sábado, 18 de janeiro de 2014

Noiva do Irmão

(Observação da autora no dia 01/10/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Noiva do Irmão". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capitulo 1

Há 17 anos, numa guerra entre vampiros, lobisomens e humanos, Marco, o lorde, o chefe, estava a procurar humanos dignos para virarem vampiros.
Encontrou três crianças com a sua mãe. Marco sabia que um deles tinha dons. Ele pressentia. Então pegou na criança mais forte.
– Matem-na! – Ordenou ele, com a sua voz fria, se referindo à mãe das crianças. Então, um pequeno golpe de um vampiro e a mulher estava morta.
“Vou transformar os três em vampiros e levo o mais forte comigo” – Pensou ele. Assim que fez isto, levou a criança, chamando-a de Joel. Três meses depois disto, aconteceu o esperado. Joel tinha um dom. Podia tirar os sentidos às pessoas e provocar a morte. Um ano depois, uma filha de Marco nasceu. Marco pensou que se tivesse uma filha com uma mãe poderosa, que a filha também seria. Elisabete, que era a mulher de Marco, demorou um pouco a concordar, mas acabou por ceder. Quando a filha nasceu, chamaram-na de Beatriz. Mas Beatriz não era poderosa, não tinha nenhum dom, o que deixou Marco furioso. Beatriz, sem poderes, quem passaria para o trono? É que a regra dos vampiros era que se houvesse um homem vampiro a comandar, o sucessor deveria ser uma filha e não um filho, como era suposto acontecer. O desejo de ter uma filha com Elisabete foi aumentando. Era a única solução. E assim aconteceu. Nasceu Rita, uma menina muito poderosa. Tinha dois dons.
Hoje, a família Ferreira estava a ter a sua reunião que ocorria sempre de semana a semana.
– Amanhã, como vocês sabem, os Borges chegam. – Começou Marco.
– E pela primeira vez vou vê-los! – Exclamou Rita, animada.
– Não vais te arrepender, irmã, são todos muito simpáticos. – Assegurou Joel, a sorrir.
Masco levanta-se da cadeira onde estava sentado.
– Não! – Exclamou ele, irritado – Eles são nossos inimigos, mesmo que aqui sejam convidados. Eles são nossos inimigos! E ela não é tua irmã, é tua noiva! Vocês vão se casar, querendo ou não, e ter filhos poderosos.
Rita levanta-se também.
– Não, pai! Eu amo o Joel, mas como irmão e não vou me casar com ele. – Disse ela, indo para o seu quarto.
– A minha resposta é a mesma. – Disse Joel, enquanto se dirigia para o seu quarto.
– Com licença. – Disse Beatriz e, logo de seguida, foi para o seu quarto.
Marco gritou.
– Calma, meu amor, vai ficar tudo bem. – Disse Elisabete, tentando acalmá-lo.
Mais tarde, a Rita estava na varanda no seu quarto olhando pela janela, quando ouviu um barulho na sua porta.
– Sou eu.
A Rita reconheceu a voz do Joel e mandou-o entrar sem sair do mesmo sítio.
– Olá! – Saudou ele.
– Olá.
– Rita, vai ficar tudo bem, não vamos casar. Vamos fazer alguma coisa.
– Eu sei...
– Se não tivermos ideias, podemos fugir. – Disse ele, tentando arrancar um sorriso da irmã.
Há algum tempo que não sorria. Desde que soube que tinha de casar com o seu irmão. Mas aquilo tinha funcionado. Ela sorriu.
– Claro! Mas temos de levar a Beatriz. – Disse ela, entrando na brincadeira.
– Óbvio! Vou fazer a minha mala. – Abraçou a sua irmã – Tudo vai voltar ao normal, vais ver.
– Eu sei...
Mas o que eles não sabiam era que a partir do dia seguinte tudo mudaria.

Capitulo 2

A família Borges estava toda no seu carro, na entrada para a casa onde os Ferreira moravam. O carro estava estacionado.
 – Este ano vai ser diferente. Provavelmente, iremos ver a Rita. A filha do Marco. – Disse Roberto.
 – E? – Perguntou Leandro.
 – Ela é especial. O Marco dá mais importância a ela que à própria vida.
O André encarou-o, curioso.
 – Como assim?
 – Bem, eu não quero que vocês olhem para os olhos dela. Dizem que dói muito, mas eu nunca os vi. – Explicou Roberto.
 – Como é que olhar pode doer? – Perguntou Célia.
 – Pois, parece que dói. Ela vai enfiar os dedos dela nos nossos olhos! – Riu Leandro – Roberto, sabes que nós somos rápidos.
 – Nunca vi ninguém correr tão rápido quanto o Joel e a Beatriz. E pelo que sei, a Rita é mais rápida ainda. E luta melhor que eu.
“Luta melhor que o Roberto? Como assim? Ah, se ele pensa que nos assusta está muito enganado.” – Pensou André.
 – De mim ela não ganha. – Riu o André.
 – Não estou a brincar. – Disse o Roberto, sério – Ah, e não se apaixonem por ela.
 – Ah? Por que razão eu me apaixonaria? – Perguntou o André.
 – Primeiro, porque ela é noiva do Joel. – Disse Roberto.
 – Noiva?! – Engasgou-se o Leandro.
 – E segundo, porque ela é linda. Muito linda mesmo.
 – Como sabes? – Perguntou a Célia.
 – Boatos. – Respondeu o Roberto.
 – Linda, o quê! Isso é tudo conversa! – Disse André.
 – Quando a vires vais entender. – Disse Roberto.
Célia olhou séria para Roberto.
 – Célia, ela é uma miúda para mim.
Célia sorriu. André olhou em frente.
 – É essa a casa?
Roberto olhou.
 – Sim. É.
Era uma grande casa. Muito bem construída. Parecia um palácio. Logo à entrada, havia um grande portão e ao lado um muro a proteger a casa. Eles saíram do carro e encaminharam-se para o portão. O portão abriu-se e eles avistaram Marco, que já estava à espera para recebê-los.
 – Roberto, meu velho amigo. – Cumprimentou o Marco.
 – Marco. – Disse Roberto.
 – Célia, André, Leandro, como vocês estão? – Perguntou o Marco.
 – Bem, obrigada. – Respondeu Célia.
O André não conseguia parar de fitar os olhos escuros de Marco. Como aquilo acontecia? Era tão estranho para ele.
 – Vamos entrar? – Convidou Marco.
 – Claro, só vou buscar as malas. – Disse o Roberto.
 – Não seja tolo! Os servos pegam. – Disse o Marco.
 – Está bem.
E eles entraram. A entrada estava coberta de árvores e flores. À frente, dois vampiros a lutar. Não dava para ver o rosto de nenhum dos dois. No banco, sentada, uma vampira ria. Era Beatriz. A vampira mais calma dos Ferreira. Os vampiros que lutavam, pararam subitamente.
Um deles, os Borges reconheceram. Era Joel. Mas a outra estava de costas para eles.

