num tom dramático. A Raquel entoou algumas falas e também "morreu".
A professora bateu palmas.
– Magnifico! Parabéns! Vocês passaram todos. Vão ter todos boa nota. – Informou a professora – Acabou a aula. Vou ter que saber o que se passa com a vossa colega. Se não vier, vai ter nota 0.
Os colegas olharam todos uns para os outros. A Raquel tentou ligar para a Marta. O telemóvel estava desligado.


Fim do Capítulo 11.

Livro A Escola do Terror à venda!

Olá, Pessoal!

Vim informar-vos que já acrescentei uma nova página no blogue: Livros.
Aqui terão o link para quem quiser comprar o livro "A Escola do Terror".


OBSERVAÇÃO: Tal como informei anteriormente, o que está no livro contém alterações ao que está no blogue.

Beijos e obrigada.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Agradecimentos

Olá, Pessoal! (a saudação que todos conhecem!)


Ontem, como sabem, foi o dia do lançamento do livro "A Escola do Terror". Não achei que aparecesse tanta gente ontem em Lisboa na Rua de São Bento na Livraria Desassossego. Afinal, um dérbi estava a ocorrer (Benfica - Sporting) a essa hora (perto das 19 horas) e estava a chover.
A noite do lançamento correu bem! Ficou uma sala acolhedora.

O texto do Fãs da Diana (onde a Sílvia, o Afonso e o Vasco fazem parte da equipa) foi lido por uma amiga e ex colega de turma, Elisa.
Um incrível texto que passo a citar:

"Antes de começarmos a falar da obra, decidimos voltar um pouco atrás e falar sobre o começo do blog e página de apoio às estórias da Diana. Éramos apenas, e continuamos a ser, três simples leitores. Sílvia, Afonso e Vasco são os nossos nomes. Dois portugueses e um brasileiro que, infelizmente, não puderam comparecer neste dia do lançamento da obra dela. O Afonso foi o que teve a ideia de criar o blog, não fosse ele sempre o primeiro a comentar nos capítulos da Diana, feito esse que nenhum leitor ainda hoje conseguiu! Embora ele não fosse um dos leitores mais antigos (o blog existe desde 2009 e ele apenas o conheceu em 2011), é um dos que mais estão presentes hoje. O leitor brasileiro acabou por pedir ajuda à leitora Sílvia que tinha também um blog na altura (um blog que a Diana seguia) e o blog de apoio acabou por ser criado. O Vasco foi o último a entrar na equipa, a pedido dos dois leitores. E foi assim que tudo começou no dia 30 de Setembro de 2012, três anos depois do blog da Diana ter sido criado, criou-se um blog de apoio para as suas estórias.
O que falar então da sua obra “A Escola do Terror”? Esta estória foi a terceira a ser postada no blog e, curiosamente, foi a estória que deu à Diana grandes leitores. Tinha tudo para ser boa: um título chamativo, algumas personagens caricatas e muitos géneros numa só estória. A estória durou no blog precisamente três anos (do dia 10 de Abril de 2010 até ao dia 25 de Abril de 2013). Nós recordamo-nos que ao início não imaginámos que a Diana teria muitos leitores! Afinal, no começo tudo parecia apenas uma estória de policial como tantas outras, mas tudo passado numa escola. A verdade é que os leitores foram aparecendo, uns atrás dos outros, e a Diana acabou por conhecer também excelentes pessoas. Talvez a razão de a Diana ter “alargado” esta estória se devesse ao facto dos novos leitores que iam aparecendo. A estória correu e quanto mais capítulos eram postados no blog mais os leitores pediam por mais... muitos mais capítulos! Foi uma estória incrivel!

A obra começa com a personagem Angelina, uma aluna perfeitamente normal como todas as outras, mas enquanto nós pensávamos que essa personagem seria a principal, eis que a Diana acaba por nos mostrar muitas mais personagens que ao longo dos capítulos iam se tornando as principais. Todos os personagens em algum momento da estória tiveram o seu lado de protagonistas. Depois da primeira morte na estória, tudo mudou na mente dos leitores e ainda nem tínhamos chegado ao 10º capítulo. Morte de professores sem motivo aparente, um grupo de alunos extremamente misterioso e um possível assassino que tínhamos diante de nós... mas que afinal não era! Tivemos algum romance, drama, policial... muitos géneros numa estória só.

Alguns leitores do Brasil pediram-nos que falássemos um pouco também em nome deles sobre esta estória. Muitos deles escreveram enormes comentários no último capítulo no blog. A pedido deles, e também em nosso pedido, acabámos por acrescentar nestas nossas palavras.

