terça-feira, 30 de julho de 2013

Capitulo 59 - Atitude arriscada, mas esperta

(Observação da autora no dia 18/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Encontro com o 666". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não alterei nada no enredo, porque é apenas a versão blogue. A versão em livro encontra-se na página "Livros" com o título "Encontro com o Passado" ).


João

Os ânimos acalmaram. Quando tivemos todos juntos, decidi voltar a falar sobre as desgraças desse dia.
– Pronto, já sabemos quem é a ex-namorada do Pedro. Vamos conversar com a Ana Carretas… ou melhor, eu vou falar com a Ana Carretas. O Miguel Rodrigues morreu de overdose. A Bruna foi raptada e a Marta morreu.
– A culpa foi toda dele! O Henrique não devia ter feito o que fez! Foi muito arriscado. – A Diana gritou.
– Ele não fez por mal. – Defendeu a Andreia – Se alguém desvende o segredo que trabalha com o 666, essa pessoa está morta.
– Obrigado, Andreia. Talvez por essa razão a Joana fugiu assim que viu a irmã morta. – Disse o Henrique, de cabeça baixa.
– Foste um irresponsável, Henrique! Não devias ter arriscado tanto. – A Diana estava zangada e eu compreendia-a. O Henrique era uma pessoa irritante. Às vezes.
– O que é que vamos fazer, João? – Perguntou-me a Ana.
– Ainda têm o problema da Bruna. O 666 quer saber onde está a Ana. – Alertou a Andreia.
A Diana sentou-se.
– Isso é muito para nós. Tu tens que dizer a verdade, senão és morta, Andreia.
– Vocês disseram que me iam proteger. – Disse a Andreia, zangada.
– E vamos, Andreia, e vamos. – Garantiu a Ana – Acho que o melhor a fazer é mesmo contar a verdade ao 666.
A Diana olhou para a Ana, séria.
– Vais contar onde a minha irmã está?
– É a única hipótese para conseguir salvar a Andreia.
– E a minha irmã? Quem a salva? – Disse a Diana, secamente.
Ninguém a respondeu. O Henrique saiu acompanhado pela Ana e pela Andreia. A Diana ia sair também, mas eu chamei-a.
– Se vais falar sobre a minha irmã, eu não quero saber. – Disse ela.
– Não. É sobre o Henrique.
– Então?
– Eu sei que o Henrique às vezes tem atitudes estranhas para um polícia e dá-me vontade de ter atitudes iguais às tuas, mas, desta vez, acho que ele fez bem.
– Como assim?
– A Marta morreu mas a reação da Joana… a Joana ficou fragilizada pela morte da irmã. Ela não sabe o que fazer. E se o Henrique tiver provas, tiver gravado a conversa, a Joana é presa e uma das pessoas do 666 desaparece.
– Ela pode ser presa?
Afirmei.
– Ela é maior de idade.

Ana Rodrigues

O Henrique foi embora dizendo que tinha provas. Tinha gravado tudo no seu telemóvel. Foi uma atitude arriscada, mas esperta.
– Andreia, eu preciso de saber uma coisa. A Ana esconde algo da irmã, não é?
A Andreia respirou fundo. A atitude dela explicou tudo.
– A Ana… tu sabes que ela é católica. A mais católica da família delas.
– Sim, e?
– E… ela engravidou.
Fiquei chocada.
– Tão católica e engravidou?
– Foi de um namorado dela. Não foi numa noite. Mas ela teve medo de contar à Diana.
– Porquê?
– Em parte graças à religião e depois graças ao nome do pai da criança.
– Quem era?
– Era um amigo do César. Ele consumia droga. Já faleceu.
Respirei fundo. Nunca pensei que a Ana fizesse isso. Imaginei qual seria a reação da Diana. Ficaria chocada possivelmente.
– Ela abortou sem que a Diana soubesse.
– Abortou?
– Aborto espontâneo.
– Como soubeste?
– Pela Bruna. O César tinha-lhe contado.
Agora tudo fazia sentido.