***

 – Joel! Dá-me a visão. Estou a falar a sério. – Disse a vampira.
"Eles estavam a brincar?” – Pensavam os Borges.
Joel agarrou a vampira que estava com ele e abraçou-a.
– Então... como estás?
No meio do nada, ele caiu no chão. A vampira riu. O Joel estava com dor, deitado no chão, mas a divertir-se.
– Rita! Vai para o teu quarto! Vai te arranjar e pára de brincar com o teu noivo. – Disse Marco..
Rita não se virou. Foi até Joel, deu-lhe um beijo na testa e foi para o seu quarto.
– Ah, Leandro, André! – Cumprimentou Joel, se levantando do chão.
– Olá, Joel e Beatriz. – Cumprimentou o André.
Beatriz levantou-se suavemente.
– Como vão? – Perguntou ela.
– Bem, obrigada. – Respondeu o Leandro.
– Vamos comer? – Perguntou Marco.
“Sangue humano” – Pensaram os Borges.
Os Ferreira conduziram os Borges para a sala. Era uma sala grande. No centro tinha uma grande mesa com talheres postos à frente de 9 cadeiras. Só Elisabete é que estava sentada.
Marco indicou os lugares onde se sentariam e, de seguida, sentaram.
Marco bateu palmas e apareceram vários mordomos que colocaram à frente de cada lugar um copo com sangue. A bebida preferida dos vampiros.
– Sangue animal? – Perguntou Roberto, surpreso.
Ele tinha cheirado.
– Sou educado. – Disse Marco.
– E nós? – Perguntou Joel, com pouca esperança.
– Também sou educado com vocês, infelizmente. – Respondeu ele.
A porta abriu-se nesse momento. Uma vampira linda entrou. Os seus olhos quase que hipnotizavam. Estava vestida com uma blusa azul, uma saia e tinha calçado umas botas. Leandro e André olhavam para ela, boquiabertos. Ela era mesmo linda. A jovem sentou-se na ponta da mesa que era considerado o lugar mais importante e principal.
– Rita? – Perguntou o Marco.
Capitulo 3

O Marco tinha perguntado pela filha Rita.
– Sim? – Respondeu ela.
A voz dela era suave.
– Cumprimenta o teu noivo e os convidados.
– Claro. – Disse ela, sorrindo.
Rita cumprimentou todos, quando chegou ao André, arrepiou-se. Ficou uns segundos a pensar.
– Rita? – Perguntou Marco, interrompendo os pensamentos da filha.
– Desculpa, pai. Eu só me assustei.
Ela virou-se de novo para o André e cumprimentou-o.
"Como é que olhar dela pode torturar alguém?” – Pensou o André.
Ele não sabia que ela podia ler os seus pensamentos. Ela riu, o que chamou a atenção de todos.
– Na verdade, podes testar. – Ela olhou para o André, respondendo à pergunta dele.
– Bem, a Rita também lê pensamentos. – Disse Marco, percebendo o que se estava a passar.
André ficou imóvel.
"Então quer dizer que ela ouviu tudo? Isto vai ser lindo, então" – Pensou o André.
– Na verdade sim e continuo a ouvir. – Disse ela, respondendo aos pensamentos dele, novamente.
– Rita, pára! – Ordenou Marco, irritado.
Rita pegou na taça com sangue e bebeu-a. Os Borges estavam assustados. Ela foi a primeira a pegar na taça e nem disse nada a ninguém. Estaria zangada com o pai naquele momento?
"Agora acredito por que é que ela tortura as pessoas com o olhar" – Pensou o André. Rita olhou para ele, esforçando-se por não o magoar.
– Sr. Marco! O senhor vai ter que se retirar durante um tempo. – Disse um servo.
– Sim, Elisabete – Disse, se virando para a mulher – Os vampiros estão com problemas.
A mulher afirmou com a cabeça.
– Joel, serás o dono desta casa no tempo em que estivermos fora. Partiremos amanhã bem cedo. E quando voltarmos, esperemos que esteja tudo pronto para o casamento.
– Eu não vou me casar com o meu irmão. Onde já se viu vampiras ficarem noivas do próprio irmão? – Gritou Rita, atravessando a sala e saindo de casa.
– Isto é tudo culpa tua, Beatriz! – Disse Elisabete.
– Minha? – Perguntou Beatriz.
– É claro! Tu influencias a Rita.
– Mãe, não sejas injusta com a Beatriz. Ela não fez nada. – Defendeu Joel.
– O Sr. Marco quer que eu vá atrás dela? – Perguntou o André.

Capitulo 4

Os Borges, excepto André, que esperava pela resposta de Marco, olhavam para a porta por onde ela tinha saído.
"Como assim, ela não quer se casar" – Era o pensamento de todos eles.
Joel e Beatriz olhavam para baixo, tristes. Marco estava irritado e Elisabete com vergonha.
– Gostaria, obrigado. – Disse Marco, respondendo à pergunta do André.
– Com licença. – Disse André.
Levantou-se da cadeira e foi atrás dela. Sentiu o cheiro dela e seguiu-a. Depois de um tempo, encontrou-a no bosque, encostada numa árvore. André aproximou-se com cuidado.
– Olá, André.
– Olá. – Respondeu ele, aproximando-se.
"Será que me encosto na árvore ao lado dela?” – Pensou ele.
– Sim, André, podes te encostar. – Disse ela, respondendo aos seus pensamentos.
André encostou-se na árvore ao lado dela.
– Por que é que não queres casar? – Perguntou André, com insegurança – Não gostas do Joel?
– Eu amo o Joel. Mas como irmão. Ele é meu irmão e meu melhor amigo.
– Mas tens de escolher alguém para governar contigo.
– Eu sei, mas eu não quero que seja com o Joel. Eu quero viajar. Eu sou aventureira. Talvez até me apaixone por um homem de negócios. Acho que, por viajar muito, ainda largo as questões do trabalho. – Ela sorriu – Mas enfim... e tu?
– Era mais fácil se lesses o meu pensamento.
– Diz, gosto do som da tua voz.
– Também nunca me apaixonei. Um dia irá aparecer o amor na minha vida.
– Talvez...
Ela sorriu.
"Como uma vampira pode ser tão bonita?” – Pensou André.
– Obrigada. – Agradeceu ela, sorrindo.
"Esqueci que ela lê pensamentos" – Pensou André.
– Desculpa. Eu sei que é invasão.
– Tudo bem, não há problema.
Eles ficaram uns segundos calados.
– O Marco quer que voltes. – Disse André.
– Claro que ele quer. – Disse ela, mal-humorada.
André se desencostou da árvore e perguntou:
– Queres ajuda?
– Não, não necessito. Na verdade, nunca necessito.
Ela se desencostou rapidamente da árvore.
– O que vais fazer quando voltares? – Perguntou o André.
– O meu pai age como se nada tivesse acontecido. Não é a primeira vez que fujo. Temos que ter mais conversas destas. Pareces interessante.
– Também acho.
Eles sorriram um para o outro.
– Bem... Tenta me alcançar! – E dito isso, ela começa a correr.
“O Roberto tinha razão. A Rita era realmente muito rápida.” – Pensou André. A Rita nem ouviu o pensamento dele.
Uns três segundos depois, a Rita já estava na porta de casa. Em seguida, André chegou.
– Cheguei antes, André. – Disse ela, a rir.
– É verdade. Querias apostar uma corrida amanhã, Rita?
– Claro, André. Amanhã as quatro da manhã?
– Não, mais tarde.
– Tens medo?
– Não!
– Então fica às quatro.
– Então está as quatro.
Um servo vai ter com Rita.
– O Sr. Marco está a sua espera no escritório dele.
– Obrigada. – Disse Rita e, em seguida, virou-se para André – Adeus, André.
E ela saiu.
– Adeus, Rita.


Á Busca de um Sonho II

(Observação da autora no dia 30/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "À Busca de Um Sonho II". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capitulo 1