A Daniele Ferreira, leitora desde 2011 e que também fazia (e faz) as capas para o blog da Diana, escreveu o seguinte (um pouco alterado para Português de Portugal): “Já são quase quatro anos a acompanhar a Diana e eu não tenho palavras para expressar a alegria que é ver ela chegar onde chegou. Aqui, bem aqui. Eu lembro-me perfeitamente do dia em que eu disse que iria ler um livro dela, e logo após o segundo, o terceiro... enfim, Diana, eu espero que os próximos anos sejam repletos de sucesso e de muita, muita criatividade! Os meus parabéns!”

Devemos dizer que o comentário que mais nos causou emoção foi o da Catharina Bianchi, uma leitora da Diana que está com ela desde 2010 e que acaba por escrever algo no último capítulo no blog que qualquer leitor ficaria com inveja. Alterámos para português de Portugal pois a pessoa que irá ler será portuguesa: “Não acredito que acabou, e eu não estive aqui para ler a maioria dos capítulos. O teu blog era (ainda é) o meu preferido e a história também. Muito surreal o facto de ter acabado... Agora pego-me a pensar em cada dia que eu lia um capítulo, quando eu vinha da escola, antes de dormir, pela tardinha, a comer biscoitos, entre outros... A Escola do Terror não marcou só a tua vida não, Diana. Marcou e muito a minha, e tenho certeza que a de muitas pessoas! Drama, terror, suspense, humor negro, romance... foram tantos géneros e uma só estória. Tantas emoções... Tantos personagens com histórias diferentes e feitos diferentes... Não sei se essa é a palavra certa, mas esta história emocionou a muitos! Ela estará sempre na minha mente, assim como tu, sabes disso. Quero te pedir desculpa pela minha falta de dedicação e por não ter vindo aqui comentar nos outros capítulos. Quero que saibas que em nenhum momento eu deixei de gostar ou me estimular pela história, apenas a vida é complicada... Enfim... Sinto muito. Foi uma linda história, surpreendente e cativante! Tu sabes que és excelente em tudo que fazes, e escrever não é excepção, não é? Orgulhaste-me bastante com cada capítulo, e principalmente com a obra completa. E como um bom artista nunca pára, espero ansiosamente pelos teus futuros contos destemidos!”

A Catharina ainda comentou sobre o final da história, mas decidimos não acrescentar. Afinal, não sabemos ao certo que final teremos já que a Diana disse que haveria alterações na versão que está no livro. Concluindo estas nossas palavras, “A Escola do Terror” não foi apenas especial para a autora, foi também para nós, leitores, que sonhávamos com cada capítulo, com cada personagem. Foram três anos de estória no blog! Foram bons dias quando saíamos da escola ou trabalho e líamos um capítulo. Esperar para ler um novo capítulo era um tormento. Foram muitos géneros numa só estória. Apaixonámo-nos pelas personagens de uma maneira única e especial. Foram tantos personagens de feitios diferentes e de pensamentos diferentes, mas todos eles encantadores. Temos saudades do grupo, do triângulo amoroso que foi criado, das personagens que morreram (principalmente as principais, que não sabemos se irão acabar por morrer nesta nova versão ou não). Não houve, até hoje, personagens que tivemos mais saudades que as desta obra. É triste, mas tudo acaba um dia! No dia 25 de Abril de 2013, a estória terminou no blog, neste dia, 25 de Outubro de 2015, será lembrada em livro para todos os que já leram, mas na nossa mente não vai terminar nunca. Obrigado Diana, por nos teres trazido uma estória inesquecível e principalmente, agradecemos à Chiado Editora por nos conseguir concretizar este sonho que era ver esta estória em livro em que pudéssemos guardar na estante do nosso quarto ou guardar na mesa de cabeceira lendo um pouco durante a noite. E agradecemos à pessoa que nos está a representar e a ler estas palavras em papel. Obrigado."

Foram palavras incríveis de três simples leitores com um coração enorme e que me têm apoiado todos estes anos.
No final destas palavras faladas pela Elisa, aplausos foram-se ouvidos.

Agradeço a todos aqueles que estiveram presentes ontem: amigos e ex colegas de turma, amigos dos meus pais e familiares.
Agradeço à Elisa por ter lido o papel, pois foi a "voz" da equipa do Fãs da Diana.

Para quem acabou por me confirmar que ia e não foi, tive pena, mas os que fazem falta são os que estiveram.