Fim do Capítulo 59.

sábado, 27 de julho de 2013

Capitulo 58 - Engraçada a rapariga!

(Observação da autora no dia 18/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Encontro com o 666". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não alterei nada no enredo, porque é apenas a versão blogue. A versão em livro encontra-se na página "Livros" com o título "Encontro com o Passado" ).


Henrique

Tinha notícias para os meus colegas.
– O Ailton está nos alcoólicos anónimos. Ele disse-me que o Miguel Rodrigues não queria ir com ele.
– Era de prever. – Disse a Ana.
– Sim, o César bem queria que eles não tivessem vícios desses. – Era a Andreia. Engraçada a rapariga!
– Tens tido notícias da tua irmã, Diana? – Perguntou a Ana.
– Não. Perdemos contacto depois de ela ir para Espanha com a nossa mãe, mas é melhor assim.
– Estranho. Se ela foi para Espanha e o 666 não sabe, ele vai tentar fazer algo para saber. E tenho receio que algo vá fazer à Andreia. – Disse a Ana.
– Porquê a mim?
– Porque tu é que estás mais próxima da irmã da Diana.

***

Henrique

Era já sábado, finalmente. A Marta e a Joana estavam no local combinado. Pela primeira vez, concordei com o meu colega. Era arriscado o que estava a fazer, mas não desisti, não desisto e não vou desistir.
– Como é que vocês souberam da bomba em casa da Diana?
– A Marta viu a bomba. – Respondeu a Joana.
– Impossível. O assassino colocou a bomba sem que ninguém a tivesse visto.
– Mas… mas…
A Marta ficou calada durante toda a conversa, o que me chamou à atenção. A Joana não sabia o que dizer.
– Nós trabalhamos para o 666. – Confessou a Marta.
Foi mais depressa do que eu pensei.
– A Joana colocou a bomba a mando do 666.
– Porque é que vocês trabalham para ele?
– O 666 sabia dos nossos problemas pessoais e fez acordos connosco.
– Marta! – Repreendeu a irmã.
Eu sabia que as duas gémeas tinham problemas pessoais. Não viam o pai. Não sabiam onde ele estava. Tive a sensação que estava a lidar com um assassino inteligente, muito inteligente.
Nesse momento, ouve-se o barulho de um tiro. A Marta caiu ao chão, morta. A bala atingiu-lhe o coração. A Joana entrou em pânico, eu fiquei sem reação. A irmã da Marta saiu a correr. Não chamou os bombeiros, o que me surpreendeu. Peguei no meu telemóvel. Estava a tremer. Isto nunca me tinha acontecido. Liguei ao meu colega João.
– Estou, já falaste com elas? Tenho novidades e não são boas: a Andreia recebeu uma chamada. A Bruna foi raptada.

***

Andreia
– A tua amiguinha está comigo. Se a queres de volta, vai ter com o 666 e diz-lhe onde está a Ana, irmã da Diana.

***

– … a Diana soube pelo Diogo que a ex-namorada do Pedro Guerra era a Ana Carretas.
– Ah… ela embebedou-o? – Perguntei, desorientado com toda aquela informação.
– Sim. E o Hugo ligou para mim. O Miguel Rodrigues morreu de overdose. O César ficou devastado e sente-se culpado. O que se passa contigo?
Respirei fundo.
– A Marta morreu!


Fim do Capítulo 58.

Selo

Olá, Pessoal!
Aqui está um selo dado pela Rafaela Silva.




As regras:
 Agradecer à pessoa que te deu o selo e colocar o link dela.
 Escolher 15 blogs com menos de 200 seguidores.
 Avisar os blogs que indicar.
 Escrever 7 coisas que gosta.

Link da Rafaela Silva: Odinista

Blogs indicados:


Não sei a quem mais repassar por isso, quem quiser comente abaixo.

