terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Capítulo 9 - O Deus

(Observação da autora no dia 05/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Memórias Aterradoras". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 9 - O Deus

Entretanto, João Paulo saía do local da festa com um dos três rapazes universitários.
– Estás bem? Como foi este primeiro dia aqui? – Perguntou o rapaz.
– Correu bem. Vocês são grandes malucos!
– Universitários são assim! Bebem demais, comem pouco... embebedam-se facilmente!
– E a ti? Como correu?
– Bem. Os meus outros dois amigos andam atrás das nossas colegas – As que têm ar de prostitutas – e.. – Riu-se – Enfim... queria ainda ir à procura dele. Pelo menos do Luís.
– Estranho, eu também não vejo a Monalisa.
– Vocês namoram?
João Paulo riu-se.
– Não! De maneira nenhuma. Somos amigos.
– Já agora, não me apresentei, sou o Simão. – Disse ele, esticando o braço para dar um aperto de mão a João Paulo. Ele sorriu e despediu-se do rapaz.

Monalisa estava perto da cabana onde tinha sido vista pela primeira vez a Raquel. Estava escuro e ela não conseguia ver o que estava à sua frente. Um homem idoso acendeu uma vela e assustou-a.
– Calma! Não te vou morder! – Exclamou ele.
– Quem é o senhor?
– Sou o dono destas terras. Sou o proprietário disto. O único velho aqui! – Fez uma pausa – Sei tudo sobre estas terras e até sei das pessoas que vivem aqui. Cambada de universitários! Dão cabo de tudo isto quando vêem de férias.
Monalisa respirou fundo.
– Estás apaixonada pelo homem que veio contigo, não é? – Perguntou o velho.
O homem tinha uma aparência um pouco assustadora e vestia-se como um agricultor.
– Sabes, rapariga, esse homem é um desperdício... até para te limpar o cu. Ouve o que te digo que eu não duro muito tempo. Estou velho e irei morrer em breve. – Tossiu e cuspiu para o chão – O que é que os médicos sabem?! Nada, não sabem nada.
Monalisa continuou calada.
– Não falas? És muda? – Perguntou o homem.
Ela simplesmente abanou com a cabeça.
– Anda, vamos ver uma coisa que vais gostar.
O velho saiu da cabana, mas voltou a olhar para Monalisa, pois ela não se mexia.
– Vamos, filha! Estou-te a convidar para vires comigo, não para dançar contigo naquele baile estúpido.
Os dois andaram pela rua até irem ter a uma pequena casa. Parecia uma casa muito agradável vista de fora.
– Entra. – Pediu o velho, abrindo a porta da casa – Esta é a minha casa. É onde eu trabalho. Quando vim para aqui isto estava tudo abandonado. Ressuscitei esta terra. O Tennessee tem destas porcarias de terra. Depois de sair da porcaria do hospital onde estive, vim para aqui e levei a minha vida longe dos ares poluídos da cidade.
Monalisa olhou para a quantidades de facas que o velho tinha em cima de uma velha mesa.
– Gostas disso?
Ela olhou para o idoso com uma expressão estranha.
– Não.
O velho riu-se.
– Todos temos um Deus a comandar o nosso interior. Aqui dentro. – Disse ele, a apontar para a cabeça – Seja ele bom ou mau mas temos! E eu sei o olhar que deitaste a essas facas. Estão limpas. Não mato ninguém... a menos que seja preciso!
A Monalisa arrepiou-se. O homem era estranho.
– As pessoas que tentam se relacionar com outras que têm o seu passado manchado estão com o seu presente manchado, ou até mesmo o seu futuro.
– Ah... eu acho que tenho que ir... – Disse ela, um pouco amedrontada.
– Tu sabes do que falo! Não é a tua essência, mas assim o quiseste ao relacionares-te com quem não devias. Haverá uma altura em que não vais conseguir aguentar o Deus que está dentro de ti e o teu corpo vai ser apenas um instrumento.
Monalisa saiu dali a correr, transtornada. O velho riu-se.