Passou um ano, um ano de vários concertos, uma ano de fama e um ano de aulas e de exames para a Micaela. Era dia 21 de Junho e era o último dia de aulas da Micaela. Os corredores da escola da Micaela, em Lisboa, estavam estranhamente desertos. Nem um som ecoava no interior do bar. Não se via ninguém subir apressadamente as escadas, não havia ninguém a correr nos corredores. O único som que se podia ouvir era dos professores a darem as suas aulas habituais. A turma onde se encontrava a Micaela estava a ter aula de Inglês, mas claro que ninguém ouvia a professora. Vários alunos, incluindo a Mimi, olhavam de 5 em 5 minutos para o relógio de parede. Quando finalmente a Mimi olhou pela octogésima vez (ou mais vezes), reparou que os ponteiros indicavam 14:58. Faltavam 2 minutos para saírem daquela aula triste e cansativa. A professora de Inglês é que estava completamente alheia ao facto de nenhum aluno lhe estar a prestar atenção.
– Vocês, depois de acabarem este ano em paz e sossego, lembrem-se que têm de se lembrar sempre do que vocês aprenderam na escola. – Dizia ela.
A Micaela olhou para a colega que estava ao lado dela na mesa que era a amiga Patrícia e viu que esta estava a olhar pela janela com um ar sonhador.
– Dêem largas aos vossos sonhos e façam a escolha correcta, mas antes disso aproveitem os dias quentes do verão. – Dizia a professora.
A Mimi deu um encontrãozinho no braço da Patrícia, a ver se ela acordava e disse:
– Estás a ouvir o que a professora disse agora? Será que endoideceu de vez? Claro que endoideceu, ela já devia saber que nós vamos aproveitar o verão.
A Patrícia ficou espantada.
– Tu ainda estás a ouvir a professora?
– Os disparates dela sim.
A Patrícia olhou para o relógio de parede.
– Falta um minuto. O futuro está a começar. – Disse ela à Mimi.
Quando começaram a faltar 50 segundos para o toque, os alunos começaram a se mexer nas cadeiras e a pensar: “O verão está a começar, o nosso futuro temos de pensar”.
Trimmmm! A campainha tocou e todos os alunos da escola saíram das salas e começaram a correr para ir ter com o verão. Chegou a hora de dizer adeus à escola.
A Mimi e a Patrícia encaminharam-se para os seus cacifos quando a Patrícia disse:
– O teu futuro já está feito. O meu é que nem por isso.
– Anima-te. – Pediu a Mimi.
– A Mariana e a Teresa vão te buscar, não é? – Perguntou a Patrícia.
– Sim.
– Era bom se pudessem cantar uma música para nós.
Uns rapazes da turma delas ouviram o que a Patrícia tinha acabado de dizer e concordaram:
– É verdade, tens de cantar, nem que seja uma música.
A Micaela sorriu.
– Vamos fazer os possíveis.
Entre risos e conversas, todos se dirigiam para o portão da escola, assinando também os livros de curso. A Micaela dirigia-se para perto das suas colegas da banda com a sua colega de turma, Patrícia. Quando finalmente se encontraram junto das colegas da Micaela, a Patrícia não perdeu tempo e informou:
– Nós queríamos que vocês cantassem uma música para nós. Será que é possível?
A Micaela arregalou os olhou para a Patrícia, como se estivesse a mandar calá-la. Contudo, a Patrícia não percebeu.
– Era boa ideia. – Respondeu a Teresa à pergunta da Patrícia, alegremente.
– Já viram os jornais? – Perguntou a Mariana.
– Sim. Os 3+3 estão na primeira página e o título é sempre parecido a: “3+3 ganham de novo”. – Respondeu a Patrícia, alegremente.
A Micaela sorriu, mas não foi um sorriso de contentamento, foi mais um sorriso de como se tivesse sido desprezada.
– Onde é a espécie de palco? – Apressou-se a Teresa.
“O quê?” – Pensou a Micaela. Ela estava tramada, agora teria de cantar perto das pessoas e o pior é que teria de cantar para os colegas da sua turma. Um terror.
– É ali. – Respondeu a Patrícia à pergunta da Teresa, apontando.
– Então vamos lá.
Encaminharam-se para lá e pegaram nos microfones que já estavam ligados e anunciaram:
– Vamos cantar agora uma música que foi escrita pelos rapazes da banda.
Começaram a cantar, sem som claro e todos os alunos da escola aplaudiam, como se o som da música estivesse presente. Embora estivessem só as raparigas da banda a cantar, os alunos batiam palmas. O pequeno espectáculo estava fantástico. Depois de ter acabado a canção, lançaram a correr para fora do portão da escola a caminho do verão, da liberdade e do futuro.

Capitulo 2

Uma semana depois, os 3+3 estavam prontos para voltarem para o Algarve, mas o editor tinha aparecido em casa deles para lhes dar uma notícia importante.
– Têm de apanhar o avião para a Índia, acho que este verão não vai ser passado no Algarve.
O Pedro não queria acreditar no que estava a ouvir.
– O quê?
– É isso que vos estou a dizer. Há um realizador que vos quer no seu filme de Bollywood e ele é Português, embora pensem que ele possa ser indiano.
A Teresa gritou de entusiasmo. O editor fez uma cara triste.
– Só há um problema.
As caras de entusiasmados dos 3+3 passaram a caras de preocupados.
– Qual é o problema? – Quis saber o Carlos.
– Só as raparigas é que podem viajar.
Olharam-se uns para os outros com caras tristes.
– É a vossa oportunidade de serem estrelas de cinema. – Continuou o editor.
A Micaela, com cara triste, respondeu:
– Não vamos.
E dizendo isto foi arrumar as suas malas para ir para o Algarve. A Mariana foi ter com ela.
– Mas não vamos o quê? Vamos sim.
– Têm de pensar depressa, o realizador quer uma resposta dentro de 24 horas. – Avisou o representante.
– Dê-mos um minuto, nós temos de falar. – Pediu o Luís.
– Está bem. – Respondeu o editor.
Eles foram para a cozinha para falarem mais à vontade, enquanto o editor estava à espera da resposta deles na sala.
– Então?! Isto é a nossa grande oportunidade. – Disse-lhes a Mariana.
– Nossa? – Perguntou o Carlos – Que eu saiba vocês é que vão para Bollywood.
– E que eu me lembre, no ano passado, quando andámos no Algarve, prometemos que esta banda não iria acabar. – Relembrou o Luís.
– Mas é a oportunidade dos 3+3 se tornarem estrelas internacionais. – Disse a Teresa.
– Também estás de acordo com a Mariana, Teresa? – Perguntou o Pedro.
– Claro que estou, nós queremos ser estrelas. – Respondeu a Teresa.
– Nós não. Vocês é que querem ser estrelas, vocês é que vão para Bollywood. – Disse o Luís.
– A banda vai estar sempre connosco, Luís. E vocês vão ser conhecidos na Índia, porque nós vamos falar de vocês. – Explicou a Mariana.
– Estás a falar a sério? – Quis saber o Carlos.
A Mariana fez um sim com a cabeça.
– Vendo bem, esta até pode ser a nossa oportunidade. – Disse a Micaela.
– Ou o nosso destino. – Acrescentou o Pedro.
– Então, vamos para a Índia. – Gritaram as raparigas.
– Ainda bem. Estava a ver que me assustavam. Amanhã de manhã trago-vos novidades. – Disse o editor.
– Está bem, adeus. – Disseram eles.
O editor saiu da casa dos 3+3.

Capitulo 3

Nessa noite, a Mariana e a Teresa sonharam com a ida à Índia, mas os rapazes e a Mimi tiveram pesadelos. Se antes eles tinham a mesma opinião, agora estava a ser diferente. Tudo estava a alterar-se. Os quatro reviravam-se na cama e acordavam com frequência.
Quando finalmente os ponteiros do relógio bateram para as 7:00 é que os quatro acabaram por conseguir cair no sono, mas agora já era tarde, tinham de se levantar. Vestiram-se, tomaram o pequeno-almoço e esperaram, com ansiedade, a visita do editor. Quando a Teresa ia sentar-se numa cadeira é que bateram à porta. Foi à porta e abriu-a. Era o representante. Todos olhavam para ele com emoções iguais, eles queriam saber desesperadamente as novidades. O editor tinha um sorriso estampado no rosto o que queria dizer que, a princípio, as novidades que ele tinha não eram más.
– Bom-dia, meninos! Dormiram bem? – Perguntou o editor.
– Alguns sim. – Respondeu o Pedro, com um sorriso, mas depois perdendo-o – Outros não.
– Então? Têm de se alegrar. – Pediu o editor.
– Ai é? Se tiver novidades más, pode nos dizer. – Disse o Carlos, sarcástico.
– Não tenho novidades más. – Garantiu ele.
– Então quais são as novidades que tem? – Perguntou a Mariana, alegre.
– Parece que as raparigas não são as únicas que vão viajar.
Os rapazes não estavam a acreditar no que estavam a ouvir.
– O quê? – Perguntou o Luís.
– Também vamos para a Índia? – Quis saber o Pedro, a sorrir.
O editor negou com a cabeça e os rapazes perderam o sorriso.
– Não fiquem assim, vão para os Estados Unidos. – Disse o representante.
– O quê? Estados Unidos? Fazer o quê? – Perguntou o Carlos, sem conseguir acreditar.
– Querem que vocês protagonizem um filme de musical. – Respondeu o editor.
Os 3+3 olharam uns para os outros com caras de parvos. Não estavam a acreditar no que estava a acontecer. Os rapazes da banda num lado e as raparigas no outro? Mas como iriam fazer alguma coisa para a banda continuar? Era impossível. Mas eles sabiam que era a grande oportunidade de mostrarem ao mundo o seu potencial para estrelas de cinema e os rapazes aceitaram o convite.
– Amanhã cada um de vocês vai para o avião e vai seguir o seu caminho, depois das gravações vocês voltam. – Disse o editor.
Eles não estavam a acreditar. Despedidas? Eles não iriam aguentar. Mas tinha de ser para lutarem pelos seus sonhos. O editor, depois das despedidas, saiu da casa deles.