Muito obrigada pelo apoio, equipa do Fãs da Diana que, mesmo não estando presentes fisicamente, como vocês dizem, estiveram presentes de coração.
E agradeço também aos meus leitores no Brasil: Daniele Ferreira e Catharina Bianchi, que acrescentaram as suas palavras no texto que a equipa do Fãs da Diana construiu, Letícia Alvares, a minha parceira nesta estória "Por Trás da Cena" e todos os restantes leitores que estiveram a ler "A Escola do Terror" no blog e desejam ler a "versão" que está em livro.

Obrigada a todos!

P.S - As fotos serão divulgadas em breve!

Beijos,

A Autora,
Diana Pinto.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Capítulo 10

(Observação da autora no dia 06/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "História de uma Adolescente - Parte II". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 10

No dia seguinte, a Luísa apareceu no bar da escola com um ar muito contente. Saudou a Raquel e a Marta e sentou-se junto delas com o seu tabuleiro que continha o seu almoço.
– O que é que te aconteceu? Pareces... diferente. – Disse a Marta olhando para Luísa de cima a baixo.
– Que tal correu o teste? – Perguntou a Raquel.
– Estou feliz porque o teste correu-me bem. – Respondeu a Luísa, bebendo um pouco de água.
A Marta ficou de boca aberta. Nunca ouvia algo assim da boca da Luísa.
– Correu-te bem? – Inquiriu a Marta.
A Luísa fez um sim com a cabeça.
– Só estou um pouco preocupada com História. – Disse.
– Vai correr tudo bem. – Falou a Raquel, acalmando a Luísa.
– Se vens aqui falar do teste de História, desculpa, mas não vou ouvir.
A Raquel olhou para a Marta, preocupada.
– Tens dificuldade? Podia dar-te umas aulas extra. Tu tiveste os dois exames de anos anteriores positivos. Um 11 e um 11,5, penso.
– Claro, não sou uma aluna por aí além. Só me esforço para ter positiva. O que acontece é que a nova matéria é horrível e eu detesto-a. Mas não precisas de te preocupar, eu cá me arranjo. Fica-te pelas aulas extra à Luísa.
– Mas, mudando de assunto – Disse a Luísa – Já te inscreveste para o concurso de música adolescente?
– Sim. – Respondeu a Raquel.
– Estou feliz por ti. – Disse a Marta.

Horas mais tarde, o Ricardo estava a jantar com o pai em sua casa. O pai notou-o preocupado e foi directo ao assunto.
– Bem... pareces preocupado.
O Ricardo fez um sim com a cabeça, apenas.
– Tens alguma coisa que me queiras contar? Que precises de conselho ou só para te ouvir?
– Acho que tenho andado muito preocupado com o meu futuro.
– Tu precisas de pensar no teu futuro. Já tens idade para isso. Mas se não souberes, vai onde o vento te levar.
– No ano que vem vou para a faculdade e ainda não sei para onde é que hei-de ir nem que curso escolher nem qual vai ser a minha profissão ou o que fazer até ao fim da minha vida.
– Não querias ser modelo?
– Isso é emprego para alguém?
– É um emprego. Mas hoje em dia, se queres algo estável é difícil encontrar. Emprego tens, estável é complicado! Mas porquê essa história agora?
– É sobre o festival. Criaram um festival na escola só para alunos do 12º ano sobre o que vamos ser daqui a vinte anos. Achava que sabia qual seria o meu futuro, mas agora vejo que não.
– Queres saber uma coisa? Grande parte dos universitários muda várias vezes de curso. E, ao longo da vida, várias pessoas mudam de profissão. Tens que fazer é aquilo que gostas. Não percas tempo em decidir o que deves fazer, mas sim o que queres fazer, o que gostas de fazer.
O Ricardo suspirou de alívio. O pai tinha-lhe acabado de dar uma lição de vida.
– Obrigado, pai. – Disse – Mas, quanto a ser modelo...
– É o que queres seguir, certo? Se não for vamos esquecer tudo o que eu te disse.
– Não, não é isso.
– Quero que tu faças as tuas próprias escolhas. Mas escolhe aquilo que tu queres escolher, não o que deves escolher.
– Obrigado. – Disse o Ricardo.