Fim do Capítulo 9.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 - A Festa (Segunda Versão)

(Observação da autora no dia 05/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Memórias Aterradoras". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Atenção: Capítulo com conteúdo sexual. Esta versão tem a descrição que faltava na primeira versão.

Capítulo 8 - A Festa

Tudo esteve preparado para a festa que iria ocorrer naquela noite. O Bruno e o César eram os cantores de serviço e as três raparigas tentavam seduzir os seus três "amigos". Um deles tentava namoriscar com a Raquel, a loira. A Monalisa e o João Paulo bebiam e tentavam passar um bom bocado, na companhia de novas pessoas.

Raquel afastou-se do local onde todos estavam a divertir-se com o rapaz. Foram para uma cabana que estava ali perto.
– Eu percebi que querias alguma coisa de mim, André. – Falou Raquel para o rapaz.
– Parece que fui bem explícito. – Disse ele.
Os dois aproximaram-se. A Raquel tinha a certeza dos seus sentimentos por André. E sabia também o quanto o rapaz gostava dela. Não que quisesse magoá-lo de todo, mas sendo o último ano, sabia que ele acabaria por esquecer-se dela. Eram adolescentes e universitários.
– Toca-me. – Pediu ela, enquanto se despia devagar. A Raquel mostra-se segura de si e pouco percebe que está prestes a cometer um erro. O coração do pobre rapaz dispara e o sangue é bombeado para todo o seu corpo, em míseros segundos. Um desejo quente e intenso invade o corpo dele, enquanto o mesmo toca no corpo de Raquel. O pedido dela parecia quase uma ordem para os ouvidos de André. Como o amor pode ser traiçoeiro! Em poucos segundos, ele estava já com as suas costas contra uma das paredes da cabana, saciando o desejo dela. Ou o quer que fosse.
– Gostas? – Perguntou a Raquel, uns segundos mais tarde.
– Sim. – Respondeu ele, gaguejando a palavra com uma voz rouca.
– Toca-me. – Pediu ela, mais uma vez, mas, em segundos, faz ele afastar-se dela. Ela podia perfeitamente, neste momento, pensar claramente no que estava a fazer, mas, em vez disso, perguntou:
– Queres ver algo sensual?
– Sim.
O pobre rapaz, não estando já o mais excitado possível, ainda cedeu às ordens de Raquel. A rapariga, suavemente, deslizou as alças do seu pequeno fato para baixo.
– André... toca-me. – Voltou a pedir ela, enquanto dançava sensualmente e tirava lentamente a sua roupa.
– Sim. Como queres que te toque?
Raquel aproximou-se dele e André começou a tocar-lhe nos ombros, descendo depois até ao peito. A respiração dele ficou presa por breves segundos, possivelmente para tentar acalmar o desejo que sentia e que, claramente, era mais visível que o dela.
– Assim?
– Sim. – Respondeu ela, baixando as alças do seu sutiã.
– Oh, Deus! – Exclamou ele, não conseguindo tirar os olhos do corpo da universitária.
Pela primeira vez, o André tinha a Raquel "na mão", tal como ele queria. Pensava ele.
– Põe-te mais sensual para mim. – Pediu, já não conseguindo acalmar o seu próprio desejo. Queria beijá-la e possuir o seu corpo.
– Sim... – Sussurrou ela, não tendo a capacidade de perceber o que a próxima atitude dele iria causar-lhe.
André aproximou-se mais dela. A falta de espaço entre os corpos foi incomodativa para Raquel. Neste momento, ela começou a perceber o que tinha acabado de causar.
– Espera! – Disse ela, um pouco alarmada.
Ele não fez caso. O seu desejo era muito para puder aceitar este pedido. Aproximou-se dela e beijou-a. A Raquel quis afastar-se. Na verdade, ela não queria fazer amor com ele, apenas quis excitá-lo, de alguma forma. Deu-lhe uma ideia diferente.
– Não, não. Pára! Não, André. Pára! – Gritou ela, tentando afastar-se dele, sem êxito. Neste momento, era André quem estava a apertá-la contra a parede e não ele no lugar dela, a tentar arrefecer o seu desejo, encostando as suas costas na parede fria da cabana.
A seguinte atitude dele foi de obsessão. Tendo a certeza, neste momento, que ela estava apenas a excitá-lo, André tentou tapar a boca de Raquel, mas ela deu-lhe um estalo. O ar de erotismo terminou para dar lugar ao ódio. Depois de uns segundos parados devido ao barulho e à dor que o estalo causou, ele afastou-se furioso da universitária e saiu da cabana.