7 coisas que eu gosto:

Escrever, Ouvir música, Ler blogs, Jogar, Gosto de ouvir Eminem, Postar no blog, Ler.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Capitulo 57 - Segredo desvendado

(Observação da autora no dia 18/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Encontro com o 666". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não alterei nada no enredo, porque é apenas a versão blogue. A versão em livro encontra-se na página "Livros" com o título "Encontro com o Passado" ).


Andreia

Alguns dias passaram. A Bruna recebeu alta. Liguei à Diana e contei-lhe a notícia. Fui acompanhá-la a casa. Ela estava muito calada.
– O que se passa?
– Eu soube uma coisa que me deixou chocada.
– O que foi?
– Eu estou grávida do namorado que eu te falei.
Fiquei surpreendida.
– Parabéns! – Felicitei.
– Obrigada, mas se eu te contar quem é o pai tu ficas chocada.
– Eu fui falar com o César. Ele disse que namorava contigo.
– Porque foste falar com ele?
Respirei fundo, antes de lhe contar tudo o que fiz depois do incidente em casa da Diana. A minha melhor amiga ficou surpresa com tudo o que lhe dizia.

Pedro Guerra

A Diana combinou uma saída comigo. Achei estranho. A única coisa que ela sabia de mim era que a Carretas era acompanhante de luxo, que agora namora o Diogo, ou namorava. Ela resolveu vir a minha casa.
– Olá. Tudo bem? – Saudou ela.
– Olá. Isto está mal, Diana, muito mal. – Disse eu. Ela riu-se. Era uma frase típica minha.
– A Bruna saiu do hospital. Já não está tão mal!
Eu comecei a rir.
– É verdade. Que bom! Bem, mas vamos ver… o que te traz por cá?
– Eu vinha apenas te perguntar sobre o segredo que me contaste sobre a Carretas.
Eu sabia que a única coisa que a levaria a falar comigo era a Carretas.
– Já não é um segredo.
– Sim, isso é uma verdade. Mas… porque é que me contaste a mim o segredo da Carretas? Porquê a mim?
Fiquei incomodado com a pergunta dela.
– Porquê a pergunta agora?
– Porque foi estranho tu só contares a mim.
– Ora, eu dava-me mais contigo.
– Não, Guerra, tu davas-te mais com a Carolina.
– Mas a Carolina não sabe guardar segredos. Até parece que não sabes. A Carolina basta beber uma pinga de álcool já está num estado lastimável.
– Eu sei. Mas como tu dás-te melhor com ela…
Decidi contar-lhe a verdade.
– Eu e a Carretas combinámos contar-te.
– Como?
A Diana tinha um ar de quem não entendeu o que eu disse. Expliquei melhor.
– Sabemos que tu és polícia.
A Diana olhou para mim séria.
– Com que então…
Percebi onde é que ela queria chegar e disse horrorizado:
– Eu não sou o 666!
Ela continuou com o interrogatório.
– Mas tu sabes quem é?
– Não o conheço pessoalmente.
– A Carretas conhece-o?
– Ele gosta do seu serviço, se é que me entendes. Tanto a Carretas como a Ana Catarina são muito “usadas” – Fiz aspas com os dedos – por ele.
– Namoraste com uma rapariga da turma, certo?
Neguei.
– Estás louca? Eu? E seria quem? A Carretas? Deixa-me rir!
A Diana olhou para mim, séria, outra vez. Como polícia, era esperta demais para entender que aquilo que eu estava a dizer era mentira. Decidi não brincar com a situação.
– Mentira, não me interessei por rapariga nenhuma da turma.

Diana

Decidi despedir-me do Guerra. Ele estava a mentir ou o João enganou-se.

Henrique

As férias tinham terminado, infelizmente. Nós os quatro e a Andreia tentámos saber mais sobre a ex namorada do Pedro Guerra. Bem me parecia que ele não era um santo. Disse-lhes que iria encarregar-me da Joana e da Marta. No sábado combinei com elas num local isolado. O João disse-me que era muito arriscado, mas eu não fiz caso. Rumores surgiam na turma. Várias pessoas perguntaram à Diana se ela e a Ana Martins eram irmãs. O segredo delas foi desvendado.