Capitulo 4

Nessa noite, a Micaela estava sozinha no seu quarto quando bateram à porta. Era o Luís que, ao vê-la deitada na cama a olhar para o tecto, com um olhar sonhador, foi sentar-se ao lado dela. Via-se que no rosto da Micaela estada descrito o vazio.
– Porque não vais lá para a sala ter connosco? Estamos a divertirmo-nos. – Disse ele.
Percebia perfeitamente que a Micaela estava preocupada com qualquer coisa.
– Não me apetece. – Respondeu ela, com uma cara triste.
O Luís tentou de novo. Ela teria de lhe dizer a razão por que ela estava assim.
– Não vais sequer despedir-te de nós amanhã?
A Micaela olhou para ele. Afinal ele sabia a razão por ela estar triste. Ao princípio, ela hesitou, mas não querendo responder à pergunta, fez outra.
– Achas que... a banda vai terminar de vez, Luís?
– Terminar de vez acho que não! – Respondeu ele, para desanuviar o ambiente. Depois, com um ar sério, disse – É possível que as pessoas pensem que os 3+3 vão acabar, mas acho que não vão.
– Sinto que isto não passou de uma perda de tempo. – Admitiu ela.
– Mas valeu para seguirmos os nossos sonhos. – Disse ele.
A Micaela sorriu ao olhar para ele, mas, depois de desviar o olhar, ficou triste.
– Mas vamos ficar cada um por seu lado. Já não é um por todos e todos por um.
– Isso é se nós deixarmos.
A Micaela sorriu.
– Tens a certeza?
O Luís fez um sim com a cabeça.
– Obrigada.
O Luís sorriu.
– Vais lá para a sala?
Nesse momento, são interrompidos pela Teresa e pala Mariana.
– Podemos falar com a Mimi? – Perguntou a Mariana.
– Sim. – Respondeu o Luís, sorrindo para a Micaela e depois, levantando-se da cama, saiu.
A Micaela perguntou:
– O que querem?
A Teresa fechou a porta e foi ter com a Mimi.
– Se estás aqui, porque tens medo que a banda acabe, acho que estás com azar.
– O quê? – A Micaela não estava a acreditar.
– Sim, Mimi, não tenhas esperanças. – Disse a Mariana, indo também ter com ela.
– Vocês ouviram a minha conversa com o Luís, não foi? – Quis saber a Micaela.
– Não, só supúnhamos que estavas aqui por causa da banda. – Respondeu a Teresa.
– Sabem que mais? Acho que isto foi uma perda de tempo, se vocês não queriam que eu tivesse a ideia de fazer uma banda, diziam-me. – Despejou a Micaela, de uma vez por todas.
– Nós, ao princípio, não quisemos, mas tu perguntaste aos rapazes e eles disseram que sim. – Relembrou-lhe a Teresa.
– E foi aí que quisemos também entrar. – Acrescentou a Mariana.
– Foram sinceras quando nos disseram que queriam entrar para a banda? – Perguntou a Mimi.
A Mariana e a Teresa olharam uma para a outra, depois virando-se para a Micaela, a Teresa disse:
– Eu só quis entrar para poder ser famosa. – Admitiu.
– E eu só quis entrar para depois de sermos estrelas em Portugal, sair da banda e tentar ser dançarina. – Admitiu também a Mariana – Por isso é que te pedi para tu não recusares o convite, porque o teu sonho é ser actriz, Mimi. Embora houvesse esse teu sonho de fazer uma banda.
– Mas acima dos meus sonhos, está a amizade entre amigos, entre grupo. Se conseguir seguir o meu sonho e não ter sequer nenhum amigo para me apoiar é como se não valesse nada o que eu fiz. Percebem? – Perguntou a Micaela, a despejar tudo o que tinha dentro da alma.
A Mariana e a Teresa estavam boquiabertas.
– Nós percebemos. – Respondeu a Mariana.
– Vamos sair. Até já. – Disse a Teresa.
– Até já.

À Busca de um Sonho I (Parte II)

(Observação da autora no dia 28/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "À Busca de Um Sonho I". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).


Capitulo 30

No Algarve, cinco adolescentes estavam preocupados.
– Têm alguma ideia de onde esteja a Mimi? – Perguntou a Teresa.
– Não. – Responderam os rapazes.
– Calma aí. – Pediu a Mariana.
– O que se passa? – Quis saber a Teresa.
– Se é verdade o que ela escreveu de não estar no Algarve, então só pode estar num sítio. – Explicou a Mariana.
– Qual? – Perguntou o Luís.
– Só deve estar em Lisboa. – Disse ela.
– Sim, mas onde? – Perguntou o Pedro.
– Tenho uma ideia. – Disse a Teresa.
– Espero que seja uma grande ideia, senão amanhã vamos limpar. – Disse a Mariana para a Teresa.
– Mariana, tu sabes a palavra passe que a Mimi usa no Messenger? – Perguntou-lhe a Teresa.
– Eu acho que me lembro.
– Então vamos ao computador.
Depois de terem ligado o computador, o Luís apressou-se a perguntar qual era a ideia que a Teresa tinha pensado.
– Ela deve ter no Messenger alguma coisa.
– E se não tiver? – Perguntou o Carlos.
– Se não tiver estamos mal, muito mal.
Entraram no Messenger da Mimi e não foi preciso muito para descobrirem onde ela estava: no seu nick do Messenger estava lá o seguinte: “Estou farta disto, vou para casa da Patrícia em Lisboa, preciso de paz”.
– Aqui está. – Disse a Teresa.
– Como é que ela se lembrou da Patrícia, a nossa colega? – Perguntou a Mariana.
– Ela é uma génio, como a Mimi, e é a única colega que consegue guardar segredos. – Respondeu a Teresa.
– Próxima paragem: Lisboa! – Gritou o Pedro.
– Não, Pedro. – Negou o Luís.
– Não o quê? – Quis saber o Carlos.
– Eu preferia ir sozinho.
– Tu estás louco! Isto é um grupo, temos de ir todos. – Disse a Teresa.
– Mas eu queria ir sozinho.
– Para quê? Para ela te mandar embora? – Perguntou o Carlos.
– Não, para ela me desculpar. – Respondeu ele.
– O quê? Achas que ela vai te desculpar? E já agora, desculpar do quê? – Quis saber o Pedro.
– De tudo.
– Tu é que sabes, mas isto devia ser em grupo. – Disse-lhe a Mariana, concordando com a Teresa – Tens aqui a morada.
– Podem ficar descansados que eu trago-a de volta. – Tranquilizou o Luís.
– Está bem. – Disse a Mariana.
– Teresa, importas-te que eu peça aos teus seguranças para me levarem a Lisboa?
– Não me importo. Podes ir à vontade. Eles até sabem onde é a casa da Patrícia.
– Obrigada. Até logo!
– Até logo. – Disseram eles.
Capitulo 31

