(
Observação da autora no dia 01/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Uma Vida Eterna". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).
Atenção portugueses: Este projeto está escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Capítulo 12
Alguns dias depois decidi falar com o Ricardo após a explicação.
– O que se passa com a Marina?
Ele olhou espantado para mim.
– Sim, não faças essa cara.
– Eu não sei do que estás a falar, Catharina.
Não sei se ele me chamou pelo nome para não me chatear se lhe saiu naturalmente. De qualquer das maneiras, eu não irei ser simpática.
– Sabes muito bem. Porque é que a Marina me está a tentar humilhar?
O Ricardo baixou a cabeça.
– Afinal sabes. – Disse eu, zangada.
– Catharina, tu não percebes. Eu desrespeitei as regras dos rebeldes.
Eu continuei zangada.
– E qual é a grande regra?
Ele olhou para mim.
– Que ninguém podia se apaixonar por
nerds.
Nós ficámos calados.
– Pois. Eu disse isso à Marina e ela não gostou e agora não pára de te humilhar.
Eu não conseguia raciocinar bem. Estava desnorteada.
– Tu não estás...
– Sim. Apaixonei-me por ti, Catharina. – Terminou ele por mim.
Ficámos de novo calados.
– Mas eu disse que...
Eu não conseguia terminar nenhuma frase.
– Eu sei. Desculpa. Não sei o que me deu. Acho que com este pacto conheci-te verdadeiramente.
Eu só sabia abanar a cabeça. Ele estava de cabeça baixa.
– Eu vou-me embora. – Disse ele, se levantando da cadeira.
– Eu vou pensar e depois digo-te alguma coisa. – Disse-lhe eu, ainda sem saber o que pensar.
– Está bem, Catharina.
Ele saiu da sala e eu fiquei a pensar. Isto não podia estar a acontecer.
Capítulo 13
Pois, eu assumi. Alguns dias mais tarde, eu estava a namorar com o Ricardo. É uma loucura sim, mas pelo menos estarei a arriscar. A Laryssa não queria que eu fizesse isto, ela pensa que ele está a brincar com os meus sentimentos. A Sílvia até concordou comigo. Ela afinal deve saber de alguma coisa. O colégio todo já sabe que eu estou com o Ricardo. A Marina não gostou da notícia e está a tentar a todo o custo me humilhar, mas é em vão.
***
A Marina, depois de mais uma aula de Português, foi falar comigo.
– Hey,
nerd, achas que alguma vez o Ricardo vai estar a ser sincero contigo? Ele brinca com todas as
nerds que lhe aparecem à frente.
Eu não quis acreditar nela, mas era quase impossível.
– Não acredito em ti. Tu queres o Ricardo, por isso é que fazes isto tudo.
– Estás a enganar-te a ti própria. Pensa lá bem, o Ricardo acabaria com a sua imagem de rebelde por querer alguma coisa contigo?
– Sim. – Disse eu, tentando parecer convicta.
Ela riu.
– Esquece,
nerd, o Ricardo está só a brincar contigo.
O Ricardo foi ter connosco.
– Marina, o que é que estás a fazer?
A Marina sorriu, eu fiquei séria.
– Nada, querido.
Ouvi a Stefanny a rir. Ela estava a ouvir a conversa toda.
– Vai-te embora. – Pediu ele, zangado.
A Marina olhou para a amiga, riu e de seguida afastou-se. O Ricardo olhou para mim.
– Catharina, estás bem? A Marina disse-te alguma coisa?
Olhei para o chão. Estava a sentir-me triste. Ele olhou para mim, preocupado.
– O que se passa?
Eu sentei-me no chão frio do corredor. Ele fez o mesmo.
– Nada. – Apenas disse.
Ele fez com que eu levantasse a cabeça.
– Não ligues para o que a Marina te disse.
– E se for verdade?
O Ricardo respondeu-me com certeza.
– Não é. Nada do que ela diz é verdade. Ela só sabe mentir.
– Uma relação entre um rebelde e uma
nerd não dá resultado. – Continuei.
O Ricardo respirou fundo.
– Pode dar. Se termos plena confiança um no outro e não ligar para as más-línguas.
Eu olhei para ele. Ele não podia ter dito aquilo com tanta convicção. Estaria mesmo a ser verdadeiro?
Fim dos Capítulos 12 e 13.