Ana Martins

Idiota do Miguel! Teve de me desmascarar. Como ficará a minha irmã com isto?
– Tu andas a ouvir o que dizem? A nossa farsa foi descoberta. Tu estás em perigo! Tenho que te manter protegida. Nem tu e nem a mãe estão a salvo. Sabes quem poderá ter feito isto?
– Quantos sabem disto? – Perguntei, antes de lhe responder.
– O Magalhães, os meus colegas…
– O Miguel também.
– Não confio no teu melhor amigo.
Eu apenas sorri.
Nós estávamos em casa do Henrique, a nossa casa no momento. Ela colocou as minhas roupas num saco.
– O que estás a fazer? – Perguntei.
– Vais-te embora com a mãe. Quero-vos protegidas.
– Vou para onde? – Perguntei, chocada.
– Para Espanha. Mas não quero que digas nem uma palavra a ninguém. Lá sei que estarão em segurança.
– Mas vou já?
– Sim, já. Falei com a Ana e vais já. Ela preparou as coisas por mim. Quanto mais depressa estarem em segurança, melhor.
Fui levada ao aeroporto e horas depois estava no avião com a nossa mãe. Será que estava em segurança?


Fim do Capítulo 57.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Capitulo 56 - Pedro Guerra suspeito

(Observação da autora no dia 18/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Encontro com o 666". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não alterei nada no enredo, porque é apenas a versão blogue. A versão em livro encontra-se na página "Livros" com o título "Encontro com o Passado" ).


Diana

A Ana Rodrigues teve melhoras. Estávamos já nas férias da Páscoa. Foi uma boa notícia. A Ana iria sair hoje do hospital. Pedi à Andreia para ir comigo. A Ana iria ter uma boa notícia.

João

Estava em minha casa a olhar para um monte de papéis, quando o Henrique liga-me.
– Henrique, estou a trabalhar diz o que queres.
– Sabes que a Ana já saiu do hospital?
– Sim, a Diana ligou-me.
– Ah, que bom! O que é que tu estás a fazer?
– Estou a tentar descobrir algo sobre o 666. Há algo que o liga ao Pedro Guerra e a uma das antigas namoradas dele, mas não tenho nada confirmado. São apenas suspeitas.
– Está bem. Não te incomodo mais. Bom trabalho!
– Obrigado.

Ana Rodrigues

Saí do hospital acompanhada pela Diana e pela Andreia. A Diana contou-me que a Andreia conhecia o 666. Percebi que muita coisa aconteceu no período em que estive no hospital. A Andreia agora trabalhava connosco, no entanto mostrava-se aliada do 666, aos olhos do próprio 666.
– O que é que o 666 te pediu para fazeres? – Perguntei à Andreia.
– Nesta última vez pediu-me para vigiar o Pedro Guerra. Eu não acredito que ele tenha alguma coisa a ver com o 666. – Respondeu.
– Eu descobri algo durante a altura em que estive no hospital – Disse – Mas vou esperar que estejam os rapazes.
Mais tarde, estive com todos, incluindo a Andreia, na casa do Henrique.
– Então, o que soubeste? – Perguntou o Henrique.
– Isto vai ser um choque para a Diana. – Comecei por dizer – Descobri que o desaparecimento da Ana naquela primeira festa não foi em vão. A Ana foi chantageada pelo assassino. Ela sabe algo sobre o 666, se é que ela já não trabalha para ele.
A Diana não acreditou no que eu disse.
– Ela é minha irmã, não iria trair-me.
– Tu não sabes. A tua irmã pode ter algum segredo obscuro. – Disse o Henrique.
– Verdade seja dita, o 666 já esteve interessado na tua irmã. – Admitiu a Andreia.
– Mas porquê? – Perguntou a Diana.
– O 666 trabalha com muitas pessoas. Eu apenas conheço o Pedro e a Joana, mas acredito que existem muitas mais.
– A Joana? A que gritou que havia uma bomba em casa da Diana? – Era o Henrique.
– Exactamente. Essa bomba foi obra do 666.
– Mas a Marta também…
– Talvez, Henrique. Mas a irmã não me parece. É bem diferente da Joana. O mais provável era que a Joana tivesse dito à Marta que havia uma bomba e a Marta entrasse em pânico.
– Talvez tenhas razão.
– Queria te perguntar uma coisa, Andreia – Começou o João – Estive a ver alguns papéis e a falar com algumas pessoas e… o que sabes sobre o Pedro Guerra?
– O 666 pediu-me para eu o vigiar. Poderia ajudá-lo. Não acredito.
– Eu descobri que ele namorou com uma rapariga que trabalhou para o 666 e, ao mesmo tempo, contra ele.
– Será que o 666 soube disso? – Perguntei.
– É provável. E se não atuarmos depressa ele irá acabar por trabalhar para o 666. Mas se eu descobrisse quem era a rapariga…
– Não procures muito longe. – Disse a Diana – Quem namorou com ele é da turma.
– As peças estão a juntar-se. Se o Guerra saber do 666, estamos cada vez mais perto dele. – Disse.
– Mas, por enquanto, vamos pensar que o Guerra está a trabalhar para o 666. Nunca se sabe se chegámos tarde. – Disse o João.
Ele tinha razão, vamos trabalhar pelo seguro.