Entretanto, a Carla estava no quarto à procura de roupa para o festival. A Amélia, que vivia com o seu pai naquele momento, foi ter com ela.
– Pareces preocupada. É com esse festival?
– Sim. Não sei o que fazer.
– Sabes o que queres seguir?
– Sim. Quero cantar. Quero ser uma cantora.
– Mas pareces normal para uma cantora, certo?
– Tenho receio que ninguém descubra que sou uma cantora, ou que quero ser uma cantora. E isso tem-se notado nos meus ensaios para o concurso de música adolescente.
– Tens que parar de pensar nisso, não é um festival que vai dizer o que tu queres ser.
A Amélia saiu do quarto da Carla, deixando a rapariga pensativa.


Fim do Capítulo 10.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Capítulo 9

(Observação da autora no dia 06/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "História de uma Adolescente - Parte II". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 9

Entretanto, o Ricardo estava em casa dele a falar com os seus amigos rapazes, João e Luís, sobre o seu futuro.
– Lembram-se de eu ter ido falar com a psicóloga da escola? – Perguntou ele.
– Sim. – Respondeu o Luís.
– Bem... a psicóloga diz que posso vir a ser um grande modelo, mas não toda a vida. Como sou um aluno mediano a história ela achou que pudesse ir para Direito.
– Direito? – Perguntou o Luís – Vais ser meu colega?! Seria engraçado!
– É... mas não me sinto bem a seguir direito. Mas talvez me dê bem. Não sei ainda bem o que fazer, mas ser modelo, de certeza que sim.

No dia seguinte após as aulas, a Raquel estava de novo em casa da Luísa. A Patrícia tinha ido almoçar sozinha e tinha levado o seu livro de história com ela. Iria estudar enquanto almoçava. Duas horas se passaram a estudar história.
– Estou cansada! – Suspirou a Luísa, deitando a cabeça sobre a mesa onde estavam a estudar.
A Raquel sorriu.
– Vamos fazer uma pausa.
A Raquel estava contente com o que conseguiu da Luísa. Ela já estudava, ia a todas as aulas de preparação para os exames e tinha melhorado a nota. Como resposta, a Luísa ajudava a Raquel a desempenhar bem o seu papel de Julieta. Estava tudo a ir bem encaminhado. No seu último teste de história, Luísa teve 18. A segunda nota mais alta. A primeira, obviamente, era a da Patrícia com 18,5. Ao lembrar-se da Patrícia, a Raquel sorriu. A teoria da Patrícia da inteligência natural tinha acabado. A Luísa, embora sendo a irmã da Patrícia, era menos "inteligente" que a irmã, mas tinha conseguido chegar quase à nota da Patrícia. A Patrícia estava cada vez mais chateada com os progressos da irmã a cada novo exame "de treino" de anos anteriores que realizavam na aula de preparação.

Nesse momento, os seus pensamentos são travados pela Carla, que aparece junto delas.
– Olá, meninas! Eu tinha marcado sair com a Luísa hoje, mas, sendo assim, vou-me embora. – Disse ela ao entrar no quarto.
– Claro que podes ir com ela. A Luísa já treinou tudo. – Falou a Raquel, levantando-se da cadeira onde estava sentada.
– Tens a certeza? – Perguntou a Luísa, com receio.
– Claro que sim. Já estudámos muito hoje. Não és a Patrícia, afinal... ninguém é. – Respondeu ela.
A Raquel ia a sair do quarto quando a Carla a chama.
– Eu queria que me ouvisses por um instante.
– Sim?
– Não sei se vais aceitar, mas preciso de ajuda no concurso de música adolescente. Tu sabes cantar, tocar piano e compor letras. Poderias ajudar-me. Aliás, criámos até a banda com a tua ajuda.
A Raquel sorriu, incomodada.
– Eu disse que nunca mais iria fazer nada a nível musical, Carla. E é assim que pretendo continuar.
– Mas tu tens talento! Custa-me tu não estares num concurso destes.
– A Carla tem razão. E a Marta também está de acordo connosco. – Disse a Luísa.
– Eu tenho muita coisa para fazer, Carla. Tenho de dar as aulas de preparação para os exames, estudar Shakespeare. É muita coisa para mim!
– A gente pode ajudar-te! Tu tens a matéria já na cabeça, és boa aluna, já te estou a ajudar com o Shakespeare, a Carla ajuda-te no concurso de música adolescente e pronto. – Falou a Luísa, tentando convencer a Raquel.
– Ok. – A Raquel aceitou, respirando fundo – Amanhã, vou pôr o meu nome no concurso de música adolescente.
E saiu do quarto da Luísa. A Carla e a Luísa ficaram felizes.