Dentro do local onde ocorria a festa, os outros dois amigos notaram a falta do André.
– O que será que terá acontecido?
André aproximou-se dos amigos.
– O que é que te aconteceu? – Perguntou um deles.
– Vocês tinham razão! Não poderia dar-lhe nem que estivesse em coma. Idiota! Prostituta! – Exclamou ele, chateado.
Os dois amigos olharam-se e riram-se.
– Eu sabia que ela não iria querer nada contigo. Tu não nos deste ouvidos.
– Ela usou-me! – Disse o André, cruzando os braços.
Um dos amigos colocou-lhe a mão no ombro.
– Não fiques assim! É o nosso último ano, daqui a umas semanas já não a vês. Elas são loucas! Só querem nos excitar e deitar fora.
– Nem praticar o acto sexual elas querem! – Disse o outro amigo – Deve ser para se armarem em virgens! Mas elas já devem ter perdido a virgindade com outros fora da faculdade.
André riu-se.
– Vocês têm razão! Ela não me interessa. Só me usou! Não me devia ter apaixonado por aquela prostituta! Mas agora vamos esquecer isso, ainda temos uma festa pela frente!
– É assim que se fala! – Disseram os amigos, dando-lhe um copo com vodka.

Entretanto, Raquel, que ainda estava a vestir-se, ouve um barulho perto da cabana.
– André? – Fez uma pausa – André? És tu?
Ela aproximou-se para a porta e espreitou. Não viu ninguém. Mas ela sabia que tinha ouvido algo.
– Olha, André, se és tu... lamento ter-te batido. Vamos, a sério. – Raquel achou que fosse uma brincadeira dele e riu-se – André? Estou-te a ver... sai daí! André? – Fez uma pausa – Vamos, a sério. Está frio. Por favor! – Fez uma outra pausa – Bem... sabes que mais? Já me desculpei.
Ela voltou para dentro da cabana com frio e já um pouco assustada. Quando entrou lá dentro, uma pessoa com uma máscara preta atacou-a com uma faca. A Raquel gritou por socorro.
– Não me faças mal! Não!
Ela tentou correr mas a pessoa fechou a porta da cabana e agarrou-a.
– Deixa-me ir! Deixa-me ir, por favor!
A pessoa começou a atacá-la, a ferir-lhe o braço. A Raquel gritava. Segundos depois... silêncio.


Fim do Capítulo 8 (Segunda Versão).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Capítulo 8 - A Festa (Primeira Versão)

(Observação da autora no dia 05/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Memórias Aterradoras". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 8 - A Festa

Tudo esteve preparado para a festa que iria ocorrer naquela noite. O Bruno e o César eram os cantores de serviço e as três raparigas tentavam seduzir os seus três "amigos". Um deles tentava namoriscar com a Raquel, a loira. A Monalisa e o João Paulo bebiam e tentavam passar um bom bocado, na companhia de novas pessoas.