Fim do Capítulo 56.

sábado, 13 de julho de 2013

Capitulo 55 - Bruna e César?

(Observação da autora no dia 18/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Encontro com o 666". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não alterei nada no enredo, porque é apenas a versão blogue. A versão em livro encontra-se na página "Livros" com o título "Encontro com o Passado" ).


Andreia

À tarde fui à procura do César. Todos já sabiam que ele era traficante. Encontrei-o perto da escola.
– Olá. – Saudei.
– Olá. – Ele estava visivelmente abatido.
– Estás bem? – Perguntei.
– Achas que estou bem depois do que aconteceu?
– Gostavas da Ana e da Bruna?
O César ficou calado por segundos como se se estivesse a preparar para revelar algo.
– Eu namoro com a Bruna.
Fiquei surpreendida. O César era o único que eu nunca iria pensar. Está explicada a reação dele. Ele gosta dela.
– Nunca pensei que fosses tu.
O César riu um pouco.
– Ninguém pensaria que um traficante de droga namorasse com a Bruna.
– Eu não quis dizer isso. – Disse eu, alarmada.
O César sorriu.
– Eu sei, Andreia, eu sei. Apenas falei por falar. A Bruna é tão certinha, não se mete em confusões... em droga. Eu não consumo, mas… – Ele mudou de assunto – O que queres de mim?
– Queria que me desses a droga mais forte que tivesses aí.
O César ficou espantado a olhar para mim e com razão.
– Para que queres?
– Eu pago o que for. – Disse.
– Não é por isso, eu não quero saber do dinheiro, mas da tua saúde. Tu nunca consumiste droga.
– Será hoje a primeira vez.
O César aproximou-se de mim.
– Não tomes essas porcarias, Andreia.
– Eu preciso de esquecer. – Disse.
O César riu-se.
– E achas que é com droga que esqueces? Eu estou aqui rodeado dela e não consumo. E também estou a sofrer como tu.
Eu tinha de admitir, o César tinha razão. Ele nunca consumiu droga mesmo que a tivesse. Agradeci, despedi-me dele e voltei para casa.

