segunda-feira, 6 de abril de 2015

Capítulo 12 - A Voz

(Observação da autora no dia 05/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Memórias Aterradoras". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 12 - A Voz

– Tu e a tua tia eram muito próximos? – Perguntou Monalisa, de mão dada com João Paulo.
– Muito, na verdade. Custou-me um pouco a morte dela, mas... ela tinha matado alguém, não era?
– Pois. Eu entendo.
– Bem... eu queria ir ver como estavam as coisas por lá com o Bruno e o César.
Ela colocou a mão na testa.
– Esqueci-me de dizer ao Luís que já te tinha encontrado.
– Eu vou ter com ele, eles devem estar lá. – Disse ele.
– Não, eu vou à procura dele e tu ficas aqui.
– Não, de maneira nenhuma. Depois vou ter que ir à tua procura outra vez. Fica aqui que eu já vou ter contigo. – Disse ele, afastando-se.
Ela ficou ali, sozinha, em pé... e a ouvir o seu nome vindo de uma voz feminina.
– Sai da minha cabeça! – Gritou ela.

"Tens que me ajudar! Preciso de ti ou morres!"

– Não quero saber!

"Deverias saber! É do teu futuro que estás a falar"

– Sai da minha cabeça! – Disse ela, a chorar e a sentar-se no chão.

Entretanto, todos estavam reunidos numa outra sala a jogar a mais um jogo.
– Porque te ris? – Perguntou a Luísa.
– Porque são todos uns idiotas. – Respondeu o César.
A Cátia mudou de assunto.
– Vocês viram a Raquel? Já há algum tempo que não a vejo.
– Não te preocupes. De certeza que está com alguém. – Respondeu a amiga, bebendo um pouco de cerveja.
O César bebeu um pouco de cerveja e chamou o amigo.
– Bruno! Amo-te!
– O que é que disseste?! – Disse o amigo – Não sou homossexual, amigo! Lamento. Isso é de tanto beberes!
Todos se riram, incluindo o César.

– Eu vi a tua tia, João! – Falou a Monalisa, assim que o João voltou a ir ter com ela.
– Mas isso é impossível! Ela não está viva! Ela morreu! – Exclamou ele, também transtornado.
– Ela está aqui. – Afirmou ela.
– Não! Pára de ver coisas! Pára de tentar iludir-me. Ela está morta! Pensa que ela está morta e deixa de te tentares massacrar. Ela morreu! O teu marido morreu. Estão mortos. Os dois. Queres ir embora? É isso?
– Não, não quero! – Disse ela, a chorar.
– Então tenta pensar noutra coisa. Vamos ter com eles e passar o resto da noite a divertirmo-nos.
Ela apenas afirmou com a cabeça.


Fim do Capítulo 12.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Capítulo 11 - A Desaparecida

(Observação da autora no dia 05/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Memórias Aterradoras". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 11 - A Desaparecida

– Monalisa? – Perguntava João Paulo.
Entrou dentro do local da festa, que continuava vazio e onde o Simão foi morto.
– Monalisa?
Depois de revistar o local, onde não tinha encontrado nada, saiu, assustando-se, logo de seguida, com passos que iam em sua direção. Ele aproximou-se do barulho. Era o Luís, um dos rapazes universitários.
– Assustaste-me!
– Tu é que me assustaste. – Disse ele – Que fazias aqui?
– Estava à procura da Monalisa. Viste-a?
– Não, tu viste o Simão? Estava à procura dele.
– Também não o vi. A rapariga loira também anda desaparecida.
– A Raquel? Sim. Não sei o que se passa com eles.
– Continua a procurar. – Falou o João Paulo, afastando-se do Luís.
Ele continuou a procurar. "Onde será que ela se meteu?" – Pensou. Encontrou uma casa ali perto e abriu a porta. Estava tudo escuro lá dentro. Alguém acendeu uma vela.
– Vê-se melhor cá de dentro!
– Peço desculpa, a porta estava aberta e... – Ele olhou para o homem. Era um senhor já idoso, com os seus 60 e tal anos. Um pouco assustador – ... procuro uma amiga minha. Pensei que talvez estivesse aqui.
– Uma amiga tua? Tem nome?
– Monalisa.
O velho não teve tempo para responder. A Monalisa tinha aparecido perto dele, com a voz um pouco sumida. Esteve a correr.
– Vamos! – Exclamou ela, levando-o pelo braço.
O velho ficou a olhar para o chão, a rir-se.

– Que horror! Assustou-me completamente! – Disse ele – Onde estavas?
– Estava... – Monalisa não sabia o que responder.
– Estás bem?
– Sim, estou bem.
– Que se passa com este homem? Que faz ele aqui? – Perguntou ele.
– Parece que é o dono destas terras.
– Há algo de muito estranho neste lugar. Acho que me arrependo de ter vindo para aqui esquecer o meu... – Fez uma pausa – Passado.
– Estiveste lá dentro? Com o homem?
– Sim, estava muito amável e simpático, e de repente pôs-se a dizer disparates. – Ele riu-se – Talvez estivesse a gozar comigo. Ele tem ar de louco. A aparência dele é assustadora.
– Porque é que ele iria gozar contigo? – Perguntou ela.
– Não sei. Talvez seja apenas algo para nos assustar. Sabes que muita gente gosta de fazer isso. – Ele ficou preocupado com a reação dela – O que foi?
– Acreditas na vida depois da morte?
O João Paulo achou estranha a pergunta dela.
– Queres dizer na reencarnação?
– Não, em espíritos malignos. Coisas dessas.
– Que queres dizer? – João Paulo não estava a entender nada.
Ela aproximou-se dele.
– Como se alguém nascesse malvado, ou louco, e ao morrer o seu espírito ou alma continuasse viva só que na pele de outra pessoa.
Ele riu-se.
– Não. Não acredito nisso. Além disso, não acredito em espíritos malignos, fantasmas e coisas dessas. Tu acreditas?
A Monalisa riu-se.
– Não. Claro que não. Apenas perguntava.
O João Paulo ficou sério.
– Eu sei que sentes a falta do teu marido. Tenho a noção disso mas...
Ela interrompeu-o.
– Não, não é nada disso. Vamos mudar de assunto.
Ele olhou para Monalisa.
– Tens a certeza?
Ela respirou fundo.
– Eu já não penso no meu marido. Não sei... Eu não penso nele como pensava que iria pensar.
– É o tempo que passaste aqui? Fez-te esquecer?
Ela sorriu.
– Acho que não foi isso. Acho que foi mais a quantidade de pessoas que entraram na minha vida. Tu principalmente.
– O que é que estás a querer dizer? – Disse ele, a parar de andar.
– Acho que me apaixonei por ti. Provavelmente. – Responde, a parar à frente dele.
O João Paulo ficou chocado por breves segundos.
– Não fazia ideia, Monalisa. Estou um pouco chocado, admito.
– Eu sei que sim. – Disse ela, a recomeçar a andar.
– Espera! – Pediu ele, agarrando o braço dela.
Ele aproximou-se dela e beijou-a. O velho, que estava ali perto, viu-os com uma expressão séria.


Fim do Capítulo 11.