Raquel afastou-se do local onde todos estavam a divertir-se com o rapaz. Foram para uma cabana que estava ali perto.
– Eu percebi que querias alguma coisa de mim, André. – Falou Raquel para o rapaz.
– Parece que fui bem explícito. – Disse ele.
Os dois aproximaram-se.
– Toca-me. – Pediu ela, enquanto se despia devagar.
– Gostas? – Perguntou, uns segundos mais tarde.
– Sim. – Respondeu ele.
– Toca-me. – Fez uma pausa – Queres ver algo sensual?
– Sim.
– André... toca-me. – Voltou a pedir ela, enquanto dançava sensualmente e tirava lentamente a sua roupa.
– Sim. Como queres que te toque?
Ele começou a tocar-lhe nos ombros e depois desceu até ao peito.
– Assim?
– Sim. – Respondeu ela, baixando as alças do seu sutiã.
– Oh, Deus! – Exclamou ele.
Pela primeira vez, o André tinha a Raquel "na mão", tal como ele queria. Pensava ele.
– Põe-te mais sensual para mim. – Pediu ele.
– Sim... – Sussurrou ela.
André aproximou-se mais dela.
– Espera! – Disse ela.
Ele não fez caso. Aproximou-se dela e beijou-a. A Raquel quis afastar-se. Na verdade, ela não queria fazer amor com ele, apenas quis excitá-lo de alguma forma. Deu-lhe uma ideia diferente.
– Não, não. Pára! Não, André. Pára! – Gritou.
Ele tentou tapar-lhe a boca, mas ela deu-lhe um estalo. O André afastou-se dela furioso e saiu da cabana.

Dentro do local onde ocorria a festa, os outros dois amigos notaram a falta do André.
– O que será que terá acontecido?
André aproximou-se dos amigos.
– O que é que te aconteceu? – Perguntou um deles.
– Vocês tinham razão! Não poderia dar-lhe nem que estivesse em coma. Idiota! Prostituta! – Exclamou ele, chateado.
Os dois amigos olharam-se e riram-se.
– Eu sabia que ela não iria querer nada contigo. Tu não nos deste ouvidos.
– Ela usou-me! – Disse o André, cruzando os braços.
Um dos amigos colocou-lhe a mão no ombro.
– Não fiques assim! É o nosso último ano, daqui a umas semanas já não a vês. Elas são loucas! Só querem nos excitar e deitar fora.
– Nem praticar o acto sexual elas querem! – Disse o outro amigo – Deve ser para se armarem em virgens! Mas elas já devem ter perdido a virgindade com outros fora da faculdade.
André riu-se.
– Vocês têm razão! Ela não me interessa. Só me usou! Não me devia ter apaixonado por aquela prostituta! Mas agora vamos esquecer isso, ainda temos uma festa pela frente!
– É assim que se fala! – Disseram os amigos dando-lhe um copo com vodka.

Entretanto, Raquel, que ainda estava a vestir-se, ouve um barulho perto da cabana.
– André? – Fez uma pausa – André? És tu?
Ela aproximou-se para a porta e espreitou. Não viu ninguém. Mas ela sabia que tinha ouvido algo.
– Olha, André, se és tu... lamento ter-te batido. Vamos, a sério. – Raquel achou que fosse uma brincadeira dele e riu-se – André? Estou-te a ver... sai daí! André? – Fez uma pausa – Vamos, a sério. Está frio. Por favor! – Fez uma outra pausa – Bem... sabes que mais? Já me desculpei.
Ela voltou para dentro da cabana com frio e já um pouco assustada. Quando entrou lá dentro, uma pessoa com uma máscara preta atacou-a com uma faca. A Raquel gritou por socorro.
– Não me faças mal! Não!
Ela tentou correr, mas a pessoa fechou a porta da cabana e agarrou-a.
– Deixa-me ir! Deixa-me ir, por favor!
A pessoa começou a atacá-la, a ferir-lhe o braço. A Raquel gritava. Segundos depois... silêncio.


Fim do Capítulo 8 (Primeira Versão).