João

A Ana Rodrigues no hospital e a recebermos mais pistas sobre o 666. A Andreia conta sobre o 666 à Diana apenas em troco de proteção. As peças estão a juntar-se. Fui a casa do Hugo como combinei com os meus colegas. Ele recebeu-me em casa. Sentei-me no sofá dele e tentei puxar conversa. Ele lamentou pela Ana. Olhei para as molduras e quadros que estavam na sala. Uma criança de raça negra. Ele é branco. O que fazia uma criança de raça negra nos quadros e molduras? Perguntei-lhe.
– Ele é meu meio-irmão. – Respondeu ele.
Fiquei surpreendido.
– Tens um irmão?
– Sim, meio-irmão.
Ele respirou fundo e contou-me a história da vida dele e do meio-irmão.
– Mas sabes quem é ele?
Ele afirmou com a cabeça.
– Ele é da nossa turma. – Fez uma pequena pausa – Peço que não contes nada a ninguém.
– Claro não contarei. Mas… só pode ser o Ailton. Mas como é que vocês são irmãos?
– O meu pai é negro.
– O Ailton sabe?
– Não. A reação do Ailton seria pior que a minha se ele soubesse. Ele é um rapaz impulsivo.
O Hugo e o Ailton irmãos.
Quem diria?


Fim do Capítulo 55.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Resultado do concurso "Quem é o melhor leitor da história A Escola do Terror?"

Olá, Pessoal!
Demorei um pouco com o final, mas é que uma pessoa não respondeu às perguntas e então foi desclassificada.
Vamos ao resultado do concurso, mas antes vou vos explicar como vou contar os resultados.

As perguntas que são de nível fácil são cotadas com 0.5 valores. As que são de nível médio com 1.0 e as difíceis com 2.0, ou seja, duas perguntas certas de nível fácil corresponde a uma pergunta certa de nível médio e duas perguntas certas de nível médio corresponde a uma de nível difícil.

1ª parte:

1.- Quem é a primeira personagem a ser falada na Escola do Terror I? (fácil)
Opções: A- Gonçalo; B- Angelina; C- Bernardo; D- Mafalda.

2.- Quem é o segundo chefe do grupo de assassinos? (fácil)
Opções: A- Gonçalo; B- Bernardo; C- Ricardo; D- José.

3.- Quem é o personagem que adora automóveis? (difícil)
Opções: A- Gonçalo; B- Diogo; C- Francisco; D- Miguel.

4.- Quem a Juliana odeia no grupo? (fácil)
Opções: A- Ricardo; B- Gonçalo; C- Diana; D- Bernardo.

5.- Quem era o Miguel no início da história? (Médio)
Opções: A- Namorado da Carolina; B- Apenas filho da professora de português; C- Amigo íntimo da Carolina; D- Um professor.

6.- O Gonçalo irritou-se com que professora? (o que fez com que ele a matasse) (médio)
Opções: A- Matemática; B- História; C- Português; D- Inglês.

7.- Como começou o “amor” entre a Carolina e o Bernardo? (médio)
Opções: A- A Carolina “atirou-se” ao Bernardo; B- O Bernardo mandou um bilhete à Carolina no meio de uma aula; C- A Carolina beijou o Bernardo; D- A Carolina fez um trabalho em dupla com o Bernardo.

8.- O Bernardo cumpriu todas as apostas da Diana em A Escola do Terror I? (Difícil)
Opções: A- Sim; B- Não.

9.- Em algum momento na altura da primeira parte da história A Escola do Terror, alguém suspeitou que o Bernardo e a Diana namoravam ou gostavam um do outro? (difícil)
Opções: A- Sim; B- Não.

10.- Onde é que o José e a Sofia foram quase descobertos, pela primeira vez, pela Mafalda e pelo Gonçalo? (difícil)
Opções: A- Num corredor da escola; B- Num parque; C- Em casa da Sofia; D- Em casa do José.

11.- Morreram apenas professores na primeira parte da Escola do Terror? (médio)
Opções: A- Sim; B- Não.

12.- Qual foi a primeira reação da Inês ao ver a aproximação do Diogo? (médio)
Opções: A- Tentou fugir dele; B- Aproximou-se dele; C- Apenas tentou ser simpática; D- Apaixonou-se por ele, logo no início.

Melhores resultados: Afonso = 14.5: Nelson= 14.5; Rui = 12.5; Sílvia = 12.5.