O Luís foi ter com os seguranças da Teresa no outro hotel e eles levaram-no a  Lisboa. Enquanto o descapotável ia fazendo o seu percurso, a temperatura pelo caminho ia descendo. O Luís parecia satisfeito por ir à procura da Mimi, pois saberia que agora ficaria tudo bem entre eles.
A viagem durou 4 horas e o Luís estava pronto para trazer a Mimi de volta para o Algarve. A Patrícia vivia numa vivenda com os pais e era rápido o Luís descobrir a casa. Chegou a casa da Patrícia e bateu. Quem foi abrir a porta foi a Patrícia, que o atendeu.
– Está aqui a Mimi? – Perguntou ele.
– Não.
O Luís entrou à pressa, sem que a Patrícia pudesse impedir.
– Aqui está ela. – Disse ele.
A Mimi estava sentada no sofá da sala a ver televisão.
– Que fazes aqui? – Perguntou a Mimi.
– Vim levar-te para o Algarve. – Respondeu o Luís.
– Eu não saio daqui. – Disse a Mimi.
– Se não saíres daqui, eu também não saio. – Disse, virando-se para a Patrícia – Tem mais um quarto?
– Trata-me por tu, se faz favor, e tenho mais um quarto. – Respondeu a Patrícia.
– Está bem. Obrigado. – Disse ele.
– Como é que tu vieste? – Perguntou a Mimi ao Luís.
– Os seguranças da Teresa levaram-me.
– Tu não podes me levar. – Disse-lhe ela.
– Porquê?
– Porque eu não quero ir-me embora.
O Luís virou-se para a Patrícia e pediu-lhe para sair. Quando ela saiu, o Luís sentou-se ao lado da Mimi.
– Todos nós queremos que voltes.
– Até a Teresa? – Quis saber a Mimi.
– Sim, até a Teresa.
– Mas eu não vou, não quero ter pesadelos.
– Por isso é que vim. – Disse-lhe o Luís.
– Vieste para quê? Para eu saber que vocês não se esqueceram de mim?
– Nós precisamos de ti, Mimi.
– Mas se a culpa é toda minha de vocês não conseguirem fazer a banda, eu vou-me embora. – Disse a Mimi.
– Não éramos capazes de fazer uma banda sem ti.
– Eu não contribuo nada para a banda.
– Estás enganada. Nós vamos esforçarmo-nos para que a banda funcione. – Disse-lhe o Luís.
– Eu não consigo, desisti.
– Não digas isso.
– Eu não quero ter pesadelos. – Disse-lhe ela.
– Há umas semanas atrás eu queria marcar contigo um encontro para falarmos sobre a nossa vida, lembras-te? – Perguntou o Luís.
– Sim e eu recusei.
– Mas nós temos de falar.

À Busca de Um Sonho I (Parte 1)

(Observação da autora no dia 28/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "À Busca de Um Sonho I". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capitulo 1

Era uma vez três raparigas em que a loura chamava-se Mariana, a morena chamava-se Micaela Miranda, mas era tratada por Mimi e uma ruiva que se chamava Teresa. As três raparigas tinham grandes defeitos e grandes sonhos: a loura adora roupa e o seu maior sonho é ser dançarina, a morena é muito esquecida e adorava ser conhecida em todo o mundo como actriz e a ruiva detesta perder e adorava que as pessoas reconhecessem o seu talento para a música. Estas talentosas raparigas têm 17, 16 e 19 anos, respectivamente, e vivem em Lisboa. Estão prestes a viajar para o Algarve, pois é verão e querem aproveitar o sol.

***

Numa linda manhã, em casa da Teresa, elas estão a falar dos planos que estão a querer fazer para o Algarve.
– Meninas, ouçam lá, o que acham de... – A Mariana fez suspense – Como é verão, irmos para o Algarve?
– Acho espectacular. – Respondeu a Teresa.
– Eu não sei. – Disse a Mimi – Vamos para onde?
A Mimi virou-se de repente para a Mariana e para a Teresa. Elas suspiraram e a Mariana relembrou-a.
– Algarve, Mimi.
– Ah, desculpem, esqueci-me. – Desculpou-se.
– Tu esqueces-te sempre. – Disse-lhe a Teresa.
– Pois é, desculpem.
– Então querem ir para o Algarve? Mais propriamente Vilamoura? – Quis saber a Mariana.
– E os nossos pais? – Perguntou a Mimi.
– Eles aceitam e, além disso, a Teresa vai connosco, como ela é maior de idade, pode tomar conta de nós, se fizermos asneira.
A Teresa fez uma cara horrorizada.
– Não me vou fazer de babysitter.
– Mas nós vamos portarmo-nos bem, não vamos? E tu não vais tomar conta de nós, nós é que vamos tomar conta umas das outras. Entendido?
– Assim está melhor. – Disse a Mimi – Algarve, aqui vamos nós!
Fizeram as malas, pegaram no descapotável do pai da Teresa e nos seguranças que o pai da Teresa fez questão de lhes dar e lá foram elas de viagem para o Algarve.

Capitulo 2

A viagem das três amigas correu muito bem e elas, passadas quatro horas, já estavam no hotel onde a Mariana já tinha feito a inscrição. Foram à recepção e foram atendidas por uma senhora muito simpática.
– Os meus pais fizeram uma inscrição neste hotel na semana passada.
–  Deixe-me ver, se faz favor. – Pediu a senhora.
Esperaram que a senhora desse uma vista de olhos nas marcações.
– Aqui está! É a menina Mariana, certo?
– Sim. Os meus pais puseram em meu nome.
– Podem passar. É o quarto nº 10.
Mas a senhora, ao ver três homens atrás das meninas, chamou-as.
– Meninas, quem são estes três senhores?
– São os nossos seguranças. – Respondeu a Mariana.
– Mas o hotel tem seguranças para as meninas, se quiserem.
– Não, deixe estar, confiamos mais nestes três senhores e, além disso, eles nem vão ficar hospedados neste hotel. – Explicou a Mariana.
– Ai não? – Perguntou, admirada, a senhora.
– Não, vão ficar num hotel perto daqui a vigiarem-nos, caso nos aconteça alguma coisa. – Explicou, de novo, a Mariana.
– Está bem. Podem ir.
E lá foram elas para o quarto nº 10.