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Capítulo 7 - Preparativos

(Observação da autora no dia 05/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Memórias Aterradoras". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 7 - Preparativos

Perto dessa casa, três raparigas universitárias chamavam à atenção. Estavam vestidas com roupas sensuais, uns vestidos justos. Eram as típicas raparigas rebeldes.
– Não se metam connosco, pois se se meterem levam um pontapé no traseiro! – Dizia uma das raparigas a três rapazes que pareciam da mesma idade que elas.
– Sim, querida! Eu preciso de um pouco de amor! – Disse um deles, a olhar para a rapariga loira.
Ela sorriu para o rapaz.
– Hey, Raquel! Sempre passaste! Pensava que irias passar mais um ano na faculdade. – Falou um deles.
– Ela é esperta! Não é por ser loira que é pior que tu! Nós somos como "Os anjos de Charlie"! – Respondeu uma delas, a defender a amiga.
As três fizeram um sinal de vitória.
– Bem, nós temos que ir! Temos que preparar tudo! Afinal, é a nossa formatura! – Disse uma delas. E afastaram-se.
Um dos três rapazes respirou fundo e virou-se para os dois amigos.
– Definitivamente, posso dar-lhe forte! – Disse referindo-se à loira.
Os dois amigos riram-se.
– Não poderias dar-lho nem que estivesse em coma. – Respondeu um deles.

Entretanto, as três raparigas são encontradas por dois rapazes daquele local. Eles já se conheciam de outros anos. Passavam ali muitas vezes as férias.
– Enfim, chegaram! – Falou um.
– Que susto, Bruno! – Disse uma delas.
– O que tentaram fazer foi matar-nos. – Falou a Raquel, a loira.
– Raquel, temos que dar ao Bruno e ao César o que merecem! – Falou uma.
– A minha melhor amiga merece palmas por esta ideia fantástica! – Exclamou Raquel. As três amigas bateram palmas.
– Lamentamos. Não temos culpa de sermos irresistíveis! – Falou César.
Nesse momento, Monalisa e João Paulo aproximam-se deles.
– Belos disfarces! – Falou César aos dois.
Os dois olharam-se.
– Porquê? – Perguntou João Paulo.
– Durante este mês, todos os universitários se juntam aqui para passar umas férias. Mas desta vez é diferente, é a formatura! – Explicou Bruno.
– Oh, a sério! Não sabíamos, somos novos aqui. – Disse Monalisa.
– Nós percebemos isso. Mas vocês são novos. Quantos anos têm? 20 e tal? 30 anos? – Perguntou César.
– 26 anos. – Falou João Paulo - E a Monalisa tem 29.
– Trabalham? – Perguntou Raquel.
– Sim. – Respondeu João Paulo.
– Muito bem. Sejam bem-vindos! Eu e o César somos daqui e passamos as férias dos universitários com eles. Já nos conhecemos a todos! Não se assustem com o número de bebidas alcoólicas e outras substâncias ilícitas, porque nós também não.
– Ah, e claro, o número inferior na roupa. – Acrescentou César, apontando para as três raparigas.
– Hey! – Disseram elas.
– Desculpem. – Falaram eles.
Monalisa e João Paulo riram-se.
– E não há nada melhor do que estimular os neurónios do que uma festa! – Gritaram os dois.
– Estão convidados! – Acrescentou o César. E afastaram-se a gritar.
As três universitárias olharam para eles.
– Bem, todos juntos vamos acabar de arrumar isto tudo e fazer a festa. – Falou uma delas.
– Porque é que se mudaram para aqui? – Perguntou Raquel.
– Porque o fizemos? – Perguntou João Paulo, olhando de relance para Monalisa – Porque quisemos alguma paz. Somos amigos há algum tempo e... enfim, é isso!
– Para este fim do mundo no Tennesse? – Perguntou Raquel, fazendo de conta que estava a vomitar.
– Mas, ok, nem é assim tão mau.
Raquel mudou de assunto.
– Ainda não nos apresentámos! Eu sou a Raquel e elas são a Cátia e a Luísa. – Disse a loira, apontamos para suas amigas morenas.
– Olá! – Cumprimentaram eles.
– O Bruno e o César são uns idiotas, mas todos nós gostamos deles. Querem ser psicólogos, os dois. Nem sei como conseguiram passar a faculdade. – Falou a Luísa.
A Monalisa e o João Paulo sorriram.
– Vão nos ajudar para a festa? – Perguntou a loira.
– Claro, vamos lá. – Respondeu a Monalisa.