2ª parte:

1.- No início de A Escola do Terror II, a Alexandra e o Francisco queriam fazer uma festa de aniversário pelo namoro. Quantos meses faziam? (difícil).
Resposta: 4 meses.

2.- Qual era o número da regra que dizia que o grupo de assassinos não podia namorar com pessoas fora do grupo? (médio)
Resposta: regra nº 3.

3.- Que aposta a Diana fez com o José ao saber que ele namorava com a Sofia? (médio)
Resposta: Que ele se tornasse amigo da Elisa e da Bruna.

4.- O Bernardo falou com a Diana que suspeitava que ela gostava de uma pessoa do grupo. Quem era essa pessoa? (fácil).
Resposta: Gonçalo.

5.- Qual foi a primeira reacção da Diana ao saber que a Angelina estava grávida? (fácil)
Resposta: contar ao Bernardo.

6.- O que é que o Bernardo foi ter que fazer ao saber que foi descoberto pela Diana que teve uma noite com a Angelina? (médio)
Resposta: teve que raptar a Cristiana e a Mariana.

7.- Quantas raparigas o Bernardo namorou? Coloquem por ordem. (fácil)
Resposta: 3. Carolina, Angelina e Mariana.

8.- “Tu achas que um rapaz como eu seria virgem?”, quem disse esta frase? (médio)
Resposta: Luís, irmão do Tiago (do grupo). (apenas uma pessoa acertou esta pergunta)

9.- Quantos namorados teve a Angelina? (fácil)
Resposta: 2. José e Bernardo.

10.- A Márcia namorou com alguém do grupo? (fácil)
Resposta: Sim.

11.- A Mafalda chegou a ter uma relação sexual com o Luís do grupo? (fácil)
Resposta: Sim.

12.- Como é que a Angelina se suicidou? (médio)
Resposta: Tomou droga.

Melhores resultados: Sílvia= 9.5; Afonso= 9.0 (melhores respostas); Rui = 9.0 (11 certas)

3ª parte:

1.- Faz um resumo sobre a vida da Angelina. (fácil)
Resposta: Foi basicamente a que alguns de vocês responderam.

2.- Descreve a personalidade da Márcia. (fácil)
Resposta: Basicamente o que alguns de vocês responderam.

3.- Descreve o estado de espírito da Mafalda antes e depois do desaparecimento. (fácil)
Resposta: Exactamente o que alguns de vocês responderam.

4.- De que forma Márcia foi morta? (fácil)
A resposta que foi contabilizada foi a do Afonso e mais uma ou outra de alguns de vocês que acrescentaram algo para completar a resposta.

5.- Angelina morreu feliz? (fácil)
Resposta: Não.
                    
6.- Descreve o estado de espírito da Mafalda depois da sua morte, ou seja o seu aparecimento no espelho da casa do Gonçalo. (médio)
Resposta: calmo, sereno.

7.- Que suspeitas tinha o Bernardo pela morte das professoras? (difícil)
Resposta: Carolina, Sofia e Angelina.

8.- O Bernardo suspeitava que uma pessoa fora do grupo os iria denunciar. Quem? (difícil)
Resposta: Sofia.

9.- Em que dia da Semana foi o funeral da Angelina? (difícil)
Resposta: Quarta feira.

10.- Quem foi a primeira pessoa a encontrar a Mafalda no dia da morte dela? (fácil)
Resposta: Juliana.

11.- O Ricardo amava a Juliana? (fácil)
Resposta: Sim.

12.- O Bernardo amou alguma vez a Angelina? (fácil)
Resposta: Sim.

Atenção: Muitas das respostas a estas perguntas foram anuladas, pois muitos quase que copiaram as respostas dos que tinham respondido acima.

Resultados: Sílvia= 7.5; Afonso= 7.0; Rui= 7.0; Nelson= 6.5; Fernanda= 4.5; Vasco= 4.5; Estela= 4.5; Ricardo= 4;

Resultados Finais: Afonso= 30.5; Sílvia= 29.5; Rui= 28.5; Nelson= 28.0; Vasco= 21.0; Estela= 19.5; Fernanda= 19.0; Ricardo= 17.5.