Capitulo 3

Depois de desmancharem as malas e de comerem um grande almoço, foram para a piscina do hotel.
– Que bom, Mariana. Foi bom tu marcares o verão de nós as três no Algarve. – Disse a Mimi.
– Sim, agora vai ser só sol e mar. – Concorda a Teresa.
– Eu já sabia que vocês iriam dizer isso.
– Ainda tinhas dúvidas? – Perguntou, admirada, a Teresa.
– Não. Além disso, foi por uma razão especial que eu escolhi o Algarve.
– Qual? – Perguntou a Mimi.
– O Algarve tem montes de lojas de roupa.
– O quê? Acho que tu não conheces muito bem o Algarve. O Algarve é onde há mais piscinas e praias. – Esclareceu a Teresa.
– Então como é que os Algarvios têm roupa? – Perguntou a Mariana.
– Existem lojas de roupa no Algarve, mas são poucas. – Esclareceu a Mimi.
– Ui, ainda bem que conheço uma loja de roupa aqui perto, porque se não estava tramada. – Lamenta-se a Mariana.
Puseram as suas toalhas nas espreguiçadeiras e deitaram-se, a Teresa pegou nos seus óculos de sol e foi “passar pelas brasas”, a Mariana também pegou nos seus óculos de sol, mas foi “trabalhar para o bronze” e a Mimi pegou no seu livro e começou a ler. Não faltou muito até o descanso delas acabar, pois chegaram três rapazes (um louro e dois morenos) que estragaram.
– Olá, meninas! – Cumprimentou o louro.
O louro trazia nas mãos um copo com água que o entornou e caiu precisamente em cima da Teresa.
– Ah! – Gritou ela.
Tirou os óculos de sol e olhou para os três rapazes.
– Quem fez isto? – Perguntou ela, zangada.
– O Pedro. – Respondeu um dos morenos.
– Peço desculpa. Ele é o Luís e o Carlos. – Disse o louro.
A Mariana interrompe.
– Olá! Eu sou a Mariana.
– E eu sou a Micaela Miranda, mas prefiro que me chamem de Mimi, é a minha alcunha. E vocês, como se chamam?
– Sou o Luís e ele o Carlos. – Disse o moreno.
– Deixem estar, a Mimi é muito esquecida. – Explicou a Mariana.
– Pois sou, desculpem.
– Eh, ninguém se importa por mim? – Interrompeu a Teresa.
– Ela é a Teresa. – Disse a Mariana ao Luís e ao Carlos.
– Vocês vão ver seus idiotas, vocês acabaram com o meu sono. – Disse ela ao ir-se embora.
– Ela sente-se bem? – Perguntou o Pedro.
– Desculpem, ela é assim, acha-se a melhor. E quando ela se zanga, ainda é pior. – Esclareceu a Mariana – Então, vocês são de cá?
– Sim. – Respondeu o Carlos.
– E vocês? – Perguntou o Pedro.
– Não, somos de Lisboa. – Esclareceu a Mimi.
– Viemos só para ficar no verão, depois vamos outra vez para Lisboa. – Concluiu a Mariana.
– Ai vamos? – Perguntou a Mimi.
– Sim, Mimi. – Relembrou-a a Mariana.
– Então que sejam bem vindas e que se sintam em casa. – Disse o Luís.
– Obrigada. – Agradeceram as duas raparigas.
– Nós moramos no quarto nº 11, se precisarem de ajuda é só pedir. – Disse o Carlos.
– Obrigada na mesma. – Agradeceu a Mariana.
– Temos de ir embora, adeus. Até à próxima. – Disse o Pedro.
– Até à próxima. – Responderam as duas amigas.
Os três rapazes afastaram-se e as duas amigas começaram a falar.
– Temos de ir ter com a Teresa. – Disse a Mariana.
– Pois é, anda. – Disse a Mimi, ao pôr a mão na testa acabando de se lembrar da Teresa.
Lá foram as duas raparigas ter com a Teresa.

História de Uma Adolescente

Olá, Pessoal!
Esta foi a minha primeira história escrita, "História de uma Adolescente". Originalmente, tinha como subtítulo "A minha vida é só música e amor", mas retirei por parecer estupidamente escrito.
Espero que gostem e não vejam a infantilidade desta minha pessoa com 10/11 anos (possivelmente).

(Observação da autora no dia 28/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "História de uma Adolescente". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capitulo 1

A Carla está no quarto dela a escrever e chega o pai António:
– Carla, a Luísa está lá à porta queres que a chame?
– Pai,eu sei que a mãe morreu faz hoje uma semana, mas...
O pai não a deixa acabar a frase.
– Carla, não queiras piorar as coisas para ti.
– Porque é que não me deixas cantar?
– Por causa da tua mãe, Carla. Ela teve um ataque no palco não queiras ficar como ela... morta.
Quase não conseguiu pronunciar a palavra.
– A Luísa está lá fora, chamo-a?
– Sim.

Capitulo 2

A Luísa entra no quarto da Carla radiante:
– Olá, pessoal, a Luísa chegou esqueçam os problemas.
– Se fosse fácil.
A Carla já não estava tão radiante como a Luísa.
– O que é que se passa, Carla? A escola começa depois de amanhã, e o que é que significa?
– Significa começar a trabalhar.
– Sim, mas o que fazemos antes disso?
– Dormir até tarde. – Tentou adivinhar.
– Não, estás enganada.Vamos fazer uma... – Fez suspense por uns segundos – Mega festa!
– Mas tu não sabes que o meu pai não quer que eu cante. – Avisou a Carla.
– Mas não vai ser na tua casa, vai ser na minha.
– A Amélia de certeza que vai falar com o meu pai.
– Não. Com um bocadinho de jeitinho ela não lhe diz nada. Vá aceita e tens direito a bolo e tudo.
– Ok. Convenceste-me. – Disse a sorrir.
– Amanhã às 20:00 quero ver-te lá em casa, ok?
– O que é que vou dizer ao meu pai?
– Diz que vais ter uma festa de pijama em minha casa, não te esqueças, de pijama, e para o caso de ele não acreditar, leva o pijama para minha casa.
– Ok. Vais levar o Luís? – Perguntou a Carla.
– Carla, eu já não namoro com ele.
– Então o que aconteceu?
– Já não deu para continuar, então acabámos.
– E dizes no mais natural do mundo.
– Sim, eu tenho mais conquistas.
– Sais-te cá uma coleccionadora de namorados.
– Devias fazer o mesmo para não ficares atrofiada.
– Eu não consigo, olha como é que eu estou?
– Reage.
– Como é que queres que eu faça, acabou de morrer a minha mãe. – A Carla começou a ficar zangada.
– Mas tens de reagir, olha como eu estou mudada, tenta, de certeza que vais conseguir.
– Está bem. – Disse, já mais calma.
– Bem fica combinado amanhã às 20:00 na minha casa, adeus!
– Adeus!
E a Luísa lá saiu da casa da Carla.

Capitulo 3

O Ricardo e o João estão a jogar monopólio no quarto do Ricardo:
– Ganhei-te! – Grita o Ricardo.
– Não vale fizeste batota. – Queixa-se o João.
– Não interessa, ganhei.
– Ricardo, agora estou a pensar, vamos para a mesma escola onde sempre tivemos, mas com alunos novos, sabes, tenho a sensação que este ano vai ser especial.
– É sempre especial.
– Não, não estás a perceber, no sentido mágico.
– Mágico? – Diz o Ricardo, atrapalhado.
– Sim.
– Nunca tinha pensado nisso, mas pode ser.
– Vamos a mais um jogo, mas não faças batota.
Foi assim que os rapazes passaram a tarde.

Capitulo 4

A Raquel e a Marta estão a arranjar as unhas no quarto da Marta.
– Este ano vai ser uma miséria. – Diz a Marta.
– Por que dizes isso?
– Oh, Raquel, é só mal vestidos, ainda bem que estás comigo, porque se não a minha vida era uma chatice.
– Até pode vir gente boa e com estilo.
– Gente boa, meu Deus! Só se vê lá drogados com as calças ao fundo do cu. Chamas a isso estilo?
– É a moda.
– É a moda! Vê-se que não estás a par da situação, Raquel. Vê as lojas.
Nesse momento chega a mãe da Marta, a senhora Rita.
– Olá, meninas tudo bem? Fui agora ás lojas de roupa e comprei isto!
Elas olham para o saco.
– Calças de cintura alta? Meu Deus! Mãe isto não tem estilo nenhum. – Berra a Marta.
– Mas acabaste de dizer que só vias "drogados com as calças ao fundo do cu". – Disse a Raquel.
– Para as raparigas é diferente. Bem, a moda é a seguinte – Fez uma pose teatral antes de começar – Calças de cintura descaída, botas de salto alto, mini-saias, vestidos curtos, tops, é isto a moda!
– Desculpa, filha, vou já entregar isto às lojas. – Fez-lhe a vontade.
– Ainda bem, já me está a dar vómitos.
E lá foi a pobre da mãe fazer-lhe a vontade.