Fim do Capítulo 9.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Capítulo 8

(Observação da autora no dia 06/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "História de uma Adolescente - Parte II". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 8

Alguns dias passaram e a Raquel ainda não tinha falado com a Luísa sobre regressar às aulas de preparação para os exames. Receava o que ela poderia responder, mas a data do exame aproximava-se e ela teria que ter coragem. Não podia continuar a adiar a conversa. Pensou em falar com a Carla e pedir para que ela convencesse a melhor amiga a voltar às aulas, mas sabia que ela mesma é que teria que ter essa conversa com a Luísa.
Ia a caminho de uma das salas no corredor, quando vê a Luísa de pé no fundo do corredor, a olhar para o seu cacifo. Estava a arrumá-lo. A Raquel respira fundo e aproxima-se dela.
– Olá. – Disse a Raquel, um pouco tímida, sem saber o que fazer.
– Olá, Raquel. Está tudo bem? – Perguntou a Luísa. Parecia contente.
– Sim. Desculpa interromper a tua arrumação mas... precisava de falar contigo.
– Fala. – Disse a Luísa, mostrando-se acessível.
– Estás a pensar em voltar... tu sabes... às aulas de preparação para os exames?
A expressão facial da Luísa modificou-se. Ficou séria.
– Por que razão iria fazer isso?
– Porque as explicações ajudam-te a ter uma melhor nota.
– Não preciso de ajuda. Mas obrigada. – Respondeu a Luísa.
E atirou com a porta do cacifo com força, o que fez um estrondo. A Raquel resolveu soltar o "último trunfo" que tinha.
– A tua irmã está muito contente com as aulas. – A Luísa voltou-se de novo para a Raquel.
– Ela quer ter a melhor nota. Ela quer ter 20. Odeio-a por isso!
– Sabes, talvez não precises de ajuda para estudar mas se estiveres nervosa com o exame, pode ser que as aulas te ajudem.
– Eu? Nervosa? Raquel, eu não estou nervosa! Já estive num palco a representar para muitas pessoas.
– Então, por que tens sempre tão más notas nos testes? Por que tiveste uma má nota no primeiro exame de preparação?
– Porque tenho coisas mais importantes em que pensar! – Atirou a Luísa.
– O quê, por exemplo?
– A representação, claro! Não tenho tempo para estudar, isso é coisa para inteligentes.
– Estás a falar, coisas para a tua irmã?
A Luísa ficou sem resposta. A Patrícia era uma das razões porque a Luísa tinha se cansado das aulas de preparação para os exames.
– Ok, ganhaste. – Disse por fim – Vou fazer de tudo para que tenha uma boa nota. A minha irmã merece alguém à altura dela. E vou poder representar também.
A Raquel levantou uma sobrancelha.
– Vais poder representar?
– Sim. Vou fazer um papel de inteligente. – Respondeu a Luísa, a sorrir.
A Raquel sorriu para a Luísa e para si mesma. Tinha conseguido convencer a Luísa!

Horas mais tarde, a Raquel estava em casa da Luísa a treinarem para o exame.
– Então, calma, vamos ver se eu entendi... - Começou a Luísa.
Ela começou a fazer um resumo da matéria que tiveram a estudar. História, mais uma vez.

Entretanto, a Patrícia estava sentada no chão do seu quarto com as pernas cruzadas. Tentava estudar mais uma vez. Tirar nota 20 era o que ela queria ter. Era o seu sonho!
No seu quarto tudo estava silencioso, mas ouvia-se ao longe gritos. Era do quarto da irmã, que estava a estudar com a Raquel.
Respirou fundo e começou a estudar novamente, a tentar concentrar-se. Nesse momento, ouve-se um grito do quarto ao lado. A Patrícia deu um salto. Estava chateada. Saiu do seu quarto com passos fortes e rápidos e abriu a porta do quarto da irmã.
– Importas-te de te calar? Como é que uma pessoa vai estudar com este barulho? – Gritou ela.
– Desculpa, estudiosa. Não vais ouvir mais nada. – Respondeu a irmã.
– Desculpa, Patrícia. Estou a ajudar a Luísa a estudar e a fazer os trabalhos de casa de Português. – Disse a Raquel.
– Estás a ajudá-la a fazer os trabalhos de casa? Assim ela vai ter tudo certo! – Falou, chocada, a Patrícia.
– Eu tenho dificuldades, irmã. – Disse a Luísa em sua defesa.
A Patrícia revirou os olhos e saiu do quarto da irmã, voltando a estudar. Desta vez, conseguiu com êxito.


Fim do Capítulo 8.