O blog da Sílvia será divulgado durante duas semanas. O Afonso vai ter uma apresentação do seu personagem favorito e prévias dos próximos 10 capítulos e o Rui vai ter partes da vida do seu personagem favorito.

Obrigado por esperarem e por terem participado.

sábado, 6 de julho de 2013

Capitulo 54 - Andreia conta a verdade

(Observação da autora no dia 18/09/2018 - Corrigi possíveis erros ortográficos deste projeto chamado "Encontro com o 666". Já é possível relê-lo de forma mais adequada. Não alterei nada no enredo, porque é apenas a versão blogue. A versão em livro encontra-se na página "Livros" com o título "Encontro com o Passado" ).


Diana

No dia seguinte estive com o João e com o Henrique em casa do segundo.
– Obrigado, Henrique, por me teres em tua casa e à minha irmã. A nossa casa foi totalmente destruída com a bomba.
– Dói-me saber que a Ana foi para o hospital por minha causa. Eu e o João é que devíamos estar no lugar dela e da Bruna.
– Não te culpes, Henrique. Nós havemos de saber quem fez isto. – Disse o João, a consolar o amigo.
– Que teve algo a ver com a Madalena, isso digo com toda a certeza. – Disse-lhes.
– Devia ter sido uma lição para nós – Pensou o João.
– É. E ainda têm duvidas que as gémeas têm algo a ver com o 666? A Joana e a Marta souberam da bomba. Elas não deviam ter descoberto dentro da casa. – Disse o Henrique.
– Deixa isso comigo, colega. Eu vou falar com o Hugo e vou tentar descobrir. Ele esteve com elas a noite toda.
– Mas, mesmo assim, eu vou tentar falar com as duas.
Eu sorri. Iríamos descobrir se a Joana e a Marta eram cúmplices.
Nessa altura, recebo uma chamada da Andreia. Ela queria se encontrar comigo. 
Saí da casa do Henrique e fui ter com ela a casa.

Andreia

Recebi a Diana em minha casa. Estava disposta a sair da teia do 666. De mim ele não leva mais nada. Antes de lhe contar perguntei-lhe se era policia. Ela não me respondeu como era óbvio.
– Eu quero te contar sobre o 666.
– O que te levou a isso?
– Primeiro que tudo, quero saber se me vais proteger. Sejas policia ou não.
Ela afirmou.
– Considera-te protegida.
– Eu conheço o 666. Quer dizer, eu falo com ele.
– É um homem?
– Sim. Mas não diria que tivesse mais que 30 anos. É novo. Eu não vejo a cara dele, mas trabalho para ele.
– Por que me estás a contar tudo isto?
– Desde que a Bruna foi para o hospital que decidi deixar de trabalhar para o 666. Ele causou o estado dela. Além disso, ele disse ao Pedro Magalhães para ele a espiar. Eu não aguentei. Para o 666 a Bruna não é de confiança e ele tem razão, já que lhe conto tudo, mas isto que ele lhe fez foi demais.
– Como foste trabalhar para ele?
– Ele matou os meus pais – Custou-me falar – E, para sobreviver, ele em troca disse para eu trabalhar para ele. Ele disse que me iria proteger como um pai, mas isso não está a acontecer. Quero deixar de trabalhar para ele.
A Diana respirou fundo.
– O que o Magalhães te falou sobre mim?
– Disse que eras policia. O João, o Henrique e a Ana também são. O 666 soube da Madalena.
A Diana ficou calada por breves segundos. Decidiu confirmar-me que era policia.
– Estou a tentar encontrar o 666. Quem é ele?
– Não sei. Ele usa sempre uma máscara.

Diana 

Voltei ao início. Pensava que a Andreia o conhecesse. Ela vai trabalhar agora para mim e para o 666.
Vou descobrir quem é ele!


Fim do Capítulo 54.