Capitulo 5

No dia seguinte a Carla como combinado ia pedir ao pai para ir a casa da Luísa fazer uma festa de pijama e foi à sala pedir se a deixava ir.
– Pai,posso ir a casa da Luísa fazer uma festa pijama?
– Sim, mas vais dormir lá?
– Não,venho por volta das 11:00.
– Então não venhas mais tarde que essa hora.
– Ok pai, obrigada.
E lá foi ela... chegando a casa:
– Olá, Carla, o teu pai está bom?
– Sim e a Amélia?
– Também.
– Entra, Carla, vai começar a festa!
A música começou a tocar, a Luísa e a Carla começaram a dançar e a cantar, menos a Amélia, então, ao reparar que ela não dançava, a Luísa foi ter com ela.
– Dança, Amélia.
– Creio que não, menina Luísa.
– Não nada, dança.
Depois de tanta dança, tanta bebida e tanta comida acabaram por adormecer até ao dia seguinte.
– Meninas, já são horas de ir para a escola. – Grita a Amélia.
A Luísa acorda e olha para o relógio.
– Meu Deus já é tarde, Carla acorda.
– Que horas são? – Perguntou ainda ensonada.
Nesse momento toca o telemóvel da Carla.
– Estou?
– Filha onde estás? Não passaste cá a noite e já são 7:15 tens de ir para a escola. – Era o pai.
– Pai, adormeci em casa da Luísa, vou já para a escola, adeus!
Desligou o telemóvel.
– Obrigada por me acordares, Amélia, o meu pai já estava a ter um ataque.
– Ok, menina.
– Anda, Carla.

Capitulo 6

O João tinha dormido em casa do Ricardo, mas às 7:15 o Ricardo ainda não tinha acordado.
– Estou cheio de sono.
– Então, Ricardo ainda estás assim?
– O que é que é que queres, fui para a cama tarde.
– Anda, hoje é um grande dia...
O Ricardo não o deixou acabar a frase.
– ... de escola. – Tentou completar a frase do João, mas errou com a resposta.
– Não, de conhecer os alunos.
– Ah...
– Anda,veste-te eu fico à tua espera.


À Procura da Sobrevivência

Olá, Pessoal!
Esta é a história de "vampiragem" que escrevi. Originalmente tinha nomes de pessoas famosas, a pedido de vários leitores, agora mudei. A adaptação continua no meu antigo blog: À Procura da sobrevivência.

OBS: O Título sofreu alteração.

(Observação da autora no dia 25/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "À Procura da Sobrevivência". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não sei se será lançado em livro algum dia, mas não alterei qualquer palavra ou enredo, apenas erros).

Capitulo 1

Estávamos no ano de 2010 no mês de Dezembro, a Dália Santos e a irmã “emprestada” Vanessa Martins estavam a brincar na neve. Dália tinha 18 anos e a Vanessa 17. A mãe da Dália, a senhora Dulce estava a preparar o jantar, eram 20:00 e estava a escurecer. Foi chamar as filhas (a Vanessa era como se fosse sua filha) mas quando chegou à porta viu que elas já não estavam por perto. Começou á procura delas e quando deu por isso, a noite tinha-se instalado completamente, estava muito escuro. Começou a chamar pelas filhas mas estas não respondiam. Até que Dulce ouviu um barulho. Chamou pelas filhas de novo mas chegou à conclusão que não eram elas que estavam a fazer aquele barulho. Virou-se e só notou uma pequena dor no pescoço. Dulce, sentiu o cheiro a sangue e quando colocou a mão por cima do seu ombro percebeu que era o seu sangue que estava a derramar. A única coisa que conseguiu ouvir naquele momento era um grito de uma voz feminina que lhe parecia ser da Dália.
Dulce, caiu, morta sobre a neve.

A Dália tinha chegado naquele momento para socorrer a sua mãe com a ajuda da Vanessa mas gritos vindos dos mesmos vultos que causaram todo aquele barulho fizeram-nas esquecer por momentos o que tinha acontecido. A Dália e a Vanessa sentiram de novo o cheiro a sangue e, sem sequer perceberem, desmaiaram ao lado da mãe.

Capitulo 2

A Dália e a Vanessa, horas mais tarde, acordaram num sítio que não era o mesmo com que chegaram a desmaiar, horas atrás. Estavam num quarto, as paredes estavam pintadas de branco e havia 2 camas onde elas estavam deitadas. Havia 2 mesas-de-cabeceira e 2 candeeiros que estavam acessos. Havia uma porta que estava aberta e não se ouvia um único som excepto passos que vinham de um corredor que levava a esse mesmo quarto. Ambas olharam para a porta e viram um homem de pé, parado a olhar para elas. Houve uns segundos de silêncio e depois o homem perguntou:
– Estão bem?
A Vanessa estava muito amedrontada de modo que foi a Dália que respondeu:
– Sim, acho que sim.
O Homem sorriu e foi se sentar no canto da cama da Dália.
– Eu sei que vocês podem estar muito assustadas com isto mas vocês estão em “boas mãos”.
– O que é que aconteceu com a nossa mãe? – Perguntou a Vanessa, assustada.
O homem parou de sorrir.
– Infelizmente morreu.
A Dália e a Vanessa baixaram a cabeça.
– O senhor é nosso parente? – Perguntou a Dália.
O homem fez um não com a cabeça.
– Não, não sou.
– Então é só uma pessoa que nos salvou não é? - Perguntou a Vanessa.
– Se vocês quiserem chamar assim, está bem mas na realidade foi diferente.
– Diferente! Como assim? - Quis saber a Vanessa.
O Homem suspirou.
– Vocês têm estômago para conseguirem ouvir a verdadeira realidade?
As duas afirmaram com a cabeça.
– Bem, antes de mais, chamo-me António Sousa e esta é a minha casa.
Vivo com a minha família, a minha esposa Teresa Sousa e os meus filhos biológicos Matilde, Tomás e Natália. Também vivo com os meus filhos adoptivos Eva Óscar, Marisa Junqueira, Miguel Marques, Luís Henriques, Adriana Tavares, João Macedo, César Galvão e Daniela Domingues.
A Vanessa interrompeu.
– Tantos filhos! A vossa família é numerosa.
A Dália repreendeu a irmã.
– Vanessa, deixa o senhor...
– António. – Relembrou o homem.
– Isso, deixa o senhor António continuar.
O António continuou.
– Nós vamos nas férias do Natal para cidades onde exista neve e curiosamente aconteceu o que aconteceu quando estávamos lá.
– A morte da nossa mãe. – Disse a Dália deixando cair uma lágrima.
– Mas como é que o senhor soube? – Perguntou a Vanessa.
O homem suspirou.
– Eu... eu e a minha família... somos... vampiros.
– O quê? Vampiros? Nunca acreditei nisso. Acho que isso é só ideias que metem nos livros. – Disse a Vanessa.
– Vocês... também... são.
– Somos o quê? – Perguntou a Vanessa.
– Vocês também são vampiras. – Disse o António.
– O quê? – Perguntou a Vanessa.
– Vampiras? – Disse a Dália sem perceber.
– Eu vou vos dizer como a vossa mãe morreu, para vocês poderem acreditar.
As duas afirmaram com a cabeça.
– A vossa mãe foi morta por vampiros, rivais nossos. Vocês iam também sendo mortas por esses vampiros mas eu e a minha família interferimos. Vocês estavam quase para perder a vida, mas nós conseguimos salvar-vos transformando-as em vampiras.
– Por isso é que nós desmaiámos. – Disse a Dália.
O António fez um sim com a cabeça.
– Agora podemos ir para casa? – Perguntou a Vanessa.
– Não, não. Vocês não podem sair daqui agora. Vocês são vampiras, agora têm de ficar na minha família. Vocês não são agora “normais”. Agora são minhas filhas adoptivas.
A Vanessa zangou-se.
– O quê? Desculpe lá. Mas que conversa é essa de sermos vampiras. Isso tudo são ideias que metem nos livros. Eu não vou viver nesta casa, o senhor salvou-nos, muito obrigada, mas eu tenho de voltar a seguir a minha vida e não é essa história que vai... – Nesse momento o candeeiro que estava ligado na mesa-de-cabeceira ao lado da cama em que a Vanessa estava deitada apagou-se. A Vanessa acabou a frase mais calma – ...  me fazer mudar de ideias.
– O que foi isto? – Perguntou a Dália.
– Alguns vampiros quando estão zangados apagam sempre alguma coisa. – Respondeu o António.
A Vanessa suspirou.
– Está bem. Eu vou viver com o senhor, mas... vou fazer a minha vida normal.
O António afirmou com a cabeça.
– Está bem. Querem conhecer a minha família?
As raparigas fizeram um sim com a cabeça.