Fim do Capítulo 7.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Capítulo 6 - Nova Vida

(Observação da autora no dia 05/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Memórias Aterradoras". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capítulo 6 - Nova Vida

João Paulo estava ainda a recuperar da morte da sua tia Beatrice. Por muito que ela estivesse louca, era a sua tia e deveria ser punida pela morte do seu amigo. Alguns dias se passaram, até receber em sua casa a visita de Monalisa.
– Desculpe, não a conheço. Quem é?
– Chamo-me Monalisa e vim de San Diego para cá. Posso entrar?
– Claro. – João Paulo deu passagem para a mulher entrar na sua casa. Fechou a porta e pediu para que ela se sentasse no sofá da sala. Ele sentou-se perto dela.
– O que a traz por cá?
– Sei que o senhor é amigo do meu ex marido, Luís.
– Ah, o Luís! Eu soube da morte dele, depois daquele terramoto. Não pude ir ao funeral. Peço imensa desculpa.
– Eu não o vinha crucificar por isso! Eu queria lhe falar da Sara, a mulher que apresentou ao Luís antes dele falecer.
João sentiu-se culpado por aquilo que fez no passado.
– Olhe, peço imensa desculpa por isso, o meu amigo estava arrasado com a vossa relação e desabafou comigo e... – Monalisa interrompeu.
– Não precisa de pedir desculpa. Eu entendi que foi por uma boa causa. Acho. Quer dizer... no início não achei.
– Eu ainda estou abalado pela morte da minha tia. Um amigo meu foi casado com ela e acabou por ser morto por ela e...
– Oh Meu Deus! – Exclamou Monalisa, colocando uma das mãos nos lábios – Isso é horrível!
– Pois. Ainda estou a recuperar do choque de ela se ter suicidado.
Monalisa pensou em algo que decidiu falar para João Paulo, um pouco tímida.
– E se fôssemos viver os dois noutro lugar? Eu também acabei de perder o meu marido e não sei para onde ir.
– Claro, não vejo porque não. Como se chama mesmo?
– Monalisa. Monalisa Santos. E o senhor?
– João Paulo Aguiar.
Os dois prepararam as malas e rumaram para o Tennesse.

Alguns dias mais tarde, já instalados na nova casa, desabafaram sobre as suas vidas.
– Sabe, a polícia, encarregada da investigação, declarou que esse incidente continuava por resolver. Não se sabe ao certo se foi suicídio o que ocorreu no hospital psiquiátrico. – Falou João Paulo.
Monalisa respirou fundo.
– Sabe, João... bem, acho que nos devíamos tratar por tu, o que acha?
– Com certeza, ia lhe fazer a mesma pergunta.
– Eu acho que o destino nos juntou. Depois da morte do meu marido e da morte da sua tia... não sei, acho que a Sara quis dizer alguma coisa com o papel que me deu.
João Paulo sorriu ao olhar para Monalisa.
– Claro, com toda a certeza. – Ele olhou para toda a casa antes de continuar – Tens a noção que isto aqui em Tennesse, pelo menos este lugar, é muito rural, não achas?
– Não te parece bem? – Perguntou, preocupada.
– Sim, está bem.
– Ah, que bom! Sabes, nós temos que deixar o nosso passado e pensar no nosso futuro, ou então ficaremos completamente loucos.
– Oxalá pudesse. – Falou João Paulo com uma tristeza na voz.
– Olha, João, estamos noutro sitio, numa outra cidade, num mundo – Olhou para a casa – Um pouco rural e... – Fez uma pausa – Vamos fazer novos amigos.
João Paulo ficou sério.
– Vamos sair um pouco? – Continuou ela – Percebi que quando chegámos estava um amontoado de gente perto daquela casinha pequena.
João Paulo sorriu e saíram os dois da casa.


Fim do Capítulo 6.