Capitulo 3

Não muito longe dali, um vampiro estava a falar com a mulher:
– Mais umas filhas adoptivas. – Disse o vampiro, zangado.
– Deixa estar o António em paz, querido. – Disse-lhe a mulher.
– O quê? Deixo estar o António em paz? Estás bem? Ele está a ganhar-me.
– A ganhar-te? Ele só está a querer ajudar as raparigas. Não sei se sabes mas a mãe delas morreu graças a ti.
– Achas que elas merecem estar com a mãe? Elas desobedeceram-lhe.
– Desobedeceram-lhe mas não fizeram por mal. O que farias se os nossos filhos fizessem isso?
O vampiro olhou para a mulher.
– Achas que eu os mataria? Só se fosse maluco.
– Foi o que tu fizeste às raparigas, querido.
– Não quero mais falar sobre isso.
A mulher encolheu os ombros.

Capitulo 4

O António e as raparigas foram para a sala e elas viram a família do senhor que as salvou.
– Esta é a minha esposa Teresa Sousa. – Apresentou o António.
– Olá, pequeninas. – Saudou ela.
– Estes são os meus filhos biológicos: Matilde, Natália e Tomás. – Apresentou o António.
– A Natália é a mais nova? – Perguntou a Dália, olhando para a criança baixinha.
– Sim é. Tem 8 anos. – Respondeu a Teresa.
– Nos livros dizem que os vampiros ficam sempre com a mesma idade com que foram transformados, isto é verdade?
– Não, é mentira. Nós fazemos anos de 2 em 2 anos. – Respondeu o António.
– Isso quer dizer que eu tenho 17 anos e só faço 18 anos daqui a 2 anos. – Disse a Vanessa.
– Sim.
– Tu já não vais fazer anos no dia 14 de Dezembro. – Disse a Dália.
– Tenho curiosidade em uma coisa? – Perguntou a Vanessa.
– O que é? – Quis saber o António.
– Quantos anos vocês têm? E como envelhecem?
– Eu tenho 48 anos. A Teresa tem 39. A Matilde tem 17 anos. O Trace tem 20 anos. A Natália, já sabem, tem 8 anos. A Eva – Apontou para a Eva – tem 17 anos. O Miguel – Apontou para o Miguel –tem 19 anos. A Marisa, – Apontou para a Marisa –17 anos. O Luís, – Apontou para o Luís – 20 anos. O César, – Apontou para o César – 20 anos. A Adriana – Apontou para a Adriana – tem 17 anos. O João, – Apontou para o João – tem 20 anos e finalmente a Daniela – Apontou para a Daniela – tem 20 anos. Nós envelhecemos de 2 em 2 anos. Não temos de esconder muito. E muitos de nós estão destinados a outros.
– O quê? – Perguntou o Vanessa.
– É assim: A Marisa vai casar-se com o João, a Matilde vai casar-se com o César, a Adriana com o Luís e a Eva com o Miguel. A Natália, a Daniela e vocês as duas é que, por enquanto, não estão destinadas a ninguém. – Explicou o António.
– Menos mal. – Disse a Vanessa.
– E o Tomás? – Perguntou a Dália.
– Com ele estamos a ter um problema. Ele tem 20 anos e ainda não está destinado a ninguém.
– Está à espera que alguma de nós diga alguma coisa? – Perguntou a Vanessa, apontando para a irmã Dália e para ela.
O António encolheu os ombros.
– Se quiserem.
A Dália suspirou.
– Eu posso.
A Vanessa olhou para a irmã.
– O quê?
– Está bem. – Disse o António.
– Mas primeiro tenho de me adaptar a isto. – Disse a Dália.
– Mas é claro que sim. – Disse a Vanessa.
A Teresa mudou de assunto.
– Adriana, Matilde, mostrem a nossa casa à Dália e à Vanessa por favor.
As duas raparigas obedeceram e levaram a Dália e a Vanessa para sítios da casa.
A Teresa comentou.
– Elas são muito novas, mas parece que estão a perceber o que se passa.
– Sim é verdade. – Disse a Eva.
– A Vanessa é que ainda não está muito convencida. – Disse a Marisa.
– Mais tarde ou mais cedo vai mudar de atitude. – Disse o António.
– Sim vai. – Concordou a Teresa.
Capitulo 5

A Matilde e a Dália conversavam enquanto estavam a passear pela casa:
– Fica descansada Dália, vais ser bem tratada. – Disse a Matilde.
– Vocês são uma família muito numerosa.
– É, nós sabemos.
– Não tens ciúmes que os teus pais não se preocupem só contigo? Porque tu és a filha biológica.
– Claro que não. Eles são fixes e são vampiros, têm amor para dar e vender.
A Dália sorriu.
– Eu pensava que os vampiros matavam pessoas.
– É, todos os humanos pensam isso e na verdade alguns vampiros matam pessoas mas só alguns. A nossa família não é o caso. – Explicou a Matilde.
– E porque é que o António não queria que saíssemos de casa? – Perguntou a Dália.
– Porque vocês são vampiras, já não são normais. – Respondeu a Matilde.
– Como é que os vampiros morrem?
– Pede-se aos feiticeiros. Os feiticeiros são os únicos que podem matar os vampiros, a não ser que exista vampiros com maiores poderes que nós. Os lobisomens não nos conseguem matar, só ferir.
– E quem são os feiticeiros, os lobisomens e os vampiros? – Perguntou a Dália.
– Os feiticeiros são compostos por dois chefes: uma mulher e um homem como acontece com os vampiros. Se não me engano, são sete ao todo os que conhecemos.
– Alguns são adoptados como os vampiros?
– Não são bem adoptados até porque os chefes não têm a idade dos meus pais mas pode-se dizer que eles são como irmãos adoptivos e órfãos também se pode dizer.
– Esses sete estão contra a nossa família?
A Matilde sorriu.
– Fico feliz por dizeres “nossa” em vez de “vossa”.
– Estou a tentar habituar-me. – Explicou a Dália.
A Matilde continuou.
– Bem, esses sete feiticeiros não estão contra nós, neste momento, às vezes passamos o verão juntos.
– Isso é bom! – Exclamou a Dália.
– Sim é. Mas não nos damos muito bem com os Azevedo.
– Quem são os Azevedo?
– São outros vampiros. Os meus pais e os pais deles estão a dar-se mal.
– E há mais vampiros?
– Sim. Os Costa e os Batista.
– Dão-se mal?
– Com os Costa não falamos muito e com os Batista nem sequer falamos. Eles são muito misteriosos.
– O vosso pior problema são os Aze...
–  ... Azevedo. – Relembrou a Matilde.
– Isso, os Azevedo.
– Sim, é.



sábado, 4 de janeiro de 2014

Sinopse de Uma Vida Eterna

Olá, Pessoal!
Espero que a passagem do ano tenha corrido bem. Tal como disse na página do Facebook, aqui está a sinopse da nova história. Mas, antes, não sei se vocês se lembram deste post (quem participou): Uma colaboração dos meus seguidores. Pois esta história tem a participação destes meus seguidores.

Uma Vida Eterna (2012)
Sinopse: Mais um dia da minha monótona vida. Sou uma menina normal de dezassete anos a terminar o seu último ano no ensino secundário. Todos me perguntam quem sou eu. Nem eu própria sei. De mim só conheço o nome. Vivo com o meu pai. A minha mãe já faleceu. Sou filha única. Calma, pacífica.
A vida parece uma brincadeira, mas para mim nunca teve um gosto doce! Desde cedo sempre vivi como se fosse o último minuto da minha vida. É assim que tenho que viver até ao meu último suspiro.
Género: Drama.

A história será diferente das histórias "A Escola do Terror " e "Encontro com o 666". Aviso já para não estarem esperançados, para quem ainda deseja que eu continue com cópias dessas duas histórias.
A história é "pesada" no sentido de ser muito dramática.